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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

GUIA TURÍSTICO DO RIO - ANOS 1960-1970 (2)

Continuamos explorando o Guia Turístico do Rio, hoje com o anúncio de algumas lojas. Não sei o critério para a inclusão de cada uma. Teria sido uma escolha do redator ou teriam vendido o espaço para os interessados?

Das que aparecem nesta foto lembro apenas da "Bonita", perto do Roxy, e da "Coelhinho Branco", perto da Galeria Menescal, de artigos para crianças. Também da "Don Quixote", na esquina da Dias da Rocha, que via desde a varanda de casa e onde comprei camisas. A "Casa José Silva", quase em frente ao cinema Copacabana, era famosa. 


Sobre as boutiques nada sei. Lembro da fama dos sapatos da Spinelli, rivais dos da Motex. Entre as lojas de brinquedos citadas o destaque é para a Hobylandia, no Centro.


 Sobre as boates, só mesmo com o auxílio do Conde di Lido, frequentador destes locais. As citadas são quase todas famosas, mas conheci muito poucas. A Zum-Zum abrigou o famoso show "Vinicius e Caymmi no Zum-Zum com o Quarteto em Cy" (cujo LP e, depois CD, ouvi milhares de vezes). A On the Rocks ficava no Panorama Palace Hotel e eu só passava por ela a caminho do terraço do Berro d´Água. A Bolero contam que era a Help da época. Já a Bierklause, no Lido, fui algumas vezes. Era um bom lugar para ouvir música, dançar e beber chope. O Canecão vivia a época áurea de shows, com os grandes da música popular se revezando no palco. Chico&Betânia, Clara Nunes&Paulo Gracindo, Roberto Carlos e tantos outros, além de atrações internacionais.

Já entre os bares, nestes sim fui muitas vezes. Desde o primeiro chope no Castelinho, ainda adolescente, até o chope e o papo no Veloso (antes de virar Garota de Ipanema), o Jangadeiros ainda ao lado do cinema Ipanema na Praça General Osório, a pizza no Varanda da Praça N.S. da Paz. Ao Bar Luiz, área do mestre Lino, só fui depois. O Zepelin, fechou antes da minha época.

Amanhã acaba esta série.

12 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Salvo engano, o sétimo dígito dos telefones apareceu ainda no final dos anos 60, mas a calça boca de sino da propaganda entrega a época do guia.

    Lembro da filial da Casa José Silva de Madureira. Assim como o gerente, também dei umas passadas na Hobbylândia do Avenida Central. Bar Luiz só na porta... Assim como o Canecão.

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  2. Bom dia.
    Entre as lojas, chamaram minha atenção por ainda existirem a Via Veneto (do mesmo grupo da Brooksfield, hoje existem lojas das duas marcas em todo o Brasil), e a Elle et Lui (aparentemente "encolhendo" hoje em dia).
    A Windsor era uma beleza de loja, com ar condicionado!e artigos finos e caros.
    Duas boutiques femininas, a Aniki Bobo e a Bibba - principalmente a última - eram muito famosas entre as mulheres.
    A boate Le Bateau, quando tive idade e algum dinheiro para ir, fechou ....

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  3. Bom dia a todos. Observando a formatação deste Guia, é muito parecida com a dos antigos catálogos telefônicos páginas amarelas. Quanta coisa a nossa cidade perdeu, mas o pior de tudo, foi que as substituições não foram a altura. Não creio que existam nos dias de hoje boates de qualidade na cidade, barzinhos com música ao vivo, acho que perdemos qualidade com o passar do tempo, a cidade vai aos poucos perdendo o seu charme, sem locais frequentados por habitues famosos.

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    1. tem razão, Lino. Tenho saudades de um piano bar como o Flag, Number one, Antonino, Alô Alô, etc...

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    2. Na zona Norte os barzinhos com música ao vivo foram substituídos por biroscas que usam gigantescas caixas de som para tocar em altíssimo volume forró, sertanejo e funk até altas horas da madrugada.

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  4. Ganhei brinquedo da Hobbylândia, loja que para mim era a grande atração, senão a única, não só do Edifício Central como de todo o Centro da Cidade. Fora isso só um lanche no Bob's, no mesmo prédio, ou alguma outra lanchonete, me fazia aguentar fazer companhia para minha mãe nas peregrinações pelo comércio e repartições públicas.
    Dos produtos usei camisas da Casa José Silva, mas, claro, não sobreviveram, porém, dos estabelecimentos citados, tenho ainda um LP da Banda do Canecão, que em dias de Carnaval ainda faz algum sucesso na também sobrevivente vitrola.

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  5. vamos lá:
    Spinelli era para os ricos. Motex, Peixoto e Copamarvel, para os menos abastados.
    John Somers, não sabia que teve uma loja no Boticário. Ainda existe, acho, no Shopping da Gávea. Especializada em objetos de estanho.
    New Jirau substitui o Jirau que ficava numa loja do Barata Ribeiro 200. Já devo ter comentado nas nossas reuniões que, quando eu namorava a minha primera mulher, fomos ao Jirau, que pertencia o Sidney Regis e, de repente, apareceu um champanhe na minha mesas. Eu disse que não havia feito o pedido, mas o garçon disse que era cortesia do Sidney. Agradeci e depois ela me falou que era para ela, pois já tinha dado para ele... Moet Chandon... o cara deve ter tido boas lembranças.
    A Hobbylandia, do Ed Central era meu habitat, assim como o Bateau do Casteja.
    Tá bom?

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    1. Altemio Spinelli já estava popularizando seus mocassins. Esqueceu de falar do Pergentino Nesse que tinha seu ateliê na Xavier da Silveira e que o feitio de uma calça custava os tubos. Não mencionou que o DJ Ademir era a alma do Le Bateau...

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  6. Acho que o sétimo dígito dos telefones surgiu em meados dos 1970s. Quanto a perucas, a Fiszpan era famosa. Depois surgiram as Perucas Lady, com a conhecida propaganda a cargo da Neide Aparecida, que terminava com "Perucas Lady, tá?". Meu tio trabalhava para os donos, e uma vez fui de Kombi com ele pegar cabelos autênticos lá na cidade de Paraguaçu, Minas Gerais.

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    1. a Neide Aparecida foi o meu primeiro crush. Tinha uns 11 anos e fui na tv tupi e ganhei um premio dela com um beijo. Não lavei a cara por dias...

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    2. Hélio, tenho uma revista de 1969 mostrando propagandas com telefones de 7 dígitos, mas ainda haviam telefones com 6 dígitos. Algo parecido aconteceu quando colocaram o 8o dígito. Primeiro foram os telefones com começo 3 e 8 que ganharam um 3 na frente. Depois os demais (exceto o 9) ganharam o 2 na frente...

      FF: hoje morreu Cecil Thiré, filho da Tonia Carrero. Estava afastado por causa do Parkinson.

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  7. Eu diria que a Bossa Nova me animava para ir à algumas casas que não figuram nessa lista.

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