O “post” de hoje não é sobre o
Rio Antigo, mas sobre um projeto proposto para as Olimpíadas de 2016 no Rio.
A origem é um “post” do Conde
di Lido no fotolog “Outro Mundo”, que ele mantinha tempos atrás no provedor Terra.
Tomei a liberdade de republicá-lo no “Saudades do Rio”, com agradecimentos ao
prezado Conde.
Seria a “SOLAR CITY TOWER”.
O desafio passou por conceber uma estrutura
vertical localizada na ilha de Cotunduba que, além de ter a função de torre de
observação, se torne num símbolo de boas-vindas para quem chegar ao Rio de
Janeiro por via aérea ou marítima, uma vez que esta será a cidade anfitriã dos
Jogos Olímpicos de 2016.
A ilha de Cotunduba fica entre a Praia Vermelha
e a Praia do Leme. Quem quase todo dia passa por ela é o JBAN, numa canoa
havaiana. A ilha faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do
Leme, Urubu e Ilha de Cotunduba, desde 1995 sendo classificada como Zona de
Vida Silvestre de uso restrito.
Projetada pelo gabinete RAFAA, sediado em
Zurique, na Suíça, e denominada «Solar City Tower», esta estrutura foi
escolhida como a resposta adequada à proposta inicial e tem a potencialidade de
gerar energia suficiente não só para a aldeia olímpica, como para parte da
cidade do Rio.
A sua concepção permite-lhe aproveitar a energia solar diurna através de
painéis localizados ao nível do solo, ao mesmo tempo que a energia excessiva
produzida é canalizada para bombear água do mar pelo interior da torre,
produzindo um efeito de queda de água no exterior. Esta água é simultaneamente
reaproveitada através de turbinas com o objetivo de produzir energia durante o
período noturno.
Estas características permitem atribuir o epíteto
de torre sustentável a este projeto, dando continuidade a alguns dos
pressupostos do «United Nation´s Earth Summit» de 1992, que ocorreu igualmente
no Rio de Janeiro, contribuindo para fomentar junto dos habitantes da cidade a
utilização dos recursos naturais para a produção de energia.
A Solar City Tower engloba ainda outras funcionalidades. Anfiteatro, auditório,
cafeteria e lojas são acessíveis no piso térreo, a partir do qual se acede
igualmente ao elevador público que conduzirá os visitantes a vários
observatórios, assim como a uma plataforma retrátil para a prática de “bungee
jumping”.
No cimo da torre é possível apreciar toda a paisagem que circunda a ilha onde
estará implementada, bem como a queda de água gerada por todo o sistema que
integra a Solar City Tower, tornando-a num ponto de referência dos Jogos
Olímpicos de 2016 e da cidade do Rio de Janeiro.
Como todos sabemos o projeto não foi adiante. Mas qual seria a opinião dos comentaristas do "Saudades do Rio"?
Ainda bem que o projeto não foi adiante porque seria mais desperdício do dinheiro público além de ser de mau gosto na minha opinião. O Rio precisa de investimento é na educação, saúde e segurança.
ResponderExcluirUm projeto admirável, mas que não foi adiante em razão do grande número de "senões" ou óbices que certamente seriam apresentados à sua execução. O principal deles seria a malversão (leia-se desvio) dos recursos destinados à sua implementação e que certamente ficaria impune.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirO tema é polêmico, apesar das boas intenções. Aliás, como diz o velho ditado, "De boas intenções...". Por um lado sempre é bom investir em energias alternativas limpas, mas sempre pesando os prós e contras.
Acredito que vários projetos foram propostos nessa época visando a enxurrada de verbas que acabou ocorrendo, contemplando outros projetos faraônicos. Vou ficar acompanhando os comentários.
Hoje é o dia mundial de combate à poliomielite. Infelizmente o negacionismo está vencendo. Nunca a taxa de vacinação foi tão baixa.
Hoje Ziraldo faz 90 anos.
Fico em dúvida se o projeto seria uma agressão à paisagem do Rio ou se seria algo bonito como a obra do MAC em Niterói que deu muito certo.
ResponderExcluirAchei meio que desproporcional em relação ao local escolhido, a menos que tenha sido proposital na montagem o que particularmente não acredito. Completamente diferente do MAC que harmoniza com o seu redor.
ExcluirO novo sempre assusta. Vocês lembram das críticas à pirâmide do Louvre? Foi um escândalo na época mas se tornou numa atração turística importante. Será que essa torre seria assim. Não sei é como seria o acesso em dias de mar agitado.
ResponderExcluirNenhum projeto de cunho social, tecnológico, fundiário, viário, e que envolva edificações, por melhor que seja, é executado sem que haja grandes desvios de recursos, "propinas", comissões, etc. É o custo da corrupção e todos sabem quem são seus autores, quase todos detentores de "mandato eletivo", e que contam com uma óbvia blindagem fornecida pelas instituições ligadas ao "sistema de justiça". Uma prova disso é que não se tem notícia de nenhum membro dessas instituições que esteja preso. Uma notória e sabida promiscuidade que grassa entre as instituições "de Estado".
ResponderExcluirBom Dia!
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Não teria nenhuma dúvida em afirmar que seria um bom projeto se nossos políticos fossem honestos, mas olhando a quantidade de obras inacabadas que faziam parte tanto da Copa do Mundo quanto das Olimpíadas, também as instalações abandonadas após as Olimpíadas e os Estádios vazios pelo Brasil, afirmo que Graças a Deus não foi adiante.
ResponderExcluirFaltou acrescentar o projeto de BRT da Avenida Brasil que se arrasta há quase 10 anos sem que haja qualquer perspectiva de conclusão. Da forma como está sendo construído qualquer pessoa pode perceber que não pode dar certo. Esse foi projeto concebido na administração anterior de Eduardo Paes, um "perito" em projetos de eficácia duvidosa, de segurança precária, e de custos estratosféricos. O que mais espanta é que existem muitos iguais a ele que também continuam a "flanar" impunemente. Deve-se "tirar o chapéu" para a sua "habilidade em se manter solto", apesar de ser parceiro de Cabral, Pezão, Lula, e outros do mesmo jaez.
ExcluirNuma cidade tão carente de serviços básicos, a construção desse trambolho me parece simples desperdício de recursos. Duvido muito que esses “espelhinhos no chão” consigam movimentar as bombas de água, energizar toda a estrutura, inclusive os elevadores e alimentar a vila olímpica. Perguntas: Sendo uma ilha, como se daria o acesso aos visitantes? Sendo uma APA, como seria possível construir no local? A última foto, no meio das nuvens é bem fantasiosa. Poderia até ocorrer, se essa coisa fosse alta o suficiente, mas assim, muito raramente.
ResponderExcluirNesse local seria um concorrente ao Pão de Açúcar, que é o nosso "bem-vindo" para os viajantes que chegam.
ResponderExcluirInclusive a empresa do bondinho não deve ter gostado desse projeto.
Se permitido, algo parecido poderia ser construído na mais acessível Pedra do Pontal, entre a praia do mesmo nome e o Recreio, que ainda serviria como boas-vindas, mas exclusivo para "los hermanos", sulistas brasileiros e nossos vizinhos do estranho estado do Sudeste.
É absolutamente impossível bombear tal volume de água com tal diferença de altura a partir da área de painéis solares que aparecem na imagem.
ResponderExcluirLançamento do Biscoito Molhado é hoje.
ResponderExcluirHoje tive reunião com grupo de meio ambiente e não tenho dúvida que energia eólica e solar vão bombar no país, assim como crédito de carbono. Holandeses fazem manutenção de "cataventos" no mar com escafandro, roupas especiais, etc. Aqui o mecânico pode ir de jangada. Na foto a imagem é pequena, mas eram pequenos os prédios do Meridien (hj Hilton, não?) e Othon, os chamados dentes de vampiro de Copacabana. Se cada telhado do Rio tivesse uma placa de energia solar, a cidade seria uma grande usina.
ResponderExcluirA eólica já bombou, 11% da matriz de geração, + de 800 parques eólicos.
ExcluirA título de comparação, a hidroelétrica ~ 55%.
Li recentemente que a solar só vale a pena, falando em residências, a partir de uma conta de (acho) trezentos reais. Mesmo assim o investimento leva um certo tempo para chegar no ponto de equilíbrio. Na mesma ocasião li que uma quantidade de vizinhos poderia se juntar para ter um retorno mais rápido.
ExcluirVários parceiros do Sergio Cabral Filho e do Eduardo Cunha estão participando de alguns governos municipais e do governo estadual. No primeiro ou no segundo escalão muitos deles estão junto a quem está no poder desde os tempos do Garotinho.
ResponderExcluirInclusive o Pezão já foi convidado pelo Cláudio Castro para uma secretaria para assuntos da Região Metropolitana. Dizem que vai dar a resposta semana que vem. Seu afilhado político, Gustavo "Tutuca" foi secretário estadual de turismo e só saiu em abril passado para a reeleição à Alerj.
Observação: a pequena Piraí tem um poder no RJ bem desproporcional ao seu tamanho.
Como eu já afirmei aqui, a fusão entre os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 1975, trouxe além dos prejuízos já citados e elencados um prejuízo "imaterial" mais significativo: o DNA de perigosas quadrilhas.
ExcluirO projeto da postagem foi vaiado com entusiasmo pelos comentaristas. Junto minha voz à deles. Uhhhhh...
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