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domingo, 14 de fevereiro de 2021

CARNAVAL


Ontem foi um dia atípico em Ipanema, pois não houve o caótico e gigantesco desfile da Banda de Ipanema num sábado de carnaval. Embora em muitos lugares tenha havido aglomerações e festas clandestinas, o carnaval de rua não aconteceu em Ipanema, lembrando os velhos tempos do Rio Maravilha, quando a cidade ficava vazia no carnaval e podia ser desfrutada com tranquilidade.

Para não dizer que o “Saudades do Rio” não falou de carnaval, vemos hoje fotos do “Bloco do Eu Sozinho”. As fotos mostram Julio Silva, um repórter, que há quase 100 anos e durante quase seis décadas, desfilava pela cidade com o "Bloco Carnavalesco do Eu Sozinho".

Entrevistado num dos carnavais falou sobre a cinco melhores coisas que existem na vida, segundo ele: "Deus, Brasil, Flamengo, Família e Carnaval".

No tempo em que ele começou a desfilar tudo era tão mais organizado eis o texto de um requerimento ao Delegado Aluisio Neiva: "Eu, Julio Silva, repórter da "Gazeta de Notícias", residente na Rua Prefeito Serzedelo nº 240, casa 4, vem requerer a V.S. licença para sair à rua com o Bloco do Eu Sozinho, composto unicamente pelo peticionista. Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1925".

 







 

24 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Ele não tinha certeza se o bloco era com S ou Z... Ou então ele pegou alguma reforma ortográfica pelo caminho, já que era repórter.

    Estou adorando esta calmaria, inclusive na programação televisiva. Quem diria que teríamos rodada de futebol pelo Brasil em pleno domingo de carnaval? Jogos durante o carnaval não são novidade, mas não no domingo (pelo menos no Rio), por causa dos desfiles das escolas. Hoje temos dois, simultâneos, importantíssimos para o campeonato.

    Mas espero que o próximo carnaval seja normal, com uma grande parcela da população vacinada.

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  2. Bom Dia! Por vários anos seguidos pude ver o referido cidadão "desfilando" pelas ruas do Centro. Houve até um ano em que cheguei na hora em que ele estava sendo entrevistado pela equipe de uma rádio.

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  3. Diante dessa postagem mostrando uma época em que a seriedade e o respeito às leis eram a regra, poderia achar coerentes as medidas sanitárias tomadas pela Prefeitura do Rio neste carnaval se fossem realmente irrestritas, mas não é bem assim. Polícia, G.M, monitoramento das empresas que promovem festas clandestinas, cassação de alvarás, multas milionárias, tudo isso seria louvável "se fosse sério". Mas não é bem assim. Embarcações lotadas de gente sem máscaras, bailes funk cheios, e inacreditavelmente um CIEP na favela da Maré "bombando" com um mega baile funk a 50 metros "do asfalto" sem que seus participantes fossem importunados, mostra que "somos um caso perdido". Será que na Quarta-feira de cinzas teremos "pilhas de cadáveres" nas esquinas em razão do Covid-19?

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    1. Não na quarta feira de cinzas, mas, dentro de 20 dias, vamos ver a curva lá em cima...

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  4. Eu lembro dos jornais mostrando fotos do Bloco do Eu Sozinho. A grafia da palavra sozinho foi alterada com passar dos anos. Ele desfilava de sapato de couro preto, é mole?

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  5. Em algum momento entre a 37a e a 41a vez, houve a mudança na grafia.

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  6. Equivale ao bloco do celular ! Notícia de disponibilização de fotos da Folha no Google

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  7. Os anos em que a cidade "esvaziava" durante o Carnaval, com praias, cinemas e restaurantes podendo ser frequentados com tranquilidade, acabou - acho eu - lá por 2004/2005.
    O carnaval "de rua", com o surgimento de uma quantidade espantosa de blocos, o gigantismo de boa parte dos mesmos, a invasão de turistas de outras cidades e estados, transformou em "um inferno" a vida dos moradores que permanecem no Rio durante o período.
    Eu há anos desejava que algum fenômeno acabasse com os blocos da Zona Sul em geral e de Laranjeiras em particular (moro na Gal. Glicério).
    A gente tem que ter cuidado com o que deseja ... olha só no que deu !

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  8. https://youtu.be/AWi6M9aElpk
    Rio em 1962 - carnaval.
    Vale a pena ver.

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    1. As cenas de sempre: Pão de Açúcar, Corcovado, enseada de Botafogo, praia de Copacabana, lagoa Rodrigo de Freitas. O Rio se resume a isso. Tudo obra de Deus (para quem acredita n'Ele). Nada se deve ao carioca em si, exceto as deformações e destruições da paisagem natural e do meio ambiente. Mas o carioca se ufana - daquilo que não é obra sua.

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    2. Notei o sotaque no Samba do Avião. A cantora é italiana, Jula de Palma.

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  9. A Pandemia veio para "botar ordem no mundo" entre outras coisas. Para começar deu fim no festival de iniquidades que ocorria no carnaval, como os blocos que arrastavam milhares de pessoas cujos objetivos eram a embrigaguez, a desordem, o consumo de drogas, a lascívia, os excessos sexuais, e muito mais. A cidade se tornava mais suja do que é e a violência era desenfreada. Mas o principal foi a não realização dos desfiles na Marquês de Sapucaí, deixando "artistas" de talento duvidoso como Anitta, Ludmila, "Louro do Borel", e uma infinidade de mulheres despidas, travestis, e outras "persolidades momescas" no único lugar que lhes são "de direito": o limbo.

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    1. Joel, infelizmente isso só está ocorrendo (e mesmo assim parcialmente) neste ano. Em 2022 tudo voltará ao de sempre. 2021 é um ano fora da curva.

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    2. Joel, a embriagues, a desordem, o consumo de drogas, a lascívia, os excessos sexuais são o bom da vida. VC não gosta de nada disso?

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    3. Conde di Lido, nunca bebo, não uso drogas, sou organizado e dentro do possível, disciplinado. Lascívia e "excessos sexuais", quem não gosta? De preferência,"na alcova e de portas fechadas". Afinal são prazeres que só podem ser compartilhados com a sua parceira...

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  10. O Carnaval tem os ingredientes que mais detesto na vida: samba, bêbados, barulho, multidão, sujeira e confusão. Rimou.

    Podem me vaiar à vontade. Tô nem aí.

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    1. Concordo em gênero, número e grau.
      A "alegria" do Carnaval, compulsória, serve de desculpa para justificar os bêbados, o barulho, a multidão, a sujeira e a confusão.

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  11. Não sei se vocês receberam no zap um grupo enorme de foliões comemorando o Carnaval, com direito a fantasias, cerveja e samba, dentro da área de caixas eletrônicos de uma agência Bradesco de Bangu. Sem mascaras, é óbvio.

    Este é o brasileiro: irresponsável, egoísta, hedonista, desrespeitador das leis. O interesse pessoal se sobrepõe ao coletivo. É cultural, e portanto inalterável.

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  12. Só aqui se pode ver os governadores concederem feriado para comemorar algo que está proibido. Daqui a duas semanas os foliões vão à TV Globo reclamar da falta de vagas de UTI para internar seus pais e avós que foram contaminados pelos próprios queixosos durante o Carnaval.

    Bem feito para os governadores e prefeitos. Quem semeia vento colhe tempestade.

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  13. Boa tarde a todos. Domingo de Carnaval e eu em casa, sem vontade de sair, assistindo jogo do Real Madrid na TV. A alguns anos passados, estaria no Cordão do Boitatá, desde os desfiles pré carnavalescos já teria saído em pelo menos uns 10 blocos desde o início da temporada de desfiles que acontece duas semanas antes do carnaval. Porém o tempo e as coisas mudam, no final do século passado e no início dos anos 2000, era bastante divertido e tranquilo desfilar pelos blocos de rua, já nos últimos anos, estes se agigantaram e também foram tomados pelos ladrões que circulam no entorno e no interior destes grandes blocos, uma pena, pois era um bom divertimento e barato para o povo, principalmente para aqueles que gostam de carnaval.

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  14. Rapaz, a cada dia tenho novas notícias de pessoas próximas, e queridas, com covid. A coisa ainda tá braba.

    Ainda gostava de procurar algum coreto, ou ir até Marechal pra ver se achava um Clóvis (atuais bate-bola), ou Madureira
    pra ver o bloco das piranhas. Gosto da parte pitoresca do carnaval e até de ouvir uma bateria afinada.

    Mas esse ano, tá combinado, ficaremos em casa quietinhos...

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  15. Teoricamente bloco do eu sozinho não seria problema em tempos de pandemia, porém abrir exceção é perigoso.
    Ano passado fui a um evento, umas 3 semanas antes do carnaval, onde os caculas praticamente só de marchinhas dos velhos tempos.

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  16. As pessoas se excedem no carnaval mas existe muito patrulhamento. Antigamente ninguém reclamava quando os homens se vestiam de mulher mas agora setores conservadores da sociedade desaprovam a presença de transexuais e gays nos desfiles. Creio que todos tem o direito de se divertir e se houver respeito não há qualquer problema.

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