Prosseguindo com a série sobre as pedreiras, idealizada pelo Carlos
Paiva, vemos hoje uma das mais importantes e existente desde o período colonial – a PEDREIRA DE SÃO DIOGO.
Ficava próxima ao Cais do Porto, onde existiu tempos depois a estação de São Diogo, da Estrada de Ferro
Central do Brasil, no Santo Cristo. Em tempos antigos ficava na ponta da Praia
Formosa, tendo uma face virada para a Baía de Guanabara e outra para a cidade. mas seguidos aterros, a construção de novas ruas e a extinção do Mangal de São Diogo que ligava o Centro à Zona Norte, modificaram totalmente a região.
O nome se deve ao alferes Diogo de Pina que erigiu uma capela em louvor
do santo nesse morro. O alferes se celebrizou por enfrentar os invasores
franceses comandados por Duguay Trouin e deu nome também aos antigos Mangal de
São Diogo e Saco do Alferes.
O material desta pedreira, definido por Paula Freitas como um
"gneisse primordial", foi usado na construção do atual prédio da CPRM - antigo Palácio dos Estados na Av. Pasteur, no prédio onde funcionou a Imprensa
Nacional e, por muitos anos, foi explorada em proveito dos serviços da Central
do Brasil.
Trabalhadores da Pedreira de São Diogo trabalharam em vários chafarizes,
aquedutos, no canal do Maracanã e em obras do Passeio Público. No século XIX a
maioria era de escravizados.
O morro foi bastante corroído, mas ainda resta uma parte que abriga a
favela Moreira Pinto.
Era duríssimo o trabalho lá. Os trabalhadores sofriam muito neste serviço. Em 29/03/1905 o “Correio da Manhã” também noticiou um terrível acidente nesta
pedreira ao explodir uma mina. Em 1968 houve um desmoronamento que deixou 40
pessoas soterradas. Foi o fim da pedreira (contam I. Mota e P. Pamplona em seu ótimo “Vestígios
da Paisagem Carioca”).
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Há um curta-metragem de Leon Hirszman, de 1962, sobre a Pedreira de São Diogo.
ResponderExcluirA estação mencionada era conhecida como "Marítima" e era uma estação de cargas para trens de bitola de 1,60 m. Tinha ligação com o terminal D.Pedro II. Atualmente no local a Cidade do samba. O terminal de Praia Formosa era voltado para trens de bitola métrica da Leopoldina e também da Rio D'Ouro e era ligado ao terminal Barão de Mauá. ## Quebrar pedras sob sol escaldante deveria imposta para fraudadores de dinheiro público e políticos em geral, bem como para traficantes de drogas.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirA pedreira é bem visível de vários ângulos por quem vai ou passa pelo centro.
FF: teremos algumas "rebarbas" do ciclone que passou pelo sul do país, traduzidas em ressacas e ventos de moderados a fortes. A chuva está prevista para a noite, de fraca a moderada em alguns locais. De madrugada já houve uma ventania que trouxe muita folhagem para o quintal.
Em tempo: sobre o deslizamento de 1968, existe pelo menos uma foto do acervo do AN (fundo Correio da Manhã) e do Globo.
ResponderExcluirOs trabalhadores de pedreiras de antanho deveriam ter aposentadoria com tempo muito reduzido se houvesse fiscalização.Lembro das marretas e dos pequenos furadores tudo na base do muque..Nada de EPI e o sistema osteomuscular ia literalmente para o vinagre...O gerente deve ter visto muita coisa....
ResponderExcluirFF:A Globo parece estar tentando ainda queimar cartuchos para o Flamengo não transmitir o jogo de hoje.Sabe que se não conseguir impedir,o Flamengo vai ficar com bala de prata para usar no futuro.Está claramente abrindo guerra contra o Flamengo,mas é bom lembrar que o Atlético do Paraná já está fora desde o ano passado.A conferir o andamento.
O Flamengo fará uma experiência interessante. Embora a transmissão seja gratuita haverá a possibilidade de "comprar" um ingresso. Serão disponibilizados aos valores de reais 5, 10, 20 e 50, acho eu. Se 500 mil espectadores comprarem o de 10 reais seriam 5 milhões. Nada mal. O jogo anterior que foi transmitido teve 6,5 milhões de espectadores.
ExcluirPois é Mestre,penso que o Flamengo está desde algum tempo avaliando esta possibilidade de fazer um mercado próprio com a sua marca e nos jogos em que tiver mando.Com esta ação e mantendo o padrão que que fez nos últimos meses,poderá sim ter outra fonte de renda bem interessante.Parece que esta hipótese está incomodando a Globo.
ExcluirE o hoje é dia de botafoguenses torcerem pelo Flamengo.
ExcluirSe ajudar a falir a Globo, eu apoio a iniciativa do Flamengo, mesmo sabendo que os outros clubes do Rio, irão morrer bem mais rápido.
ExcluirBom dia a todos. Realmente esta série está trazendo informações bastante relevantes sobre o Rio de Janeiro. O Túnel João Ricardo foi construído na base da Pedreira São Diogo, no início do século XX.
ResponderExcluirA 1ª. foto, que mostra um portal na Quinta que não existe mais, apesar da distância, mostra muito bem a dimensão exagerada da pedreira.
ResponderExcluirA dúvida é se a São Diogo vai do Mangue até o Túnel João Ricardo, como disse o Lino, ou se tinham nomes diferentes em cada trecho.
As demolidas estações de trem São Diogo e Formosa, mais a estação de bonde de tração animal, prédio ainda existente, deviam ter bastante movimento, tanto de cargas, do porto e da pedreira, como de passageiros desses locais e mais grande movimento de moradores e frequentadores da Cidade Nova.
Paulo Roberto também não garanto a informação, só escrevi o que o meu tio avô dizia quando eu era criança, que só chamava o túnel João Ricardo de túnel da Pedreira São Diogo.
ExcluirFF: Não sou adepto de Marcello Crivella mas essa eu tenho que tirar o meu chapéu. Em uma enorme operação na região da Gardênia Azul, próxima à "Vila do Pan" e com a presença da PM, GM, e M.P, a SEOP está neste momento demolindo cerca de vinte edifícios irregulares construídos pela Milícia, sendo que alguns deles estão ocupados. A Light já arrancou toda a fiação e cabeamento elétrico. A região é de preservação ambiental e estava sendo loteada por milicianos. Apartamentos construídos em estilo "nordestino", sem fundações, saneamento, ou elevador, tinham preços de até R$150.000,00 para um apartamento de três quartos. Parabéns! A "chorumela de sempre vai acontecer", mas fazer o que? "Dura lex, sed Lex". Tratar casos desse tipo com leniência ou "coitadismo" é dar mais um passo para aumentar a barbárie em que vivemos, "num sabi?"
ResponderExcluirFalar do trabalho de escravos nessas pedreiras é lembrar que tal prática infelizmente perdura até hoje quando ainda há trabalhadores em condições análogas à escravidão nos rincões do nosso país. E, lamentavelmente, perdura também o preconceito de quem julga determinada raça ou origem inferior a outras e deixa transbordar essa profunda ignorância e pequenez até mesmo nos mais doutos ambientes. Sorte a nossa podermos contemplar o passado da nossa cidade tão única sem, no entanto, esquecer que assim como belezas foram perdidas, algumas mazelas sobrevivem até os tempos atuais.
ResponderExcluirTendo em vista o comentário "anônimo" das 15:18, digo que o Brasil "começou errado" e consertar um "erro continuado" de 500 anos consecutivos levará centenas de anos. Chile, Argentina, e Uruguai, são países melhores principalmente porque nunca utilizaram populações alienígenas como mão de obra escrava. Em países como Brasil e EUA as consequências foram terríveis, se fazem sentir até hoje, e não se sabe por quanto tempo persistirão. Não há como o Brasil se tornar um país civilizado apenas "passando uma borracha". O que estamos vendo nesses tempos de Pandemia são só uma amostra do que está por vir. Alguns comentários a esse respeito que já postei aqui nunca foram publicados, talvez por serem realistas em demasia ou por razões que desconheço, mas com uma população "culturalmente frágil" e socialmente desqualificada, onde a taxa de fecundidade é semelhante às mais atrasadas repúblicas africanas, e tutelada por uma "seletiva escória política", a probabilidade de essa estória terminar com um final feliz é tão real quando um disco voador descer na praia de Copacabana.
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