A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".
FOTO 1: Neste postal vemos a Praça Paris tendo, à esquerda, o "Theatro Casino e Casino Beira-Mar", que ali esteve de 1926 a 1937.
FOTO 2: O Quitandinha, em belo cartão-postal.
FOTO 3: Duas despedidas muito especiais para os flamenguistas.
FOTO 4: Delfim Moreira. Um bom local para se investir.
FOTO 5: A revista "Careta" registrou o voo do aviador Bergmann de Copacabana ao Pão de Açúcar, ida e volta.
FOTO 6: Alagamento na Lagoa, pouco depois da remoção da Favela da Catacumba. Por volta de 1971. "Leite é com a CCPL", diz o letreiro do caminhão.
FOTO 7: Um hidroavião na Enseada de Botafogo. Imaginem uma viagem intercontinental neste aparelho.
FOTO 8: Antigamente o badalado "Bracarense" era assim. Nada de mesas nas calçadas, nem letreiro luxuoso.










Que falta faz o Zico. O Flamengo agora faz um gol de falta a cada 150 jogos.
ResponderExcluirEstes autocromos de 1909 são equivalentes às fotos daquele húngaro dos anos 70. Espetaculares.
Viva o Bracarense. Ao lado do Jobi, do Diagonal, do RA, do Le Coin, do Manolo, Do Degrau, do Alvaro’s, do Final do Leblon, entre outros, fizeram e fazem história.
Cesar, você esqueceu do Clipper.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirContinuando com o tema rubronegro, o atacante Pedro sofreu fratura no antebraço e ficará de fora dos próximos jogos.
PS: sobre a foto 10, muitas pessoas não vão admitir que não é colorização...
ExcluirO Bracarense foi o bar que teve a maior transformação arquitetônica e foi o que mais subiu de patamar. Antes, como na foto 8, era um bar comum, com um chope bem tirado e tira gostos decentes. Foi totalmente remodelado, tem mesas na calçada, cercadas por uma grade de madeira e teto de acrílico. Sábados e domingos, se não chegar lá até 12:30 hs, vai ficar em pé esperando uma mesa. O Bracarense é marcado por uma tragédia: seu sócio mais conhecido, Armando, foi assassinado na madrugada de 27 de junho de 1997, com três tiros na cabeça, em um assalto em Botafogo, na Rua Barão de Lucena, onde morava após ter fechado o bar.
ResponderExcluirEu não sei se teria coragem de fazer uma viagem transatlântica num hidroavião desses. Fui ver no Google e vi que durava pouco mais de 60 horas de voo. Mas na realidade demorava muito mais com as escalas e problemas diversos, o que acabava dando muitos e muitos dias até chegar.
ResponderExcluirDurou pouco o Cassino Beira-Mar.
ResponderExcluirEsse ano eu e minha esposa nos hospedamos em Petrópolis, próximo à catedral, que eu não conhecia. Na volta tentamos visitar o Quitandinha, porém não vi vaga para estacionar. Uma dupla distante me pareceu ser de flanelinhas, mas preferi ir embora.
Infelizmente não fui ao Maracanã na época de Zico e Raul. Pessoalmente só vi os dois jogando em outro estádio.
Na despedida como jogador em 1970, Carlinhos, o Violino, futuro bi-campeão brasileiro como técnico entregou suas chuteiras para o juvenil Zico, que repetiria o gesto com um garoto do qual pouco se ouviu falar depois.
Teve uma época que a Delfim Moreira era um sonho de consumo para morar, mas atualmente eu não gostaria de morar à beira mar em lugar nenhum.
Páreo duro entre o Cassino e o edifício Alhambra.
ExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirFoto 02, Quitandinha, fui várias vezes em passeios a Petrópolis, mas só em 2023 que entrei no local, havia algumas exposições e o local estava bem cuidado, da mesma forma o entorno. Num dia frio, ficar "lagarteando" ao sol é uma boa pedida.
Foto 03, Do Zico tive o privilégio de assistir o craque no auge, contra o Vasco. Ganhar do Flamengo era ótimo, com o Zico em campo então, nem se fala!! Lembro do título em 1982, vitória do Vasco, gol de Marquinho, com Zico e Raul em campo, naquela seleção que era o Flamengo. Os mais velhos dizem que o Zizinho era melhor que o Zico, já os mais novos (pasmem!!!) preferem o Gabigol.
Foto 04, pensar que esse areal tornou-se o metro quadrado mais valioso da Cidade.
Foto 06, o leite da CCPL nessa época ainda era em garrafa ou já vinha no saquinho? Lembro que na rua passava vendedores de Yakult com seus carrinhos gritando o nome do produto.
Belas fotos de hoje, como de costume!
Pra mim já é da época do saquinho.
ExcluirTenho quase certeza que as garrafas de vidro acabaram na primeira metade dos anos 60, quando eu tinha entre 4 e 6 anos, pois tenho vaga lembrança delas lá em casa e na foto eu chuto que é um VW 1600, vulgo "Zé do Caixão" atrás do caminhão da CCPL o que data como sendo 1969 no mínimo.
Na ocorrência da foto 6, os motoristas do socorro e da CTC estudam um jeito de tirar o ônibus atolado. Carroceria Críbia?
ResponderExcluirCCPL era sinônimo de leite.
Em p & b fica a dúvida se a pintura no leme do hidroavião era da bandeira da França ou da Itália.
Na foto 9 ainda uma nesga de praia em seus últimos dias com os tradicionais espectadores na mureta, parecendo um ritual de despedida.
A última foto é o destaque do dia, nem a estação do bondinho tinha chegado ao topo do Pão de Açúcar.
E como falamos do C.R. Flamengo, essa foto ainda era a época que o rubro-negro era só de atletas do remo, só uns 3 anos depois o povo veria os amotinados do Flu treinarem ali na Praça do Russel, depois de saírem das Laranjeiras, por falta de um campo oficial do quase vizinho Fla.
O ônibus da CTC parece ter carroceria da Cirb.
ResponderExcluirBem lembrado, sempre esqueço da Cirb.
ExcluirCCPL dominava o mercado na época do leite engarrafado com tampinha de alumínio. Depois entrou a Vigor.
ResponderExcluirAquele leite ensacado era uma sujeira só: a geladeira onde ficavam nos supermercados ou padarias vivia cheia de leite no fundo, proveniente de sacos furados. Agora em caixas de papelão ficou bem melhor.
Lembro que quando me hospedei numa pousada em Kurow, na Nova Zelândia, no dia seguinte havia na porta do meu quarto uma garrafa de leite para tomarmos o café da manhã. O dono da pousada era também motorista do ônibus escolar, parado na frente da pousada quando chegamos no fim do dia anterior.
ResponderExcluirEle estava na casa-sede da pousada, assistindo a TV com um grande cão ao lado. Levou-nos até nosso quarto, bateu papo conosco e avisou que pela manhã cedo não estaria na sede pois levaria os alunos para a escola no ônibus.
Outro mundo.
Lá vou eu desviar o assunto, mas não resisto: o tema é a confiança nos outros que há (ou havia) em certos países.
ResponderExcluirEm 1984 entramos num camping situado no interior da Áustria. Embora ainda houvesse claridade, já tinha passado da hora de funcionamento normal da portaria do camping. Ficamos sem saber o que fazer. Uma senhora, que estava indo ao banheiro, ao nos ver hesitantes falou que poderíamos acampar e no dia seguinte o responsável viria nos cobrar a estada. Fizemos isso.
Na manhã seguinte acordamos com ele batendo na porta da nossa barraquinha. Pagamos a estada.
Aí, a alguns metros de nós, estava um motorhome com placa da Inglaterra. Um senhor saiu lá de dentro e puxou papo comigo. Eu de cara suja, ainda. Um outro senhor, não lembro a nacionalidade, entrou na conversa, cujo tema era política. Não pude acrescentar muita coisa. De qualquer forma, no fim do papo o senhor inglês nos convidou a tomar o café da manhã com ele e a esposa. Gentilmente recusamos, desarmamos nossa barraca e levantamos acampamento.
Voltando à CCPL, o Paulo deve estar certo sobre a garrafa de leite. Lembro que bem no início dos anos 70 já devia ser leite em saco, embora eu me recorde que em casa tínhamos garrafas de vidro da CCPL.
ResponderExcluirE o Helio tem razão sobre a imundície que era o leite em saco, deve ser por isso que segurávamos os sacos com a mão feito em garra, pegando pelas "orelhas" do saco.
Quando criança minha mãe me obrigava a ferver o leite e tomar aquela nata, que eu detestava. Argh...
Aliás, CCPL tinha uma significado diferente. Cachorro C@ga Prefeitura Limpa.
ExcluirNananagem com a CCPL.
ExcluirAliás, lembro de um caso ocorrido com trabalhadores da CCPL: um subversivo qualquer passou e entregou a um grupo de trabalhadores que estava sentado no meio-fio diante da empresa, após almoço, uns panfletos contra o regime militar. Aí passou algum veículo de órgão de repressão e prendeu todos eles, levando-os para uma dependência do Exército.
ResponderExcluirTempos depois eles foram levados ao DOPS para prestar esclarecimentos. Eram vários. Um deles teve o depoimento tomado pelo comissário Edson Sacramento (sempre dou nome aos bois) e datilografado por mim. Em determinado momento o depoente falou algo de que o doutor Edson não gostou. Ele então deu um chute na canela do depoente, machucando-o e sangrando um pouco. Findo o depoimento, o depoente falou:
- Agora vamos poder ir para casa?
- Não - disse o doutor Edson - vocês vão ficar presos aqui.
- Mas mandaram a gente trazer nossa escova de dentes porque daqui a gente iria para casa.
Resumo da ópera: ficaram presos. Não sei que fim ocorreu com o inquérito.
Um medo que tive de haver tomado leite foi quando durante a viagem à Escandinávia cansamos de beber leite no café da manhã. Acontece que era julho/agosto e em abril havia ocorrido o desastre de Chernobyl. Nuvens radiativas haviam se espalhado pelo norte da Europa e contaminado as pastagens usadas pelo gado. Não sabíamos disso na ocasião.
ResponderExcluirQuando voltamos, em novembro minha esposa engravidou. Ficamos com medo de alguma sequela acontecer com o neném. Escrevi cartas para dois órgãos do governo perguntando se poderia haver algum mal para o feto. Nunca me responderam.
Mas nada aconteceu de estranho com o bebê.
Guilherme, esses que acham o Gabigol melhor que o Zico padecem da pouca idade. Não são culpados, são azarados.
ResponderExcluirTal como os que não viram o Pelé e idolatram o Neymar.
Do Zizinho vi só o finalzinho da carreira.
Meu pai, que era do tempo de Leônidas da Silva e Domingos da Guia no Flamengo, consequentemente viu Zizinho no auge e dizia que ele, pela regularidade, era melhor que o Didi, que em algumas vezes simplesmente não se interessava pelo jogo.
ExcluirMeus pais venderam leite em Madureira (antes de eu nascer) em garrafa e, depois, em saco. Só peguei a fase dos sacos, mas eles já não vendiam. Na época do racionamento havia confusão porque queriam receber mais do que o estipulado, chegando até a fazerem ameaças. Esse foi um dos motivos para meus pais pararem de vender.
ResponderExcluirComo disse peguei a época do saco e havia a CCPL e o leite Mimo, que tinha a embalagem com as flores. Meu pai recortava as flores para decorar os azulejos da loja.
"fazer ameaças".
ExcluirVocê pagaria R$84,50 nesse tour? Mas a maioria aproveitaria a gratuidade.
ResponderExcluirhttps://diariodorio.com/aos-190-anos-barcas-estreiam-tour-pela-baia-com-saida-da-praca-xv/
A despedida do Zico foi minha última vez no Maracanã. Depois que vi, a alguns metros de mim, um cara urinar num saquinho plástico e arremessá-lo mais à frente, gerando um tumulto na arquibancada, cheguei á conclusão: "nunca mais ponho os pés aqui".
ResponderExcluirSobre a CCPL: além dela havia também a Vigor, que utilizava recipientes de vidro um pouco mais bojudos, tendo a boca do vasilhame de diâmetro bem generoso. Meu avô sempre mantinha um vasilhame de Leite Vigor vazio no carro, já que sofria de "incontinência urinária"...
ResponderExcluirFoto 10 mostra onde é o Hotel Gloria? Foto 6 fiquei bolado. Se a ex-favela está ao fundo, a água da lagoa estaria do lado esquerdo..
ResponderExcluirGMA, a água é da pista que estava sendo duplicada. Estava alagada.
ResponderExcluirOK
ExcluirNo final da matéria tem o link para a exposição virtual.
ResponderExcluirhttps://diariodorio.com/mostra-virtual-resgata-fotos-raras-da-exposicao-nacional-de-1908-na-urca/