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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

FEIRA DO LIVRO

Comecei a frequentar a "Feira do Livro" na década de 1960. Se bem me lembro foi na Cinelândia, na Praça Floriano.

Os diversos livreiros armavam muitas barraquinhas de madeira e vendiam livros novos e usados por preços com significativo desconto.

Tempos depois a "Feira do Livro" foi reproduzida em diversas praças do Rio.


FOTO 1: Esta foto, garimpada pelo Nickolas, mostra a "Feira do Livro" na Praça Serzedelo Correia, em Copacabana. Era uma tentação, pois como meu consultório era perto. Sempre que estava instalada ali não havia como não comprar muitos livros.

FOTO 2: Como resistir a comprar a coleção dos livros de Monteiro Lobato lidos na infância? Estavam todos ali, com a capa dura da edição de tantos anos atrás.


FOTO 3: Na hora do almoço a Praça Floriano lotava. Muitos aproveitavam o tempo livre para comprar livros. Na época da foto, anos 60, as roupas para ir à "cidade" eram bastante formais.


FOTO 4: Na "Feira do Livro" de 1964, na Praça N.S. da Paz, em Ipanema, o menino pede à mãe para comprar um livro. Desde cedo a leitura de livro deve ser incentivada, principalmente com o exemplo dos responsáveis.

Na foto o menino usa as famigeradas botas ortopédicas que, décadas depois, foram abandonadas pelos ortopedistas, tal como aconteceu com os otorrinolaringologistas que deixaram de operar as amígdalas das crianças.


FOTO 5: Foi numa "Feira do Livro" que comprei por um preço muito barato 20 volumes, de capa dura, do escritor alemão Karl May. A biblioteca do Colégio Santo Inácio tinha alguns livros dele, inclusive a trilogia inicial de Winnetou.

Karl May escreveu sobre o Oeste americano e sobre viagens pelo Oriente, com uma riqueza de detalhes impressionante, embora nunca tenha viajado. Os livros de aventuras na América do Sul são mais fracos.

Sobre o "Velho Oeste" escreveu, além dos de Winnetou, outros como "Old Surehand". O grande amigo de Winnetou era o "Mão de Ferro" (um herói alemão que era invencível). Sobre o Oriente escreveu títulos como "Pelo Curdistão Bravio", "Na Terra do Mahdi", "Laranjas e Tâmaras", "De Bagdá a Istambul".


FOTO 6: Foto de uma cidade muito mais tranquila, com crianças interessadas na leitura. Tempo em que não havia a ditadura do celular.



FOTO 7: Vendo a foto vemos um outro mundo. Interesse pelos livros, gente bem vestida. Ao fundo, também interessante, o cartaz do Teatro Rival com a peça "Mulheres na Bossa Nova".

Atualmente, além da "Bienal do Livro" no Riocentro, acho que há ainda algumas "Feira do Livro" em praças da cidade, embora com menos barraquinhas e menos público.


101 comentários:

  1. É um privilégio gostar de ler. Vc aprende, se diverte, dá vazão à imaginação, viaja.
    As feiras do livro ajudam muito. E o povão está interessado haja vista a multidão que vai na Bienal do Livro.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Sempre frequentei sebos em Madureira. Passar para a Feira do Livro da Cinelândia foi um "pulo". Não lembro de ter ido a outras.

    Quando tive idade suficiente passei a ir na Bienal, ajudado pela facilidade de acesso. A última que eu fui foi em 2019.

    Sempre consegui algumas garimpagens.

    FF: relatos de forte terremoto em Portugal durante a madrugada.

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    1. PS: comprei livros e revistas também na feira da Praça XV.

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  3. Se eu passasse pela barraca da Ed. Brasiliense compraria "Os 12 trabalhos de Hércules", "Minotauro", "Sítio do Pica-Pau Amarelo", "A Chave do Tamanho", "Poço do Visconde", "O Saci", "Viagem ao Céu", "Caçadas de Pedrinho", etc.
    Destaque para o Chica-Bon da foto 1 e as botas ortopédicas da foto 4.

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  4. Fui bastante às Feiras do Livro da Praça Serzedelo Correia e da Cinelãndia. Era um ótimo programa.
    À Bienal no Riocentro pelo menos duas vezes, há muito tempo e numa delas comprei um telefone celular (!) de uma operadora que montou um stand aproveitando o evento.
    Durante quase 30 anos meu filho e minha filha receberam religiosamente como um dos presentes de aniversário um livro.
    Mérito de minha mulher, leitora voraz desde sempre e que há poucos anos aderiu - junto com minha filha - aos ebooks com o Kindle.
    Os filhos adquiriram e mantêm o hábito e o gosto pela leitura .
    Eu sempre gostei de ler e li muito ao longo da vida, mas confesso que primeiro com o advento da tv por assinatura e em seguida com os streamings e sua infindável quantidade de material, leio pouco atualmente.

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  5. FF. Quando ouço falar em Bienal, invariavelmente me lembro do Ibrahim Sued que em seu programa de televisão, a respeito da Bienal (das artes) de São Paulo, disse que ".. a Bienal devia ter todo ano.".

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    1. Mas, de certa forma, tem. Em anos ímpares aqui e nos pares, na estranha cidade. Uma vez tentaram fazer uma Bienal "extra" por lá para concorrer com a daqui mas fracassaram.

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  6. FF2: aconteceu de novo.

    Caminhão pegando fogo no túnel da Covanca. Túnel interditado no sentido Fundão.

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  7. Não passo sem estar lendo um livro. Adoro os livros físicos, mas ganhei um Kindle dos filhos e comecei a utilizá-lo. Não é como o livro físico, mas é uma facilidade e tanto comprar e receber de imediato, colocar a letra do tipo e do tamanho que se quer, levar o Kindle para qualquer lugar (é leve e pequeno).

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  8. Comprei meu primeiro volume da Coleção da Nova Aguillar na feira do Centro. Obras completas de Vinícius de Morais, capa dura, papel bíblia, guardo com muito carinho. Advogo para editoras e o negócio é forte no mundo. Visitei algumas feiras e as disputas para editar os best sellers são fortes. Saiu sábado no "Zona Sul" do Globo matéria sobre sebos. Tinha visitado na semana anterior o Beta de Aquárius , sebo raiz na Rua Buarque de Macedo 72. Muito bom, organizado e cheio de preciosidades para garimpo, com bons preços.
    FF: Ontem ciceroneei alemã no Rio, e por força da chuva visita ao Museu da Cidade. Pequeno, simples, mas muito arrumado, com bom acervo exposto, e o Parque limpíssimo. Recomendo! Depois feijoada na Academia da Cachaça e a Doktor curtiu muito , bolinho de aipim, caldinho de feijão, beiju e ainda sorvete de queijo com calda de goiabada.

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    1. A feijoada da Academia da Cachaça é muito boa. Aliás, por ali, o Herr Pfeffer e o TZ também são muito bons.

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  9. Não há nada comparável ao livro físico. Gosto muito de ler, não só livros inéditos como também reler antigos. Não tenho idéia da quantidade de livros que li, não dá para mensurar.

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  10. Para alegria da Mme. D´ doei 450 livros para uma amiga que faz um trabalho social numa igreja da Zona Norte. Mas outros tantos ainda estão por aqui. Só sobre o Rio antigo são uns 300.

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    1. Do Rio Antigo não sai nada daqui de casa. Mandei PDF do Guanabara La Superbe para o Luiz, que merece. E comprei fac simile da Muy Leal e Heroica...

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    2. Luiz, poderia colocar a lista aqui? Ou pelo menos fazer um top 10?

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  11. Comprei livros na feira da Cinelândia, alguns da editora d'O Pasquim, que tenho aqui.
    O engraxate da foto 6 também era característico da região. Parece que estava só com os sapatos do cliente, que voltaria depois.

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  12. Depois de décadas acumulando livros, na última obra/reforma do apartamento, fizemos uma limpa e doamos a maioria dos livros, mantendo somente uns poucos criteriosamente selecionados.
    Agora é o Kindle (acabei comprando um para mim também e até agora pouco usei) que em termos de praticidade é fantástico, você carrega uma biblioteca inteira, acessível a qualquer hora em qualquer lugar.
    (E para quem gosta de ler na cama, antes de dormir é ótimo, leve e dispensa luz de cabeceira.)
    Quando muito raramente ainda ganhamos livros físicos de presente a "ordem" de minha mulher é dar/doar após ler, não acumular mais.

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  13. Falando em livros, os 3 autores que acompanharam minha infância e pré-adolescência:
    Monteiro Lobato
    Julio Verne
    Alexandre Dumas

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  14. Mário, é uma tarefa difícil escolher três. Além dos citados Jack London, Maurice Leblanc, Edgar Rice Burroughs, Conan Doyle, Daniel Defoe, George Simenon, Edgard Wallace, entre outros.

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    1. Com certeza, Luiz.
      A quantidade de ótimos escritores é enorme.
      Os três que citei foram a "porta de entrada" para mim ao mundo da leitura, juntamente com o excepcional e muito bem lembrado por você Daniel Defoe (acrescento também Charles Dickens e James Fenimore Cooper à essa minha primeira fase)

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  15. Já comprei muitos livros nas feiras da Cinelândia, Praça Saens Peña, Méier, e nos sebos das ruas da Constituição, Carioca e Luís de Camões. Há alguns anos compro no site Estante Virtual e eventualmente em feiras de rua.

    Na Bienal do Riocentro estive umas duas ou três vezes. Desde que fiquei sem carro, em 1999, não fui mais lá.

    Como não aprecio ficção, minhas escolhas são muito reduzidas. Às vezes compro livros de ficção, mas já aconteceu de me arrepender pelo conteúdo.

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  16. Minha mulher me critica pela quantidade de livros que tenho. Atualmente eles ficam numa estante lotada, além de ocuparem espaço numa estante de som e numa gaveta grande de um camiseiro. De vez em quando tento fazer uma limpa, mas sai muito pouco, e normalmente descarto alguns raros de ficção que tenho.

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  17. Mas meu hábito de leitura começou ainda criança, com gibis de faroeste, depois ampliados para os do tipo Luluzinha, Bolinha, Pimentinha, Brasinha, Superman, Batman, Capitão Marvel, Pato Donald e outros. Passei por revistas de fotonovelas como Grande Hotel e Sétimo Céu. Gostava de Detetive, uma revista com fatos verídicos de crimes ocorridos nos EUA, normalmente nas décadas de 1920 e 1930. E lia X-9, uma revista mista com fatos verídicos e ficção. Os verídicos vinham nas páginas amarelas da revista.

    Daí fui para Seleções do Reader's Digest. Até então, nada de livros. Foi a partir dos 18 anos que comecei realmente minha jornada de leitor de livros, primeiramente como sócio da Biblioteca Castro Alves, na Cinelândia e por já estar trabalhando e ter renda própria passei a comprar livros, mesmo.

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  18. Numa vez comprei de uma só tacada 11 livros numa feira dessas de praça. Levava para o serviço. Ia lendo na ida e na volta, dentro do ônibus.

    Meu assunto favorito é Segunda Guerra Mundial. Mas tenho sobre Astronomia, alguns sobre política, outros sobre Geografia e História, uns sobre o Rio antigo. Por aí.

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    1. Helio, estava em um cruzeiro no ano passado conversando com um brasileiro que mora na Espanha. Ele disse que tinha acabado de voltar da Normandia, foi mostrar ao filho as praias do desembarque no Dia D. Eu fui logo dizendo Utah, Juno, Gold, Sword e Omaha. Ele arregalou os olhos e depois caiu na risada. Claro que foi conversa para toda a noite.

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  19. Como tendo a ser avesso a tecnologia, nunca me interessei em ter Kindle. Prefiro o livro em mãos, sentir o tato no papel. Quando não tenho opção, leio na tela do desktop.

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  20. A Reader's Digest publicava também livros condensados, geralmente 04 livros condensados em um volume grosso.
    Foi nesse formato que li ainda adolescente os ótimos Vinhas de Ira e O Inverno do Nosso Descontentamento do John Steinbeck, As Três Faces de Eva, que rendeu um belíssimo filme de mesmo nome com Lee J. Cobb e Joanne Woodward, A Comédia Humana de William Saroyan (americano filho de armênios, excelente e subestimado escritor) e vários outros.

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  21. O tema é difícil de se esgotar.

    Alguns livros me acompanham desde Madureira, outros foram perdidos na mudança há quase 35 anos. Corri os sebos para tentar repor as perdas, algumas irreparáveis. Há quase 25 anos comecei o tema Rio Antigo e não parei mais, só dando uma acalmada desde a pandemia. Acho que frequentei a maioria dos sebos do centro, incluindo o do Avenida Central, onde tive o prazer de encontrar pelo menos uma vez o Eduardo Bueno, na sua época de "pop star".

    Na infância tive muitos livros de bolso da coleção Ediouro.

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    1. Os bons livros do Eduardo Bueno sobre a História do Brasil são uma leitura interessante e muito agradável.

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  22. Revistas em quadrinhos são outro capítulo a parte. Também alguns vindos de Madureira, com quase 50 anos, comprados pelos meus irmãos. Outros de sebos e a maioria comprados por mim desde 1986. Parei em 2020, com a pandemia. Estava mais para os encadernados.

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  23. O site Buenas Ideias do Eduardo Bueno não faria sucesso com boa parte dos comentaristas.

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  24. Boa tarde a todos!

    Nunca frequentei sebos, mas comecei a ler mais por causa de um amigo que tinha uma banca de jornais quase em frente de casa. Na época, havia coleções de livros e ele me emprestava alguns para ler. Os livros vinham "ensacados", mas ele tinha uma técnica de abrir os plásticos cuidadosamente e depois os fechava com o fogo do isqueiro. Os primeiros foram da Agatha Christie. Fiquei viciado!

    No colégio, com 10 anos, o 1° que li foi "A Ilha Perdida ", da Coleção Vagalume. Tenho esse livro e mais alguns dessa coleção até hoje. No ano seguinte, como obrigação de fazer as famosas "provas do livro", comecei a ler os clássicos de Castro Alves, Álvares de Azevedo, Machado de Assis, Olavo Bilac, etc, o 1° dessa leva foi "O Tronco do Ipê", romance de José de Alencar. Tinha que ler com um dicionário ao lado para entender o conteúdo.

    Na Bienal, fui várias vezes, sempre no Riocentro. Anos atrás descobri um site na Internet que possibilitava baixar os títulos em PDF. Li vários e ainda guardei alguns no computador. Por azar, troquei o telefone e perdi o acesso ao site.

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    1. O José de Alencar era "de lascar"; no ginásio tive que ler para trabalho e prova "O Guarani".
      Chatíssimo.

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    2. "A Ilha Perdida" foi um dos livros perdidos durante a mudança em 1989... Outro foi o "Escaravelho do Diabo", mas esse consegui recuperar depois.

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    3. Sobre livros "chatos", acho que nenhum supera "A Hora da Estrela". Esse, além do livro, tive que ver o filme também... Claro que não estou considerando "Guerra e Paz", que nem cheguei perto...

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    4. Ulysses, de James Joyce ...um a evitar a qualquer custo.

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  25. Gosto do Eduardo Bueno, mas alguns historiadores torcem o nariz pois ela não cita as fontes de histórias mirabolantes . Ruy Castro ótimo, mas tb omite algumas. O melhor dele Os Perigos do Imperador, a meu ver.

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  26. Candeias, 15:03h ==> eu gostaria de ir à Normandia ver o teatro de guerra que houve por lá. Tive um colega de trabalho que fez isso. Deve haver muitos restos de construções, casamatas e outros destroços. Provavelmente há também um museu na área. Embora eu tenha visto o filme "O Mais Longo dos Dias" e tenha lido mais de uma vez sobre o Dia D, com relação à Segunda Guerra Mundial ainda prefiro os combates contra os russos. E os da África do Norte não me atraem nem um pouco. A guerra contra os japoneses também não é minha preferida, embora tenha visto filmes, documentários e lido livros sobre ela.

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  27. Engraçado é que quando eu era escrivão do DOPS havia um grande armário junto à mesa do escrivão-chefe. Ia do chão até o teto e continha material apreendido em operações pretéritas e que estavam ali acauteladas. Mas parece que não havia muito controle sobre isso.

    Um dia resolvi dar uma olhada lá dentro. Entre outras coisas, vi dois volumes de um livro chamado "A Rússia na Guerra": um tinha capa verde e branco e o outro era vermelho e branco. Comentei com um colega do IBGE sobre isso e ele me perguntou se eu não poderia dar os livros a ele. Na época eu já me interessava pela guerra, mas não sei porque aqueles livros não me chamaram a atenção. Comentei com o escrivão-chefe e ele disse que nem sabia porque os livros estavam ali e me autorizou a levá-los. Fiz isso e entreguei-os ao tal colega, que ficou feliz. Isso por volta de 1974.

    Décadas depois, deparei-me com esses dois volumes, encadernados de outra maneira, não me lembro se em sebo ou se em outro lugar. Comprei ambos e os li de cabo a rabo. O autor é Alexander Werth. O volume 1 é o que tinha capa vermelha e branca e o 2 é o verde e branca. O total de páginas é 1098.

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  28. É para rir, mas dentro do tal armário havia exemplares do Guia Rex, cuja capa variava de cor e em alguns anos era vermelha e branca. Segundo o escrivão-chefe, o pessoal do DOPS invadia as casas e recolhia tudo quanto era livro de capa vermelha ou que tinha no título palavras ligadas ao comunismo. Por isso havia no armário os Guias Rex de capa vermelha e branca e também os tais dois livros sobre a guerra na Rússia.

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  29. Quanto ao Eduardo Bueno, acho ele bastante teatral e os vídeos que ele faz às vezes se tornam cansativos. Mas comprei há muitos anos três livros dele: "A Viagem da Descoberta", "Náufragos, Traficantes e Degredados" e "Capitães do Brasil". Todos os três muito bons, embora ainda prefira o primeiro deles.

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  30. Apesar de eu não ser fã de ficção, os livros que mais me prenderam a atenção foram alguns desse gênero, entre os quais: "Papillon", "Educação Siberiana", "O Exorcista", "Horror em Amityville". A primeira parte de "Zona Quente" também é assustadora, porém depois se torna modorrenta a leitura.

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  31. Entre os de não-ficção, os que mais me prenderam foram, entre outros, "No Coração do Mar", "Arquipélago GULAG", "A Sangue Frio", "O Grande Assalto à Brink's", "Carga Perigosa", "Caixa Preta". Estou excluindo os livros sobre guerra dessas relações.

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  32. Minha época mais profícua de leitura foi quando era sócio do Círculo do Livro. Não sei se ainda existe, se terminou é uma grande perda.

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    1. Bem lembrado. Eu também fui sócio. Mas sinceramente não me lembro quais livros de lá eu li. Acho que foi na década de 1970, não é? Também havia algo a respeito de teatro. Minha então namorada era sócia desse "algo" e ganhava mensalmente duas entradas (ou seriam quatro?) para peças teatrais. Nós aproveitávamos todas. Foi o único período da minha vida em que frequentei teatros. Depois o tal "algo" acabou e nunca mais fui a esse tipo de estabelecimento cultural.

      Entre as peças que vi, lembro de "Equus". No palco um personagem usava um tipo de máscara bem grande, metálica, como se fosse de arame, imitando a cabeça de um cavalo. As luzes dos refletores batiam na máscara e ela brilhava. Em determinado ponto da peça o ator ficava nu em pelo, e batia com os pés no tablado, como se fosse um cavalo batendo com as patas. Até hoje essa cena me impressiona.

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  33. Também li "Corações Sujos". Meu cunhado é casado com uma descendente de japoneses. Seus pais moram no interior de São Paulo. Quando comentei com ele sobre o livro, ele o comprou e leu. E como é cara-de-pau, resolveu tentar achar alguém que viveu aquele período. E acabou encontrando, na cidade de Bastos. Era um velhinho, naturalmente, e ficou conversando com ele na praça lá da cidade. Mas o assunto é tabu na comunidade japonesa.

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  34. O "Círculo do Livro" era muito bom. Nunca mais ouvi falar dele. Hoje em dia o que há em profusão são vários "Círculos do Vinho". Você paga uma mensalidade e recebe garrafas escolhidas pela empresa todo mês. Não participo, pois deve vir muito vinho ruim.

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  35. Meu irmão participou do Clube do Livro e eu encomendava através dele. De lá compramos Macunaíma, Irmãos Karamazov e outros.
    Meus pais trabalharam com encadernação de "fundo de quintal" e eu ajudava nas entregas de livros, muitos deles das coleções da Abril Cultural, vendidos em fascículos, mas tinha também os que queriam recuperar livros antigos. Me transformei em "traça" das muitas publicações que apareciam por lá e lia mais do que ajudava.
    Livros e revistas religiosas era de todo tipo de religião, parecia um local ecumênico. Católicos, Evangélicos, Testemunhas de Jeová, Espíritas, muitos do Alan Kardec e Chico Xavier.

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  36. Eu li poucos livros de autores russos clássicos. Assim de cabeça me lembro de ter lido "Crime e Castigo" e "Lolita". Mas já li outros livros de autores russos ou sobre o país. A saber:
    1) "Camaradas", de Brian Mayanan;
    2) "Dez Dias que Abalaram o Mundo", de John Reed,
    3) "História da Guerra Civil Russa", de Jean-Jacques Marie,
    4) "A Explosão da Rússia", de Alexander Litvinenko (que foi assassinado durante a redação do livro) e Yuri Felshtinsky;
    5) "Os Filhos da Rua Arbat", de Anatoli Ribakov;
    6) "Arquipélago GULAG", de Soljenitsin;
    7) "Educação Siberiana", de Nicolai Lilin.

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  37. Quanto a "Os Irmãos Karamázov", tenho dúvidas se li. Se o fiz, foi há várias décadas.

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  38. Uma coisa que me desagrada em certos livros de autores russos é o fato de eles tratarem a mesma pessoa de modos muito diferentes, confundindo o leitor, que fica sem saber se se trata de outro personagem ou é o mesmo. Exemplo fictício: uma hora tratam a pessoa como camarada Alexander Gurishev; outra hora como Alex; outra hora como Tolya, um diminutivo carinhoso de Alexander. E o leitor fica confuso.

    Katerina tem diminutivo Katiusha; Ivan tem Vânia e assim por diante. Aí você fica na dúvida: Ivan e Vânia são a mesma pessoa? Em português são seres de sexos opostos.

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  39. Por falar nisso, uma das maiores ratas que já dei na vida foi a seguinte: descobri por acaso um site no YouTube com vídeos feitos por turistas no Rio de Janeiro, na década de 1960 e 1970. A descrição dos vídeos, por escrito, era bem sucinta. Então me ofereci para descrever cada paisagem, citando o tempo no vídeo em que ela aparecia. O site era italiano, de alguém chamado Danielle. Redigi um email tratando a pessoa respeitosamente como "Signora Danielle".

    Dias depois chegou a resposta, com a aceitação do meu oferecimento e a foto da pessoa: era um homem. Eu não sabia onde enfiava a cara. Desculpei-me com ele, ocasião em que ele afirmou estar acostumado com isso, porque tanto em português quanto em francês Danielle é nome de mulher. Perguntei então como era o de mulher, em italiano, e ele disse que era Daniella. Aqui no Brasil tanto Danielle quanto Daniella são nomes de mulher.

    No final tudo ficou bem. Fiz as descrições e ele agradeceu muito.

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    1. Com Gabrielle e Michelle acontece o mesmo.

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    2. Sim, é só lembrar do nome de um piloto italiano da Fórmula 1 do passado: Michelle Alboretto.

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    3. Na F1 teve o também italiano Andrea de Cesaris.

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    4. Lembrei outro italiano da F1: Gabriele Tarquini.

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  40. Quando nasceu o filho de Caroline de Monaco, alguns locutores retificaram, ao dizer que era menino chamado Andrea, e disseram que era filha.

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    1. Pois é: Andrea Bocelli é homem. Aqui Andréia é mulher.

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  41. Trabalhei um bom tempo em multinacional japonesa e uma vez no planejamento de um evento que teria a participação até de homens e mulheres vindos do Japão, eu alertei ao organizador, um nissei, que os brasileiros eventualmente poderiam se confundir com os nomes de algumas mulheres, que terminam com letra "o".

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  42. Bom dia Saudosistas. Como tantos outros comentaristas, também fui sócio do Círculo do Livro, li diversos livros da Agatha Christie e dos principais escritores brasileiros durante o ginásio e científico.
    Preciso fazer uma arrumação nos armários e estantes aqui de casa, pois meu filho quando viajou, trouxe para cá todos os seus livros de Faculdade, livros de leitura, livros infantis dos meus netos, além de todas as suas tralhas e não satisfeito colocou tudo misturado.

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  43. Li que em russo Sasha é apelido/diminutivo de Alexandre e que Vania é apelido/diminutivo de João.
    E o significado do nome Andrea em grego é "homem".
    Nos italianos masculinos, Michelle = Miguel e Simone = Simão
    Vai entender porque no Brasil viraram nomes femininos ...

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  44. No Brasil se inventa tudo. Paola aqui no Brasil se pronuncia Paôla. Em italiano pronuncia-se "Paula" mesmo. Não exisste "Paôla". Como disse lá em cima Michelle, Gabrielle, Simone, são nomes masculinos na Itália.

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    1. A moçada acha mais sofisticado Paôô ..la do que uma simples Paula,
      As "Daienes" há muito já comprovaram a tendência ...

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  45. "Noites brancas" de Dostoièvski é uma pequena obra-prima.

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  46. Está na moda há muito tempo inventar letras a mais nos nomes. Ainda esses dias estive trocando mensagens com um Gabryell.

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  47. Este comentário foi removido pelo autor.

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  48. Mário, 12:54h ==> em grego, homem é "andras". Mulher é "yineka". Mas há o problema de diferença de alfabeto. O grego moderno tem três gêneros: masculino, feminino e neutro. Porém, ao contrário de alguns outros idiomas, é muito fácil reconhecer o gênero dos substantivos gregos. A regra é (vou usar o alfabeto nosso, mas atentando para o fato de que H em grego tem som de I, assim como o Y): palavras terminadas em OS, AS e HS são masculinas; terminadas em A e H são femininas; terminadas em O e I são neutras; terminadas em qualquer coisa diferente disso também são neutras, pois se trata de palavras importadas. Exemplo: kanapé; bar.

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  49. Isso vale para o nominativo (caso do sujeito), porque o grego tem declinação para 4 casos: nominativo, genitivo, acusativo e dativo. E a terminação das palavras muda de acordo com isso. Portanto, se o substantivo não estiver no caso nominativo, as regras que citei podem não se aplicar.

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    1. Obrigado pela explicação, Helio.
      Em tempo: o grego, mesmo muito modificado, continua existindo como língua viva na Grécia e em Chipre e o latim morreu depois de dar origem às línguas neolatinas.
      Achei interessante o exemplo abaixo:
      Do latim AQVA, originou-se:
      água − português
      auga − galego
      agua − castelhano
      aigua − catalão
      aiga − occitano
      eau (ou melhor, /o/) − francês
      acqua − italiano
      jacqua − dálmata
      apă − romeno

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  50. O mais difícil no grego, a meu ver, são os verbos. Além de conjugarem, como em português, eles têm mais tempos do que nosso idioma. Aí fica difícil fazer correspondência entre o grego e o português. Além disso, tem uma coisa muito estranha: os verbos não tem terminação de infinitivo. Assim, eles são designados pela sua forma na primeira pessoa do presente. Exemplificando: se em português temos o verbo COMER (verbo no infinitivo), em grego falamos FAO (cuja tradução não é COMER e sim EU COMO).

    O infinitivo deles é uma construção, e não uma terminação verbal, com o uso da partícula "NA". Exemplo: "Quero comer" fica "THÉLO NA FAO". E mais estranho: quando você conjuga essa construção, ambos os verbos são conjugados junto. Seria como em português falarmos: Quero comer / queres comeres / quer comer/ queremos comermos / quereis comerdes / querem comerem.

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  51. Tentei ser autodidata em grego moderno, mas em vão. É muito difícil sem um professor que explique principalmente a complexidade verbal daquele idioma. Ainda assim, consegui captar alguma coisa do grego moderno (chamado de DHMOTIKH (lembram da pronúncia do H?). Existe ainda o grego KATHAREVOUSA, mais aproximado ao grego clássico, e que é usado nas correspondências e documentos oficiais e em alguns periódicos e livros mais sofisticados. Tem algumas diferenças no alfabeto, com sinais gráficos inexistentes no grego moderno, e tem mais casos além dos 4 que citei. Tem diferenças nos tempos e nas terminações verbais, também.

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  52. Ao que parece, nas universidades em que se aprende grego não é o demótico que é ensinado. Ou é o KATHAREVOUSA ou o clássico. Até a pronúncia de certas letras é diferente. Por exemplo: falamos ALFA, BETA. Mas no grego moderno é ALFA, VHTA. Falamos ETA, ZETA, TETA, mas a pronúncia atual é HTA, ZHTA, THHTA, onde o TH é pronunciado como na palavra inglesa THICK.

    Não existe a letra U, o som dela é representado pelo conjunto OY. A letra B tem som de V. O som de B é gerado pelo conjunto MP. O conjunto NT tem som de D, que por sua vez é ligeiramente diferente do som gerado pela letra DELTA.

    Enfim, é muito legal, porém difícil.

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  53. Dentro do tronco linguístico indo-europeu, em que os idiomas são representados como folhas em uma grande árvore, distribuídos em galhos de espessura diferente, o grego é uma folha num galho isolado. Isso significa que não existe nenhum idioma aparentado a ele.

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  54. Quando os idiomas são muito próximos, são folhas num mesmo raminho fino, como acontece com o português, o galego, o espanhol. O francês, o italiano, o romeno, não estão no mesmo raminho do português e sim num outro ramo, porém todos eles ligados a um mesmo galho. Quanto mais afastados em galhos cada vez mais grossos, tanto mais distantes são os idiomas. Por incrível que pareça, até idiomas indianos fazem parte do mesmo tronco.

    Dentro da Europa, só não fazem parte desse tronco o estoniano, o finlandês, o húngaro, o turco e o basco. Sendo que ninguém sabe a origem do basco, que também não tem correspondência em nenhuma outra parte do mundo. Alguns dizem que é um idioma muitíssimo antigo.

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  55. A diferença entre o grego e o basco, ambos sem correspondência, é que o grego ainda assim faz parte de um tronco linguístico bem grande. Já o basco nem isso tem. É como uma folha sem tronco.

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  56. Helio,
    Como curiosidade, li (já não me lembro onde) que o Novo Testamento foi escrito em grego e que a tradução latina da Bíblia tornou-se a versão oficial.
    Em tempo: desisti de aprender grego, não vou mais poder ler Homero no original ...rsr

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  57. O Helio é um πολυμαθής ("polymathós").

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  58. Apenas para esclarecer melhor: ANDRAS é homem, ser do sexo masculino (em extinção atualmente); ANTHROPOS é homem no sentido de ser humano, independente de sexo. Daí derivaram andróide, antropologia, etc. Será que deveria também ser criada a palavra ginecóide, no caso do robô ter a forma de mulher? kkkk

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  59. Πρέπει να έχει χρησιμοποιήσει το Google Translate, την επιλογή Πορτογαλικά προς Ελληνικά.
    Έγραψε στον πορτογαλικό πίνακα "erudito" και πήρε πολυμαθής, μετά το έκανε αντιγραφή και επικόλληση στο blog.
    Ας περιμένουμε όμως να απαντήσει.

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    1. Helio, copie e cole o texto acima no Google Tradutor, opção Grego => Português.

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    2. Notou o Πρέπει να έχει ("deve ter"), o infinitivo do verbo "ter" conjugando simultaneamente com o verbo "dever", já que a partícula "na" indica o uso do infinitivo? Não estranhe porque a letra "v" é a forma minúscula da letra N. Assim como o "u" é o minúsculo do Y. Não existe letra U em grego.

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    3. Ah, beleza. Nunca havia tentado usar esse macete de copiar direto do Google Tradutor em outro alfabeto. Pensei que fosse dar erro ou houvesse transliteração para nosso alfabeto. Bom saber disso. Vou deitar e rolar..... kkkkk

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    4. é só escolher a língua ...

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  60. O alemão e o inglês têm muita coisa em comum linguisticamente falando.

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    1. Ambos são de origem germânica, porém o inglês sofreu muita influência do francês, daí ter um vocabulário muito extenso. Certas palavras têm equivalente de origem germânica e francesa. Por exemplo: give up = quit, que vem do verbo francês "quitter". As pessoas mais cultas usam com mais frequência termos de origem francesa; as mais humildes desconhecem tais termos e/ou dão preferência aos de origem germânica.

      No período em que a Inglaterra esteve sob o domínio da nobreza francesa, palavras ligadas a Justiça, a administração, a culinária, etc, foram incorporadas ao inglês através de seu equivalente em francês. Na culinária, por exemplo, o porco enquanto animal é "pig", mas enquanto iguaria é "pork".

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  61. Fora de foco:
    Para quem gosta de westerns recomendo a série documental "Wyatt Earp and The Cowboy War" na Netflix.
    Só 6 episódios curtos, muito bem feito, história bem contada.

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    1. Mário, estou vendo. É um boa série, aborda a questão do famoso duelo do OK Corral de uma forma interessante e diferente, faz boas ligações históricas, mas talvez um pouco exageradas e pouco fundamentadas. Mas vale ver.

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  62. Ricardo Galeno, muito difícil fazer um top 10. Vou lhe mandar um arquivo em Word com a maioria deles.

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  63. Caramba, fiz um levantamento rápido nesta postagem: até agora 93 comentários, sendo que eu fiz 33, o Mário 21 e o Augusto 10. Nós três somados fizemos 64 comentários dos 93, ou seja, dois terços deles. É, nós três "falamos" mais do que pobre na chuva.

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  64. Eu fiz 11, mais que o Augusto...12 com este...

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    1. É, você está muito loquaz hoje. Fugiu do seu habitual.

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  65. Tenho um grande amigo que diz que eu dou bom dia a poste e troco uma ideia com estátua.
    Daí...
    22 com este.🙂

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    1. Tem um ditado que eu corro risco de se aplicar a mim: "Quem fala muito dá bom-dia a cavalo".

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  66. Eu pessoalmente sou taciturno, macambúzio, quieto. Mas se me deixarem escrever...... não sei como ainda não peguei uma tenossinovite.

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  67. Considerando postagem de "dois dias", onze comentários (com este) não está exagerado.

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  68. ao ler "O grande amigo de Winnetou era o "Mão de Ferro" (um herói alemão que era invencível)" não posso deixar de pensar que alemão é sempre alemão. uma "mão de ferro" aqui, outra "mão de ferro" ali e deixam passar o saudosismo por um passado sangrento. vade retro!

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