Esta fotografia mostra o Mercado das Flores na Rua General Polidoro, na esquina da Rua Sorocaba, em Botafogo. Sempre me impressionaram aquelas coroas de flores, caríssimas, feitas para os enterros. Não resta dúvida que homenageiam os mortos, mas, na minha opinião, são um grande desperdício de dinheiro. Servem mais à ostentação de quem as envia do que para homenagear o falecido.
Este mercado era um belo exemplar de construção em estrutura metálica do final do século 19 ou início do 20. Ú uma pena todas essas construções pré-moldadas de “fer-forgé” terem sido derretidas, imaginem o charmoso conjunto de bares e restaurantes que ela poderia abrigar hoje. Este mercado foi demolido, se não me falha a memória, na década de 60.
Para quem se interessar por este tipo de construção há o livro “Arquitetura do Ferro no Brasil”, de Geraldo Gomes da Silva – Editora Nobel. Curiosamente na esquina da General Polidoro com Sorocaba existe atualmente uma floricultura.
Esta foto, onde aparece uma coroa de flores sendo transportada na bicicleta mostra o encontro das ruas General Polidoro e Real Grandeza. As construções ao fundo foram demolidas e em seu lugar existe um posto de gasolina, na esquina com a Rua Pinheiro Guimarães. Mas nas vizinhanças resisstem ainda algumas construções semelhantes.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirNão lembro se passei por essa esquina, apesar de já ter passado nos arredores do cemitério SJB. Também não gosto muito dessas coroas mas minha irmã fez questão de comprar uma na semana passada.
FF: sinal de que o tempo é impiedoso... Ontem Michael J. Fox fez 60 anos.
Bom Dia! Também não tenho por costume enviar flores.
ResponderExcluirA rotina da vida atual reduziu bastante as idas aos cemitérios e as razões são muitas, e em razão disso o volume de vendas reduziu-se vertiginosamente. A "violência africana" que se tornou comum no Rio de Janeiro praticamente inviabilizou longos velórios, e a prática da cremação reduziu a quantidade de visitas aos cemitérios. Em 1927 meu avô paterno comprou um jazigo perpétuo no Cemitério de São João Batista para sepultar sua primeira esposa e até a sua morte em 1962 sempre visitava o jazigo.
ResponderExcluirEm tempo: na primeira foto, a faixa diz respeito a Alencastro Guimarães.
ResponderExcluir"Quem é? Onde vive?"
Em tempo 2: coincidência ou não, hoje é aniversário do dono de uma das floriculturas mais conhecidas da cidade, o Álvaro da Camélia Flores... Oitenta anos.
ResponderExcluirBom dia a todos. Sou um apreciador deste tipo de construção, que infelizmente no Brasil quase todas foram demolidas, pela Europa, USA, Canada existem ainda muitas destas construções em funcionamento que são lindíssimas, na Espanha em Madri tem o Mercado São Miguel que funciona ainda como mercado e atrai milhares de turistas e locais diariamente, em Barcelona tem o El Born que atualmente é um centro cultural, em Portugal no tem um bem rústico no Porto que funciona até hoje como mercado. Na França o de Lyon e no Reino Unido são vários, só em Londres são pelo menos uns 6, cada um mais lindo do que outro. Porém o maior de todos e para mim o mais bonito de todos, era o Mercado da Praça XV, que infelizmente foi demolido, se fosse em qualquer País da Europa estaria até hoje em funcionamento, e garanto que receberia a visita de pelo menos umas 500 mil pessoas dia nas altas estações de turismo (primavera/verão), talvez só o Leadenhall em Londres seja tão grande e bonito quanto era o Mercado da Praça XV (digo se tivesse sido transformado em um mercado com atividades de atração turística).
ResponderExcluirLino, perfeito o seu comentário. Poderíamos ter hoje coisas tão lindas aqui como as que vc citou.
ExcluirPoderia ter sido desmontado e montado em outro lugar. Uma verdadeira pena.
ExcluirApesar disso creio que aprendemos com esses erros, daquela época pra agora muita coisa se salvo da especulação imobiliária.
Essas construções metálicas realmente eram muito bonitas e como bem falou o Lino, caso o Mercado da Praça XV tivesse sido preservado, hoje poderia ser um belo pólo gastronômico, com ampla vista da Baía de Guanabara, sendo um atrativo turístico a mais na cidade. Quanto às coroas de flores, concordo com o gerente que significam uma certa ostentação de quem as envia. Considero a cremação como uma despedida muito mais calma e coerente. Não existe velório longo, são cerca de 30, 40 minutos de despedidas. Extingue aquela procissão silenciosa até o local do sepultamento, as despedidas chorosas quando o caixão baixa a sepultura ou entra na gaveta e o mais interessante, em meu ponto de vista, que os parentes podem, dias depois, pegar as cinzas do ente querido e descartá-las onde a pessoa gostaria de estar após sua morte. No caso de meu pai, como um grande botafoguense e Grande Benemérito que foi, espalhamos suas cinzas nos jardins da sede de General Severiano e no campo de treinamento, na certeza que ali seria o lugar onde ele gostaria estar para sempre. No meu caso, já pedi para a minha mulher, jogar as minhas cinzas na areia da quadra de voleibol, onde jogo em Ipanema.
ResponderExcluirLuiz, em primeiro, vou comentar sobre o post de hoje. Uma pena. Poderíamos ter hoje uma espécie de Recoleta aqui. Seria sensacional.
ResponderExcluirSegundo, em relação ao post de ontem, que só vi agora, meus parabéns pelo aniversário! Vc é um resiliente em relação à divulgação do Rio Antigo. Eu e o Celso nos orgulhamos de tê-lo convencido a migrar para o Terra, que foi um dos melhores fotologs, senão o melhor, sobre o tema, mas isso nada seria, se vc não tivesse aceitado o nosso pedido de migração. Vc está de parabéns! o SDR, hoje, é uma referencia.
E esqueci de citar mais um detalhe inconveniente inerente aos sepultamentos convencionais: quando o jazigo chega a sua capacidade máxima de corpos, há de ser feita a exumação de algum dos ocupantes para abrigar o novo "morador". Isso é o maior desgaste emocional, vez que esta operação deve ser executada com a presença de um parente.
ResponderExcluirEm paralelo, a existência de barracas de vendas de plantas na cidade é ótima ideia.
ResponderExcluirNa ultima foto o Volvo do Café Globo fazendo as entregas do dia.
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