Continuamos hoje com fotos da Rua Paissandu. Nesta foto, do National Geographic, vemos o final da Rua Paissandu, tendo ao fundo o Palácio Guanabara, anteriormente Palácio Isabel. Foi construído em meados do século XIX e adquirido para acomodar os recém-casados (1864) Princesa Isabel e Conde D'Eu. O acesso, à época, era pela Rua Paissandu, que foi ornada com as lindas palmeiras imperiais. Notem o piso da rua.
Este palácio foi confiscado
após a Proclamação da República, em 1889, sendo incorporado ao Patrimônio da
União. Hoje abriga a sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Foto datada de 1911 vendo-se a
Rua Paissandu com suas palmeiras imperiais e, à direita, o "ground"
de "cricket" do Paissandu Atlético Clube. Este clube foi fundado em 1872, com o nome de
Rio Cricket Club. Estabeleceu-se na Rua Berquó, hoje Rua General Polidoro,
esquina de 19 de Fevereiro, em Botafogo.
O Rio Cricket Club foi a
primeira agremiação destinada à prática de esportes terrestres no Rio de
Janeiro. Hoje é, também, o terceiro mais antigo clube social em atividade nesta
cidade, superado apenas pela Sociedade Germânia, fundada em 1821, e pelo Real
Sociedade Clube Ginástico Português, fundado em 1868. Só em 1880 o Rio Cricket
Club saiu de Botafogo, indo para o terreno alugado da Rua Paissandu. Este
terreno era propriedade do Conde D´Eu e ficava em frente ao Paço Isabel,
residência da herdeira do trono do Brasil, a Princesa Isabel.
Vemos um desfile militar na
Rua Paissandu na década de 40, em foto de Rembrandt. O Palácio Guanabara foi utilizado como residência oficial de Getúlio Vargas durante o Estado Novo.
O atual Palácio Guanabara foi
originalmente construído com características neoclássicas tendo sido utilizado
como residência particular de 1853 a 1860. Comprado pela família imperial foi
reformado por José Maria Jacinto Rebelo e tornou-se residência da Princesa
Isabel. Foi confiscado após a Proclamação da República.
Nesta foto, de Malta, vemos as obras feitas no início do século XX.
Outra foto de Malta mostrando a reforma feita por Francisco Marcelino de Souza Aguiar, que deu características
ecléticas ao palácio.
Postal da Ed. N. Viggiani, da
Coleção de Klerman Wanderley Lopes. Vemos o Palácio Guanabara na década de
1920, já com as características que tem hoje em dia.
A família imperial brasileira já deveria ter todos os seus supostos direitos suspensos há muito tempo. Li que durou décadas o processo em que pediam de volts este palácio.
ResponderExcluirJá não basta o que ocorre em Petrópolis.
Sim teve um que foi até pouco tempo atrás, mas perderam.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirContinuando a acompanhar os comentários acerca do tema. Esse pedaço fica fora da minha jurisdição.
FF: dia de caos anunciado no trânsito da cidade por causa do "Aero-Fla" já com interdições em vários pontos ao longo do percurso entre Vargem Grande e o Galeão.
Bom Dia ! Augusto, logo hoje que terei que ir no Jardim Guanabara.
ResponderExcluirSó estive uma vez no Palácio Guanabara. Foi em 1973 por ocasião das bodas de ouro de meus avós maternos. A duplicação da Pinheiro Machado em 1962 não "cortou" apenas o estádio do Fluminense, mas também uma parte do terreno do Palácio Guanabara. ## Com relação ao comentário das 07:46, o confisco do Palácio Guanabara foi mais um ato desprezível escrito no extenso rol de atos desprezíveis da História do Brasil. Quanto ao trecho "não basta o que existe em Petrópolis", sugiro que se informe sobre "enfiteuse".
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Acompanhando a postagem, embora sem comentar, aprendendo sempre um pouco mais sobre a nossa cidade.
ResponderExcluirFF. Não pensei que depois de aposentado teria os dias tão atribulados como quando trabalhava.
Enfiteuse, foro, laudêmio, terreno de marinha, família imperial, etc, são coisas obsoletas e que já deveriam ter acabado há muito tempo. Só servem para gerar $$$$$ para uns privilegiados.
ResponderExcluirAnônimo, a "Enfiteuse" é um instituto jurídico que rege direito real ou direito de propriedade. A Enfiteuse foi extinta salvo engano a partir do Código Civil de 1916 e desde essa data os "contratos jurídicos" nessa modalidade não são mais celebrados. Contudo tais contratos tem natureza perpétua e tem sido transmitidos por gerações. Não podem ser extintos senão por renúncia das partes. Extingui-los com base na "canetada" fere a segurança jurídica vigente no Brasil.
ExcluirO mais interessante e que em Portugal não existe mais desde a constituição de 1976. A nossa como sempre não o fez.
ExcluirSe é para acabar com privilégios, que tal começar pelos dos ex-presidentes?
ResponderExcluirOs ex-presidentes poderiam ser incluídos mas os que citei são mais antigos. E poderia aproveitar a mudança e incluir as benesses do Legislativo e do Judiciário, a mamata dos militares começarem a contar tempo para a aposentadoria a partir do que corresponderia ao período universitário e de ganharem promoção no final da carreira, dos benefícios que muitas filhas de militares ainda recebem, as licenças-prêmio dos servidores públicos, as mordomias em geral. A lista é enorme dos que mamam nas tetas da “viúva”.
ResponderExcluirAnônimo, é impossível não concordar com a necessidade de acabar com vários absurdos em termos de privilégios; alguns até podem ter justificativas no passado, mas agora são excrescências.
ExcluirO diabo é que, dependendo do lado em que a pessoa está em cada caso, o benefício passa de "privilégio odioso" para "direito adquirido e justo".
Anônimo, esses que você citou prestaram concurso público e são bem sucedidos com muito esforço. Talvez não seja o seu caso. Daí tanto ressentimento...
ExcluirXará estrangeiro vc se engana. Sou concursado mas não sou cego.
ExcluirConcordo em gênero, número, grau, caso e mais o que houver. A viúva (isto é, nosotros) é cafetinada justamente pelos que deveriam zelar pelos interesses dela.
ExcluirAnônimo, pelo seu comentário das 15:07 e pelo que comentou o Anônimo estrangeiro, percebo que ambos estão "falando de barriga cheia".
ExcluirQuando não se tem argumentos o jeito é culpar o mensageiro.
Excluir"O Código Civil conserva a enfiteuse, que é um dos cânceres da economia nacional, fruto, em grande parte, de falsos títulos que, amparados pelos governos dóceis a exigências de poderosos, conseguiram incrustar-se nos registros de imóveis." Pontes de Miranda.
ExcluirJosé Rodrigo de Alencar, para quem "volta e meia derrapa na língua portuguesa" sua citação do mestre Pontes de Miranda e seu conhecimento da Enfiteuse demonstram conhecimento jurídico incomum para os " comuns do povo" e adequado aos operadores do Direito e afins. Faz sentido, combina com seu verdadeiro perfil de "ex-morador da Misericórdia".
ExcluirAinda bem que boa parte das palmeiras da rua está por lá com o palácio bem conservado ao fundo.
ResponderExcluirComo curiosidade, esse campo de críquete, também serviu ao futebol, sendo o segundo campo onde o Clube de Regatas do Flamengo mandou seus jogos.
ResponderExcluirO primeiro campo onde o CRF mandou seus jogos foi nas Laranjeiras, que foi cedida de graça, enquanto o CRF não tinha outra solução.
Foi nesse campo o jogo que consagrou o São Cristóvão como campeão carioca de 1926.
ExcluirImpressionante que geralmente se revoltam com privilégios mas desde que não sejam os deles...
ResponderExcluirConcordo com vc, privilégios sempre são os dos outos.
ExcluirBom Dia !.
ResponderExcluirHahaha! O homem é hilário e sabe onde pisa. Ele vem há anos praticando o crime de "falsa identidade" (ART. 307 do C.P) em suas publicações no SDR. A "oficial" é fake, as outras também são fake, e imagina-se que só três pessoas conhecem pessoalmente esse "prodígio".
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