A
Fundação Otávio Mangabeira (FOM), fundada na gestão do Gov. Carlos Lacerda
(1961/1965), na Guanabara, tinha como objetivo viabilizar obras sociais através
do patrocínio conseguido junto à iniciativa privada, sendo responsável pela construção
de 42 unidades escolares, que ficaram conhecidas como “Escolas FOM”.
O
projeto destas escolas, que seriam temporárias, visava à economia da execução,
à versatilidade da implantação em diversos tipos de terrenos e à rapidez da
construção. Uma “Escola FOM” era construída no tempo recorde de 14 dias, para
durar cinco anos.
Em
26/11/1961 o Correio da Manhã noticiava que a Fundação Otávio Mangabeira
anunciou a construção de uma escola para 500 alunos, em dois turnos, na Av.
Princesa Isabel (Leme). A FOM anunciou, ainda, que a construção da referida
escola seria concluída em apenas 60 horas, pois se tratava de um prédio
pré-fabricado. Decorridas as primeiras 24 horas do início da construção o
aspecto era o que se vê na foto acima. Em nota mais realista a FOM informou que
o prazo de 60 horas seria cumprido "se" o material tivesse chegado ao
local no tempo oportuno.”
Houve,
à época, uma série de eventos beneficentes em prol da FOM, como peças de teatro,
estreias de filmes ou doações de entidades como o Jockey Club Brasileiro e
muitas empresas.
Mas
estourou um escândalo por conta de doações supostamente feitas pelo “jogo do
bicho”. Foi instaurada uma CPI, que foi manchete no “Correio da Manhã” durante
meses, para apurar o envolvimento do Governo do Estado. A coisa foi tão confusa
que até o Papa João XXIII foi envolvido, segundo depoimento do coronel Ardovino
Barbosa, através de pedido do Núncio Apostólico. A diretoria da FOM prestou
inúmeros esclarecimentos, bem como o gabinete do Governador. Não consegui
descobrir o desfecho da CPI.
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Iniciativa interessante para rapidamente solucionar a falta de escolas. Ainda mais com a participação popular. Mas no Brasil sempre há o outro lado. Se o bicho doou é porque iria ter alguma vantagem.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirEducação, saúde, transportes...
Tem sempre político envolvido, levando vantagem.
São escolas, "centros sociais" ou transportes "alternativos", entre outras atividades.
Bom dia!
ResponderExcluirO básico deve ser fornecido pelo estado por meio de nossos impostos. Quando pedem esmolas,doações,criança esperanças, dízimos... para esta finalidade sempre acaba em escândalo.
Fom/Fom gostei do relato e pena que o desfecho tenha ficado meio que sombrio.Pelo visto o projeto desandou e também não consegui saber se a escola foi concluída em 60 hs ou 600 dias pois dependia da chegada do material.Excelente enredo para escola de Samba.O Brasil realmente é um país único e vou ficar aguardando os comentários dos admiradores do sr. Lacerda ou mesmo do seus opositores. É uma cantilena para ninguém botar defeito.Gostei mais desta postagem do que do jogo Brasil e México.
ResponderExcluirBom Dia! Lembro deste projeto,que tinha tudo para dar certo. No meu entendimento,todo avanço se inicia pelas educações. Ambiental,Patriótica,Política,etc. Hoje,pela desordem que se instalou,será difícil botar "botar ordem na casa",mas acho que ainda é possível.
ResponderExcluirNa Ilha do Governador conheço um estabelecimento oriundo da F.O.M. Era a antiga Escola Costa Rica, que teve o prédio demolido e reconstruido pela Fundação. Na inauguração, politicamente o Governador Carlos Lacerda mudou o nome da Escola para Sun-Yat-Sen...Os alunos ficaram sem entender nada...
ResponderExcluirHavia uma legislação no antigo Distrito Federal que determinava que as construções em favelas não poderiam ser de alvenaria, pois estas não poderiam ser demolidas com facilidade. Com isso ficava claro que o estado não possuía qualquer contemplação ou leniência com "habitações precárias". O projeto dessas "construções temporárias" parece ir de encontro à visão das autoridades estaduais. Lacerda estava certo ao reprimir a ocupação de espaços urbanos irregulares. Enquanto a visão estatal se manteve assim, no Rio e no Brasil era possível pensar em ordem e progresso. Essas escolas eram erguidas próximas de favelas e cinco anos seria o tempo adequado para que tanto escolas quanto favelas desaparecessem. Mas veio 1964 e as consequências disso podem ter prejudicado o projeto. Tivesse o Brasil mantido a política vigente na época, onde "todos conheciam seus lugares", certamente estaríamos navegando em "águas tranqüilas" ao invés do caos vivido atualmente. E continuo a afirmar que enquanto a grande maioria não se despir da hipocrisia, do "politicamente correto", e aceitar "as coisas como elas são", nunca sairemos desse "charco social"...
ResponderExcluirO jogo entre Suécia e Suíça mostrou que os dois países são bons em outras coisas mas em bola deixam a desejar e ganharam os suecos sem muita inspiração e vão ter que jogar mais para seguir em frente.Jogo muito fraco e é bom verificar outros índices dos dois países.Quero ver se alguém da imprensa esportiva vai ter coragem de perguntar ao Tite sobre suas declarações sobre Neymar em 2012 após um Corintians e Santos quando falou o mesmo que Osório disse ontem sobre o modo de agir do jogador.Quero ver ele explicar no seu titês porque mudou de opinião e agora defende tudo o que Neymar faz em campo.O vídeo já está nas redes sociais.
ResponderExcluirJá temos um europeu na final. Dos oito que sobraram, seis europeus mais Brasil e Uruguai.
ResponderExcluirGostaria de ver a opinião do Lino e do gerente sobre o nível técnico da Copa.Em minha opinião se vinha de forma razoável no começo, a partir de hoje foi um circo de horrores.Dois jogos que ficaram devendo ao nosso brasileirão e fiquei com saudades de alguns jogos daqui.Se jogarem o que jogaram hoje o Brasil vai acabar ficando numa boa.A Russia não jogou bem ontem e não sei a Bélgica é uma outra e se a França vai repetir o ultimo jogo.O Uruguai parece instável.Estou achando a coisa confusa,ou não?
ResponderExcluirPode dar qualquer coisa. Mas França, Uruguai, Brasil e Bélgica têm jogadores mais decisivos.
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