As fotos de hoje são da Av. Presidente Antonio Carlos, no Centro, antigamente chamada de Av. Aparício Borges e Av. Santos Dumont.
Esta foto dos anos 50, garimpada pelo Nickolas, já teve os automóveis identificados pelo Obiscoitomolhado: Um Ford Prefect, já de faróis embutidos, de 48 a 51. Atrás dele um Morris Oxford, dos mesmos anos.
As escolas de samba desfilaram na Praça Onze até 1941, quando o local foi destruído para que desse passagem à Av. Presidente Vargas, para onde os desfiles foram transferidos (trecho perto da Candelária).
Em fins dos anos 50, os desfiles passaram a ser na Av. Rio Branco. Em 1963, já com arquibancadas, voltou para a Av. Presidente Vargas.
Em 1975 o desfile realizou-se na Av. Presidente Antonio Carlos, como vemos na foto acima.
Fotografia da Exposição Virtual 'Estampas do Rio'. Vemos a Praça do Expedicionário, criada em 8/5/1947. Anteriormente conhecida como Praça do Castelo, situa-se na avenida Presidente Antônio Carlos, em frente às avenidas Nilo Peçanha e Almirante Barroso.
Com a palavra o mestre Andre Decourt: "Uma visão do Castelo e do bairro da Misericórdia, certamente nos primeiros anos da década de 50.
À esquerda vemos as construções do bairro da Misericórdia, um bairro que não existe mais, sepultado pelo prédio do Fórum, a via onde as pequenas construções dão frente é a Rua da Misericórdia, em seu antigo traçado que serpenteava pelas fraldas do morro do Castelo. Nestaa foto podemos perceber onde ele terminava.
As ruas internas eram das mais velhas da cidade como os becos do Cotovelo, Boa Morte, da Música e Travessa do Guindaste.
Também ali ficava o Hotel Bom Jardim, cujo letreiro pode ser lido na foto "em alta".
Ao fundo vemos os torreões do Mercado Municipal destruído sem muito sentido para a construção do viaduto da Av. Perimetral.
O prédio grande e com cúpula é o antigo Ministério da Agricultura, derrubado junto com o Monroe no governo Geisel como forma de desmoralizar e enfraquecer o Rio de Janeiro, privando-o dos símbolos da velha capital.
Na extrema direita aparece um pedacinho da Santa Casa .
No meio da foto aparece com destaque a Praça dos Expedicionários, um dos lugares que tinha tudo para ser um dos mais aprazíveis do Centro, principalmente pelo belo lago e chafariz.
O edifício do Jockey ainda não existe, sendo seu terreno usado como estacionamento, essa foto deve ter sido tirada num dia não útil, pois há poucos carros estacionados.
Há também um pequeno monumento num dos lugares mais improváveis na cidade de hoje, na confluência das movimentadíssimas Av. Presidente Antonio Carlos e Almirante Barroso. Este pequeno monumento comemorativo do arruamento do Castelo foi removido quando houve o desfile das escolas de Samba na Pres. Antônio Carlos, em 1975, por causa das obras do metrô na Pres. Vargas.
Uma curiosidade sobre a Praça dos Expedicionários é que em seu subsolo se encontra o único grande abrigo antiaéreo do Rio de Janeiro, construído na época da 2ª Guerra Mundial. Era o primeiro de outros que seriam construídos, mas a guerra acabou e os aviões e navios do Eixo nunca apareceram...
Existem outros abrigos pela cidade, mas todos em prédios privados, muitos em Copacabana, onde inclusive existem prédios com lajes blindadas por chapas de aço. Este abrigo é usado como estacionamento do Tribunal de Justiça.
Esta foto possivelmente foi tomada dos prédios da Rua Debret."
Engarrafamento em 1979 na Avenida Presidente Antonio Carlos. Vemos o posto de gasolina da Esso que por décadas funcionou ali perto do Ministério do Trabalho.
O bairro da Misericórdia era denso, precário, e grande parte de suas habitações eram centenárias ou até bicentenárias, de acordo com João do Rio em "A alma encantadora das ruas". Havia "casas de ópio" controladas por chineses nas quais fumava -se ópio "à larga", casas de prostituição, e hospedarias fétidas, todas "nos socalcos do Morro do Castelo". João do Rio era homossexual, um notório "pederasta", segundo seu maior detrator, Coelho Neto, e quase foi ao suicídio devido às criticas publicadas de forma debochada pelo escritor. A "Misericórdia" só existe em velhos relatos e em um pequeno trecho onde está a Santa Casa da Misericórdia.
ResponderExcluirO livro de José Antônio Nonato, Era uma vez o Morro do Castelo, é uma obra completa que retrata todo passado da região. Imperdível.
ResponderExcluirAcho a avenida muito feia pois não gosto dos caixotões da Fazenda e do Trabalho. É uma via de passagem sem graça.
ResponderExcluirOs carros me lembraram da quarta temporada de Fargo passada nos anos 50 onde há carros belíssimos.
Concordo. Avenida feia, sem charme, sem construções bonitas. Como se disse no "Tropa de Elite", "nunca será". Nasceu feia, vai morrer feia.
ExcluirJá a Rio Branco nasceu bonita, ficou feia. Como alguns de nós. Mas no caso dela por outros motivos que não a velhice.
No caso da Av. Rio Branco , a velhice - se lhe tivesse sido permitida - a deixaria mais bonita ainda do que quando jovem.
ExcluirA demolição do belíssimo prédio do Ministério da Agricultura foi uma grande perda arquitetônica para a cidade.
ResponderExcluirUma das perdas dos anos 70.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirÁrea de passagem para mim por muito tempo, quando usava o finado terminal Misericórdia.
Esse carnaval da foto deve ter sido bem apertado para as escolas de samba desfilarem.
ResponderExcluirO TJ estendeu os seus tentáculos para toda a região próxima, acabando inclusive com o terminal Misericórdia, utilizado pelo Sr. Augusto e milhares de outros passageiros. Em certo momento, achei que ele ia acabar também com a praça que ficou isolada durante anos, como canteiro de obras, para essas expansões do TJ. Chafariz e lago na cidade, hoje, são só chamariz para desocupados, mendigos e cracudos.
ResponderExcluirSe não me falha a memória, a laje do posto de gasolina onde os carros ficavam estacionados, desabou.
Os prédios da Antonio Carlos não são lá essas coisas, mas o saguão do antigo Ministério da Fazenda é bonito, com seu pé direito muito alto, seus lustres e principalmente suas belas escadarias.
No congestionamento, chama a atenção a quantidade de automóveis comparada com a pouca quantidade de ônibus. E olha que já estávamos no segundo “Choque do Petróleo”.
O prédio do antigo Ministério da Fazenda sempre me deu a impressão que poderia estar em uma daquelas grandes avenidas de Moscou sem destoar das demais construções; arquitetura "estatal" pensada para ser grandiosa, impor respeito.
ExcluirConcordo plenamente. Como dizia aquele personagem do Jô Soares, "tirou daqui!".
ExcluirConcordo com os comentários sobre a avenida ser feia, inóspita; acho sempre desagradável passar por ela.
ResponderExcluirBoa tarde a todos!
ResponderExcluirTransitei em várias ocasiões pela Antônio Carlos, desde o Ministério da Fazenda ao Fórum do TJ, pelo Teatro Maison de France, etc, etc...
A construção do Sambódromo organizou os Desfiles das Escolas de Samba, acabou com o monta-desmonta dos vários locais onde houve desfiles, inclusive na Antonio Carlos. E ainda é um bom local para shows de música. Dos que me lembro, show do RPM em 1987, na Apoteose.
Grande obra do Sr. Leonel Brizola!
Boa tarde Saudosistas. Passava diariamente pela Av. Antônio Carlos nos anos 70 quando trabalhei na Superintendência do INAMPS, ao contrário de todos eu acho o prédio do Ministério da Fazenda bonito, principalmente o seu interior, já o prédio da ABI eu acho horroroso e o prédio do Min. Trabalho é um prédio comum, não fede, nem cheira. Na minha opinião esta região da cidade poderia ser melhor explorada economicamente com escritórios e lojas comerciais caso tivéssemos um turismo que explorasse o centro do RJ.
ResponderExcluirNa foto de 1979 já não há o "império dos fuscas", outros carros aparecem em quantidade expressiva.
ResponderExcluirPoucas coisas melhoram com o passar do tempo. A seta deste, em virtude do Big Bang, está virada para o aumento da entropia. Um carro abandonado enferruja; uma casa abandonada acaba desabando; uma fruta apodrece; uma comida azeda; uma pessoa se torna doente. Tudo isso é resultado do aumento da entropia, que é a desorganização interna da matéria.
ResponderExcluirSe um dia a seta do tempo virar em direção oposta, ou seja, de um Big Crush, as coisas ficarão mais "novas" com o passar do tempo. Não dá para imaginar como seria isso. A gente nasceria velho e ficaria novo? A fruta nasceria podre e se tornaria boa?
O "Anônimo" que comentou às 11:18 foi feliz quando ultilizou a expressão "os tentáculos do judiciário". Quem conheceu as instalações do Tribunal de Justiça ainda no alvorecer do "Novo Estado do Rio", certamente percebeu o quanto cresceram tais apêndices, ainda que eles não o sejam apenas na forma abstrata, mas principalmente na física. As atuais instalações do "complexo" que compõem o TJ atualmente suscitam dúvidas se elas são no RJ ou se estamos em Dubai. Bons tempos em que os juízes eram "pessoas de carne e osso" iguais aos demais espíritos encarnados, o MP era integrante do Poder Executivo e não um "Poder Autônomo", e toda essa suntuosidade não tinha um "peso financeiro" igual a 2,1% do PIB brasileiro. O nome do extinto bairro combina com o sentimento que a Providência Divina deve nutrir pelo Brasil.
ResponderExcluirTem razão. O Brasil está sob duas pragas: o Legislativo e o Judiciário. Mamam nas tetas da viúva e conforme vão engordando sugam cada vez mais leite.
ExcluirO "enclave" na região do feudo judiciário é o MIS, mais por causa da inanição da obra de Copacabana.
ResponderExcluirSobre a arquitetura dos ministérios, só retrata a época na qual foram construídos.
Helio, o filme O curioso caso de Benjamin Button aproveitou-se dessa ideia de nascer velho e ir rejuvenescendo.
ResponderExcluirOuvi falar desse filme, mas nunca o assisti.
ExcluirExiste foto do Viaduto da Perimetral que mostra que a obra precisou desmontar menos da metade do Mercado Municipal, ou seja, boa parte de suas estruturas poderia estar lá, montada, junto à única torre sobrevivente, a do Restaurante Albamar.
ResponderExcluirO "problema" não foi por cima, foi por baixo.
ExcluirO que aconteceu?
ExcluirAbriram uma via por baixo da Perimetral ligando o aeroporto à Candelária. Nos anos 90 virou o mergulhão da Praça XV, mas só em parte do trajeto. Só com as obras "olímpicas" a região voltou a ser usada por pedestres.
ExcluirSei que não adianta "chorar o leite derramado", mas mesmo com vias a mais do viaduto ainda daria para pelo menos salvar a outra torre junto ao mar e alguns trechos de boxes do mercado e teríamos um Cais Maravilha com lojas de souvenir e muitas outras, incluindo cafeteria que seria a alegria da sumida comentarista Evelyn.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirRealmente, o prédio do Ministério da Fazenda lembra os prédios soviéticos, meio sem charme. Ocorre que seu interior é muito bonito. O rol dos elevadores no térreo, bem como sua escadaria de acesso a todos os andares são muito bonitos. Quem ainda não entrou, vale uma conferida quando estiver de bobeira no Centro da cidade. Conheço bem este prédio
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Muita gente acha feio o prédio do Ministério da Fazenda, dizem que se parecem com os prédios da Rússia, na minha opinião feios são aqueles arranhas céus dos Países prósperos da Ásia, tem gente que adora eu odeio. Mas o que seria do amarelo, se todos gostassem de azul.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirOs prédios "modernosos" da Ásia, enormes arranha-céus e produto de delírios de arquitetos/escritórios famosos são - na minha opinião - de um tremendo mau gosto, além de não ter qualquer identidade com as cidades aonde são construídos.
Os grandes prédios de Moscou que abrigavam as mais importantes instituições estatais da era soviética e que foram construídos em sua maioria no governo do Stalin, se caracterizam por serem blocos maciços, também muito altos, grandes paralelepípedos com interiores grandiosos e normalmente muito bonitos, com acabamento primoroso , os mais diversos adornos e inclusive obras de arte (a exemplo de diversas estações do metro de Moscou, com interiores belíssimos).
O objetivo era impressionar, deixar claro o poder & importância do estado em relação à "pequenez" do indivíduo.
O prédio da Universidade de Moscou é para mim uma exceção, chama a atenção, bonito, esse prédio e todo seu entorno são muito equilibrados.
ResponderExcluirRealmente o Lino tem razão, os modernos caixotões de vidro conseguem ser visualmente pior do que a arquitetura estilo totalitarista.
ResponderExcluirOutros detalhes do Rio Antigo, Esses dias já tivemos a boa notícia sobre o início a reforma da Estação Barão de Mauá e agora li que os equipamentos do Cine Pathé foram doados e serão recuperados pela UFF e seu LUPA (Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual). Projetores, lentes e alguns filmes esquecidos nas instalações do prédio na Cinelândia estavam prestes a serem descartados como sucata.
ResponderExcluirAinda bem que a inquilina Universal do Reino de Deus nunca mexeu no material.
FF: até sábado qualquer pessoa a partir de seis meses pode se vacinar contra a Covid-19 nos postos da cidade. Basta ter se vacinado pela última vez há mais de um ano.
ResponderExcluirNa última segunda feira tomei a nova vacina da Moderna contra a Covid-19 subvariante XBB e tive rebote. Fiquei com o corpo todo doído durante a noite e na terça feira, só melhorando ontem, quarta feira. Mas vou continuar tomando as próximas.
ExcluirMauro, não senti nada, mas tive amigos com dores por 24 horas. Tb continuarei tomando, assim como a da gripe, anualmente.
ExcluirTomei a minha dose há duas semanas. Fora um pouco de dor no braço, nada de reação. Já avisei à minha irmã.
ExcluirLuiz, também já tomei a da gripe este ano e continuarei a tomar todas disponibilizadas pelo Min. da Saúde.
ExcluirSábado irei ao Posto tomar essa dose da vacina (Covid), as demais todas em dia. Hoje teve notícias na TV que a coqueluche está voltando...
ExcluirSão Petersburgo, uma das cidades mais impressionantes e bonitas do mundo, ao lado de blocos de cimento, abriga palácios e construções deslumbrante. O metrô tem estações grandiosas que são pura arte.
ResponderExcluirPor bobeada inexplicável minha, não visitei as estações de metrô de São Petersburgo e olha que estávamos vindo de Moscou, aonde fizemos uma visita guiada por uma moça espertissima às principais estações.
ResponderExcluirCuriosidades à respeito dessa visita:
1)
- Foi indicada pela concierge do hotel dizendo que às duas da tarde fôssemos até a entrada principal do Kremlin, lado esquerdo e procurassemos uma jovem loura, magra e de cabelo curto que estaria usando uma camiseta laranja e acompanhada (cercada por) um grupo de pessoas; ela era a guia e o pagamento (em dinheiro) era feito direto à ela.
- A camiseta laranja era para ajudar que não a perdêssemos de vista principalmente dentro do trem, para saltarmos junto com ela nas estações já que (1) ela tinha os bilhetes/passes e (2) é virtualmente impossível para o turista orientar-se sozinho no metrô, com todas as placas de orientação em cirílico; um desastre se a perdêssemos de vista.
2) No grupo de pessoas que fez a visita havia um casal de mineiros de São João de Nepomuceno que, a nosso exemplo, também estavam fazendo a viagem sozinhos, "desbravando" a Rússia.
De Moscou fomos à São Petersburgo de trem, ótima viagem.
O que facilitou muito para nós foi a excelente localização dos hotéis nas duas cidades (em Moscou, Bolshoi, Praça Vermelha e Kremlin a pé, em São Petersburgo da porta do hotel via-se o Hermitage) e usar (pagando bem caro por isso) transporte particular dos hotéis para pontos mais afastados e estações/aeroportos.
De São Petersburgo fizemos uma ida/volta de trem para Helsinque, onde passamos 3 dias, fazendo num deles um bate e volta à Talin num gigantesco navio que mais parecia um shopping mall flutuante.
Foi no todo uma viagem inesquecível.
Também fui a Helsinque e Tallin. Realmente é uma viagem inesquecível.
ExcluirAlguém tem notícias dos comentaristas “desaparecidos”?
ResponderExcluirEsse "desaparecidos" para mim é um tanto misterioso. Muitos visitantes não se manifestam em comentários. Então, provavelmente há vários "desaparecidos" apenas quanto a darem sua opinião, mas que entram no SDR e ficam enrustidos.
ExcluirDurante muito tempo, vários anos, eu fui um visitante silencioso quase sempre diário deste blog (e também do blog do André).
ExcluirSomente lá por 2019 comecei a dar um pitaco de vez em quando, no início anonimamente e depois me identificando.
A pandemia com o trabalho remoto ajudou nesse processo.
Depois que me aposentei ano passado aí virou festa e participar da "troca de ideias e opiniões" e do aprendizado constante no grupo é uma rotina prazerosa.
Estou de olho no blog mas não dou mais palpite. O Rio está muito perigoso!
ResponderExcluirO pior nisso tudo meu caro ucraniano é que Kiev deve ser mais segura do que o Rio para a maior parte da população...
ExcluirCadê o MauroXará?
ResponderExcluirO Conde, a Ana, o Wagner Bahia, o Biscoito.
ExcluirPresente! Todos os dias passo por aqui.
ExcluirA última informação que tive do Mauro é que estava viajando.
ExcluirArgentina penou, mas passou nos pênaltis. Messi é humano nessa matéria. Praticamente classificada para a final. Não vejo Venezuela ou Canadá em condições de vencer.
ResponderExcluirO Wagner Bahia deve estar de férias em algum acampamento do MST usando um indefectível boné vermelho.
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