No final da década de
1910, coincidindo com as obras de Paulo de Frontin e Carlos Sampaio na Lagoa,
surgiu a Companhia Industrial da Gávea, dos engenheiros Adolfo del Vecchio,
José Ludolf e Miguel Braga, que abriu a Praça Dr. Frontin (hoje Praça Antero de
Quental), modernizada pelo Prefeito Dodsworth anos depois, e a Av. Ataulfo de
Paiva. Esta avenida começa na Av. Epitácio Pessoa e termina na Praça Professor
Azevedo Sodré. Decreto 1380, de 25/7/1919.
Até cerca de 1940 os
edifícios de lojas e apartamentos eram raros no Leblon. Os católicos só tinham
a igreja de N.S. da Paz, em Ipanema, quando, como veremos adiante, chegaram os
padres agostinhos e ergueram a igreja de Santa Mônica, tendo ao lado o Colégio
Santo Agostinho.
Não havia ligação entre o
Leblon e Ipanema, separadas pela barra da Lagoa. Só a partir de 1918, quando
foi construída a ponte sobre o canal do Jardim de Alá, é que o acesso se abriu,
ligando as avenidas Vieira Souto e Delfim Moreira. O bonde da linha Jardim
Botânico passou então a incluir Ipanema no trajeto, depois de passar por Gávea
e Leblon, chegando ao Bar 20, em Ipanema.
Foto (talvez) de José Medeiros. Acredito que a foto é dos anos 40, pois a ponte entre a Ataulfo de Paiva e a Visconde de Pirajá, construída em 1938, já está lá.
Raríssimos prédios no Leblon, vendo-se bem a Av. Ataulfo de Paiva.
Esta fotografia mostra a
antiga igreja de Santa Mônica, no Leblon, na Rua José Linhares, hoje
substituída por uma mais modernosa. A rua em primeiro plano, com os trilhos dos
bondes, é a Ataulfo de Paiva. A primeira igreja construída ficava na esquina da
Ataulfo de Paiva com José Linhares. Posteriormente, reconstruída, a sua entrada
frontal passou a ser pela José Linhares (o endereço atual é José Linhares nº
96). Na Ataulfo de Paiva há o prédio da Paróquia, usado para assuntos
paroquiais e para fins comerciais. Esse prédio tem como endereço Ataulfo de
Paiva nº 527.
Conta o Frei Enrique
González O.A.R. que na década de 1930 os Agostinianos Recoletos adquiriram uma
casa localizada na Rua Acaraí (atual Rua José Linhares), no Leblon, para ali
construírem sua capela. No dia 20 de junho de 1931 deu-se a inauguração solene,
com a celebração da primeira missa. Em 1942, face à necessidade de mais espaço
para as atividades que ali seriam desenvolvidas, se começa a construir uma nova
residência. Entretanto, mesmo com esta ampliação, a capela era pequena para um
Leblon que crescia cada vez mais. Assim, em 1º de abril de 1962 é colocada a
primeira pedra da nova igreja, numa cerimônia presidida pelo Cardeal Dom Jaime
de Barros Câmara.
A igreja foi construída
em duas etapas para que não fosse interrompido o funcionamento do culto. Em
meados de 1967 já se usava o presbitério e uma pequena parte do corpo da
igreja. Em 1969 era aberta a segunda parte: a igreja estava completa nas suas
dimensões planejadas, 46 metros de comprimento e 24 de largura.
O Cinema Leblon, na
Avenida Ataulfo de Paiva nº 391, foi inaugurado em 29/09/1951 e funcionou até
30/09/1975, quando foi substituído pelo Leblon 1 e Leblon 2. Hoje em dia,
retrofitado, abriga uma loja de artigos esportivos. Chegou a ter 1294 lugares,
em dois andares. Era um dos mais agradáveis cinemas da Zona Sul, sendo
excelente programa assistir a um filme e, depois, bebericar em algum dos
inúmeros bares da vizinhança.
Segundo o “Estado de Minas”,
o filme em preto e branco é de 1949 e se passa em uma Viena desfigurada pela
Segunda Guerra Mundial e se apoia na fama de Orson Welles, um dos nomes do
elenco.
"O Terceiro Homem" fez sucesso no
pós-guerra e recebeu a Palma de Ouro em Cannes, além do Oscar de fotografia. Em
poucos anos se tornou uma obra reverenciada pelos cinéfilos.
A trilha sonora do longa-metragem, composta pelo
vienense Anton Karas e quase integralmente interpretada com cítaras, vendeu
dois milhões de discos em todo o mundo.
Orson Welles interpreta
Harry Lime, um traficante perseguido pela polícia. Ele aparece apenas no fim do
filme, depois de uma complexa investigação feita por Holly Martins (o ator
americano Joseph Cotten), que viaja à Áustria para tentar encontrar o velho
amigo.
Vemos um bonde trafegando pela Av. Ataulfo de Paiva, em frente à Praça Antero de Quental.
A foto, da Agência O Globo, foi conseguida na Internet. O curioso é o modo como o ciclista resolver tirar uma soneca sob o olhar da criança. O ciclista inventou um modelo bastante efetivo de tranca de bicicleta.
Vemos o supermercado Disco nº 2, na esquina das ruas João Lira e Ataulfo de Paiva. O Disco nº 1 ficava na Rua Siqueira Campos esquina com Silva Castro, em Copacabana. Inaugurado em 1954
Segundo um ilustre comentarista do "Saudades do Rio", presente na comemoração no "Degrau", antigo morador do Leblon, "A garotada da minha rua, a General Artigas, ia no Disco roubar chocolates colocando-os dentro dos bolsos das bermudas, até que um dia um amigo foi pego pelo segurança e nunca mais fizemos aquela arte."
O ano é 1969, atestado
pelo letreiro do Cinema Leblon, onde passava o filme “Se Meu Fusca
Falasse", sucesso naquele ano. Podemos ver que a rua não era mais
mão-dupla e que os trilhos do bonde e os paralelepípedos já haviam sido
cobertos com uma camada de asfalto.
Alguns prédios continuam até hoje no local, como o da esquina oposta ao cinema,
onde hoje reina o Bar Clipper, reduto dos boêmios de plantão. Rurais, fuscas,
corcéis, Zés do Caixão completam o cenário da época. Vale notar o belo mosaico
de pedras portuguesas.
Foto do acervo de J.G. Pedrosa.
A foto é dos anos 70 quando o cinema Leblon estava sendo duplicado. Aparentemente o Leblon 1 foi inaugurado antes do Leblon 2.
O filme em cartaz "A vingança de milady" tinha um elenco com muita gente conhecida como Charlton Heston, Raquel Welch, Cristopher Lee, Richard Chamberlain, Faye Dunaway, Geraldine Chaplin, Michael Yord, Oliver Reed, com direção de Richard Lester.
Nesta foto vemos um
aspecto a Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, em 1958. A ponte que une Ipanema
e Leblon, ligando a Avenida Ataulfo de Paiva à Rua Visconde de Pirajá, só foi
construída em 1938. Na época da foto o tráfego na Ataulfo era em mão-dupla, aí
incluído os bondes. Até o final da década de 60 havia pouco tráfego, a avenida
era calçada com paralelepípedos e havia pouca sombra. O trecho é o do
quarteirão do cinema Leblon.
Estacionado, enquanto o seu proprietário foi comprar papel almaço sem pauta na Papelaria Leblon Ltda., vemos um belo Citroën modelo 11Bl, e ao fundo os prédios do Conjunto dos Jornalistas.
Paradoxalmente, as mudanças até que não foram muitas, mas bem significativas. As construções baixas na esquina da rua Almirante Guilhem deram lugar ao imenso Rio Design Center, um dos maiores prédios do bairro, e no mesmo quarteirão vários outros grandes prédios comerciais foram erguidos desde os anos 70.
O aspecto atual da rua foi criado no Rio Cidade, que implementou as jardineiras.
Esta antiga foto da Av. Ataulfo de Paiva me parece ser da esquina da Cupertino Durão.
A foto, mais uma do
acervo do F. Patrício, mostra uma das fronteiras entre Ipanema e Leblon, no
Jardim de Alá, estando o fotógrafo na ponte que liga a Avenida Ataulfo de Paiva
com a Rua Visconde de Pirajá. Esta ponte é de 1938.
Bem à esquerda há um
Fusca, depois uma Brasília, um táxi “Zé do Caixão” e um Corcel. Ao fundo há um
caminhão das Casas da Banha. Para gáudio do Decourt duas luminárias Thompson
resistiam bravamente à modernização do local naquela época.
Os três grandes prédios,
com 15 andares cada e com 420 unidades formam o “Conjunto dos
Jornalistas”, na Avenida Ataulfo de Paiva nº 50, construído pelo IPASE (ou foi
pelo IAPC?) na década de 50 do século passado.
Durante muitos anos este conjunto, habitado por gente da classe média,
conviveu tranquilamente com os ex-favelados oriundos da Favela da Praia do
Pinto e que moravam na Cruzada São Sebastião, construída a seu lado. Em anos mais recentes, tal como aconteceu com
toda a cidade, a violência urbana levou à construção de grades, acabando com a
passagem de pedestres existentes na época da foto. Acabamos todos por viver
atrás das grades.
O terreno existente antes
da construção dos três prédios abrigava circos que faziam temporada no Rio e
servia também de abrigo para cavalos e bodes que divertiam as crianças no
Jardim de Alá. Em frente aos prédios ficava o Hotel Ipanema onde se hospedou o
nosso prezado Rouen ao chegar da França.
Sempre tive vontade de
publicar esta foto do acervo da Myrian Gewerc, garimpada pelo Decourt. Vemos o
Leblon nos anos 50. Como conta o Andre Decourt, "Estamos na Av. Ataulfo de
Paiva, praticamente em seu final, a primeira esquina que vemos é a da Rua
General Artigas. Podemos observar um bairro praticamente horizontal, tranquilo
e despretensioso, praticamente o final da cidade na época, quase uma cidade do
interior.
Seria impensável nos dias
de hoje a rua totalmente vazia, revestida de paralelepípedos, com calçadas
ainda na terra e com residências de grandes quintais, sobrados comerciais e
prédios espaçados e em grande parte com poucos pavimentos. O grande terreno ajardinado
deu lugar no meio dos anos 70 a um dos grandes prédios comerciais com galerias
do bairro, o Vitrine do Leblon. Já o pequeno sobrado comercial que vemos bem na
esquina sobrevive até hoje, sem seus ornamentos art-déco e revestido de
pastilhas, resultado de alguma reforma nos anos 60 ou 70.
O prédio de onde esta
foto foi tirada, ainda existe, sendo possivelmente o que fica ao lado da
Padaria Rio-Lisboa e que abriga o Talho Capixaba.
Mais à frente, após a
esquina da Rua Rainha Guilhermina, o grande prédio existe até hoje, um dos
pioneiros no bairro com a típica arquitetura dos bons prédios da década de 50,
que é o nº 1.165.”
Leonel Salgueiro confirma a década da foto, “pois o prédio de número 1.165, foi uma incorporação feita pelo meu Pai, Leonel Nunes Salgueiro, mais o seu irmão José e outros dois sócios em 1949, sendo o 1° prédio de 8 andares do Leblon. Minha Mãe morou nele, exatamente 60 anos, de 1951, quando ficou pronto, até 2011 quando foi vendido. Acrescenta o Leonel que a casa na esquina da Rainha Guilhermina, era do Dermatologista Antar Padilha Gonçalves, colonial amarela e branca ficando ao lado da grande casa dos seus pais onde aparecem as árvores, o Sr. Manoel Gonçalves e a Dona Celina Padilha, onde hoje é a Vitrine do Leblon. No primeiro prédio de 2 andares, que ficava na esquina da General Artigas, era o da antiga sede dos Correios do Leblon”.
Continua o Decourt:
“Vemos o típico urbanismo das avenidas onde passava o bonde durante as reformas
viárias de Henrique Dodsworth, luminárias pendentes no centro da via, no lugar
dos postes de iluminação nos canteiros centrais ou dos postes padrão Light junto
as calçadas, árvores que parecem ser cássias como as que arborizavam a Visconde
de Pirajá e a Av. Copacabana e que foram sendo dizimadas pela poluição dos
veículos a partir dos anos 50. Um detalhe interessante é que não vemos postes
de ferro fundido, todos na imagem são de concreto armado, o que atesta a
agressividade da maresia que, sem a barreira de prédios, penetrava
profundamente bairro a dentro.”
Depois da aula do
Decourt, um comentário meu: Este era o Leblon da minha adolescência. Por aí
passavam os bondes 12 (Leblon), 21 (Circular) e uma outra linha que ligava o
Leblon ao Jardim Botânico. Perto daí ficava o simpaticíssimo cinema Miramar
(inesquecível o final de cada sessão quando as portas se abriam para a Praia do
Leblon e seu fabuloso cenário). Nesta quadra, à direita, ficava o consultório
do Dr. Helio Mauricio, grande amigo do “velho”, cirurgião-geral e presidente do
Flamengo. Logo ali adiante o desaparecido Colégio St. Patrick´s (na esquina da
Rainha Guilhermina). Na outra esquina, a da Aristides Espínola, o triângulo da
boemia da época (anos 60) com o Real Astória, a Pizzaria Guanabara e o “nosso”
Portinho (Café e Bar Porto do Mar) que há tempos se sofisticou e virou o
Diagonal.
Esta foto do famoso Luna Bar serve para ilustrar a notável quantidade de bares e restaurantes do Leblon boêmio.
Ainda hoje persiste esta fama tanto na Ataulfo de Paiva como, principalmente, na Dias Ferreira. Isto sem falar nas ruas perpendiculares à Ataulfo.
O da minha juventude era o "Café e Bar Porto do Mar", por nós carinhosamente chamado de "Portinho", onde tínhamos mesa cativa, sempre atendidos pelo saudoso Martinez. Era aquele garçon dos tempos antigos, que anotava nossos recados, informava quem já tinha vindo e ido embora, quem ainda era esperado. Chope e pizza, que dava de 10 x 0 no vizinho de esquina, a Pizzaria Guanabara.
Como em certa época o Real Astória, o "RA", passou a fazer muito sucesso, o "Portinho" mudou de nome para "Diagonal" e está lá até hoje, mas sem o charme daquela época.
No Real Astória havia, anexo, um barzinho chamado "Balacobar", onde o pianista Luís Reis, o "Cabeleira", se apresentava.
Os frequentadores do Leblon, comentaristas do "Saudades do Rio", poderão descrever seus casos e "causos" na Pizzaria Guanabara, no Diagonal, no Real Astória, no Clipper, no Jobi, no Luna, no Look (no 900), no Le Coin (no 658), no Mario´s, no Recreio do Leblon, no Degrau, no Manolo, no Antonino (que funcionou no nº 528), até no Garcia e Rodrigues (que tinha a melhor baguete do Rio) e em tantos outros (mas só vale se o endereço for Ataulfo de Paiva).
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirÁrea fora da minha jurisdição porque normalmente passava pela orla. Espero os comentários.
Posso comentar sobre o supermercado Disco, mas os de Cascadura e Madureira, onde ia primeiro com minha mãe e depois sozinho. No final dos anos 80 virou Paes Mendonça.
A ressaca bateu forte ontem em Ipanema e Leblon, com um desaparecido.
O filme "A Vingança de Milady" foi a continuação de uma das inúmeras versões de "Os Três Mosqueteiros".
ResponderExcluirCriado e crescido no Leblon nessa postagem vou fazer mais comentários que o Helio quando fala de bondes ou quando obiscoito fala de carros.
ResponderExcluirVou começar pelo ótimo velho Leblon. Bilheterias na Ataulfo, entra bem na esquina, saída pela Carlos Goes. Dois andares. Confortável, passava bons filmes. Lembro da corda que existia entre a entrada e o acesso à sala de projeção. Todo mundo ficava ali esperando a saída dos que estavam assistindo a sessão anterior pela Carlos Goes. Retirada a corda era uma corrida para conseguir um bom lugar. Não havia a civilizada marcação de lugares.
Frequentei com várias namoradas.
Quando foi dividido não gostei. Depois ficou anos para se decidir o que fazer dado o declínio dos cinemas de rua.
Acabou acabando.
*** ENTRADA bem na esquina
ResponderExcluirAs duas primeiras fotos são espetaculares e mostram como o Leblon cresceu enormemente nas últimas décadas.
ResponderExcluirO cinema Leblon ao lado do Miramar eram dois cinemas que deixaram muita saudade e não se comparam aos dos shoppings do Leblon.
Em frente ao cinema Leblon bomba atualmente o Clipper que está lá há décadas, sendo anteriormente um simples botequim, que tinha um telefone público daqueles de ficha e que quebrou o galho de muita gente.
Não custa lembrar que em Dezembro de 1965 ocorreu no Leblon um crime de grande repercussão: a chacina do Peg-Pag, onde após um assalto a um supermercado, quatro funcionários foram mortos pelos assaltantes. Alguém lembra?
ResponderExcluirFui ao Cinema Leblon poucas vezes nos anos 80. Um deles foi Rock Estrela.
ResponderExcluirLeblon? Só a praia.
ResponderExcluirHá muitos anos, lembro de ter ido em um restaurante no local, mas sinceramente não sei onde era. A memória está falhando!
Curiosidade: uma vez encontrei no acervo do jornal O Globo uma foto antiga de Inhaúma da década de 80. Queria fazer a brincadeira do ONDE É? No blog Histórias de Inhaúma.
Mandei e-mail para saber como poderia conseguir a foto original.
Preço 250,00.
Dom Helder Câmara foi o mentor para a Cruzada São Sebastião, conjunto de prédios construídos no local onde havia a favela da Praia do Pinto para abrigar os ex moradores da comunidade. Hoje em dia perdeu-se completamente o objetivo social idealizado pelo Cardeal para a especulação imobiliária. Um apartamento de 55 m2 ali já está chegando perto de "um barão" de reais.
ResponderExcluirAfinal, ali também é Leblon...
Wagner Bahia, a Cruzada São Sebastião foi ocupada a partir de 1957, nada tem a ver com a Favela da Praia do Pinto, e "não foi construída no local ocupado por ela", pois além de ficarem em locais distintos, a favela da Praia do Pinto foi destruída por um incêndio em Maio de 1969, ou seja, doze anos após a ocupação da Cruzada. No local atualmente existe um conjunto de edifícios de classe média conhecido como Selva de Pedra.
ExcluirAlguns moradores da Praia do Pinto ocuparam inicialmente a Cruzada, mas a favela da Praia do Pinto era muito grande, e no final das contas ambas as favelas acabaram coexistindo por doze anos.
ExcluirD. Helder Câmara era bem intencionado em seu propósito de oferecer dignidade aos moradores das favelas da região, mas havia muito o que fazer nesse sentido, principalmente fornecendo educação para essas populações, o que não foi feito. Por outro lado a escolha do local foi "um tiro no pé", pois ao tentar promover uma integração "a seco" as reações adversas nunca permitiram que a Cruzada se integrasse ao restante da região.
ExcluirBom Dia ! De 1963 até 1966 rodei nas linhas 434 e 464 . todas as duas tinham como destino o Leblon. Bem provável que nas muitas viagens que fiz,tenha conduzido a empregada de algum comentarista .
ResponderExcluirPrezado Mauro, certamente nesta época você me levou ou trouxe do Maracanã muitas vezes.
ExcluirLuiz D' : Provavelmente! Pena que na época ainda não tínhamos os recursos de hoje.
ExcluirMauro, nessa época ainda não estava aberta totalmente a Radial Oeste a partir da Praça da Bandeira, correto? Em 1962 foi aberto um trecho entre a Praça da Bandeira e a General Canabarro. Você dirigindo o 434 fazia qual trajeto nessa região?
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirMorador de Copacabana, frequentei muito mais Ipanema (até por conta de um longo namoro com uma moradora da barão da Torre) do que o Leblon, onde ia eventualmente aos cinemas, o Cine Leblon e o " ... simpaticíssimo cinema Miramar (inesquecível o final de cada sessão quando as portas se abriam para a Praia do Leblon e seu fabuloso cenário)" assim tão bem descrito no post; lembro que foi nesse cinema que assisti ao filme "O Bebê de Rosemary",
Um lugar obrigatório no bairro era o La Mole da Dias Ferreira (o original e durante muito tempo único) com seu famoso serviço e um até hoje imbatível arroz à piamontesa (como escrito no cardápio) que talvez mereça essa classificação mais pela memória afetiva.
A primeira filial, que deu início à rede, foi aberta somente em meados da década de 70 na Barra.
Mário, o La Mole da Dias Ferreira, nas décadas de 60 e 70 era ótimo. Depois decaiu muito e deixei de frequentar, Não sei como está atualmente. Quando deixei o La Mole, nos anos 70/80, passei a frequentar o seu quase vizinho "Pronto", que acho que era do Castrinho, o comediante.
ExcluirAo "Pronto" nunca fui.
ExcluirQuando o Castrinho era um dos sócios, cheguei a ir umas poucas vezes - no início da década de 90 - à Tratoria Gambino no Largo do Machado.(muito mais ou menos ...)
Tem muito tempo que não vou presencialmente ao La Mole, mas já pedi algumas vezes o Couvert (COUVERT FAMÍLIA no menu), esse continua muito bom e o Medalhão à Piamontesa. (bem razoável).
Do Castrinho fui algumas vezes no restaurante do Via Parque, há muito tempo. O vi lá algumas vezes. Havia uma filial no Nova América, onde fui uma vez (ele não estava), e outra em Vargem Grande (ou Pequena...), onde não fui.
ExcluirNo Leblon, acho que na Ataulfo de Paiva, havia uma loja da Kibon onde era possível comprar o "bolo de sorvete", creio que não vendido nas carrocinhas e que fazia sucesso nas festinhas infantis.
ResponderExcluirEntrei no cardápio disponível no site do La Mole e fui ver o preço do Medalhão à Piamontesa, assim descrito:
ResponderExcluir"medalhão de filé mignon envolvido ao bacon servido com molho, acompanhado do cremoso arroz à piamontesa com champignon e batata portuguesa."
Preços: Individual R$79 / Para 2 pessoas R$142
Meio caro para o que é ... se bem que ultimamente acho tudo caro, deve ser o "efeito aposentadoria".
Território que pouco conheço e onde choveu justamente na hora de um tour que fiz nesses locais o ano passado. O abrigo foi o Shopping Leblon. Logo eu que não faço questão nenhuma de passear nesse tipo de centros de compras.
ResponderExcluirTudo indica que é mesmo a esquina da Cupertino Durão na foto 11, pois parece muito a edificação que ainda existe lá, acrescida de um puxadinho.
Em frente, do outro lado da Ataulfo de Paiva, no número 500, tem indicação de que ainda existe o famoso Alvaro's Bar e Restaurante.
Falando em Shopping Leblon, eita lugarzinho complicado: para acessar, estacionar, circular entre andares pelas escadas rolantes ... tem uma entrada/saída de pedestres por dentro de loja inclusive. Evito ir.
ExcluirSe necessário, vou ao Rio Sul velho de guerra, talvez não tão sofisticado mas muito melhor resolvido, 'empilhado", o que facilita sobremaneira a circulação/orientação entre as diversas lojas e andares.
Bom dia Saudosistas. É um bairro fora da minha jurisdição, embora tenha ido muitas vezes ao Cine Leblon e frequentar os bons restaurantes do bairro, não só na R. Dias Ferreira, mas também em outras ruas do bairro. Já os bares gostava de ir ao Bracarense, na época em que uns amigos de trabalho, que moravam no bairro me arrastavam para lá, as sextas-feiras após o trabalho. Ao Luna fui algumas vezes e na Pizzaria Guanabara costumava a ir após a saída do Cine Leblon na época que namorava a minha esposa.
ResponderExcluirTinha uma Creperia acho que na Rainha Guilhermina que eu adorava, alguém lembra do nome?
Não lembro o nome da creperia, era de um estrangeiro, muito bons os crepes. Acho que hoje em dia funciona o Mono, um restaurante de delivery de sushi caríssimo!
ExcluirPor que a Ataulfo de Paiva é avenida e a Visconde de Pirajá é rua?
ResponderExcluirTêm quase o mesmo comprimento e largura.
Paulo Almeida, está aí uma boa pergunta. Não sei a razão, pois são de características muito parecidas.
ResponderExcluirQuanto às pontes a da praia é de 1918, a da Visconde/Ataulfo é de 1938, a da Prudente/San Martin é de 1958. A cada 20 anos faziam uma, não deixa de ser curioso. A da Lagoa é por volta de 1968 e a última é durante a obra do metrô.
Algo parecido com a antiga Real Estrada de Santa Cruz, desmembrada em vários trechos chamados de estrada, avenida ou até rua...
ExcluirA lanchonete Rick (do Ricardo Amaral, chegou a ter algumas filiais) que fez sucesso no início da década de 70, ficava na Ataulfo de Paiva em uma esquina, acho que da General Urquiza.
ResponderExcluirPara uma breve história das lanchonetes no Rio de Janeiro a quem interessar:
Excluirhttps://diariodorio.com/william-bittar-sobre-lanchonetes-e-fast-foods-no-rio-de-janeiro/
No Leblon fui apenas ao Scala uma vez apenas e depois várias vezes quando virou Danceteria Babilônia, inclusive via o dono Chico Recarey por lá. A última vez que fui lá foi num evento relacionado ao plebiscito sobre República ou Monarquia, acho que em 1992 ou 1993.
ResponderExcluirNo teatro Casa-Grande também vez ou outra.
E para levar familiares portugueses pela Zona Sul, paramos no Mirante do Leblon e tomamos uma água de Coco e admiramos a paisagem.
O cara da bicicleta deve ter tomado todas e caiu no chão da praça. Coitado do menininho que deve ter ficado horas esperando a bebedeira passar.
ResponderExcluirA igreja de Santa Monica e o colégio Santo Agostinho ocupam um espaço enorme e muito valorizado. Será que é tudo tombado?
ResponderExcluirA entrada e saída do colégio causa um nó no trânsito do bairro.
Outro nó é na Ataulfo em frente ao Talho Capixaba. Os bacanas param seus carrões em fila dupla, ligam o pisca-alerta e não estão nem aí. Fiscalização zero.
O pastel do Degrau e o polvo com arroz de brócolis do Alvaro’s são duas maravilhas da Ataulfo. A frequência majoritária é de 60 anos para cima. O Jobi e o Diagonal brilham nos chopes. No Rio Design há bons restaurantes, mas são caros. A Pizzaria Guanabara vive interditada pela Vigilância Sanitária. A quantidade de restaurantes no Leblon é impressionante.
ResponderExcluirNa foto 08, do Cinema Leblon, onde passava o filme “Se Meu Fusca Falasse", parece que os fuscas foram ver o filme...
ResponderExcluirNo mesmo texto diz... "Rurais, fuscas, corcéis, Zés do Caixão completam o...". Não encontrei a Rural.
A Rural avançou o sinal e saiu da foto.
ExcluirSai Rural, entra Kombi.
ExcluirFora de foco:
ResponderExcluirIndependente do que ainda venha a acontecer no campeonato brasileiro (o Botafogo deve ficar de fora até do G4, numa campanha histórica nos dois turnos, impecável no primeiro e trágica no segundo), fica muito claro que em qualquer atividade é necessário "profissionais e profissionalismo".
A triste comédia de erros sucessivos cometidos pela direção do clube depois da saída do bom técnico português ainda no final do primeiro turno, liquidou o time que, de organizado e confiante, passou a um bando desorganizado e psicologicamente abatido.
Um técnico profissional, mais cascudo, em substituição ao segundo português, no lugar do Lúcio Flávio (!), e atitudes mais profissionais e maduras do dono do clube, levariam provavelmente a um final de campeonato digno, com ou sem título.
Agora, não adianta chorar sobre o leite derramado.
Este anônimo alvinegro aí de cima sou eu, a "fase" é tão ruim que até o comentário via celular ficou desconfigurado, me deixando anônimo.(o que talvez fosse melhor ....)
ExcluirMário, isso também mostra que o clube "empresa" não é, necessariamente, um clube mais organizado. Vasco e Cruzeiro, dois gigantes do futebol brasileiro, também estão amargando uma péssima campanha por conta de reiterados erros de organização.
ExcluirPura verdade Wagner, os fatos falam por si só.
ExcluirNão ouviram os conselhos do Lino, que recomendou o Oswaldo Oliveira. Deu nisso.
ResponderExcluirA cozinha do Mario’s era muito boa, mas na lembrança ficou o 706 com Osmar Milito e Áurea Martins. O quesito música já é com o Conde di Lido.
ResponderExcluirO melhor do Real Astória era o Baco (piano-bar). Eu acho que o Luís Reis não tocava mais lá, mais cheguei a escutar algumas canjas.
Bom Dia ! Volto mais tarde para ler os comentários. Agora é hora de aproveitar que já clareou e não chove, para dar " uma bola" na "fabrica de ônibus " , fui !
ResponderExcluirBom dia Mauro. Você não deve ter lido, mas leia o comentário do dia 6 (ontem) às 12:15...
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirBotafogo (ainda) é líder, mas o Bragantino também passa a depender só de si para ser campeão. Ontem era jogo para empate, mas o Botafogo estava sem a dupla de zaga titular.
Amanhã, depois de seis meses, o Botafogo pode deixar a liderança.
Esse Sergio que morou no Leblon estudou no Santo Inácio, a escrita de lá é padronizada... A única foto sem identificação de automóvel é a da provável esquina da Cupertino Durão. Lá vemos um DKW 1937-39; andei olhando as imagens do Google, e é muito difícil dizer o tipo F5 ou F7, ora o parachoque é bipartido, ora é inteiro, como na foto, ora os limpadores estão na base do vidro, ora pendurados. Um vizinho da minha infância teve um, que vivia enguiçado e o cupim tupiniquim fazia uma festa na sua estrutura de madeira europeia, certamente, muito palatável.
ResponderExcluirEntrando bem atrasado. Ótimas lembranças. La Mole e seu couvert, cinema Miramar, Mirante do Leblon, lanchonete Rick e seu crepe na Praça Antero de Quental. Construção do predio Chacara 92 foi um estrondo. Comemorei formatura do colégio num bom bar na Bartolomeu Mitre, com pianista, hoje loja da Swift. E a boate People, que segundo a lenda, era chamada por Elba Ramalho, soletrando ao telefone no meio da barulheira, "Estou na PEOPLE: P-I-P-O-L!".
ResponderExcluirAliás, loja da Swift para mim é novidade, vi pela primeira vez este ano uma nos "fundos" do Cinema São Luiz, ao lado de um supermercado Zona Sul, bem bacana.
ExcluirAcho que ninguém citou o carro que só mostrou a cara.
ResponderExcluirFoto 9, uma das que mostram o Cine Leblon.
Me parece um Dodginho, o 1800, que antes (ou depois?) teve faróis quadrados. Eu considero muito raros.
É o Dodge 1800, Hillman Avenger na Inglaterra e Dodge 1500 na Argentina, depois Volkswagen 1500. Isso entre muitos outros países que fabricaram o mesmo projeto.
ExcluirO Leblon dos anos 70 tinha restaurantes muito interessantes. Um dos meus preferidos era o "Panelão", na Venancio Flores", quase esquina da Ataulfo. Lá vendia a cerveja Carlsberg que eu apreciava.
ResponderExcluirUm primo dele, numa dessas ruas internas, chamava-se "Caldeirão", mas não era tão bom.
Outro especial era também na Venancio Flores, o "Le Relais".
Para almoços familiares de domingo o ideal era o "Final do Leblon", em frente ao "La Mole", na Dias Ferreira.
O "Pronto", já citado acima, pertinho do "La Mole", era bom para pizzas e massas.
Não lembro do nome de um na esquina da Humberto de Campos com a Praça Ministro Romeiro Neto, que tinha uma novidade: o filé à Nicola, servido numa cumbuca quentíssima.
Outro que frequentei e esqueci o nome era vizinho de onde funcionou o Antiquarius.
Luiz, eu comia um filé à Nicola, exatamente como você descreveu, no restaurante Rian em Copacabana. na Rua Santa Clara, esquina da Atlântica.
ExcluirAcho que fechou durante a pandemia.
Lembrei da farmácia Piauí, na esquina da Rita Ludolf, que na Zona Sul, junto com a Farmácia do Leme, ficava aberta 24 horas e quebrava um galho danado ...
ResponderExcluirE a respectiva banca de jornal, onde se comprava o Globo e JB de domingo no sábado à noite; um point! Não esquecendo do original e legítimo Balada, com seu inigualável cheeseburger prensado e suco de abacate com sorvete ou fruta do conde!
ResponderExcluirSim, a banca também era 24 h !
ExcluirNão encontrei a resposta da razão da Ataulfo ser avenida e a Visconde ser rua.
ResponderExcluirJoel Almeida : Naquela época a Cidade estava toda cheia de obras. O entorno do Maracanã , a Radial, A Pça da Bandeira, havia buracos do Metrô na Lapa até Flamengo e Botafogo. Por causa das obras o transito mudava constantemente. No Maracanã, S.F. Xavier , Oswaldo Aranha, Teixeira Soares até a Pça da Bandeira estavam sempre com algum impedimento que lavavam o transito para alguma paralela ou nos faziam dar uma volta um pouquinho maior. Na Lapa também tinha problemas com obras, no Flamengo e Botafogo a mesma coisa. A Cidade era um canteiro de obras.
ResponderExcluirFF: rodada de Champions League. PSG perdeu de virada para o Milan, que ainda não havia marcado gol na competição apesar de dois empates anteriores. No mesmo grupo o Borussia venceu o Newcastle e agora é o líder. Todos ainda têm chances de classificação.
ResponderExcluirO Barcelona perdeu para o Shaktar, mas ainda está com a classificação encaminhada. No mesmo grupo o Porto venceu o Antwerp. O Atlético de Madrid goleou o Celtic por 6X0. O virtual adversário do Flu mês que vem venceu tranquilamente o Young Boys e continua com 100%. Amanhã entram em campo, entre outros, Real Madrid, Bayern e Manchester United.
Bom dia.
ResponderExcluirO Garcia & Rodrigues que funcionou na Ataulfo de Paiva, do final da década de 90 até por volta de 2010, merece ser lembrado apesar de algo "moderno" para o Saudades.
ResponderExcluirFui algumas vezes, muito bom.
Bom Dia ! Joel de Almeida , KD você?
ResponderExcluirOlá Mauro, só agora vi seu comentário. Então você chegou a dirigir durante as obras da Radial Oeste? Nessa época (1963) ainda não era possível percorrer a Radial Oeste integralmente entre a Praça da Bandeira e a São Francisco Xavier, você lembra desse detalhe?
ExcluirNo cume da montanha do Corcovado na primeira foto na frente e a esquerda da estátua parece que tinha vegetação. É estranho pra mim que viu a pedra a vida toda.
ResponderExcluirEmbora já faça um bom tempo de minha última visita, pelo que me lembro o platô do cume é rodeado por vegetação.
ExcluirConfundi a montanha do Corcovado com o Morro dos Cabritos.
ExcluirFF: nos jogos de hoje da Champions League, vitória do Real Madrid sobre o Braga (3X0) e empate entre Napoli e Union Berlin (1X1). Mais uma vitória do Bayern (2X1) sobre o Galatasaray e derrota do Manchester United para o Copenhague (4X3). Vitória do Arsenal sobre o Sevilla (2X0), vitória da Inter de Milão sobre o RB Salzburg (1X0), derrota do Benfica para a Real Sociedad (3X1).
ResponderExcluirE o Manchete United, heim ?
ResponderExcluirQue campanha horrorosa.
(e na Premier League também vai mal).
Bom Dia ! Ainda não clareou , mas parece que hoje será um dia de Sol.
ResponderExcluirAgora, com mais cuidado, li os comentários do Luiz em relação às fotos. Fico impressionado com o conhecimento que ele tem a respeito dos locais publicados. Luiz é uma enciclopédia sobre o Rio Antigo. Agradeço às menções feitas a mim, porém nada tonha a acrescentar às descrições por ele feitas, uma vez que, como sempre, o titular deste blog esgotou o assunto. Apenas declaro a minha admiração pelo seu conhecimento.
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