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quinta-feira, 20 de abril de 2023

COPACABANA - POSTO 6

O Posto 6, que fisicamente já não mais existe, sempre foi um local muito agradável da Praia de Copacabana. Já vimos muitas fotos da igrejinha, do Forte de Copacabana, do Clube dos Marimbás, do prédio que abrigou o cabaré de Mère Louise, depois o Cassino Atlântico, a TV Rio e hotéis de diversas bandeiras.

O Posto 6 também é o local da antiquíssima Colônia de Pescadores, da base do Salvamar e do campo do Lá Vai Bola, histórico time de futebol de praia.

Também, desde sempre, foi local escolhido para fotos familiares, como veremos hoje.


Esta foto é de 1939 e mostra os degraus que existiam bem no fim da praia. Vemos ao fundo uma Francisco Otaviano somente de casas. As quatro moças eram colegas de turma do Colégio Sacré-Coeur de Jésus, de Laranjeiras. Entre elas está minha mãe.


As moças agora estão em frente ao Cassino Atlântico. A amizade durou muitas décadas. Das quatro, só minha mãe está viva e reclama muito de todas suas amigas já terem partido.


Esta menina bonita é Ilda Helena, frequentadora do Posto 6, na década de 1960.


Foto de 1959, de um passeio com uma babá que, aparentemente, devia ser severíssima. Quantas dessas raquíticas árvores se desenvolveram e sobreviveram?

Na década seguinte, anos 60, as árvores cresceram um pouco e as jovens senhoras fazem um passeio despreocupado pela calçada da praia.


Foto do acervo do Tumminelli, dos anos 70, mostrando a habitual tranquilidade do mar na altura do Posto 6.


Esta foto e a seguinte foram compradas na Feira da Praça XV pelo Decourt e pelo Tumminelli. Todos nós dos FRA-Fotologs do Rio Antigo íamos com frequência buscar fotos antigas lá.


Foto já dos anos 70. Sempre ficávamos espantados com a quantidade de fotos familiares descartadas. Eram muitas mesmo. Os herdeiros não tinham o menor problema em jogar fora o passado das próprias famílias.

PS: O "Saudades do Rio" desligará os transmissores neste dia 20 e voltará ao ar na 2ª feira, dia 24.

22 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Cheguei a postar foto do Marimbás. Da região mesmo, só algumas idas ao forte, nas exposições de carros antigos.

    Hoje é dia do diplomata, aniversário de nascimento do Barão do Rio Branco. O gerente vai aproveitar o feriadão. Justo. Mas ficaremos sem o "Onde É?" e o "Fundo do Baú" e com um princípio de abstinência.

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  2. Local bem conhecido por mim. O Edifício Egalité onde morei aparece "em close". As duas últimas fotos são de 1971, quando as novas pistas da Avenida Atlântica já estavam prontas mas ainda não estavam em operação, enquanto a velha pista junto aos prédios ainda se mantinha original. A pista que aparece na última foto logo seria coberta pelas pedras portuguesas que compõem o calçamento atual. Joguei muita "pelada" ali nessa época.

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  3. As fotos encontradas nessas feiras são provas do descaso com o passado. E mostram como, em boa parte das vezes, não valemos nada e somos logo esquecidos.
    O Posto 6 é a região mais simpática da praia de Copacabana.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. A penúltima foto mostra com clareza a nova pista com um Fusca estacionado onde antes era "areia", e na frente dele o que era a antiga calçada. Em Setembro de 1971 a "velha pista" que aparece na foto já não existia mais e o novo calçadão já estava pronto. Eu situo essa foto em Abril ou Maio daquele ano

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  6. Me mudei para o Posto Seis quando ainda nem haviam começado as obras do túnel que liga Barata Ribeiro e Raul Pompéia. O lugar era, de certa forma, parecido com a Urca, onde morava antes. A rede do Seu Tomás, em frente à Joaquim Nabuco, era o ponto de de encontro dos jogadores dos times de voleibol do Rio, que na época dominava o voleibol brasileiro, de segunda a sábado. Aos domingos funcionava a rede Frazão, em frente à Rainha Elizabeth. Nas férias os jogadores de outros estados também compareciam e tínhamos ali praticamente toda a seleção brasileira. Ali foi o começo da carreira do Bebeto de Freitas. Uma curiosidade é que Amaury Passos, um dos grandes jogadores da história do nosso basquete, era também um ótimo atacante de voleibol. Sempre comparecia nas férias.

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  7. nós, adeptos de pegar jacaré, (quem não sabe o que jacaré significa, se informe no Google), abominávamos o mar do posto 6. Era uma piscina. Não era a nossa praia.

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    1. Sim, esse era realmente o sentimento geral da galera que ia à praia com as planondas (acho que soletra assim) ou pegava as ondas de peito :-)

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    2. Nunca vou me esquecer do dia chuvoso nas férias de verão quando o mar estava de ressaca com ondas enormes no Posto 6, ótimas pra jacaré, sem caixote. Isso foi antes da obra do calçadão, que estragou o mar pra quem fazia jacaré.

      Entre as milhares de fotos que tenho guardado em dezenas de álbuns tem uma foto de mim com uns 3 anos com a TV Rio ao fundo. Meu sonho era digitalizar os álbuns de fotografias e as fotos avulsas para preservar para posteridade, talvez algum dia.

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    3. manda para mim. eu digitalizo. eduardobertoni53@gmail.com

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    4. A "Planonda" era a maior prancha para a prática do "Jacaré". Eu tive mais de uma. E ai de quem não usasse camiseta.

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  8. O letreiro da TV Rio aparece em 6 das 8 fotos.
    Esse tipo de poda de árvores é uma violência, principalmente se foi em época errada e sem o parecer de um botânico ou biólogo. Hoje eu chamaria de massacre da serra elétrica, mas naqueles tempos era de serrote mesmo.
    O Posto 6 era o preferido lá de casa na segunda metade dos anos 60. Eu nunca lembrei de perguntar, mas a ampliação da orla de Copacabana deve ter afastado meus pais de lá.
    Só bem depois voltei para a região, já por minha conta, mas para a outra ponta, o trecho do Leme.
    Meu pai faleceu aos 91, lúcido até os últimos minutos, com os grandes amigos falecidos antes dele, exceto um que já estava acamado há bastante tempo.

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  9. O nome correto é Ilda Elena, sem H.

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  10. Boa tarde Saudosistas. Local fora da minha jurisdição, acompanharei os comentários. No posto VI, só fui algumas vezes no Forte, acho que a última vez que lá estive foi durante as Olimpíadas e já lá se vão quase 7 anos.

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  11. Sobre as fotos de família, as fotos de duas tias minhas hoje estão com minha prima. Há alguns anos consegui digitalizar a maioria, estando em um HD externo. As dos meus pais estão comigo, em sua maioria, além das que eu tirei ao longo do tempo, também digitalizadas. Minha irmã tem algumas delas do tempo de casada, exceto as do "ex"... Recentemente estive na casa de outra prima, em Oswaldo Cruz, quando minha tia fez 90 anos, e vi algumas fotos que ela ainda guarda.

    Também garimpeiros várias fotos na Praça XV e Lavradio.

    Não sei o que pode acontecer com essas fotos em um futuro razoavelmente distante.

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  12. Comentário tardio. Posto 6 local de tranquilidade na época. De praia a lembrança de ter feito o ótimo curso de Botinho, treinamento da garotada para lidar com o mar e ajudar em salvamentos. Em terra, ao lado da TV Rio tinha uma casa da Cultura Inglesa. Na memória o arrastão de peixes era uma beleza, quando chegava a rede todos brilhando prateados e fazendo um barulho grande ao se debater. De vez em quando escapava um da rede e a turma corria para pegar. Os velhos pescadores puxando com cordas amarradas na cintura. Hoje a faixa de praia ainda é estreita mas a vista do colar de pérolas de Copacabana é uma beleza.

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  13. A vista, até hoje - depois de 70 anos vivendo no Rio - não me deixa indiferente, é uma emoção que se renova toda vez que entro na Av. Atlântica vindo da Francisco Otaviano.
    A curva da praia, com o Pão de Açúcar no final é de arrepiar e, à noite, o colar de pérolas como citado por você, de fato uma beleza.
    A princesinha do mar mantém, apesar de tudo, a majestade.

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    1. A dois dias atrás durante o congestionamento na Av. Atlântica pensei sobre a agonia os moradores do prédios de frente a praia, o barulho incessante dos kiosks deve ser alucinante. Chegando em casa me deparei com um artigo dizendo que a situação é ainda pior do que imaginei.
      https://diariodorio.com/camelos-fazem-raves-as-23h-no-calcadao-de-copa-que-sofre-com-caos-diario/

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    2. Quando morei na Atlântica antes da duplicação, não havia quiosques e à noite era muito tranquilo. Pela manhã apenas a algazarra dos soldados do Exército correndo, fazendo exercícios, e gritando palavras de ordem, tirava um pouco o clima de normalidade.

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  14. Legal ver que vestir a "escrava" perdão doméstica de branco é coisa bem antiga.

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    1. Tinha que ter uniforme. Tudo na disciplina.

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