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quinta-feira, 26 de maio de 2022

TURISTA NO RIO EM 1959

Nas fotos de hoje, da série garimpada pelo Nickolas, o nosso turista desembarca na Praça Mauá. Depois de passar pela alfândega embarca num táxi em direção a seu hotel.

O navio seria o SMS Caronia?


O turista, ao ver mais de perto o edifício de "A Noite", fica espantado, pois pensava que o Rio era uma selva, com cobras, macacos e afins pelas ruas.


Certamente, mesmo no curto trajeto desde a Praça Mauá, já percebeu o risco que é trafegar perto de um lotação. Fica admirado da coragem do condutor da lambreta.


Ao chegar na altura do cruzamento da Nilo Peçanha não entende a despreocupação dos pedestres com os automóveis.

PS: aguardamos do Nickolas a continuação da reportagem.
 

16 comentários:

  1. Na foto1, uma penca de Chevrolet 51 e 52, era mesmo o favorito.
    Na 2, Chevrolet é quase tudo, com destaque para o 1953, saia e blusa. Em primeiro plano, um Mopar, mais discreto.
    Na foto 4, um Hillmann Minx escuro e um Mopar azul enquadram uma Rural americana, um taxi Chevrolet 37 com vistosas bandas brancas e um Chevrolet 49 conversível 49, verde alface. O turista pode não entender, mas a velocidade dos veículos era próxima de zero. Ali era o maior engarrafamento da cidade.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Repito: a série do Nickolas é estupenda, O trânsito carioca, entre outras coisas, nunca foi para amadores.

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  3. Na época em que estudei no São Bento, às 16:30 eu descia a ladeira (ou elevador), seguia pela Dom Gerardo, e atravessava a Praça Mauá para pegar o 220, o aspecto era o mesmo que aparece nas fotos. Havia camelôs que estendiam panos brancos na calçada e comercializavam moedas antigas mas sem qualquer tumulto, pois curiosamente não havia por lá outro tipo de comércio clandestino. Chamava a atenção os ônibus amarelos com faixa vermelha da Viação Mosa da linha Mauá - Fátima que "faziam ponto" no local, em uma realidade bem diferente da atual. Com referência à possibilidade do turista encontrar ao desembarcar "macacos, cobras, e afins" em 1959, isso seria algo completamente descabido naquela época e por razões amplamente conhecidas. Mas já em 2022....

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  4. Em tempo, hoje o biscoito se esbalda...

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  5. Na foto 2 o que me espanta é ônibus. A estrutura dos atuais é a mesma. O Rio involuiu em matéria de transporte público. Em Sampa tem mais ônibus com ar, motor traseiro pra conforto do motorista, ônibus do ano, etc.

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    1. Não sou especialista no assunto, mas só recentemente apareceram ônibus com ar na capital paulista. Talvez pela temperatura de lá ser bem mais amena do que a daqui. Com relação ao resto, a comparação é humilhante.

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    2. Não esqueça de Câmbio Automático, coitado do motorista deve fazer mais de 3000 mudanças em 8 horas.
      Sobre o ar, existe uma lei ou decreto, mas com o lobby das empresas de ônibus nunca foi implantado.
      Biscoito pode confirmar , muitos desses ônibus GMC já eram automáticos, isso nos anos 50.

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    3. Desde 2015 mais ou menos a Prefeitura de São Paulo vem implantando cada vez mais ônibus com ar. Acredito que atualmente seu numero em funcionamento (pode ser que no Rio seja um pouco maiormas

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  6. Quando meu avô trabalhava na Alfândega, o Porto do Rio era a "porta do Rio de Janeiro" e o movimento era grande mas começou a declinar em razão da expansão de vôos comerciais. A Praça Mauá era uma região "viva" em razão disso, pois a quantidade de residências, casas comerciais, e armazéns, era muito grande. As opções de transporte eram muitas e ônibus, bondes, e trens, davam à região portuária um movimento frenético. Em 1935 em razão da proximidade com a Alfândega, meu avô foi morar no Santo Cristo, pois morando em Campo Grande e com 7 filhos pequenos, a distância foi um fator determinante. O centro do Rio tinha uma vida intensa e é inacreditável como uma região com tamanha densidade populacional tenha se reduzido à condição de uma "cidade fantasma". Meu avô contava que não havia roubos ou furtos na região, apenas malandros e desordeiros portando navalhas perturbavam a tranquilidade.

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  7. Bom dia Saudosistas. Nosso turista iria ficar extasiado se tivesse a oportunidade de fazer um Tour real pelo Centro da Cidade como o que imaginei ontem no meu comentário. Confrontando essas imagens do final dos anos 50 com os dias atuais, constatamos que havia mais movimento de pessoas e veículos do que nos dias de hoje. Podemos ver claramente o quanto o Rio de Janeiro perdeu de poder econômico neste meio século que se passou.

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    1. Eramos Capital, ainda com indústria e comércio Forte. Agora só tráfico mesmo...kkkk

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  8. Centro fervilhante e depois Copacabana em ebulição. Segundo li SMS significa Steamship, navio a vapor. Era mesmo? Ou já havia combustíveis fósseis? os cabaré funcionavam a todo vapor . Hoje, dá varanda do MAR vêm-se alguns escombros, mas ali perto a Pedra do Sal está bombando.

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  9. Um caminhão baú da saudosa Standard Elétrica, cuja fábrica era ali onde hoje é o Shopping Carioca, em Vicente de Carvalho.
    Aquele Chevrolet 41 conversível verde alface era bem bacana.

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  10. Sim, é o RMS Caronia, que devido ao seu casco verde, também era chamado de "Green Goddess" (Deusa verde).

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  11. Na quarta foto, margem direita, aparece a frente de um lotação. É o modelo apelidado de "Amigo da Onça", que disputava com o "Sinfonia Inacabada" o troféu de "O mais feio design jamais criado no mundo".

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