A foto é do Restaurante Lucas, na Av. Atlântica nº 3744, na esquina da Rua Souza Lima.
Aberto em 1941, era de um alemão de Brémen (não sei se teve dificuldades em função da guerra). Especializado em cozinha alemã, tinha um estilo típico dos restaurantes da pequenas cidades europeias.
O kassler de lá era uma maravilha.
Foi vendido em 1982, quando do falecimento de seu proprietário. Transformou-se no "Garota de Copacabana", uma dessas franquias que atraem turistas e cariocas desavisados.
A foto, provavelmente dos anos 50, mostra a agradabilíssima varanda do Restaurante Lucas. Meu "velho" era frequentador assíduo e, nos anos 60, cheguei eu mesmo a frequentá-lo para os primeiros chopes.
Era uma época em que se podia desfrutar destas varandas sem ser incomodado por pivetes. Só apareciam, e de modo educado, os vendedores de bilhetes de loteria, um grupinho de músicos ou pequenos engraxates.
Nesta foto, de Jean Manzon, vemos a varanda do Hotel Regente, vizinho do Restaurante Lucas, cujo toldo vemos mais adiante, em frente à carrocinha da Kibon.
O belo Cadillac é um Club Coupe Fastback 1949, segundo nossos especialistas.
O Regente desapareceu na década de 70.
Saudades desta Copacabana de minha infância e adolescência.
Por falar em Hotel Regente, este foi um projeto do Niemeyer, em 1949, para um "Hotel Regente", em São Conrado, segundo publicação do Achilles Pagallidis.
Seria um horror...
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirFicarei acompanhando os comentários. Não tenho um restaurante favorito. Até porque minha "especialidade" era o rodízio de vários tipos.
Da mesma forma que o Hélio denomina essa o áureo período temporal vivido pelo Rio como "Circuito Elizabeth Arden", agora também passo a "tipificar" essa época como "filme de Jean Manzon". A diferença entre "o ontem e o hoje" é tão gritante que até o "Gerente" deixou escapar sua indignação com a realidade atual quando fala sobre "as franquias que atraem cariocas e turistas desavisados" e também que "era possível desfrutar essas varandas sem ser incomodado por pivetes". Não há como não se indignar com a triste condição em que se encontra o Rio de Janeiro, exceto por parte de "afásicos" ou indivíduos de ideologia progressista que através de argumentos como "a população é muito maior", "a desigualdade é muito grande", ou "todos precisam trabalhar", tentam defender o indefensável.
ResponderExcluirEsse Cadillac pode ser o mesmo que a Juliette Gréco estava dirigindo e a própria pode estar na fotografia. O Jean Manzon não sairia pelo calçadão escolhendo cliques de paparazzi; e já que estamos no terreno das coincidências, também pode ser a que foi minha e hoje repousa, bem conservada, na Ilha do Governador.
ResponderExcluirMais coincidência: durante 25 anos, o Lucas-Garota de Copacabana foi sede dos ex-alunos do CMRJ nas últimas quintas-feiras do mês. Entretanto, devido ao péssimo atendimento e exorbitância na cobrança de balde de gelo, mudamos o endereço. Não é recomendável nem a turistas desavisados e isso nada tem a ver com a frequência de "espertos, maiores ou menores, em busca de oportunidades"... sei lá, acho que ficavam temerosos de nós os roubarmos, talvez, pode ser...
Ver essas fotos da avenida Atlântica certamente dá muita saudade desses tempos mais civilizados. Eram tempos mais calmos, a vida tinha a velocidade dos bondes, não éramos bombardeados pelas notícias como hoje em dia. Os problemas eram muitos, faltava água, luz, a medicina era precária, o transporte era ruim, faltava tecnologia, mas temos saudades daquele tempo, principalmente por conta de termos uma segurança pessoal melhor, com a cidade sendo menos agressiva em vários aspectos.
ResponderExcluirQuanto ao Lucas era muito agradável, tal como o Alpino, outro alemão, do Jardim de Alá. E como outros restaurantes de bairro como o Final do Leblon na Dias Ferreira.
Quanto ao projeto do Niemeyer, o apresentado vai para a coluna dos feios, na minha opinião.
Alguns metros adiante estão a esquina com a Rua Francisco Sá, a Galeria Alaska, e o Bar Rio Jerez, onde Almir, o "Pernambuquinho", morreu com um tiro na cabeça em 1973 após se envolver em uma briga. Naquela época a Avenida Atlântica "já não era mais a mesma".
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirPelo Google Maps, o Regente já foi em algum momento o Golden Tulip Regente ,(imagem de maio/2016) e depois mudou para o Grand Mercure Rio de Janeiro Copacabana (atual).
Acho que a partir do aterro, a praia de Copacabana foi "ladeira abaixo".
(assim como o Rio, a partir da década de 70).
Esse anônimo das 08:24 sou eu.
ResponderExcluirMário, o "aterro" foi iniciado em 1970 e a duplicação ficou concluída em 1971. Você tem razão, a partir daí Copacabana foi "ladeira abaixo".
ExcluirPeguei o Lucas aberto e salvo engano tinha Frango com Purê de Maçã delicioso. Na mesma linha considero o Rian, que ficava na Rua Santa Clara. Minha mãe adorava a Polonesa (fechou ano passado) e seu pudim de claras de chocolate. Geração de Copacabana mudando. Em 10 anos volta a ser um bairro jovem. Já vejo alguns casais comprando apartamentos grandes por pechinchas. Agora mesmo um comprou apartamento enorme, andar alto, na NSCopa em frente ao Lido, com IPTU de "dentro" e vista da praia.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Não conheci nenhum dos restaurantes Alemães citados, embora goste muito da culinária Alemã, costumo a frequentar alguns restaurantes Alemães no Rio, gostava do Bar Luiz (fechou), ainda ativos gosto do Bar Brasil, Adega do Pimenta, Otto, Ernesto, Herr Pfeffer e outros que não me recordo o nome.
ResponderExcluirJá com relação aos restaurantes na orla do RJ, os incômodos citados acima, foi o principal problema de afastar os frequentadores desses restaurantes, infelizmente é o resultado de anos e anos de falta de administração responsável da cidade.
O Rian faz falta; muito bom restaurante, preços honestos, frequentei primeiro com meus pais e depois bastante com minha mulher.
ResponderExcluir(O Restaurante do Hotel Ouro Verde era ótimo também)
E o do Montecarlo.
ExcluirA Marisqueira (que está lá até hoje, depois de uma reforma) tinha também seu valor; eu morava perto, depois que mudei já não vou há décadas.
ExcluirMario estive recentemente na Marisqueira, a qualidade permanece no mesmo nível, porém os preços estão muito caros, duas pessoas se tomar um vinho barato, não vai gastar menos de R$ 500,00.
ExcluirFicou muito caro mesmo para o que é, já não vale a pena, certamente existem opções melhores.
ExcluirAlém do Rian, frequentava o Arosa e o Cirandinha. De restaurante tradicionais (que eu conheço), só sobraram o Bar Lagoa e o Lamas (que não vamos mais por causa da sujeira).
ResponderExcluirNos anos 90 e até 2004 minha frequência em restaurante era o Cirandinha, principalmente por causa dos sorvetes tradicionais.
ResponderExcluirvamos por partes. Primeiro sobre o Lucas. Adorava até que, certo dia, na varanda, senti algo me incomodando na minha perna direita. Localizei o problema e dei uma porrada no local. Fui ao banheiro e, tirando minhas calças, havia um cadaver de uma imensa barata esmagada pela minha porrada. Com muito nojo limpei o local e fui embora. A calça foi para o lixo. Nem a morte me aterroriza mais do que baratas. Outra coisa, além dos engraxates, eram os vendedores de marionetes que tinham uma maraca em cada mão e enchiam o saco da gente com malabarismos. Segundo, o Rian que começou com uma pequena loja na Sta. Clara, com uma comida fantástica, e, pelo sucesso, expandiu-se para 4 lojas. Sempre manteve a qualidade, porém uma das crises econômicas que atravessamos, tornou inviável a manutenção das 4 lojas. Acho que ainda existe, porém nada posso dizer, pois nunca mais lá fui. Terceiro, a Marisqueira. Sempre muito bom, mas caro. Ontem mesmo tive vontade de comer um arroz de polvo e liguei para lá. Além de me dizer que o polvo era "médio", custava 300 reais para 2 pessoas.
ResponderExcluirArosa, com seu strogonoff e a Cirandinha deixaram saudades.
A copacabana desta época era uma maravilha. A Polonesa era uma maravilha em tudo. O souflé quente de chocolate era imbatível, assim como as batatas coradas que acompanhavam vários pratos. Hoje, dependemos do I food. Para sair à noite em Copacabana só tendo um caveirão e escolta particular...
Em Copacabana creio que sobrevive o não tão antigo Blé Noir. Nuca fui ao Nino da Bolivar, não tinha idade, nem $, mas tinha grande curiosidade pelo ambiente. O mesmo digo do Flag. Moro no Jardim Botanico; aqui faz sucesso o pé imundo Bar Rebouças, um happening na Rua Maria Angélica. A Bráz é ótima opção de pizza, meio carinha, e gosto do Gula Gula. Churrascaria imbatível a Majórica, já referida aqui, mas a gorjeta tem que ser dada em PIX separado. E o pé sujo Caranguejo da Rua Xavier da Silveira, com empadas de camarão campeãs. Ou seja os restaurantes antigos de Copa não sobreviveram. Até a Fiorentina foi pra Ipanema.
ResponderExcluirO Nino era muito bom. Fui algumas vezes. As empadas do Caranguejo são ótimas. A pizza do Brás não me atraem. Na região prefiro as do Mamma Jamma.
ExcluirA Majórica é área do Menezes.
Como sempre o Conde sendo modesto. Não encomendou o polvo por achar que, por este preço ínfimo, não estaria bom.
ResponderExcluirAcostumado a só comer em 3 estrelas Michelin, em Paris, achou que se alguém soubesse desta encomenda teria a reputação abalada.
O mais popular que frequentava era o brunch do Meridien, onde derrubava 12 garrafas de espumante.
A única escorregada, certamente na tentativa de matar desafetos dos fotologs do Rio antigo, foi nos levar no Alcazar para o festival de aperitivos a R$ 1,00.
Até preparou uma armadilha no ventilador de teto que caiu sobre a Dra. Evelyn. Mas não deu certo.
Outro que tentou envenenar o grupo foi o Dr. Celsão, que trouxe uma cachaça de Cambuquira “batizada”. Parecia óleo utilizado em dezenas de frituras. E, pasmem, deu uma calcinha de brinde para o Conde. Até hoje não se sabe o que o Conde fez com ela…
Diversos:
ResponderExcluir- Bleu Noir sobrevive na Xavier da Silveira, muito bom.
- Gula Gula tem uma boa relação custo × benefício.
- A pizza da Capricciosa é muito boa.
- Majorica imbatível mesmo.
Nos anos 60 havia uma churrascaria na rua República do Peru -Churrascaria Jardim - que era muito boa, ia bastante com meus pais aos domingos; salvo engano, ficava nos fundos de um prédio, no trecho entre a Av. Copacabana e a Barata Ribeiro.
ResponderExcluirNunca gostei de churrascaria rodízio, sempre preferi as tradicionais (que praticamente sumiram).
Os restaurantes citados na postagem de hoje estão situados em Marte, portanto desconheço todos eles, exceto o "A Polonesa". Não vi citado o Dubianski, se não me engano na rua Gomes Carneiro.
ResponderExcluirNão sou nem um pouco gourmand. Para mim tudo está bom, bem temperado, no ponto, macio. Não sirvo para julgar comida. Por isso, minhas preferências por restaurantes estão ligadas ao valor da refeição, e não à qualidade dela. Mas gosto (ou gostava) de experimentar culinária de diversos países. Nada muito excepcional. As mais exóticas foram mongol e tailandesa (ou seria vietnamita, não me lembro bem).
ResponderExcluirA grande verdade é que no passado não havia restaurantes "a quilo" e a maioria da população tinha condição de frequentar restaurantes. Os restaurantes "a quilo" foram a salvação dos restaurantes "à la carte", que rapidamente se transformaram. No centro da cidade a quantidade de restaurantes a quilo é assombrosa e praticamente "mataram a antiga concorrência". A qualidade da comida costuma ser excelente, e aqui na "grande Tijuca" eu cito três: o Brasa Gourmet, o Oliva, e o Come quieto, e os dois primeiros dispõem de estacionamento. Como reataurante "à la carte" eu recomendaria o "Torino. Porém há um grande inconveniente: depois das 19 horas também funcionam como "Rodízio de Pizza", e aí "lascou". A frequência muda "diametralmente", e aí eu "tô fora". Prefiro as pizzarias da região, que aliás são ótimas. Uma delas fica ali coladinha à casa do Hélio. Nada como degustar uma pizza em casa.
ResponderExcluirJoel, a pizzaria colada na minha vila fechou esta semana. Não conseguiu se manter após a pandemia, quando a freguesia minguou. Lembro que antes a gente às vezes precisava esperar uma mesa vaga; depois da pandemia, eu passava ali e tinha só uma ou duas mesas ocupadas.
ExcluirO "Come Kéto" do shopping Tijuca e o Oliva do shopping Iguatemi são muito bons. O Brasa Gourmet não conheço.
ExcluirJoel recomendo o Fiorino na Tijuca é o melhor restaurante de comida Italiana do bairro, só tem um inconveniente não aceita cartão.
ExcluirLino, conheço o Fiorino de longa data, realmente a comida é ótima, mas tem um grande inconveniente: falta de estacionamento. Nem sempre é possível encontrar uma vaga próxima. Mas a casa não aceita nem cartões de débito?
ExcluirHélio, o Come quieto tem uma filial na Conde de Bonfim 502. Quanto ao Brasa Gourmet você vai conhecê-lo em breve, pois estou te devendo um almoço e combinarei com você o dia oportuno.
ExcluirJoel, 18:49h ==> esse Come Kéto da Conde de Bonfim é na esquina da rua Conde Itaguaí. Antigamente acho que era uma churrascaria aí.
ExcluirEra a antiga "Churrascaria 502".
ExcluirO avô da minha "ex-esposa" era alemão e seus filhos, inclusive o meu ex-sogro, tinham olhos verdes e sobrenome alemão. Eles moravam em Copacabana "desde sempre", mas em 1942 tiveram graves problemas quando o Brasil declarou guerra ao "eixo". Tiveram a casa apedrejada diversas vezes e eram hostilizados na rua. Tiveram que colocar faixas na frente da casa com os dizeres "Aqui mora uma família de brasileiros". Uma pena que o perfil (leia-se DNA) da população brasileira "piorou de forma quase irreversível", pois não possui um mínimo de ufanismo. Aliás será que esse "povo" sabe o que é "ufanismo"?
ResponderExcluirLuiz, vc é um pândego... Em uma coisa vc tem razão. Depois de 15 idas a Portugal para ver meu filho, e comendo polvos parrudos, não aceitaria um "polvo médio" a 300 reais. Paris, em termos de polvo, não é uma referência. Portugal e Espanha, sim. Comi polvos da grossura de um punho humano.
ResponderExcluirO brunch do Meridien era uma loucura. Só dei prejuizo para eles, pois o champagnhe era livre. Além do maravilhoso buffet, nós tomávamos não 12, mas umas 6 garrafas de Moet.
Quanto ao Alcazar, o combinado era cair o ventilador em cima de vc. Como vc trocou de lugar para ficar na minha frente, uma atitude sexual, o ventilador caiu sobre uma pessoa inocente, Culpa sua.
A cachaça do Celso era de primeira e, até hoje a bebo... quanto à calcinha, sei de quem era , mas nem sob tortura, direi a proprietária.
Somente acrescento que era de uma menina do nosso grupo que pediu que ele a me desse para matar saudades... imagina quem...
O Conde e suas histórias…
ResponderExcluirÉ verdade, Terta?
ExcluirO Fiorino é da mesma família dona do Anna e do Artigiano. Não aceitam cartão. Nem Pix. Um dos irmãos é meu amigo desde os tempos de colégio. Digo a eles que meus filhos, e a geração deles, não vão mais lá, pois não usam mais dinheiro em notas ou cheques. Mas não adianta.
ResponderExcluirEles tinham também o Pomodorino na Lagoa, mas fecharam acho que antes até da Pandemia. Gosto muito da comida dos restaurantes deles.
ExcluirQuando perambulei pela Iugoslávia, havia dois pratos que eram figurinha fácil: o cevapcici e vesalnica (acho que são escritos assim, porém eles têm acentos que não podem ser colocados pelo teclado brasileiro). O primeiro era passável; o segundo não tinha gosto nenhum.
ResponderExcluirHélio, fiquei curioso. Qual eram os ingredientes principais desses pratos?
ExcluirLino, na internet tem a receita do cevapcici. Do vesalnica não encontrei nada.
ExcluirCevapcici no link https://pt.petitchef.com/receitas/prato-principal/cevapcici-fid-1240384
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