A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".
FOTO 1: Houve uma época em que a topiaria, arte de esculpir plantas em formas ornamentais, estava em alta. Alguns animais eram representados desta forma nos jardins da Praia de Botafogo. Na foto, provavelmente para complementar a ornamentação, vemos um suporte metálico para trepadeira em espiral.
FOTO 2: Em 1957, o presidente Juscelino Kubitschek com artistas. Entre outros Jackson do Pandeiro, Almira, Aerton Perlingeiro, Orlando Silva, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Ademilde Fonseca, Doris Monteiro, Alvarenga e Ranchinho.
FOTO 3: Ontem foi o "Dia do Professor". Aproveito para homenagear alguns dos grandes mestres que ajudaram minha formação no Colégio Santo Inácio. Do alta para baixo, da esquerda para a direita:
Nelson Mariano, Rossi, Araújo, Mattos e Jacques Chambriard.
Rainha, Villas-Boas, Artur Sette, Mauricio Leite e Pontes.
Bomilcar, Guimarães Correia, Espinheira, Cegalla e Dutra.
Lucas, Gonçalves, Guilherme Frota, Renato e Gilberto Oliveira Castro.
FOTO 4: A Favela da Praia do Pinto na década de 1940. Ao fundo, a arquibancada do estádio do Flamengo.
FOTO 5: A Barra da Tijuca em 1980 era assim.
FOTO 6: A Lagoa algum tempo depois da retirada da Favela da Catacumba. Acho uma vergonha a autorização dada para a construção daquele arranha-céu que destoa da altura dos seus vizinhos.
FOTO 7: Houve uma época em que este altar ao lado da Igreja de Santa Terezinha, na saída do Túnel Novo, ficava lotado de fiéis. Não sei se ainda continua com esta frequência.
FOTO 8: A Favela da Catacumba nos anos 1950.
FOTO 9: A Copacabana de meu avô era assim. Lamento não ter conversado com ele mais vezes sobre como era a vida na primeira metade do século XX no Rio.
FOTO 10: O professor Jaime Moraes, em seu "A história do rádio", publicou esta fotografia que achei interessante e que copiei nos meus arquivos. Trata-se do segundo transmissor de rádio, enviado para o Brasil como artigo de exposição. Foi fabricado pela “Western Electric” (mais tarde teria o nome mudado para Standard Electric) e montado no antigo “Pavilhão dos Correios e Telegraphos”, construído para a Exposição de 1908 na Praia Vermelha.
Embora sua potência de 500 Watts fosse a mesma do transmissor do Corcovado da Westighouse, possuía a facilidade de ser comutado rapidamente para a transmissão de sinais em código Morse (radiotelegrafia) ou sinais de áudio (radiofonia).
Na ocasião optou-se por uma antena vertical e para tal foi construída uma “gaiola” (cage) composta por seis fios de cobre espaçados em torno de vários isoladores circulares. Para manter tal estrutura com 150 metros de comprimento na vertical, foi içado um cabo de aço entre os topos dos morros da Urca e da Babilônia, em mais um feito de engenharia, extraordinário para aquela época.Talvez este seja o único registro, tal como foi publicado na revista “Radio News” em 1923.
Esse edifício altão da Lagoa é um horror.
ResponderExcluirAprendi o que é topiaria. Lembro de um elefante todo de folhas em frente de onde fica a FGV em Botafogo.
A favela da Praia do Pinto e a da Catacumba tinham mesmo que ser removidas mas poderia ter sido para algum local mais perto e não lá para longe dos locais de trabalho de seus moradores.
Que loucura esta antena da exposição de 1908.
Esta foto da Praia do Pinto é a mais antiga que já vi. Em destaque, à esquerda, a Rua Humberto de Campos, ainda de terra. Na década de 40, segundo relatos de conhecidos, o Leblon era um areal.
ResponderExcluirEsse dreno de hoje está ótimo. Variado e inédito. Não achei o Aerton Perlingeiro na foto, pai do Jorge Perlingeiro. Já pensei em fazer um mapa do Rio com a indicação dos prefeitos que autorizaram a construção de cada espigão. As vezes uma lei que durou um só dia. Ótima foto da Catacumba.
ResponderExcluirSalvo engano o Aerton está exatamente atrás do JK e do Agnaldo Rayol.
ExcluirExatamente. Ele usa um inconfundível "bigodinho de fanchono", tão em voga na época e que mais tarde abandonou.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirA foto 7 parece ser daquele lote da Life, do começo dos anos 70, que enxurrou os sites de Rio Antigo anos atrás.
Desde sempre a classe artística esteve próxima ao poder.
ExcluirSe cheguei a ver não dei a devida atenção à arte da topiaria.
ResponderExcluirNormalmente um presidente da república fica cercado de "papagaios de pirata", mas no caso acima o JK é que aproveitou para faturar popularidade.
Surpresa para mim é o Agnaldo Rayol já famoso em 1957.
Em algum fundo do baú de minha casa tem um livro do Professor Cegalla.
Não sei se é possível confirmar, mas a favela da Praia do Pìnto deve ter começado em volta dos cubículos residenciais, vergonhosamente com banheiros coletivos, construídos pelo Henrique Dodsworth, o prefeito de todo o período da ditadura do Estado Novo. Em outras fotos do local vemos um trecho com uma construção menos irregular, tipo uma vila de "casas'.
ResponderExcluirO dia de Sta. Terezinha do Menino Jesus foi no último dia 1º e acredito que a foto é de dia de festa.
A igreja praticamente "sumiu" ao lado do Rio Sul, mas ainda é possível ver aquela réplica da gruta de Lourdes no Street View. Os puxadinhos da igreja também.
O rádio ainda tem bastante influência entre os que têm mais de 40 anos.
ResponderExcluirVou amanhã mesmo à Rua do Hospício, 45 na Cidade para ver preço de terreno na Igrejinha, aquele que considero o mais agradável trecho de Copacabana.
Boa tarde a todos!
ResponderExcluirA Foto 2, do JK, tem a seguinte legenda na Internet:
Fileira da frente da esquerda para a direita: Violonista, Almira Castilho, Aglaê, Ademilde Fonseca, Agnaldo Rayol, Juscelino Kubitschek, Doris Monteiro, Mara Silva, mulher com estola.
Na frente Alvarenga & Ranchinho;
na 2a. arquivadora: homem de terno preto, homem de óculos escuros, Aérton Perlingeiro, Jackson do Pandeiro (com violão), Orlando Silva, Gilberto Alves e Sidney Más (cantor e marido de Mara Silva).
Na Foto 5, da Barra, deve ser a Igreja São Francisco de Paula, perto da Lagoa de Marapendi.
ResponderExcluirFoto 10.
ResponderExcluirHavia uma fábrica da Standard Elétrica na Praça Aquidauana, na Av Vicente de Carvalho, em Vila Kosmos, divisa com o bairro de Vicente de Carvalho. A fábrica foi desativada nos anos 90 e em seu terreno foi construído o Shopping Carioca. No final dos anos 70 e início dos 80 eu passava diariamente em frente à fábrica para chegar ao colégio. O movimento nessa horário era muito grande, a fábrica devia ter uma enorme quantidade de funcionários.
Muito boa lembrança a imagem de seus velhos professores do Santo Inácio. Fui aluno do Espinheira e do Artur Sette. Este um professor e tanto. O Espinheira era mais folclórico e dava aquelas aulas de História à base de decoreba, com pouca análise histórica. Os professores tinham que ser mais bem valorizados.
ResponderExcluirFoto 9 ==> não entendi como num grupo de anúncios de antes de 1940 aparece uma data de 14 de julho de 1974.
ResponderExcluirAcho que está mais para um "clipping" com anúncios de várias épocas (os telefones podem ser uma pista) e o de 1974 foi junto...
ExcluirPassou uma reportagem no RJ1 sobre o tema.
ResponderExcluirhttps://diariodorio.com/prefeitura-restaura-postes-historicos-do-rio-mais-de-150-ja-foram-tratados/
Rossi e Mattos foram meus professores. O Mattos está muito bem mesmo. Espinheira do meu pai.
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