Total de visualizações de página

segunda-feira, 13 de maio de 2019

FÁBRICA AYMORÉ

 
Vemos o protesto de empregados da Fábrica de Biscoitos Aymoré, subsidiária do grupo Moinho Inglês, em 03 de agosto de 1960. Reportagem do Correio da Manhã dá conta que 315 trabalhadores receberam uma carta comunicando que estavam transferidos para a fábrica de São Paulo.
Os que não se conformassem com a transferência receberiam 40% das indenizações a que tinham direito. Ambas as propostas foram rejeitadas pelos trabalhadores, que exigiram ser indenizados de acordo com o que determinava a legislação.
Após negociações parte dos empregados aceitaram receber 50% das indenizações. Mas a 9ª Junta de Conciliação e Julgamento, em maio de 1960, deu ganho de causa à reclamação de outros 292 trabalhadores, por unanimidade, que então receberiam a indenização legal e os que tivessem mais de dez anos na empresa deveriam receber a indenização em dobro.
A empresa interpôs recurso à decisão do Juiz Mathias Neto. O “imbróglio” agravou-se com a longa greve em solidariedade aos trabalhadores do Rio feita pelos trabalhadores da mpresa em São Paulo.
Não consegui descobrir como o assunto terminou.
PS: E obiscoitomolhado deve retornar ao trabalho nesta segunda-feira.

23 comentários:

  1. Bom dia!
      O biscoito nasceu nesta fábrica.

    ResponderExcluir
  2. Bom dia,Luiz,pessoal,
    Hoje será um dia cheio para o Biscoito, é carro que não acaba mais.
    Curioso, o cartaz mais próximo do fotógrafo diz "Fleming, pirata inglez (sic) do século XX encalhou seu barco na Guanabara". Seria referência ao dono da fábrica?
    Naquele tempo, apesar da economia ser menos problemática do que atualmente, transferir-se para SP para trabalhar devia ser bem complicado para a grande maioria destes funcionários, em geral pessoas pobres.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tá explicado.
      A princípio, eu não identifiquei o local, pois o recorte da foto está concentrado nos manifestantes. Mais abaixo, o Biscoito diz ser na Cinelândia.

      Excluir
  3. Antes que mais gracinhas se alevantem, vamos aos carros: Em 1960, já com a indústria automobilística nacional funcionando bem, um Oldsmobile 1953 ainda fazia bonito. Ao seu lado, uma picape Ford F-100, das primeiras, com o parabrisas curvo, mas não envolvente, 1957-58.
    Na calçada da Gaiola das Loucas, um elegante Chrysler 1952 pode ser visto entre as placas, enquanto, para alegria de M. Rouen, um modesto Peugeot 203 atrapalha o movimento próximo à esquina.
    Na calçada do Teatro Municipal, um Ford Consul 1950 aproveita um dia sem enguiços e um enorme Oldsmobile 98, 1954, repousa suas duas toneladas, atracado, e meio que encobrindo um Fusca.
    No meio do trânsito, um observador escolado vai achar um Hillmann Minx preto.
    Há um carro claro bem interessante, encoberto por um Jeep, mas nem com muita farinha consigo chutar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Oldsmobile na calçada do Teatro é um 88 Holiday coupé. A954. Mas não é 98, o que tira uns 200 quilos de cima.

      Excluir
    2. E o carro encoberto pelo Jeep é um Hudson Hornet 1951. A janela sobre o capô do Jeep é a terceira janela do Hudson.

      Excluir
  4. Bom dia, Dr. D'.

    Será que o Biscoito aparece? Pessoal está em greve...

    ResponderExcluir
  5. PS1 - falando em Biscoito, hoje é o dia do automóvel...

    PS2 - hoje acontece o velório do Lucio Mauro, no Theatro Municipal.

    ResponderExcluir
  6. Bom dia a todos. Talvez tenha sido o início do êxodo das industrias do Rio para São Paulo, acentuada pelo Sr. Leonel Brizola, e atualmente pelos altos impostos estaduais, municipais, juntamente com uma criminalidade instalada na cidade e no estado.
    E com seus governadores e prefeitos incompetentes e corruptos. Uma população tolerante e viciada pelos benefícios de ter sido Capital Federal, que até hoje não percebeu, e acredita que é um estado diferente, porém que só vem empobrecendo juntamente com a sua população a décadas. Hoje o Rio de Janeiro é a sede da maioria das ONGS do País, dos partidos de esquerda e onde a criminalidade se instalou em todos os setores públicos, do executivo ao judiciário. O Rio de Janeiro é o local que mais se parece com o rabo de cavalo, só cresce para baixo.

    ResponderExcluir
  7. O Biscoito furou a greve antes de eu ter comentado...

    E a Mega Sena premiada apostada pela internet? Antes já havia desconfiança quando saía para locais distantes. Agora, nem dá para saber para onde foi...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se faz necessária uma abertura da caixa preta dessas loterias da Caixa Econômica, o roubo corre a solta nestes sorteios.

      Excluir
  8. Em um tempo de "pleno emprego", esse tipo de arbitrariedade podia ocorrer. Mas a justiça funcionava a contento e colocava a situação em ordem. Realidade bem diferente da atual, onde uma magistratura oriunda do "Olimpo", detentora de salários e vantagens milionárias e inacreditáveis, busca "quase sempre" atender interesses que atendem a inter$$es que mais lhe convém. A Marilu erã a principal concorrente da Aymoré e sua fábrica possuía até um pequeno ramal ferroviário. Ficava no início da Avenida Brasil, mais ou menos onde está o INTO.

    ResponderExcluir
  9. Bom dia a todos.
    Sempre busquei informações sobre o moinho inglês e nunca encontrei informação nenhuma e também pouquíssimas fotos, quase nada.
    Vale recordar que o moinho inglês ficava na avenida Rodrigues Alves, na zona portuária, e no mesmo lado do qual havia ou ainda há do moinho fluminense.
    Alguém saberia dizer em qual ano acabou do moinho inglês?
    Suas instalações ficavam ao lado da cibrazem, aonde hoje é o Aquário.
    Foi em 1960 que o Rio de janeiro, paulatinamente, começou a caminhar para a cidade e estado falido que hoje se apresenta.
    Veja no texto do Luiz que os empregados foram transferidos para SP.
    Outra coisa interessante é da "solidariedade" dos empregados de lá aos do Rio de janeiro, que também fizeram paralisação. Algo raro, sendo que a ulúlti vez que vi foi em 2013 naquela questão da passagem de ônibus.
    Como dizem por aqui: " outros tempos".

    ResponderExcluir
  10. O Brasil herdou de Portugal o "lado podre" de sua corrupta estrutura "administrativa e fiscal" vigente nos tempos da Colônia e o resultado é a "cloaca permanente" em que vivemos. Mas o Brasil é criativo em maldades e vilanias e "aprimorou tal estrutura", já que se compararmos nossa realidade atual com os tempos do "quinto do ouro" e da "derrama", chega-se à conclusão que o Brasil Colônia "era uma Suíça". Até 1985 a carga tributária "de impostos diretos" era de 21% e atualmente é de 43%. Não é sem razão que o Brasil é o campeão da pirataria e da falsificação. Não comércio ou indústria que resista. Sustentar políticos, juízes, favelados, viciados em drogas, e uma corrupção estratosférica tem um preço.

    ResponderExcluir
  11. Tradicional local de protestos.
    Famoso jingle da Aimoré, o do índio camarada, teve uma versão diferente, cantada pela garotada nos anos 60, porém nunca na frente de moças e senhoras.
    Os biscoitos Aimoré agora são da Arcor, empresa de origem argentina. Fim dos tempos.

    ResponderExcluir
  12. Quando li do sobrenome Fleming, imediatamente remeti ao pai do agente secreto mais famoso do mundo, o 007.
    Ian Fleming ainda estava vivo em 1960, entretanto, não viveria o suficiente para gozar da fama de sua criação, porque quatro anos depois, em 1964, falecera.

    ResponderExcluir
  13. Apesar do declínio da indústria, sobretudo a naval e farmacêutica, o Rio de Janeiro é o principal pólo energético do país pois congrega petróleo, gás e energia nuclear. Se muitas indústrias da capital acabaram, ou foram transferidas para outros estados, várias indústrias cresceram nas cidades do interior, como a petrolífera em Duque de Caxias, cosméticos em Nova Iguaçu, automobilística em Resende/Porto Real e siderúrgica em Itaguaí.

    ResponderExcluir
  14. Desde o início do Século XX havia uma conspiração dos "Estados Café com leite" para destruir ou pelo menos quebrantar Rio de Janeiro. A criação de Brasília foi um duro golpe no antigo Distrito Federal, pois a transferência da capital para Brasília fez com que não só o poder foi transferido mas também muitas empresas e repartições públicas. A a malfadada fusão com o "velho Estado do Rio" teve o objetivo de dividir a prosperidade da Guanabara com um Estado que era síntese do atraso, com quadrilhas políticos nem enraizadas. O que não era esperado é que imensas reservas de petróleo fossem descobertas no Estado do Rio, frustrando um plano tão bem elaborado. Mas o mal já estava feito e as industrias que existiam aqui já estavam em franca decadência, com o Rio caminhado para assumir o lugar como "capital da violência", do tráfico, das favelas, e do maior valhacouto de criminosos do "mundo civilizado". Adhemar de Barros e J.K, dois dos artífices dessa decadência, eram corruptos "de primeira linha", mas não poderiam imaginar o "rastilho" de desgraças que causariam ao Brasil. Curiosamente J.K terminou seus dias espatifando sua triste existência em uma estrada do sul do......Estado do Rio.

    ResponderExcluir
  15. O Biscoito Aymoré tinha boa qualidade e boas vendas,sendo que desconhecia esta turbulência na empresa,quando queria dar umas migalhas para a galera.Não deixa de ser uma situação de espanto...

    ResponderExcluir
  16. Nos meus tempos de criança as marcas de biscoito eram Aymoré, São Luiz (Nestlé), Piraquê e Tostines. Hoje existe uma infinidade. E os tipos de biscoito também aumentaram muito. Acho curiosa aquela disputa Rio x SP sobre biscoito ou bolacha. A maioria das industrias alimentícias pertence ao estado de São Paulo e todas usam o termo bolacha apenas para um tipo específico de biscoito. De resto temos BISCOITO waffer, BISCOITO recheado, BISCOITO cream cracker, etc... Nunca vi nenhuma embalagem de BOLACHA waffer, BOLACHA recheada, BOLACHA cream cracker, etc..Então acho que os cariocas estão com a razão, embora eu seja obviamente suspeito.

    ResponderExcluir
  17. Esqueceram o biscoito que tinha até uma musiquinha que cantavam no Maracana: "É hora do lanche que hora tão feliz,queremos a........do juiz...Desse biscoito ninguém falou.

    ResponderExcluir
  18. FF. A TV GLOBO protagonizou ontem após o jogo Santos X Vasco, a maior estupidez que já vi uma emissora de TV realizar. Sem ter uma pessoa com o mínimo de sensibilidade para identificar que a pesquisa que estavam realizando estava sendo sabotada pelos telespectadores, que indicou o goleiro do Vasco o melhor jogador do jogo, que ontem teve um dia infeliz, foi lhe entregar o troféu de melhor jogador em campo. Será que não tinha nenhum imbecil na TV, que suspendesse a pesquisa, para a emissora não protagoniza o papel ridículo e de desrespeito a um profissional, que numa tarde infeliz cometeu falhas que contribuíram para a derrota do seu time. É esta a atual realidade da ex TV de padrão globo de qualidade.

    ResponderExcluir