A Sede Social, dependência
mais antiga do Clube, funcionou em diversos pontos no Centro do Rio de Janeiro,
antes de ser instalada definitivamente na esquina da Avenida Rio Branco com
Avenida Almirante Barroso, em prédio erigido especialmente com tal finalidade.
Foi inaugurada no ano de 1910,
e compõe, juntamente com o Teatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional, o principal núcleo
cultural da cidade.
Nos anos de 1940 e 1983, foram inauguradas, respectivamente, as Sedes Esportiva (Piraquê), na Lagoa Rodrigo de Freitas, e Náutica, no bairro de Charitas, na simpática vizinha cidade de Niterói.
Foi o prefeito Carlos Sampaio que, em 1921, realizou o
projeto do engenheiro Saturnino de Brito, abrindo os canais do Jardim de Alah e
da Avenida Visconde de Albuquerque, permitindo a troca de águas entre o mar e a
lagoa. A areia retirada para a construção deu origem às ilhas Caiçaras e Piraquê.
A Seção Esportiva do Clube Naval foi criada em 1936
e em 1937 foram eleitos os seus primeiros dirigentes: Presidente Joaquim Novais
Castelo Branco, Secretário Benvindo Taques Horta e Tesoureiro Levy Araujo de
Paiva Meira.
Em 1937, o presidente encaminhou um Memorial ao
Presidente da República: “Accentuando-se cada vez mais a necessidade de prover
a Marinha de Guerra do Brasil de um centro de cultura physica e sports (…) e após
longo trabalho na escolha do local, foi ventilada a ideia de ser aproveitada a
ilha existente na Lagôa Rodrigo de Freitas, conhecida com o nome de “Piraquê”.
Este local offerece a grande vantagem de poder reunir as installações dos
sports terrestres e nauticos.”
Observem o tamanho da ilha de Piraquê na época.
Foto de Malta.Em 1938 foi concedido ao Clube Naval o aforamento da Ilha do Piraquê. A adaptação dessa ilha viria concorrer de modo indiscutível para incentivar o esporte náutico na Lagoa. O terreno, junto à embocadura do Rio dos Macacos, já nesta ocasião tinha sido aumentado com um aterro.
As obras foram orçadas em
cerca de 1.200 contos de réis. Foram eleitos para o bienio 1939-41 o Presidente
Joaquim Novais Castelo Branco, o Secretário Francisco Vicente Bulcão Vianna e o
Tesoureiro Adalberto de Barros Nunes.
Já vemos a ponte que hoje é a entrada social do Piraquê.
Foto do ano de 1940, da Aviação Naval.
O “Jornal do Brasil” de 07/07/1940 noticiou a visita do
Presidente Vargas à “Ilha de Piraquê”:
“O Clube Naval, com o auxílio do Governo Federal,
construiu, na Ilha de Piraquê, as suas dependências esportivas, com magníficas
praças de esportes, de todos os gêneros. Como se sabe, esse local, à margem da
Lagoa Rodrigo de Freitas, possui um notável panorama. O Clube pretende
realizar, ali, uma série de campeoatos esportivos, corridas de lanchas, etc.
A sede do clube apresentava um grande movimento, vendo-se
nas dependências figuras do maior destaque social.
Quando Sua Excelência ali chegou foi alvo de grande
manifestação de todos os sócios e suas famílias. Depois de percorrer as
instalações do clube, o Presidente Getulio Vargas, ao som do Hino Nacional,
içou, no mastro principal da praça de esportes, o Pavilhão Nacional.
O clube resolveu inaugurar o busto do Sr. Getulio Vargas
em reconhecimento aos seus serviços àquela instituição.
O Almirante Alvaro Vasconceos, presidente do Clube Naval,
proferiu, nessa ocasião, o seguinte discurso:
“Na sede esportiva do Clube Naval está de novo Vossa
Excelência em contato com a oficialidade da Marinha de Guerra; aqui,
entretanto, sem as restrições que o protocolo impõe nas esferas da alta
administração e compensada, esperamos, a falta dos atrativos que o ambiente
puramente profissional sempre oferece, pelo maior calor com que nos é possível
demonstrar a invariável estima com que no seio dela e Vossa Excelência
recebido.
(...)
Desejamos que a visita constate que não foi perdido ou
sequer mal aplicado o auxílio que o Clube Naval mereceu do preclaro Chefe do
Estado Novo para a construção de sua sede esportiva e de educação física.
A instalação da sede não está nem poderia estar completa.
Mas podemos mostrar o muito que já foi feito na Ilha que o eminente Prefeito
Henrique Dodsworth, cujo nome Vossa Excelência permitirá seja relembrado nesta
homenagem concedeu por aforamento ao Clube Naval.
(...)
Estiveram presentes ao ato, entre outros, o Ministro
Aristides Guilhem, o Interventor Amaral Peixoto, o Prefeito Henrique Dodsworth,
Comandante Angelo Nolasco, assim como outras altas autoridades, civis e
militares. Após provas esportivas foi servido um cocktail.”
O Jornal do Brasil, em outra reportagem dos anos 40, conta que “A
Ilha de Piraquê é um pequeno trato de terra encravado na Lagoa Rodrigo de
Freitas. Antes de sua cessão pela Prefeitura do DF ao Clube Naval, havia ali
apenas alguns exemplares de eucaliptos.
Os dirigentes do Clube Naval viram que a ilha se
prestaria à instalação de um campo de esportes. Esse projeto se tornou
realidade. Ali se pode praticar basketball, volleyball, tennis, etc.
Completando há um parque infantil e um cais para o lançamento de embarcações.
Em foto do acervo do Museu Aeroespacial vemos a Lagoa e o
Jardim Botânico em 1945. Destaque para a sede esportiva do Clube Naval
(Piraquê), já bem maior do que era quando da inauguração cinco anos antes.
Bem no meio da foto, lá no fundo, há o mastro da bandeira
na borda da Lagoa. Este mastro existe
até hoje e fica antes da piscina semiolímpica e quem conhece o clube sabe
quanto mais ainda há hoje em dia por trás dele, tais como instalações da outra
piscina e um campo oficial de futebol, fora os outros aterros laterais, que
comportam instalações como um ginásio poliesportivo e um local para churrascos.
O "logo" na asa esquerda do avião indica que
ele pertenceria ao grupo de aviação do Exército, da antiga Base dos Afonsos e
não da Aviação Naval , com base no Galeão, unificadas em 1941 com a criação do
Ministério da Aeronáutica.
Aterros mais radicais ocorreram na década de 60, com
aproveitamento de material retirado para a abertura do Túnel Rebouças e
facilitados pelo regime da época.
Esta foto mostra algo inconcebível aos olhos de hoje. Vemos
as dependências do Piraquê, na Lagoa, na década de 50. Podemos notar que a
piscina acabava praticamente às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas e tinha um
escorrega que, tempos depois, foi demolido.
Muita coisa foi construída após esta piscina, em sucessivos aterros.
Além de comportadíssimos trajes de banho, vemos uma brincadeira para crianças, totalmente incorreta por culpa dos adultos, que consistia em ver quem conseguia agarrar um pato jogado dentro da piscina. O pato devia ficar estressadíssimo e provavelmente devia contaminar a piscina que teria que ser interditada para limpeza...
A foto de alguns anos atrás mostra o tanto que a ilha foi aterrada. Vários pavilhões construídos, um campo de futebol gramado em terreno conquistado à Lagoa, o "novo" ginásio depois das quadras de tênis (são seis), uma quadra poliesportiva, à direita, com telhado mais elevado, um cinema para centenas de espectadores, restaurantes, terraços, boate, ginásio, até um colégio, de no Popeye, para crianças pequenas.
O mastro. Inicialmente era o final do clube como podemos ver nas primeiras fotos. Hoje deve estar mais ou menos no meio do clube, ou seja, aterros duplicaram o terreno.
Bom Dia ! Na hora que eu ia sair para fazer a acupuntura desceu um "diluvio" . O céu ficou escuro, parece noite, muitos trovões. Esse clube só conheço de nome,nunca fui lá. vou acompanhar os comentários.
ResponderExcluirQuando criança, frequentei o clube por ocasião do treinamento para ser escoteiro. Fui pouquissimas vezes.
ResponderExcluirDepois me mudei para bem próximo, mas nunca mais entrei lá.
Se não me engano funciona o Grupo de Escoteiros do Mar Saldanha da Gama.
ExcluirFui ao Clube Piraquê em 1970 duas vezes a convite de um colega de colégio cujo pai era Oficial da Marinha de Guerra. Imagino que atualmente a grande maioria dos sócios seja militar, principalmente em razão do valor reduzido da mensalidade, pois além de os "clubes sociais" estarem "em desuso", o empobrecimento da população nas últimas décadas tornaram supérfluo o gasto com diversos ítens, inclusive mensalidades de clubes sociais.
ResponderExcluirJoel, eu diria que a frequência é meio a meio, entre militares e civis. O clube é bastante frequentado por civis.
ExcluirSim, mas não tanto como no passado.
ExcluirNos anos 60 costumava jogar voleibol lá todas as semanas.
ResponderExcluirBoa é a história do Lavra, querendo penetrar em um baile no clube. Ia partir de Ipanema, em frente à Montenegro. Construiu uma jangada improvisada com três boias de pneus amarradas com umas tábuas por cima. Só que a história se espalhou e quando nosso herói, já impecavelmente vestido de smoking, ia começar sua navegação, seu pai apareceu e acabou com a brincadeira.
Tempos depois não seria necessário construir a jangada, já que é conhecida de todos a capacidade do Bispo Rolleiflex caminhar sobre as águas.
ExcluirÓtima postagem Luiz. O Piraquê me traz alegres lembranças de minha infância/adolescência nos anos 60 até meados dos 70, quando fomos sócios. Era muito difícil um civil conseguir entrar para o quadro associativo do clube, a não ser que fosse indicado por um sócio militar, o que foi possível graças a um primo de meu pai que era oficial da Marinha. Nas férias escolares, ia todos os dias levado por minha mãe e a partir dos 10 anos, passei a ir de ônibus sozinho. Adorava a piscina grande, como era chamada na época, onde ensaiei meus os primeiros saltos, chamados anjo e borboleta, a partir do trampolim central, o mais alto de todos. Por baixo daquele escorrega mostrado na foto, existia uma piscina menor que dava pé em toda a sua extensão, sendo posteriormente construída uma outra grande, a direita para uso social e rodeada por muitas mesas e que virou um point. Há uns oito anos atrás, o churrasco de final de ano da minha rede foi comemorado na área de lazer do clube e me chamou muito atenção a limpeza, bem como a conservação geral do clube. Guardo com carinho até hoje a minha carteirinha de sócio dependente do clube.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirÁrea fora da minha jurisdição. Por isso, vou acompanhar os comentários.
O biscoito comenta sobre Piraquê?
FF: às 7hs o céu ficou preto (cor) e por quinze minutos caiu um dilúvio. O tempo está tão doido que já tem sol de fora por aqui. Mas a previsão ainda é de instabilidades ao longo do dia.
PS: comentarista sumido chamaria o local como "puxadinho de rico".
ExcluirA foto 6, de 1945, é muito interessante. Chama a atenção na foto a Borges de Medeiros reta em frente ao Piraquê. Com os aterros a avenida passou a fazer uma curva na direção da Lagoa e o Jockey ocupou o espaço.
ResponderExcluirO terreno vazio bem em frente à entrada do Piraquê foi ocupado pelo hotel de trânsito da Marinha.
Em espaço cedido pelo Patronato Operário da Gávea foi fundado em 1951 ali à esquerda, seis anos após a foto, o Teatro Tablado por Aníbal e Maria Clara Machado, Antonio Gomes Filho, Carmem Sylvia Murgel, Carlos Augusto Alves dos Santos, Eddy Rezende, Edelvira e Déa Fernandes, Isabel Bicalho, João Sérgio Marinho Nunes, João Augusto de Azevedo Filho, Jorge Leão Teixeira, Martim Gonçalves, Marília Macedo, Oswaldo Neiva e Stélio Emanuel de Alencar Roxo.
O Patronato Operário da Gávea foi fundado em 1929, com o objetivo de prestar assistência social às comunidades carentes. Aos poucos, o novo prédio foi erguido e construídas a Escola, o Centro de Recreação Operária, o Ambulatório, a Capela, o Teatro Tablado e, finalmente, os dois andares superiores. Nestes 79 anos de funcionamento, várias mudanças foram feitas nesta obra de caridade para adaptar-se às necessidades da comunidade.
A construção semicircular embaixo é a antiga cocheira do Haras São José e Expedictus, da família Paula Machado. Foi demolido no início dos anos 60.
No galpão próximo do meio, funcionou durante trinta anos a concessionária VW e Puma Lemos & Brentar, onde o pai do Gustavo Lemos era sócio. O Gustavao já contou que costumava subir no muro do jirau para ver os cavalos e ficou muito triste quando acabou. Tem outra cocheira que pode ser vista na foto: a do Haras Mondesir, da família Peixoto de Castro. Ela está na esquina da General Garzon com a Lineu de Paula Machado, na quadra da Lagoa. Esta resistiu até os anos 70.
O Teatro Fênix foi uma barganha da família Guinle/Paula Machado com a Prefeitura. Existia uma lei que proibia a demolição de teatros na cidade. A família negociou com a Prefeitura a demolição do Teatro Fênix no Centro e a construção de outro na antiga cocheira. O teatro foi construído e ficou mais de uma década fechado, até que a Globo comprou.
Quantos detalhes e historias numa única foto. Seu trabalho é maravilhoso, Luiz.
ExcluirMais um clube que se aproveitou das mamatas junto à “Viúva”. Grana, aterros, privilégios. Cercaram uma área para estacionamento, conseguiram descontos para os sócios, etc.
ResponderExcluirEmbora aceite sócios civis estes são os que sustentam o clube. Os militares pagam dez vezes menos.
E o corporativismo é muito grande entre os militares.
O corporativismo dos militares é muito grande? Eu concordo e acrescento: é justo e necessário.
ExcluirJusto e necessário ? Então tá !
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirFrequentei muito pouco o clube.
Quando garoto e adolescente, só uma vez ou outra e convidado, a exemplo do Joel, por um colega de ginásio filho de oficial de marinha.
Já casado, levei meus filhos a algumas festas de aniversário de coleguinhas e bailes infantis de carnaval.
Minha sogra realizou em meados dos anos 80 uma exposição de seus quadros nos salões do clube.
Muito mais recentemente almocei com um amigo sócio algumas vezes no restaurante.
Nunca gostei muito de clubes sociais, normalmente - como comentado pelo gerente - bastante cheios nos fins de semana (e acrescentaria que também no período de férias escolares).
"Minha praia" era a praia mesmo, enquanto foi possível frequentar.
Como mostrado pelas fotografias do interior do clube, é bem cuidado, tem diversas áreas de convivência agradáveis, o restaurante é bom e tem preços razoáveis e a organização é impecável.
É de impressionar o "antes de depois" da ilha, a área inicial mais do que dobrou de tamanho.
Luiz, todas as seis quadras de tênis são atualmente de saibro. Um antiga reivindicação dos tenistas por conta das dores nos joelhos que sentiam nas quadras "duras".
ResponderExcluirO clube é mantido sob rigor militar, estando sempre tudo em ordem e funcionando.
O número de funcionários é realmente enorme e sempre há obras de modernização. Dinheiro não falta lá.
Os prédios/instalações geridos por militares se caracterizam pela organização e limpeza impecáveis. (mesmo quando muito antigos.)
ResponderExcluirFaz parte da cultura castrense
Junto com pintar poste, árvore e meio-fio com tinta branca.
ExcluirEste hábito de utilizar óxido de cálcio (a popular "caiação") é controverso quando utilizado em árvores porque, junto com os fungos, ele mata micro-organismos essenciais para a planta, como os liquens.
ExcluirEste hotel da Marinha citado num comentário é outra excrescência. Originalmente destinado a hospedar militares em trânsito regularmente recebe hóspedes que não teriam direito. Depende de QI (quem indica). E nós pagando tudo isso com nossos impostos. .
ResponderExcluirOs Hotéis de Trânsito do Exército também são a mesma mamata.
ExcluirÉ perfeitamente natural que um hotel da Marinha tenha autonomia para hospedar gratuitamente pessoas que contribuem de alguma forma para o engrandecimento do Brasil. A carga de impostos é tão pesada que uma ou outra hospedagem não pesariam tanto no orçamento do Brasil.
ExcluirFrequentei muito o Piraquê há muitos anos. Tive aulas de natação com o Miro, que era guarda-vidas no Leblon. Mas o que eu gostava mesmo era do futebol que o Miro organizava no campo grande junto da Lagoa. Mais velho disputei umas Olimpíadas internas jogando vôlei. Os bailes de carnaval também eram bons n clube. Depois saí do Rio para trabalhar em São Paulo e deixei de ser sócio do Piraquê.
ResponderExcluirEu também fui aluna do Miro e na piscina infantil do professor Cabral.
ExcluirRelacionado ao tópico, gostaria de entender melhor como funcionam esses aterramentos, que estão tão presentes no Rio. Na minha falta de conhecimento sobre o assunto, me parece que é "só" retirar material de um morro e jogar na água? Levem em consideração as aspas do "só" :)))) eu imagino que envolve muito mais, o que eu gostaria de saber. Obrigado!
ResponderExcluirQue falem os especialistas.
ResponderExcluirComo leigo acho que depende do tipo do material para o aterro, do estudo do solo, do movimento das marés, da compactação, da drenagem, etc
O resultado/sucesso depende do estudo disso tudo e de muito mais, porém em última análise acredito que é sim retirar material de algum lugar e jogar "na água".
ExcluirNo caso da Praia de Copacabana por exemplo, a areia do fundo da Baía da Guanabara foi transportada em suspensão em água (daí o nome de aterro hidráulico) para a praia existente, onde foi sendo depositada por sedimentação.
Aterros famosos do século XX começaram coma região do porto com aterro vindo do morro do Senado e de parte do morro do Castelo, para a abertura da Avenida Central.
ExcluirCom o desmanche do morro do Castelo foi aterrada a região atualmente ocupada pelo SDU, além de parte da lagoa, hoje ocupada por entre outros, o JCB.
Na década de 50 o desmanche do morro de Santo Antônio deu origem a parte do Aterro do Flamengo.
Outros aterros foram feitos para a abertura da Avenida Brasil e a ampliação do aeroporto do Galeão.
"com a região"...
ExcluirEntendi, obrigado! Eu não consigo visualizar como era antes desses aterros, já os conheci todos aterrados. Digo, mesmo vendo algumas fotos antigas na internet ainda assim não consigo visualizar, especialmente "ao vivo e à cores"
ExcluirApesar de só conhecer de passagem, achei muito boa postagem com toda sua evolução cronológica em fotos.
ResponderExcluirEncontrei este pequeno vídeo-tour feito em 2021 passando por algumas dependências do Clube e seus locais de convivência, além dos campos e quadras esportivas. No final do vídeo ainda é mostrado o interior da capelinha que existe no Clube.
Segue o link do Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=Ye1S8okHaO4&t=73s
Conheço só de passagem.
ResponderExcluirFrequentei muito esse clube nos anos 90, velejando de Optimist e Pinguim. Até hoje é berço de grandes velejadores e com uma escola náutica importante. Naquela época existia uma regata chamada 24 horas da lagoa, faziam junto com o caiçaras . Uma festa , vc fazia fazia teu turno, largava e ia pra noitada. Tinha gente que dormia no barco....eram usadas as classes Dingue e Laser.
ResponderExcluirBom Dia ! Acho que ainda virão depoimentos.
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirNeste exato momento faltam 100 mil para os 2 milhões de visitas ao Blog.
Bom dia.
ResponderExcluirO Piraquê, junto com o Caiçaras, o Estádio de Remo e a garagem de barcos do Botafogo acho que eram os únicos que, antigamente, tinham numeração ímpar no entorno da Lagoa. A partir dos anos 70 áreas como o Tivoli Park, o Drive-In, o complexo do Amaral com o teatro da Lagoa e aquela pizzaria que agora me escapa o nome, também passaram a ter. Atualmente o Lagoon, ao lado do Estádio de Remo.
ResponderExcluirPizzaria Gattopardo.
ExcluirA primeira Feira da Providência foi realizada dentro do Piraquê, com algumas poucas barracas, no início dos anos 60. No ano seguinte foi no Parque Lage, depois esteve no Iate Clube na avenida Pasteur, a seguir foi realizada na Borges de Medeiros (que ainda não tinha ligação com o Leblon) entre o Piraquê e a Hípica (acho que uns dois anos), a seguir foi para a recém-construída "Belém-Brasília", trecho entre o Estádio de Remo e o Piraquê, Depois mudou-se para a lonjura do Riocentro, atravessando a fronteira com destino àquele território americanizado da Barra Da Tijuca.
ResponderExcluirEu não conseguiria uma descrição melhor:
Excluir"... mudou-se para a lonjura do Riocentro, atravessando a fronteira com destino àquele território americanizado da Barra da Tijuca."
É isso aí.
Foi para o Riocentro em 1978.
ExcluirComo aconteceu com muitas outras coisas no Rio, depois de meados da década de 70 só ladeira abaixo ...
"Lonjura" para vocês que acham o Leblon o "final" do Rio ou de seus feudos...
ExcluirFeira da Providência e Bienal do Livro, entre outros eventos, são amostras de como "lonjura" é um termo relativo.
Apesar de não ter ido nas últimas edições por fatores alheios à minha vontade.
Além dos eventos citados, fui algumas vezes em Feiras de Informática no final dos anos 1980 e em alguns shows de MPB, inclusive perdi o show do Tim Maia naquele local. Eu não fui, mas ele foi!!!
ExcluirEu me lembro muito bem que em 1965 a Feira da Providência era na calçada da Lagoa entre a Hípica e o Piraquê. Quanto ao fato da Feira da Providência ter sido "empurrada gradativamente" para os sertões da zona oeste (leia-se Riocentro), isso se deveu principalmente à perda de prestígio que a Igreja Católica gozava no passado. Vejam que no passado a Festa da Penha era um acontecimento nacional onde centenas de milhares de fiéis compareciam. Atualmente "meia dúzia de gatos pingados, se tanto. (Isso se o tráfico de drogas permitir e autorizar)
ResponderExcluirBoa Tarde ! Dando uma parada nos trabalhos na "fabrica de ônibus" para o almoço.
ResponderExcluirUma pergunta se impõe: poderíamos abrir mão das postagens do Luiz aqui no SDR?. Claro que não!
ResponderExcluirA postagem em foco demonstra a importância do SDR.
Não poderia haver um estudo mais profundo do que este postado.
O acervo do Luiz é impressionante! Referência a todos que se interessam pelo Rio de Janeiro.
Em relação ao Piraquê, a minha adolescência se dividia entre o Piraquê, o Caiçaras e o Iate. Nesses lugares foram memoráveis as domingueiras dançantes onde a paquera ainda não era considerada assédio. O Piraquê, hoje, salvo a organização, pouco reflete a ótica militar. Um clube excelente!
Pronto. O conceito que eu tinha do Piraquê já baixou, tal como o do Caiçaras e o do Iate. Um clube que aceita o Conde di Lido como sócio...
ResponderExcluirMeu amado anônimo: vc tem um conceito sobre mim forjado pelas aleivosias sacadas contra a minha honra. Lamento apenas não ter tido a oportunidade de conhecer vc no Dagrau. Náo acredite em tudo o que vc ouve sobre mim. Sou uma pessoa do bem, 76 anos vividos muito bem. 90% do que falam mal sobre mim, são delírios dos meus queridos amigos que insistem em me sacanear. Não creia em tudo. Vc adoraria me conhecer, garanto!!!!
Excluirem tempo, apenas era sócio do Iate. No Caiçaras e no Piraquê sempre fui convidado por amigos que me consideravam digno de participar dos eventos...
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Nunca entrei no Piraque, somente levei meu filho em festas de aniversários de amigos dele de colégio. Nessa época eu levava e ficava esperando terminar a festa num dos quiosques que funcionavam na Lagoa. Ainda não existia a Lei Seca na época.
ResponderExcluirTambém um amigo que era oficial de Marinha que jogava um bolão, me convidou várias vezes para jogar numa pelada que ele participava no Piraque aos domingos, mas nunca pude ir, visto que a pelada dele era sempre aos domingos no dia que o meu time também jogava no Aterro.
Cultura inútil:
ResponderExcluirA respeito da "pelada":
Há muitas versões sobre a origem exata do termo “pelada”. A primeira diz que vem da palavra pé, por ser jogada, primordialmente, sem calçados.
A segunda, do verbo pelar, pois era comum a antiga bola de borracha, literalmente, pelar os pés, deixando-os vermelhos e ardidos.
A mais aceita, no entanto, é a dos campos carecas, pelados ou com ralas gramas.
O mais provável é que a palavra seja um derivado de pila, bola em latim, que originou termos como pelota, sinônimo de bola de futebol.
Boa, Mário. Nunca tinha pensado nessa na origem desta palavra.
Excluirfonte: https://belohorizonte.aabb.com.br/2015/12/30/voce-conhece-o-significado-da-palavra-pelada/
ResponderExcluirO "anônimo" aí de cima sou eu.
ExcluirAntes de publicar o comentário vi que estava fazendo uma confusão. Achava que os concursos de fantasias era no Piraquê.
ResponderExcluirEm que local ficava exatamente o Tivoli Park? Lembrei de ter ido lá uma vez no início dos anos 80.
Ficava onde é o Parque dos Patins. Fui ao Tivoli no final dos 80' e a última vez em 1991.
ExcluirEngraçado ler que a Feira da Providência foi "empurrada" para a zona oeste por causa da "perda de prestígio da igreja".
ResponderExcluirTalvez a amnésia seletiva explique o esquecimento de que o Riocentro, inaugurado em 1977, era simplesmente o maior centro de convenções da cidade e era um espaço administrado pela prefeitura.
A Feira da Providência havia se transformado em evento nômade, quase mambembe.
Há 45 anos (1978), Barra e Jacarepaguá eram terras quase inóspitas, o que poderia causar impacto aos "cosmopolitas" acostumados ao circuito Elizabeth Arden.
Boa tarde, Augusto.
ExcluirFalando somente por mim, você tem toda razão em encarar como preconceito a classificação de bairros de nossa cidade afastados da zona sul como “lonjura”.
Nascido e criado em Copacabana, um bairro que na época de minha infância e juventude era uma cidade dentro da cidade, que tinha tudo em abundância, boas lojas, os melhores cinemas, teatros e colégios, consultórios médicos e dentários, agências de todos os bancos, segurança e ainda por cima uma beleza de praia (principalmente antes do aterro), fiquei muito mal (bem) acostumado.
Todos os meus amigos moravam na “minha” Zona Sul que para mim na ocasião não incluía os bairros “além túnel” como Botafogo, Laranjeiras (onde moro desde que me casei em 1986) e Flamengo, limitando-se a Copacabana, Ipanema e Leblon !
A Barra era um local afastado inicialmente destinado a passeios de fim de semana com a família e mais tarde a ida às boates e motéis, “ninguém morava lá...”.
Jacarepaguá era lugar de sítios, rural, um tio avô tinha uma propriedade, passei vários fins de semana lá.
A verdade é que para mim a zona oeste permanece sendo o “far west” e, o que é pior, perdeu o charme do local de passeios e programas diferentes, tendo se transformado em uma Miami tropical no que aquela cidade norte-americana tem de pior e, ainda por cima, com um trânsito infernal.
Não gosto da Barra e de Jacarepaguá atuais, admito a má vontade e preconceito com estes bairros e reconheço que, em direção ao oeste, o Leblon continua sendo para mim o “final do Rio”.
(fui obrigado pelas circunstâncias a incluir Laranjeiras e - vá lá - Flamengo, na Zona Sul).
Não se trata de "amnésia seletiva", mas seu comentário mostra uma "afasia" no que diz respeito à mudança de interesses religiosos e financeiros nos últimos anos. E se a Feira da Providência "se tornou um evento nômade", segundo seu comentário, isso se deveu por falta de interesses "mais atrativos", já que o lucro financeiro não era o mesmo de outras épocas e a "fé já não era tão fervorosa".
ExcluirA implicância com a Barra é como a ranzinzice dos antigos garçons do Bar Lagoa.
ResponderExcluirFaz parte dos fotologs desde sempre.
E parte dos moradores da Barra, com evidente exceção dos comentaristas do SDR, ajudam bastante ao sonhar serem moradores de Miami.
O que é aquela “estátua da liberdade”?
Dr. D', o que é aquele "pirulito" em Ipanema? Mau gosto não é exclusividade da Barra. Também odeio aquela estátua. É ridícula...
ExcluirEm tempo, tem outra estátua "da liberdade", na Vila Kennedy. Essa quase ninguém lembra...
ExcluirMário, entendo o teu ponto de vista, mas, independentemente de preconceitos ou não, o poder público não pode "olhar" a cidade sob o prisma de uma "cidade partida", que leva a entraves no desenvolvimento da cidade. Como exemplos atuais temos o esvaziamento do Galeão, a transferência da rodoviária para o Trevo das Margaridas e o autódromo de Deodoro.
ResponderExcluirWagner, concordo em gênero, número e grau; não podemos ter como você bem disse uma "cidade partida", não é bom para os moradores, seja em que bairro for.
ExcluirE é muito claro para mim o tratamento por muitas vezes diferenciado dado à zona sul.
Não pode/deveria existir, como acontece na aviação, "classe econômica" e "classe executiva" para os bairros da cidade.
Atribui-se à zona oeste da cidade (como um todo) metade do seu território e também quase metade (ou até mais) da população. Infelizmente parte da outra metade não a vê bem, só como subalternos em alguns casos. Torcem por uma improvável emancipação daquela região, apesar de não demonstrar publicamente.
ResponderExcluirAlegar "queda de prestígio da igreja católica" nos anos 70 é se antecipar quase vinte anos na história, com a explosão neopentecostal a partir do final dos anos 80 e o ápice da "guerra santa" nos anos 90, com direito a chute na santa ao vivo. Nos anos 70 poderia haver um "descontentamento" com setores da igreja pelos ditadores de plantão.
, Essa história de implicância com determinadas regiões poderia render um bom papo gozador.
ResponderExcluirMas nesses tempos de polarização e intolerância não iria acabar bem.
Ainda mais por escrito.
Teria que ser pessoalmente, acompanhada do gestual, para não haver mal entendidos.
Mas que o pessoal da Barra dá o que falar, isto dá…
Hoje, 27/10, até agora (20:45) 33 comentários (contando com as respostas) de pelo menos 12 pessoas distintas.
ResponderExcluirVamos bem.
Ontem, dia original da postagem, foram 33 comentários.
ResponderExcluirVerdade, Luiz. No campo da gozação é legal. Acho que todas grandes cidades no mundo tem disso. Em NY o pessoal de Manhattan torce o nariz para o bairro de Coney Island, para eles o supra-sumo "unfashion". Acredito que em Paris, Londres, Tóquio, etc, seja assim.
ResponderExcluirAgora, que aquela estátua da liberdade na Barra seria dispensável, ah isso seria...rsrsrs
Fora de foco (????):
ResponderExcluirAssisti a "Assassinos da Lua das Flores."
Scorcese típico, ótimos atores (De Niro como sempre magistral, Di Caprio talvez um pouco caricato, a atriz principal, pouco conhecida, excelente.)
Agora, 3 horas e vinte minutos é algo exagerado, podia ser menor.
Apesar disso, recomendo, é para ser visto, ainda mais por se tratar de história real e muito bem contada.
Tentando "desenhar", a mudança da Feira da Providência para a "lonjura" do Riocentro se deu há 45 anos. Se na zona sul havia suposta "falta de interesse", no novo local o evento por vários anos foi sucesso de público, chegando a funcionar ininterruptamente por dez dias em alguns anos. O normal eram quatro dias, de quinta a domingo.
ResponderExcluirNos últimos anos, não sei se coincidência ou não, durante o mandato do prefeito anterior, mesmo antes da pandemia, o evento ficou bem mais esvaziado, tanto que nem fui em 2019. A do ano passado não me atraiu por outros motivos. Ingresso caro mesmo... O interesse por produtos importados diminuiu drasticamente depois do advento das compras pela internet.
Meu chuvoso Bom Dia !
ResponderExcluirCom relação ao "pirulito de Ipanema", vou me abster de comentar, pois o comentário seria impublicável. Sobre a Estátua da Liberdade na Vila Kennedy, pode-se dizer que sua existência nos tempos atuais é um claro exemplo de "humor negro", pois o local é a antítese do que representa o monumento, pois encontra-se encravado em um "curral narco-eleitoral" onde "liberdade" é uma palavra tão utópica que chega a ser risível e se encaixa com a cena final de um certo filme de 1969 estrelado por Charlton Heston.
ResponderExcluirUma das atrações da Feira da Providência nas décadas de 60 e início de 70 era a existência de produtos importados (calças Lee, camisas Lacoste, perfumes, chocolates suíços, ....) mas que acabavam logo e a oferta era reduzidíssima, diziam as más línguas que os parentes/amigos dos organizadores compravam esses itens antes da abertura da Feira ao público ...
ResponderExcluirNa época, a opção para compra eram as "importadoras", com preços muito altos; acho que boa parte do que vendiam vinha do contrabando mesmo, no prédio da rua Santa Clara nº 33 havia dezenas dessas lojinhas.
Havia a versão de que parte dos produtos importados vendidos eram "doados" pela Receita Federal, fruto de apreensão. Principalmente no "supermercado" montado a parte. Nos últimos anos, basicamente era de produtos comestíveis.
ExcluirO Luiz fez um gol digno do Ronaldinho gaúcho, ao passar o SDR para publicações semanais, vide o número de comentários sobre o tema proposto. Este novo formato permite ao Luiz uma postagem soberba sobre o assunto e dá oportunidade aos comentaristas de terem uma semana para colocarem suas opiniões. Isto proporciona um debate profundo sobre o tema. Grande ideia!!!!
ResponderExcluirApenas gostaria saber qual o dia da semana que o Luiz decidiu postar.
Não hã dia certo.
ResponderExcluirAproveitando o embalo sobre o assunto "história de implicância com determinadas regiões" como bem definido pelo Luiz, lembro da história do ponto comercial que ficava na esquina de Prudente de Morais com a (Montenegro) Vinícius de Morais oposta à do bar (Veloso) Garota de Ipanema.
ResponderExcluirEra uma "caveira de burro", nenhum negócio vingava ali e durante o funcionamento um bar, a brincadeira corrente era que deveria se chamar Niterói, já que a melhor coisa do tal bar seria a vista do Veloso ...
Pois bem, quando inevitavelmente não se segurou e mudou de dono, o novo proprietário ao reabrir como bar/restaurante deu-lhe o nome de Nictheroy.
Aparentemente a adoção do apelido como nome deu resultado, o Nictheroy ficou um tempão firme lá.
Atualmente, segundo o Google Street View, funciona no local um restaurante/bar chamado de Vinícius Bossa Nova Bar. (muito original .... )
Niteroi, o melhor lugar para se viver, é sempre uma boa ideia.
ExcluirJá funciona há alguns anos. Quem se apresenta com muita frequência é a Maria Creuza. Tem um movimento razoável. Restaurante no térreo e casa de shows no andar de cima.
ResponderExcluirMas há em Ipanema muitos locais tipo “cabeça de burro”. Um dos maiores é na esquina da Prudente com a Paul Redfern. Está sempre fechado.
Falando em "apelidos", um conjunto de salas de aula da Escola Técnica (Celso Suckow da Fonseca, no Maracanã) que ficava num final de terreno depois dos conjuntos de oficinas, local quente e meio desolado era chamado por nós alunos de Vietnam (era final dos anos 60).
ResponderExcluirMuito tempo depois, quando trabalhei na Schindler, a área do centro da cidade que concentrava um grande número de elevadores antigos de corrente continua em prédios comerciais- de manutenção difícil e complicada - era conhecida pelo apelido dado pelo pessoal técnico ainda na década de 50, Coréia.
Guerra !
Falando em "apelidos" e guerras, a região da Lepoldo Bulhões na altura de Manguinhos já há algum tempo é conhecida como Faixa de Gaza.
ExcluirE nos arredores de Parada de Lucas, Cidade Alta e Brás de Pina tem o Complexo de Israel.
ExcluirColaborador Anônimo, há muito tempo o tráfico de drogas e o poder público "estão juntos para o que der e vier", e um exemplo disso é a Rua Leopoldo Bulhões. De um lado existe a favela de Manguinhos, de outro a favela Mandela, e atrás da primeira está o Jacarézinho. Em 1990 fui diversas vezes por motivos pessoais à Escola Nacional de Serviço Social, localizada entre Manguinhos e a Fiocruz. Naquele tempo ainda havia o leito murado da RFFSA, e ainda era possível circular na região sem maiores problemas. As "obras do PAC" elevaram o leito da Supervia no trecho entre Benfica e um pouco além de Bonsucesso, abrindo espaço para que as favelas citadas se expandissem de tal forma que estão quase interligadas, tornando a circulação de veículos na Leopoldo Bulhões bastante arriscada. O apelido de Faixa de Gaza logo será uma ofensa à "verdadeira e legítima".
ExcluirGuilherme (RJ), conheci bem aquela região na época em que Brás de Pina tinha o título de Princezinha da Leopoldona, foi uma pena o que fizeram ali. O nome do complexo não tem relação com a guerra, mas sim com os apelidos adotados pelos chefoes: Arão e Jeremias.
ExcluirColaborador Anônimo, eu moro em Brás de Pina, na divisa com Vila da Penha, próximo ao Largo do Bicão, desde que nasci, em 1967. Sei a origem do nome, só liguei ao fato da Faixa de Gaza que você citou, apenas como concidência ao que vem acontecendo no Oriente Médio. Se lá acontece uma guerra, aqui não é tão diferente, com essa guerra urbana que vivemos. Abraços!
ExcluirUm conjunto de salas de aula no Visconde de Mauá era chamado de "triângulo" porque o prédio onde essas salas fica(va)m tem (se não derrubaram) formato triangular.
ExcluirBoa Tarde ! Vou assistir a um show de Leandro e Leonardo. Na TV é claro. Com esse tempo maluco, nem bobo sai de casa.
ResponderExcluirEste ano fui na Festa da Igreja da Penha e estava tranquilo. Estava bem cheia, não como outrora. Os motivos do esvaziamento não são apenas a falta de segurança, mas a redução significativa do público católico praticante e outros atrativos em bairros mais distantes.
ResponderExcluirA Penha, infelizmente, acabou!
ResponderExcluirA "fagocitose" do Cruzeiro, Caracol e Merindiba sobre o bairro foi intensa nos últimos trinta anos. Vias como a Av Nossa Senhora da Penha, Rua Aimoré e Rua do Cajá já possui uma grande parte metamorfoseada em "comunidade". O Parque Ary Barroso está tomado, assim como todo o Santuário da igreja.
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Tivemos até o ressuscitado Jorge, o ucraniano para prestigiar a nova fase. Conseguiu se salvar do Putin.
Pesquisa extensa, com excelente sequência de fotos! Estive no clube em aniversários de colegas, de uma prima e tambem em baile de Carnaval.
ResponderExcluirTive um colega de trabalho na década de 80 que morava na Vila da Penha, em uma casa na rua Aiera, rua eminentemente residencial.
ResponderExcluirÓtima casa, muro baixo, rua segura.
Frequentei bastante a casa, muitas vezes fui jantar às sexta-feiras.
Voltava tarde da noite para casa pela Avenida Suburbana (ainda se chamava só assim) até acessar a Av.Brasil na altura da fábrica do Sabão Português, sem medo, vidros do carro abertos, nunca tive qualquer problema.
Que diferença esses últimos 40 anos fizeram, como fomos ficando prisioneiros em nossa própria cidade ... é triste.
Bom dia, Mario!
ExcluirA Rua Aiera, chamada de rua da Santinha, fica em Vila Kosmos, bairro limítrofe ao da Vila da Penha. É comum citar a Vila da Penha, parece que dá um status maior ao local. Enfim, estudei no colégio Pio XII, ali próximo, no final dos 1970 até 1983. Uma região que era muito tranquila mesmo, mas com o avanço das favelas e o poderio armado dos traficantes/milícias, a região tornou-se perigosa, principalmente à noite, mas nada que não se veja em quase todo o Rio de Janeiro.
Bom domingo!!!
Obrigado Guilherme, para você também um bom domingo.
Excluir(hoje vou visitar meus netos, vai ser bom mesmo)
Bom Dia ! Era comum os visitantes da festa da Penha ao voltarem trazer no pescoço um colar de balas.
ResponderExcluirMudando de assunto, ou, como dizia minha mãe, mudando de saco pra mala, foi uma lástima a perda da Sulamericana pelo Fortaleza. Que sirva de lição para o Fluminense, o Boca virá ao Rio para "não jogar" a final da Libertadores; a intenção é levar a decisão pros pênaltis.
ResponderExcluirConcordo, Wagner. Jogou bem, teve uma batida de penalty que poderia ter dado o título, mas faltou tranquilidade.
ResponderExcluirPerder 3 penalties demonstrou a insegurança dos jogadores.
Merecia ter sido premiado com o título por tudo que vem fazendo nos últimos anos.
Bom dia Saudosistas.
ResponderExcluirPorque a cidade mudou!
Precisamos conhecer razões que levaram a cidade a sofrer as mudanças observadas nos dias de hoje.
A principal razão foi a vertiginosa perda de poder aquisitivo da população.
O milagre econômico da década de 70.
A migração ocorrida nesta década devido aos grandes projetos que ocorriam na cidade, tais como a construção da Ponte Rio Niterói, o Metrô, a Construção Civil, tanto nos bairros já tradicionais da cidade, com a substituição de casas por edifícios, como as novas construções com a expansão da cidade para a Barra da Tijuca.
Com o final do "Milagre Econômico" vieram as duas décadas perdidas, inúmeros desempregados e a expansão das favelas, principalmente com o incentivo do Governador Brizola.
A degradação dos bairros suburbanos, que a 50 anos passados eram bairros muito bem arrumados e com uma boa infraestrutura, com casas de ótima qualidade, se deterioraram pelo fato, de que eram residências pertencerem a imigrantes, Portugueses, Espanhóis e Italianos, com o passar dos anos estes mesmos imigrante foram falecendo ou retornado para seus Países de origem, devido aos problemas já citados, os filhos destes imigrantes ascenderam socialmente e venderam a casa dos Pais, e mudaram-se para outros bairros da cidade, principalmente a Barra da Tijuca, um novo bairro e com praia, nestes bairros cada vez mais foram assentando as camadas mais pobres da população, bem como expandindo as favelas do seu entorno. O caos se implantou com o aumento da criminalidade, com as facções do tráfico e das milícias ocupando este espaço cujo o Estado abandonou.
Esta é a razão nua e crua, a qual posso testemunhar e assisti com os meus próprios olhos.
Sem entrar no campo político/ideológico, a "migração" mencionada por você "en passant" foi um fator determinante para a escalada da degradação do Rio de Janeiro. Centenas de milhares de migrantes nordestinos abandonaram suas casas nas regiões setentrionais com destino ao Rio de Janeiro em busca de oportunidades, a maioria com pouca ou nenhuma instrução. O resultado dessa "diáspora tupiniquim" e que é conhecido por todos não poderia ser pior. A partir daí a formação e o crescimento de favelas sem qualquer controle urbano foi incontrolável. Não há como uma nação progredir sem uma legislação severa e com uma população cujo nível educacional é "subsaariano". No mais são casuísmos e melindres que tem por objetivo piorar uma situação "impiorável". Não existem fórmulas mágicas para uma solução óbvia: leis severas e uma educação por excelência.
ExcluirJoel, vou pegar teu último parágrafo: "Não existem fórmulas mágicas para uma solução óbvia:". Deveria ter sido feita uma reforma agrária efetiva, ainda no período pré-república, pra fixar o homem no campo, sobretudo no nordeste, que sempre foi uma região populosa. Veio a abolição, veio a república, veio a industrialização, veio a mudança da capital, mas a reforma mesmo, verdadeira e efetiva, nunca veio. Com isso, vários "coroné" se apossaram do seu quinhão e criaram grandes latifúndios para si e seus herdeiros. O povaréu que se virasse.
ExcluirJoel, apesar das nossas divergências políticas, admiro a sua cultura e o seu portugês, coisa rara de se ver.
ExcluirHoje, nas "cartas do leitor" do Globo, postaram um pensamento meu a respeito da decadência do equilíbrio político. Se vc tiver chance, dá uma olhada.
Todos os extremos são burros. Quem tenta aproveitar o que há de bom nos 2 extremos, é classificado como "centrão", hoje um adjetivo pejorativo. Ocorre que o "centrão" detém a maioria dos votos no Congresso e nenhum presidente teria condições de governabilidade sem o apoio deste grupo. Daí resulta o "toma lá dá cá" que esculhamba a democracia.
Wagner Bahia, a fixação do homem no campo e uma concessão de terras para cultivo para grande parte da população nordestina seria parte da solução ideal de um problema cuja solução está além do nosso período de vida terrena. O nordeste brasileiro precisa de um "choque de industrialização" e de um sistema de transporte ferroviário (a grande chaga nacional) para escoamento de produção. Mas isso não acontece por razões políticas cujas origens remontam aos tempos de Maurício de Nassau, já que desde priscas eras algumas "famílias políticas" mantém apertadas sobre a população tenazes de ferro que a mantém em uma crassa ignorância. A prova disso é que os nove Estados do nordeste, ou seja, um terço do território brasileiro, são responsáveis por apenas pouco mais de 20% do P.I.B nacional. Alem disso, a renda de mais da metade da população dos Estados nordestinos é advinda de auxílios governamentais (leia-se bolsa família). Isso significa que a arrecadação gerada por impostos e serviços recolhidos por empresas formais é ínfimo, e o resultado disso é catastrófico. Enquanto isso não for mudado as "diásporas" serão sempre uma possibilidade. Na obra do Padre Frederico Bezerra Maciel "Lampião, sua vida, e seu tempo" em seis volumes, uma "radiografia de 400 anos do campesinato nordestino mostra com detalhes alguns "porquês" do atraso do nordeste brasileiro.
ExcluirTem gente demais, já dizia o JBAN há tempos. E vai piorar.
ResponderExcluirMoro num prédio de 4 andares. Esta semana recebemos uma proposta para vender o prédio inteiro, junto com o vizinho, para a construção de um arranha-céu.
A Construtora aderiu a esse programa de revitalização do Centro que permite construir algo lá e, em contrapartida, pode erguer um prédio com gabarito muito superior ao atual em bairros específicos, como Ipanema.
Querem construir no lugar do meu prédio um de 12 andares, acho eu. Grande negócio para a Construtora.
PS: boa parte dos atuais moradores já se mostraram interessados em vender. Mas acho difícil que todos concordem.
qual a sua posição? O que vc teria a gahar ou perder com isso?
ExcluirCaro Conde, sou um idoso, muito satisfeito onde estou há quase 40 anos. Para sair teria que ser regiamente indenizado. Considero o trabalho da mudança, de procurar outro apartamento, o pagamento dos impostos devidos, a regularização do endereço, eventuais obras no novo apartamento, o transtorno de abandonar o meu conforto, um preço que a Construtora não irá se dispor a pagar.
ExcluirSeria ótimo que os proprietários de apartamentos em prédios como o seu pudessem deixar a decisão de vender ou não para a próxima geração ...
ExcluirNormalmente as construtoras oferecem um apartamento aos proprietários originais. Resta saber se vale à pena morar em outro local ( que para vc não faltará) por volta de um ano. Já tive amigos que passaram por isso e hoje estão muito felizes.
ExcluirUm caso clássico ocorreu no prédio que faz esquina da Atlântica com Princesa Izabel, em frente ao antigo Meridien, hoje Hilton. O proprietário do primeiro andar foi o único a recusar a oferta da construtora e foi abandonado pelos seus vizinhos. Depois de perder a luz, o gás, os elevadores e toda a infraestrutura que o prédio dispunha, seu apto foi invadido por ratos e baratas. Aí, decidiu vender, porém com um preço bem menor do que fora ofertado inicialmente. Boa ideia para uma postagem.
ExcluirEste assunto já foi objeto de postagem. A Construtora afixiou este morador. Acho eu que eram outros tempos. Hoje em dia, com a Internet, que marca iria querer ver seu nome estampado por todo lado como chantagista?
Excluirmais de 100 comentários sobre a postagem. Parabéns, Luiz. Pesquisa profunda . Grande sacada! Os comentários políticos, hoje, fazem parte de todas as rodas. Acrescentam muito, sob a minha ótica.
ResponderExcluirAmanhã tem novidade. Citarei algumas coisas que, fora uns poucos mais antigos, os mais novos nunca viram. Mas terão chance de expor suas experiências no assunto.
ResponderExcluirBeleza !
Excluiraguardo ansioso!
ExcluirDesde já enquanto estou aguardando , fico desde já imaginando o que será.
ResponderExcluirMeus padrinho de casamento era dono de uma casa na Lagoa, na Borges de Medeiros perto da Maria Angélica.
ResponderExcluirEm meados da década de 70 vendeu para um construtora, que hospedou a família em um apartamento na Fonte da Saudade durante a construção.
Pela venda, ele recebeu 2 apartamentos no prédio novo e uma soma em dinheiro, que usou para comprar terreno e construir uma casa na serra, perto de Correias.
Na época da venda, ele estava com uns 50 e poucos anos.
Ainda me lembro bem da casa na Lagoa, grande, jardim na frente, pátio bem arborizado atrás.
De casamento não, de nascimento!
Excluir"Desculpem a nossa falha ...."
Roteiro de um pesadelo do Luiz: a construtora ofereceu-lhe um apartamento no Condomínio Nova Ipanema, cuja vista da janela da sala é a estátua da liberdade do shopping NY Center, na Barra da Tijuca...
ResponderExcluir😂
Com todo respeito a meus amigos que moram lá, eu não mereço isso...
ExcluirCom todo respeito, vou discordar um tantinho das opiniões acima, concordo que a imigração interna tenha contribuído muito para o crescimento das favelas, mas não da violência, não conheco nenhum traficante imigrante nordestino, já porteiros conheço dezenas deles.
ExcluirVocê está enganado, meu caro Colaborador Anônimo. A grande maioria dos moradores de favelas pode ser de "trabalhadores pacíficos", mas que são utilizados como, massa de manobra ou "buchas", pois são reféns de grupos criminosos que se apossaram das favelas e lá impõem suas regras. É bom não esquecer que esses grupos criminosos possuem "interesses comuns" com boa parte de integrantes do poder público que lhes fornecem uma blindagem político/eleitoral praticamente inexplicável. Essa realidade faz com que as favelas sejam "centrais do crime" contra as quais as forças de segurança nada podem fazer.
ExcluirBoa Noite ! Muita chuva com direito a trovões.
ResponderExcluirBoa noite.
ResponderExcluirComo diria Nelson Rodrigues, tempo digno do quinto ato do Rigoletto.
Só uma correção: o "milagre econômico" foi um embuste estatístico dos anos 70. Os ricos ficaram ainda mais ricos, mas os pobres não viram melhora. O "bolo" cresceu mas foi mal distribuído, como sempre.
ResponderExcluirSou sócio do Piraque desde os anos 60, quando morávamos no Jardim Botanico e meu pai se associou. Adoro o Clube e vou sempre que posso. Do Piraque não se tem somente a vista mais bela e panorâmica da Lagoa, mas uma das vistas mais bonitas do mundo. É um privilégio ser sócio do Piraque.
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