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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (4)

 Hoje temos fotos do Túnel Rebouças, fora de ordem cronológica.

FOTO 1: Provavelmente quando da inauguração da segunda pista, pois inicialmente havia só uma, com a outra interditada por cavaletes (e a maioria absoluta respeitava. Hoje em dia seria um tal de ziguezaguear por todo o percurso).

FOTO 2: Nesta época não havia os acessos laterais, tanto para descer para a Rua Jardim Botânico, quanto para subir para dentro do túnel em direção à Zona Norte/Cosme Velho. E os imóveis baixos se transformaram em grandes edifícios.

FOTO 3: Nos primeiros anos não havia iluminação dentro do túnel.


FOTO 4: Parece ser o canteiro de obras para construção do acesso ao Cosme Velho.


FOTO 5: Se bem me lembro o acesso ao Cosme Velho vindo da Lagoa foi aberto bem antes do acesso do Cosme Velho para a Lagoa.


FOTO 6: Em outubro de 2007 houve um grande desabamento do Morro Cerro Corá, no Cosme Velho, que gerou uma interdição do túnel por mais de uma semana. A foto deve ser 


FOTO 7: Era assim no começo. Só uma pista e sem luz. A descida do Cosme Velho para a Lagoa, nos carros antigos não automáticos, podia ser feita em ponto morto, na "banguela". Com uma boa velocidade se podia ir em ponto morto por mais de dois quilômetros, dependendo do trânsito, até o primeiro sinal da Epitácio Pessoa.


FOTO 8: Obra fundamental para o trânsito carioca, hoje em dia quase 200 mil carros passam por suas galerias em 24 horas.


FOTO 9: Nos primeiros anos não havia acesso direto ao Rebouças para quem vinha pela Borges de Medeiros. Era preciso pegar a Epitácio Pessoa e fazer o retorno no sinal da Fonte da Saudade.

FOTO 10: Quem viu, viu, quem não viu, não vê mais a Lagoa com muitas casas.

35 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Uma cidade espremida entre o mar e a montanha depende de túneis. Esta semana um carro incendiado em uma das galerias do próprio Rebouças mostrou isso.

    Na última década, graças aos eventos esportivos, tivemos a inauguração de vários túneis na cidade, incluindo regiões costumeiramente ignoradas.

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  2. O Rebouças foi uma grande obra. Para mim foi abreviar a ida e volta do Maracanã e a ida e volta a Petrópolis.
    E também de me “sentir em casa” ao voltar de qualquer viagem e sair do túnel com a magnífica vista da Lagoa.

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  3. Lembro da época da foto 7, quando fui fazer prova de vestibular no Maracanã ainda havia esses cavaletes. Soube que alguns malucos chegaram a derrubar eles com a mão. E a descida em "banguela" é devido à diferença de elevação de 45m nessa galeria, a altura de um prédio de 10 andares ou mais. Fiquei confuso com o texto da foto 5, só conheço os acessos Lagoa-Cosme Velho e Cosme Velho - Lagoa.

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  4. Na foto 9 a enorme área concretada (ou asfaltada) era para a construção do pedágio, foi amplamente noticiado mas nunca foi à frente.

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  5. Que consigo lembrar as minhas primeiras "viagens" pelo Rebouças foram em 1967, para consultas no então Hospital dos Bancários.

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  6. Se para as fotos de 1 a 7 a missão do fotógrafo era esperar a passagem de pelo menos um Fusca, rapidinho ele terminava seu trabalho.

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  7. Na foto 6 tem um, padrão com toda a pinta de que era do governo do Estado da Guanabara, que para mim é inédito devido àquela lanterna no alto, típica de veículos de forças policiais e bombeiro.

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  8. Como já citei algum dia aqui, a firma onde trabalhei construiu os acessos ao Rebouças pelo lado do Rio Comprido. Prolongou as pistas da Paulo de Frontin e também o canal do rio. Nosso barraco ficava no alto, ao lado do hospital dos Bombeiros. Na época eu estava no CPOR, de modo que só ia até lá na parte da tarde. Mas a firma havia contratado um topógrafo (não se se do Estado ou de alguma outra empresa), de modo que eu nada fazia. Fiquei muito pouco tempo ali porque fui enviado a Recife, a trabalho, e na volta, se não me engano, fui designado para um conjunto habitacional em Higienópolis, onde a firma estava fazendo toda a canalização de esgoto, águas pluviais, fossas, calçadas e meios-fios de concreto.

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  9. Segundo o tal topógrafo me falou, havia uma competição entre a turma que ia do Cosme Velho para a Lagoa e a que vinha em sentido contrário, dinamitando a rocha. Quem daria o último fogo, aquele que faria a abertura de comunicação com os dois sentidos? Uma delas (não me lembro qual) estava em desvantagem, mas malandramente avisou pelo rádio à outra turma que já estava pronta para dar o fogo e pediu para ela se afastar. Isto posto, continuou trabalhando freneticamente, enquanto a outra turma ficava afastada esperando o fogo. Quando este foi executado e fez a abertura, foi uma festa só. A outra turma ficou pê da vida, pois iria ganhar a competição.

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  10. Ele também me disse que a diferença de alinhamento quando foi dado este último fogo foi de apenas 2 cm, e a de nível foi de 10 cm. Ele usava um teodolito muito preciso (não lembro a marca), que dava para estimar 5 segundos de arco. Já eu usava dois teodolitos bem menos precisos: um D. F. Vasconcelos cinza claro, bem grande, que não invertia as imagens e por isso estas eram um tanto turvas, e um Wild verde, menor porém mais preciso, que invertia as imagens.

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  11. No canteiro lá do Rebouças tínhamos duas escavadeiras, ambas Bucyrus-Erie: uma grande, azul, e uma pequena, reformada e pintada de vermelho vivo. Esta era apelidada de Brigitte, talvez porque reformada ficou muito bonitinha. Mas vivia dando problema.

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  12. Quando a companhia pegou a imensa obra em Belém, a Bucyrus-Erie azul foi enviada para lá, não se se por terra ou por mar. Uma vez chegada, foi colocada na prancha de um caminhão e levada para o canteiro de Perpétuo Socorro (ou Telégrafo Sem Fio, como preferirem). Quando o caminhão parou para desembarcar a escavadeira, a rodovia foi fechada por nós. Era a Rodovia Arthur Bernardes, mais conhecida como Rodovia do SNAAPP (Serviço de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará, companhia posteriormente transformada em ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A.).

    O operador era um negão careca, corpulento, gente finíssima, vivia brincando e rindo, apelidado de Excelência porque tratava a todos por esse nome. Colocaram dois pranchões grossos para a escavadeira descer do caminhão, com as lagartas passando por eles. No meio da descida, a máquina começou a derrapar de lado, ameaçando tombar. O Excelência se manteve firme no controle e conseguiu trazê-la ao solo. Foi um big susto.

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  13. Túneis são obras perigosas. Há muitos relatos de dezenas e centenas de mortes quando ocorrem incêndios de veículos dentro deles. Só de trens maria-fumaça eu já li dois, um na Itália no imediato pós-guerra e outro na França. E mais um de funicular nos Alpes, bem mais recente. Se bem me lembro, neste último algumas pessoas tentaram sair pela boca superior do túnel e outras pela inferior. As que tentaram pela superior morreram todas, porque a fumaça do incêndio também resolveu fazer o mesmo percurso.

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  14. O Helio deveria escrever um livro com suas aventuras.
    Um não, vários.
    Um sobre as viagens ao exterior, outro sobre as viagens no Brasil, um sobre a Alemanha, o sobre os bondes, um sobre o período escolar, outro sobre relações familiares e trabalhistas,
    Não esquecer das placas de carros e das companhias aéreas. A quantidade de detalhes de que se lembra é absolutamente notável.

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    1. Obrigado pelas gentis palavras, Anônimo. Não sou diferente de vocês, apenas sou sem-vergonha e procuro escrever em detalhes coisas que vivi, sem medo de ser vaiado aqui. Acho que todos vocês poderiam fazer o mesmo e isso enriqueceria bastante o SDR, dando margem a comentários sobre os assuntos postados.

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  15. Hélio Ribeiro, em uma postagem anterior você fez um comentário sobre a canalização do rio Berquó, em Botafogo. Qual o percurso que este rio faz até a sua foz na praia de Botafogo?

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    1. Você diz agora ou antes da canalização?

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    2. Se você se refere ao novo percurso, a obra de canalização do Berquó vai descendo desde rua Visconde Silva, passando pela Mena Barreto e emendando com a Professor Álvaro Rodrigues (aberta justamente por causa da obra), daí cruzando as pistas da Praia de Botafogo e do Aterro e desaguando na enseada.

      A postagem do dia 09/10/2024 desce a mais detalhes sobre esse rio. Ali cito que ele nascia na atual rua Viúva Lacerda, pegava a atual Visconde Silva, fazia curva por dentro do atual cemitério, descia mais ou menos pela General Polidoro e desaguava na enseada.

      A nossa obra interceptou o rio justamente na Visconde Silva.

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    3. O Berquó e o Banana Podre captavam as águas dos morros da área do Humaitá, encosta do Corcovado, e as levavam até a enseada. O Banana Podre foi canalizado por baixo da rua São Clemente e desagua também na enseada.

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  16. Tenho curiosidade sobre antes e depois da canalização. Pouco sei sobre ele. Sei que ele passa por baixo do cemitério São João Batista, após ter sua nascente lá na região do Humaitá, e tem sua foz lá perto da piscina do Botafogo.

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  17. Entendi. Então eu conheço a nascente dele, lá no alto da Viúva Lacerda. Muito obrigado pelas informações.

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  18. O Banana Podre eu tenho menos informações ainda. Sabe onde ele nasce na região do Humaitá? A foz dele está no mesmo ponto do Berquó? Certa vez fui a um restaurante nas proximidades que a comida estava ótima, mas o cheiro era de esgoto. Acredito que eram os rios.

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    1. Um momento, Victor. Já vejo para você. Estou numa ligação telefônica. Aguarde uns 20 minutos, por favor.

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    2. O Banana Podre nasce nas encostas do maciço do Corcovado e recebe contribuições de rios das ruas Icatu e do morro Dona Marta, descendo pela Alfredo Chaves. Tinha curso sinuoso e corria pela parte traseira das casas da rua São Clemente, desviando depois para a esquerda, cruzando a rua Marquês de Olinda e desaguando na enseada de Botafogo. O Luiz disse que ele passava atrás do Colégio Santo Inácio, antes da canalização.

      O ponto onde ele desagua atualmente, ao que parece, é na enseada de Botafogo, altura da rua Visconde de Ouro Preto. Mas acho que foi feita uma galeria de cintura. Não sei bem o que é isso, mas imagino que ele tenha sido canalizado por baixo da São Clemente e ligado a essa galeria de cintura, que circunda a enseada e joga o desague do rio na altura da Visconde de Ouro Preto.

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  19. A obra do rio Berquó também incluiu uma galeria de esgotos paralela à do rio. Ela também iniciava na Visconde Silva mas morria na Praia de Botafogo, ligando-se a uma linha de esgotos que vem através da via da praia, junto aos prédios, e passa perto do antigo cinema Guanabara, em direção a uma elevatória (Urca, se não me engano). Já a galeria do rio atravessava as pistas e desaguava na enseada.

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    1. Muito obrigado pelas informações. Como estes rios estão canalizados, no futuro, poucos saberão que eles existem.

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  20. Vai haver postagem amanhã no concursodecinefilia.blogspot.com ?
    Por que será que o Luiz está fazendo esta série “Esvaziando o arquivo”?
    O que aconteceu com o Mário que nunca mais apareceu?
    E com a Evelyn que reapareceu e voltou a sumir?

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    1. Sim, vai haver a quarta rodada do concurso de cinefilia. Está prevista como sendo a última.

      Quanto ao Mário, está um mistério. Ninguém sabe o que aconteceu com ele. Mas não deve ter sido algo bom. Ele era muito ativo e presente aqui.

      A Evelyn é como eclipse do sol: só aparece de vez em quando.

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  21. Masc (10:30) - a título de curiosidade, salvo engano meu, os primeiros posts do "Rio que Passou", do Decourt, foram justamente sobre o túnel Rebouças e o projeto de pedágio.

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  22. Na primeira foto gostei do Corcel 4 portas todo customizado...e tmb do Chevrolet Chevelle 1964 a direta...aparece só um pouco dele ,da cintura pra cima..

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    1. Chevelle? É o carro na extrema direita, em baixo, onde aparece a silhueta do motorista?

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    2. Isso,Chevelle Malibu...até 1963 se chamava Chevy II Nova...Em 1964,ganhou uma linha a parte ,virando Chevelle Malibu

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  23. Hélio Ribeiro 17:42 > estou contigo, Hélio, essa sumida do Mário não deve ter sido algo bom, como você mesmo falou. Era um cara agradável e comentava todos os dias. Ele esteve presente num encontro nosso no Degrau, quando o conheci pessoalmente. Acho que o Luiz tem o contato dele. Gostaria muito de ter notícias.

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