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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

CINEMA PATHÉ - CINELÂNDIA

Na foto vemos a obra de construção do Cinema Pathé e do Edifício Natal em foto de Malta, de 1927. É um belo exemplar de art-déco na Cinelândia. O endereço era na Praça Floriano nº 45, a empresa exibidora era a Casa Marc Ferrez Cinemas e tinha 918 lugares em seus primeiros tempos. Fechou na década de 90.



A obra é de autoria do prolífico arquiteto Wriedt. Esta foto é do início da construção.

Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo o edifício impôs sua nobreza afrancesada à outrora "chic" Cinelândia. Magnífica composição de fachada, com embasamento de quatro pisos, todos diferenciados e coroamento progressivamente trabalhado, do décimo-primeiro ao décimo-quarto pavimento. Dignas de nota as soluções volumétricas e decorativas que estabelecem as transições entre cada um dos cinco primeiros pisos: cornijas, superfícies abauladas e terraço. Nos interiores, interessante "bombonière" e lustres.  PS: esta bomboniere recebia visitas frequentes do prezado Menezes.


Vemos a fachada do Pathé na década de 30 tendo em cartaz o filme “O Signal da Cruz”, de Cecil B. DeMille, com Fredric March, Elissa Landi, Charles Laughton, Claudette Colbert. 


No Pathé, Brigitte Bardot em “Brotinho do Outro Mundo”. Imperdível.


"Fantasia", de Walt Disney, no Pathé em agosto de 1941. Foto de Hart Preston.

19 comentários:

  1. Não lembro se algum dia entrei no Pathé. Minhas áreas de atuação eram a Tijuca e Copacabana. Mesmo assim, na Cinelândia e adjacências lembro ter frequentado o Metro Boavista, o Palácio, o Odeon e o Vitória. Além do Cineac Trianon e aquele minúsculo cinema no Avenida Central, acho que se chamava Cine Hora ou algo parecido.

    Capitólio também não sei se algum dia entrei nele.

    Filmes memoráveis que vi na área foram o "Jurassic Park", logo na primeira sessão do primeiro dia de exibição, no Odeon, e "O Trem", filme que mais vezes assisti até hoje (umas cinco ou seis vezes), no Cine Hora.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Infelizmente a Cinelândia foi um vislumbre do que aconteceria com os cinemas de rua. Atualmente só funciona o Odeon, aos trancos e barrancos.

    Alguns viraram igrejas, outros viraram lojas ou agências bancárias e ainda tem os que foram demolidos.

    Acho que um outro aspecto era que cada cadeia de cinema tinha exclusividade com algum estúdio. Com o passar do tempo, a exclusividade caiu. Era quase um "multiplex" a céu aberto. Hoje isso é visto nos shoppings com suas várias salas de cinema.

    A decoração para os filmes era outro espetáculo.

    A quinta foto mostra os prédios desabados há quase dez anos.

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  3. Em tempo, vendo o comentário do Helio, quando comecei a ir na Cinelândia, acho que já só havia o Odeon, mas só entrei nele bem depois. Antes disso, fui no Cine Hora do Avenida Central. Havia outros cinemas nas redondezas mas acho que já com programação "adulta".

    FF: assalto a agência bancária no Campo dos Afonsos deixa dois feridos, um deles o bandido, que escapou. O outro foi um transeunte.

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  4. Não se faz mas atores como Charles Laughton e Fredrich March. Laughton foi o inesquecível Corcunda de Notre Dame e March foi o decrépito assistente da Promotoria em O Vento será tua herança de 1960, filme que focalizou o célebre "Julgamento do Macaco" ocorrido no Tenesse em 1925. Imperdíveis.

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  5. Entrei em todos os cinemas da Cinelândia.
    No Plaza passava Tarzan. No Metro, as matinês do Tom & Jerry e vi também A Filha de Ryan; no Palácio, O Mais Longo dos Dias, depois de ficar na mais longa das filas. No Vitória, teve E o Vento Levou e 8 1/2 - aí fiquei com implicância com o Vitória, apesar de ver lá um dos meus filmes favoritos, My Fair Lady. No Rex, um monte, mas não lembro de nada marcante - era um preço inferior, talvez por ficar meio escondido. Depois ficou inferior em tudo, virou poeira e acabou poeira. Acho que vi no Rex a reprise de Os Canhões de Navarone.
    No Capitólio assisti seriados na década de 50. Vi Joana D'Arc pegando fogo e um filme francês, Le Trou, de quatro presidiários. Depois reformaram e vi Lawrence da Arábia, com intervalo e a imensa fila no bebedouro. A Arábia era muito árida...
    Fui no Pathé e no Odeon, muito mais neste, mas seria forçar demais a memória.

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  6. O que me lembro do Cine Hora é da agradável sensação do ar-condicionado, no mesmo andar (sub-solo) tinha um salão com um excelente barbeiro. Também tenho muitas boas lembranças do Bob’s, só de pensar me dá água na boca!

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    1. O Cine Hora que eu me lembro não era no subsolo. Salvo engano, era no andar superior. Mas pode ter mudado de local em algum momento.

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    2. Do Cine Hora só lembro do luminoso com relógio, mas ao Bob's fui levado pela minha mãe algumas vezes. O lanche era o prêmio que ela proporcionava pela companhia na chatice nas compras e nas visitas à repartições públicas. Depois quando passei a andar sozinho na Cidade voltei algumas vezes ao Bob's para matar saudades.

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  7. A maioria dos cinemas da Cinelandia foram construídos na década de 30

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  8. A arquitetura, se o prédio estiver bem conservado, ainda tem o seu charme.
    Que eu me lembre só assisti no Pathé a comédia História do Mundo - Parte 1, logo no início dos anos 80, filme dirigido pelo Mel Brooks, que também fez o papel de Moisés. Noticiam que, agora aos 95 anos, ainda tenta a realização da parte 2.
    Na foto com o filme Fantasia em cartaz, o anúncio informa que a exibição era somente nos 2 cines Pathé do então Distrito Federal. Será que o outro da Av. Rio Branco chegou a funcionar em paralelo?
    Fala também do Rosário, que seria o cinema da "parte de baixo" de Ramos, na Rua Leopoldina Rego. O prédio ainda está lá.
    Na região, além do Pathé, fui no Odeon, Império, Metro Boavista e Palace. Do Cine Vitória tenho lembrança, mas se assisti filme lá eu era muito novo.
    Do Capitólio eu não lembro nem de ter prestado atenção nele, quando fechou?

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  9. Por incrível que pareça eu fui a um cinema na Cinelândia apenas três vezes: duas no Metrô Boavista e uma no Vitória, onde assisti "Império dos sentidos" em 1980. Mais tarde se transformou em um Bingo. No passado ir à Cinelândia era "um programa" na acepção da palavra e as opções eram muitas. A Cinelândia atualmente é um local vazio, quase uma "cidade fantasma". Quem não lembra dos sistemas de som de "alta fidelidade", o antecessor do "surround" e do "Dolby Sistem"? Quem não assistiu ao Terremoto e Tubarão?

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  10. Falar da Cinelândia é como falar da maior parte da minha vida. Não acredito que entre os atuais comentaristas haja alguém que a tenha tantas vezes frequentado, seja como um simples passeio, indo à sessões de cinema ou às suas lanchonetes e restaurantes, seja aos eventos ali ocorridos. Isso tudo sem falar às idas obrigatórias ao salão Itajubá, com o barbeiro Emir, o mesmo de alguns astros do cinema ou da música. Ali, no Beco do Cinema, apelido da rua Francisco Serrador, era possível conversar com famosos do cinema nacional que paravam para um café na esquina ou uma eventual batida de maracujá no Tangará.

    Mas esse contato com a região não ocorreu apenas a partir da mudança da família para a região. Desde os tempos da infância no subúrbio que frequentava aos domingos com meu saudoso pai às sessões passatempo do Capitólio, do Cineac Trianon ou dos desenhos do Tom /Jerry no antigo Metro Passeio, com direito a uma casquinha de sorvete na sorveteria Periquiti, colada ao cinema. Falando em Metro estive na primeira sessão da inauguração do então remodelado Metro Boa Vista com a exibição do filme "As Sandálias do Pescador". Até hoje tenho o panfleto do programa. No Capitólio ainda guardo a lembrança de sua máquina automática de refrescos que ficava no hall de entrada. Para uma criança era fascinante assistir aos copos caindo e enchendo de suco de uva, p. ex.. Isso sem falar nas bomboniéries dos cines, e as guloseimas Patrone.

    Fui ao Pathé algumas vezes mas meu cinema favorito era o Cine Teatro Palácio, com seu três níveis de espectadores, contando ainda com um legítimo fosso para orquestra. Hoje, reformado chama-se Teatro Riachuelo. Também foi nessa região, nas instalações da Warner, na r. Senador Dantas, fui um dos convidados do representante da empresa, o então popular Harry Stone, para assistir o pré lançamento do filme "Rocky, Um Lutador". A Cinelândia foi o local onde haviam outras sedes de distribuidoras e/ou empresas ligadas à indústria do cinema.

    A última vez que assisti a uma sessão nesse local ainda morava na região. Foi no Odeon, transformado em cinearte, e o filme era "Meu Ódio Será Sua Herança", de Sam Peckinpah. Também foi a última vez que entrei em um cinema de rua.

    Isso para ficarmos apenas nos eventos ligados à Sétima Arte. O resto, bem, o resto são outras histórias.

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    1. Fanático por cinema.7 de dezembro de 2021 às 13:41

      Com tanto cinema nessa lista não está faltando o Cinema Íris?

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    2. No tema cinelandia-cinema-eventos marcantes, foi no estúdio de dublagem da Herbert Richers na Senador Dantas que teve início o trágico incêndio do edifício Astória em 63.

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    3. No comentário de 13:41 é mencionado o cinema Íris. Por acaso conheci o herdeiro dessa sala de exibição. Ele morou no Leme e há alguns anos quase aluguei o seu apartamento naquele bairro. Muito simpático me convidou para visitar as instalações do Íris e conhecer alguns antigos equipamentos que ainda lá estavam, inclusive uma máquina que resfrescava o ambiente aspergindo gotículas de água. Essa sala de exibição não foi citada por não pertencer aos cinemas que formavam e deram o nome à Cinelândia.

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  11. O cine Vitória só conheci na encarnação como Livraria Cultura... Infelizmente já fechada.

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  12. Tora, tora, tora! Já que o assunto é cinema, há exatamente 80 anos o Japão desfechou o traiçoeiro ataque à base Norte-americana de Pearl no Havaí precipitando a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Quantos não assistiram nas telas dos cinemas documentários e filmes sobre esse ataque?

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  13. “Lawrence”, com intervalo parecia teatro.
    “Mondo Cane”, um misto de barbaridades com coisas interessantes, vi no Odeon.
    “My fair lady” tb vi na Cinelandia.
    Fazia hora para consultar o dentista nas sessões passatempo do Cineac.

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