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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (17)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 


FOTO 1: Houve uma época em que a topiaria, arte de esculpir plantas em formas ornamentais, estava em alta. Alguns animais eram representados desta forma nos jardins da Praia de Botafogo. Na foto, provavelmente para complementar a ornamentação, vemos um suporte metálico para trepadeira em espiral.

FOTO 2: Em 1957, o presidente Juscelino Kubitschek com artistas. Entre outros Jackson do Pandeiro, Almira, Aerton Perlingeiro, Orlando Silva, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Ademilde Fonseca, Doris Monteiro, Alvarenga e Ranchinho.


FOTO 3: Ontem foi o "Dia do Professor". Aproveito para homenagear alguns dos grandes mestres que ajudaram minha formação no Colégio Santo Inácio. Do alta para baixo, da esquerda para a direita:

Nelson Mariano, Rossi, Araújo, Mattos e Jacques Chambriard.

Rainha, Villas-Boas, Artur Sette, Mauricio Leite e Pontes.

Bomilcar, Guimarães Correia, Espinheira, Cegalla e Dutra.

Lucas, Gonçalves, Guilherme Frota, Renato e Gilberto Oliveira Castro.


FOTO 4: A Favela da Praia do Pinto na década de 1940. Ao fundo, a arquibancada do estádio do Flamengo.


FOTO 5: A Barra da Tijuca em 1980 era assim.

FOTO 6: A Lagoa algum tempo depois da retirada da Favela da Catacumba. Acho uma vergonha a autorização dada para a construção daquele arranha-céu que destoa da altura dos seus vizinhos.


FOTO 7: Houve uma época em que este altar ao lado da Igreja de Santa Terezinha, na saída do Túnel Novo, ficava lotado de fiéis. Não sei se ainda continua com esta frequência.


FOTO 8: A Favela da Catacumba nos anos 1950.


FOTO 9: A Copacabana de meu avô era assim. Lamento não ter conversado com ele mais vezes sobre como era a vida na primeira metade do século XX no Rio.


FOTO 10: O professor Jaime Moraes, em seu "A história do rádio", publicou esta fotografia que achei interessante e que copiei nos meus arquivos. Trata-se do segundo transmissor de rádio, enviado para o Brasil como artigo de exposição. Foi fabricado pela “Western Electric” (mais tarde teria o nome mudado para Standard Electric) e montado no antigo “Pavilhão dos Correios e Telegraphos”, construído para a Exposição de 1908 na Praia Vermelha. 

Embora sua potência de 500 Watts fosse a mesma do transmissor do Corcovado da Westighouse, possuía a facilidade de ser comutado rapidamente para a transmissão de sinais em código Morse (radiotelegrafia) ou sinais de áudio (radiofonia).

Na ocasião optou-se por uma antena vertical e para tal foi construída uma “gaiola” (cage) composta por seis fios de cobre espaçados em torno de vários isoladores circulares. Para manter tal estrutura com 150 metros de comprimento na vertical, foi içado um cabo de aço entre os topos dos morros da Urca e da Babilônia, em mais um feito de engenharia, extraordinário para aquela época.Talvez este seja o único registro, tal como foi publicado na revista “Radio News” em 1923.

7 comentários:

  1. Esse edifício altão da Lagoa é um horror.
    Aprendi o que é topiaria. Lembro de um elefante todo de folhas em frente de onde fica a FGV em Botafogo.
    A favela da Praia do Pinto e a da Catacumba tinham mesmo que ser removidas mas poderia ter sido para algum local mais perto e não lá para longe dos locais de trabalho de seus moradores.
    Que loucura esta antena da exposição de 1908.

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  2. Esta foto da Praia do Pinto é a mais antiga que já vi. Em destaque, à esquerda, a Rua Humberto de Campos, ainda de terra. Na década de 40, segundo relatos de conhecidos, o Leblon era um areal.

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  3. Esse dreno de hoje está ótimo. Variado e inédito. Não achei o Aerton Perlingeiro na foto, pai do Jorge Perlingeiro. Já pensei em fazer um mapa do Rio com a indicação dos prefeitos que autorizaram a construção de cada espigão. As vezes uma lei que durou um só dia. Ótima foto da Catacumba.

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    1. Salvo engano o Aerton está exatamente atrás do JK e do Agnaldo Rayol.

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    2. Exatamente. Ele usa um inconfundível "bigodinho de fanchono", tão em voga na época e que mais tarde abandonou.

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  4. Bom dia, Dr. D'.

    A foto 7 parece ser daquele lote da Life, do começo dos anos 70, que enxurrou os sites de Rio Antigo anos atrás.

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    1. Desde sempre a classe artística esteve próxima ao poder.

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