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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

PENSÃO SUISSA / HOTEL SUIÇO / PRAÇA CABRAL


FOTO 1: Postal colorizado de uma foto de Malta ou de A. Ribeiro, da coleção de meu amigo Klerman W. Lopes. A Praça Cabral, na Glória, com a estátua de Pedro Álvares Cabral, obra de Rodolfo Bernardelli, no seu primitivo local. Ao fundo, contra o maciço vegetal, a “Pensão Suissa”, depois “Hotel Suíço”, originariamente residência familiar, na esquina da Rua Cândido Mendes, ex-Dona Luíza. 

A "Pensão Suissa" é da primeira década do século XX, tinha 60 apartamentos, banheiros com água quente e um salão de jantar. Em 1917 mudou o nome para "Hotel Suíço" por ordem da Prefeitura. 

Na casa anexa funcionou, no final do século XIX, o "Clube Beethoven", do qual fez parte Machado de Assis, em que tinha lugar concertos de música erudita e também reuniões sociais, casa essa transformada em pensão antes de ser incorporada pelo Hotel Suíço, como anexo.

O “Clube Beethoven” foi fundado por Kinsman Benjamin, em 1882, sendo que ali muito se fez pela música. Foi fechado em 1889. O objetivo do clube era cultivar o gosto do público pela música de câmera e sinfônica. Inicialmente era exclusivamente para homens. Além de numerosos concertos que tiveram até a presença de Suas Majestades e Altezas Imperiais e alcançaram grande sucesso. Machado de Assis foi um dos diretores e tinha uma cadeira fixa na sala de concertos, vizinha à do Visconde de Taunay. No frontispício do prédio, no alto, havia um medalhão com a esfígie do compositor, esculpido pelo artista Rodolfo Barnadelli.

Não há mais vestígio de nada disso, inclusive do prédio que, um pouco à esquerda, abrigava o externato Sacré-Coeur de Jésus. Os tílburis conviviam com bondes a tração elétrica. Os jardins denotavam a marca do estilo Grandjean de Montigny. À direita o antigo cais da Lapa e obras do aterro para a Avenida Beira-Mar.

A “Pensão Suissa” ainda na primeira metade do século XX virou o Hotel Suíço, na Rua da Glória, esquina de Candido Mendes, antiga D. Luiza. Ao lado desse edifício, como seu anexo se encontra, bem ao fundo, um pavilhão onde funcionou o “Clube Beethoven”, em cujo frontispício, no alto, há um medalhão esculpido pelo artista Rodolfo Barnadelli.

O “Clube Beethoven” foi fundado por Kinsman Benjamin, em 1882, sendo que ali muito se fez pela música. Foi fechado em 1889. O objetivo do clube era cultivar o gosto do público pela música de câmara e sinfônica. Inicialmente era exclusivamente para homens. 


FOTO 2: Defronte ao monumento a Pedro Álvares Cabral e ao prédio da "Pensão Suissa" situa-se um antigo muro datado do século XVIII, que recebeu em 1905 uma balaustrada em granito removida da Praça Tiradentes pelo Prefeito Pereira Passos. Na mesma ocasião, ele implantou o primeiro relógio elétrico do Rio de Janeiro, situado no final da balaustrada.



FOTO 3: O prezado José Alberto C. Maia (um dos grandes pesquisadores do Rio Antigo e a quem o “Saudades do Rio” agradece) fez uma pesquisa aprofundada sobre a “Pensão Suissa/Hotel Suiço”, que vem parcialmente descrita a seguir.

Em 18 de junho de 1959, o jornal Correio da Manhã noticiava: "Hotel Suíço: Pedaço do Rio Antigo que vai desaparecer"

No corpo da matéria, Luiz Edmundo, relatava:

"Vão demolir o Hotel Suíço e assim desaparecerá um pedaço do Rio dos saraus, dos homens de chapéu de côco e das damas de vestido de filó.

O prédio onde funciona o Hotel Suíço é dos mais antigos do Rio. Não me recordo bem da sua história, mas estou bem certo que por seus salões desfilaram as mais ilustres personalidades do passado e aqueles cômodos hospedaram famílias tradicionais."

Segundo a reportagem o hotel ao longo de sua vida recebeu inúmeros artistas de renome como Caruso, Tita Rufo, Clara Bow e escritores como Humberto de Campos e Xavier Marques, além de políticos da Velha e da Nova República. Famílias inteiras se hospedaram ali, como a família de Ruy Barbosa. A derrubada de tão significativa edificação, ainda tão viva na memória dos antigos moradores da Glória, está bem definida e clara, será de Dezembro de 1959 até Fevereiro de 1960."


FOTO 4: Vemos alunas do Colégio Sacré-Coeur de Jésus próximas ao famoso e belíssimo relógio do bairro da Glória, quando se preparavam para tomar o bonde. O colégio funcionava em prédio ao lado da “Pensão Suissa”, depois “Hotel Suíço”, com os alunos do Externato. Durante certo tempo havia um bonde especial que levava alunas do Sacré-Coeur para o Internato, no Alto da Boa Vista, mas não sei se a partida era desta "ilha" na Glória ou se era do Centro.

Nos anos 50 o Prefeito Mendes de Morais mandou retirar aquela "ilha" de embarque em bondes da Cia. Jardim Botânico, perto do relógio da Glória. Então, para tomar-se bonde para a cidade ou se ía até à Rua do Catete, defronte da Santo Amaro, ou se era obrigado a ir até ao Largo Paula Cândido.

O Colégio Sacré-Coeur de Jésus no Rio de Janeiro teve sua origem no colégio criado no início do século XIX em Amiens, na França. 

O objetivo do colégio era "transformar meninas em damas com forte capacidade reflexiva", baseado nos princípios da religião católica e com grande influência francesa (todas que ali fizeram todo o curso saíam falando fluentemente o francês, língua estrangeira que dominou o Rio até meados do século XX). O externato do Sacré-Coeur de Jésus se mudou por volta de 1930 para o Morro da Graça, perto da Rua das Laranjeiras. 

FOTO 5: Uma imagem de meados do século XX com o "Hotel Suíço". A inauguração do relógio da Glória, um "Krussman" de quatro mostradores, tem uma história interessante:

Conta Dunlop que, como não havia eletricidade no bairro ainda, quando o relógio foi instalado no início do século XX, a Prefeitura apelou para a Cia. Ferro Carris do Jardim Botânico. Entretanto, a Companhia verificou que todo o dispositivo do relógio foi estabelecido de maneira a receber subterraneamente a corrente, o que diferia do modo pelo qual a eletricidade chegava aos bondes. 

Querendo colaborar com a Prefeitura, mas resguardando seus interesses, mandou a seguinte comunicação: 

"Para não atrapalhar a inauguração a Empresa fará uma exceção, em caráter provisório, uma vez que fique estabelecido que se houver algum transtorno na nossa linha, resultante da derivação subterrânea de energia elétrica para aquele ponto, reserva-se a Companhia o direito de desligar a corrente, avisando-vos, oportunamente, para que vos digneis providenciar a fim de que seja feita de outra qualquer maneira a iluminação do referido relógio.”

FOTO 6: Na "Pensão Suissa" moravam famílias, profissionais diversos, visitantes da cidade. Este anúncio de uma professora de inglês saiu no "Correio da Manhã".


FOTO 7: Anúncio publicado no "Correio da Manhã" em 1959. Prédio extremamente bem localizado, perto do Centro, apartamentos de dois quartos, dependências de serviço completas, vaga na garagem, em 80 prestações a preço fixo.

COMPLEMENTO: Em 1896, após o fechamento do "Clube Beethoven" por dívidas, Machado de Assis, nas páginas de “A Semana”, de 18 de julho, escreveu:

"Mas tudo acaba, e o Clube Beethoven, como outras instituições idênticas, acabou. A decadência e a dissolução puseram termo aos longos dias de delícias".

Após a devolução o prédio foi alugado para Silvestre Campos que aproveitando o nome do clube e a esfígie de Beethoven inaugurou a "Pensão Beethoven", que hospedou por um tempo, após o término de seu mandato, o ex-presidente Prudente de Moraes.

Silvestre aproveitou o pavilhão musical construído ao fundo e o transformou em restaurante aberto ao público.

No mesmo ano de 1897, Urbano alugou o sobrado da esquina da ´Rua de Dona Luisa para a suíça Bertha F. David que ali fundou a Pensão Suissa.

Em 1909, Bertha comprou a Pensão Beethoven que funcionou ainda bastante tempo com esse nome, pois era bem conhecido.

Posteriormente em 1915 ela uniu as duas e manteve o nome de “Pensão Suissa”. Por determinação da Prefeitura, Bertha em 1917 alterou o nome para “Hotel Suíço”.

Em 1922, já sob a administração de Carlos Peixoto, com projeto e supervisão dos engenheiros Rodolfo de Souza Dantas e Arthur Montresor, iniciou-se a ligação física entre os dois sobrados e a criação de um quarto piso, obra terminada em 1926, pois não houve paralisação das atividades do hotel.

Foram mantidos alguns acabamentos originais dos sobrados como escadas em mármore, vitrais franceses, azulejos e louças francesas, colunas em ferro e estátuas.

A partir de meados dos anos 40 o hotel começou a declinar tanto em termos de sua manutenção quanto no nível dos hóspedes que o buscavam até que em junho de 1959, foi anunciada a venda do imóvel, quando o hotel possuía apenas um hóspede.

Sua demolição ocorreu entre Dezembro de 1959 e Fevereiro de 1960. O Jornal do Brasil anunciava nos primeiros dias de fevereiro, a venda de objetos oriundos da demolição iniciada.

Quando foi vendido para a Construtora Camizão, o prédio pertencia à Equitativa do Brasil e sua venda feita de modo irregular foi motivo de inquérito criminal envolvendo toda a diretoria da empresa, que nessa época pertencia à União.

Hoje no local existe o edifício “Parque da Glória”.

49 comentários:

  1. NOTA: A política partidária atualmente está em um nível muito baixo, haja vista o ocorrido ontem no debate em São Paulo. Por este motivo comentários sobre o ocorrido não serão aceitos na postagem.
    Peço a colaboração de todos neste sentido.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Estive no máximo três vezes na Glória, quando fui a exposições no local onde colocaram o "cabeção" do GV.

    Ficarei acompanhando os comentários.

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  3. Uma segunda-feira de aula magna. Da Pensão Suissa ao Clube Beethoven, do relógio da Glória ao Sacré-Coeur. Muitas novidades sobre esta região que poderia ser uma das melhores do Rio para se morar. Praça Paris, Aterro, centro da cidade, tudo perto.

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  4. O SDR sempre detalhando minúcias do cotidiano do passado da cidade, um "dia a dia" tranquilo e cuja rotina não existe mais. A quantidade de "pensões" existentes no passado ressalta um tipo habitação inexistente nos dias atuais e que abrigava famílias inteiras, casais, ou mesmo indivíduos solitários que não dispunham de meios suficientes para alugar uma casa ou apartamento. Era uma faixa de público que se situava entre a classe média e a classe mais baixa, já que essa última habitava cortiços ou "casas de cômodos". Uma dessas pensões e seu cotidiano, a "Pensão Palácio", e que supostamente ficava no Catete, foi retratada na novela Selva de Pedra, de 1972.

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  5. A decadência do bairro da Glória se deve a inúmeros fatores, pois a precariedade dos imóveis e a proximidade do centro da cidade, atraiu um público composto prioritariamente de pessoas de baixa renda, principalmente autônomos, camelôs, empregados de restaurante, empregadas domésticas, etc. A proximidade com a Lapa e de ruas como as Ruas Taylor, Augusto Severo, e Joaquim Silva, trouxe para a Glória um público bastante "polêmico".

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  6. Bom dia.
    Como já comentei aqui, na década de 30, durante pelo menos 2 anos, meus avós paternos com meu pai (o caçula) e seu irmão e sua irmã, moraram no Hotel Suiço antes de se mudarem para Copacabana.

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  7. A Praça Cabral ainda tem este nome atualmente?
    Aqueles prédios que aparecem na foto 1 acima do morro ficam em que lugar?

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  8. Fora de Foco
    Eu e minha mulher chegamos a Búzios ontem à tarde e ficaremos até quinta-feira para comemorarmos nossos 38 anos de casados (dia 17) no mesmo lugar onde tivemos uma (apressada por razões de trabalho) lua de mel.
    Sei que não é novidade mas impressiona a quantidade de argentinos, em nossa pousada só se houve castelhano e no restaurante onde jantamos ontem também.
    Agora estamos na praia em Ferradura cercados pelos hermanos.
    Vem cá, a economia Argentina não tinha ido para o brejo e a classe média empobrecido muito ?
    Não parece ...

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    1. Cabo Frio, Búzios, e cercanias, sempre teve uma presença forte de argentinos. O "empobrecimento" do povo argentino é muito relativo. Ainda que haja uma "crise endêmica", sua situação ainda é bem melhor que a do povo brasileiro. É uma outra realidade. No Brasil a miséria infinitamente maior, bem como a educação da população é infinitamente menor do que na Argentina.

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    2. Mário, parabens por tantos anos de casamento.
      Quanto aos argentinos, tenho amigos de classe média que moram em Buenos Aires e que contam que a vida está muito difícil. Agora, a classe alta nunca é incomodada em lugar nenhum.

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    3. Obrigado, Luiz.
      (é verdade, a classe média sobe e desce, a alta é sempre alta ...)

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    4. Quem pode está fugindo do país. No final do ano espera-se uma "invasão" hermana no GP da F1.

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  9. As pessoas que não conheciam o idioma de Victor Hugo pronunciavam Sacre-Coeur como "sacrécré".

    Vou à feira-livre agora. Mais tarde comentarei alguma coisa. Mas essa parte da cidade não me é muito conhecida. Só de passagem e mesmo assim raramente. Mas sempre se pode escrever alguma coisa.

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    1. Por falar em feira, cheguei há pouco da feira da Grão-Pará. Enquanto aguardava minha mãe, bebi um caldo de cana, comi um pastel, fiquei observando os passantes, e pude refletir sobre o quanto Deus foi "generoso" quando povoou o Brasil", principalmente em algumas regiões. Uma "ode" a Charles Darwin"...

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  10. Excelente pesquisa.
    Minha avó estudou em um internato e, mesmo não sendo o Sacré-Coeur, fico imaginando que em dia de saídas seria igual àquelas meninas na foto, que talvez estivessem num sistema de semi-internato.

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  11. Será que ainda há colégio internos hoje no Rio ?
    Em termos de Brasil, um famoso era o Caraça de Minas Gerais
    Com fama de muito rigido, havia uma "ameaça" que dizia: "comporte-se bem ou vai interno para o Caraça."

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    1. Até pode existir, mas não nos moldes antigos. Algum colégio particular que tenha alunos vindos de outros estados e que usem dormitórios (supondo que não morem em domicílios da família). Se for o caso...

      Algumas universidades ainda têm alojamentos para estudantes de outros lugares, mas a dinâmica é bem diferente.

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  12. Para a geração do meu pai morar em pensão era bem comum, os custos eram bem menores que hoje em dia, mas os serviços bem mais simples, banheiros coletivos, no quarto uma jarra com água para lavar o rosto numa bacia pequena e a moringa com água para beber. Refeições de cardápio simples e repetitivo.
    O falecido marido de uma das minhas tias era capixaba e não comia macarrão de tanto que serviam macarronada na pensão onde passou um bom tempo antes de casar.
    Os que moravam em hotel, imagino eu, tinham mais recursos financeiros do que os de pensão.
    Alguém contou um caso de pessoal que dormia em corredores de hotel na Lapa, com braços apoiados em corda que passava pelas costas, posição tipo "Jesus na cruz", porém sentado em cadeira. Diziam que era uma solução para quem perdeu o último bonde e tinha muito pouco dinheiro e não queria arriscar dormir na rua.
    Tinham que chegar bem tarde no hotel e sair antes do dia amanhecer para evitar possível fiscalização.

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  13. Minha avó paterna quando veio de Portugal em 1919 foi aluna do "Asyllo Isabel" na Rua Mariz e Barros. Ao contrário de que muitos pensam o Asyllo Isabel não era voltado para moças carentes ou desvalidas, pois era uma instituição privada de ensino. Lá as meninas aprendiam português, francês, e latim, geografia, História, e também a costurar, bordar, recitar, declamar, bem como os mistérios necessários para uma boa educação feminina. Não tenho idéia de quanto custou essa educação, mas meu bisavô tinha "algumas posses".

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  14. Com as devidas vênias, sugiro ao Luiz que faça uma correção no texto no sétimo parágrafo: ao invés de música de câmera, o correto é "música de câmara".

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  15. Aula rica sobre região hj pobre. Toda uma geração que morava nas redondezas envelheceu/empobreceu/morreu. Breve Copacabana passará por essa mudança de ciclo. Símbolo de uma época

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  16. Mário, 12:02h ==> já visitei o Caraça em duas ocasiões distintas. Muito legal, embora um incêndio tenha destruído parte das instalações, não sei quando. Aquelas cidades históricas da região relativamente próxima a BH já foi visitada por mim várias vezes: Sabará, Santa Bárbara, Barão de Cocais, Caeté, Catas Altas, Santa Luzia, Lagoa Santa. Gosto muito de cidades históricas. Gastaria bom tempo se tivesse de relacionar todas as que visitei, em SP, MG, ES e BA. Também já passei de passagem por algumas de AL e PE.

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    1. Uma coisa que me falta e agora como diz meu neto mais velho "já era, vovô" é conhecer um pouco mais nosso país.
      Por diversas circunstâncias e também por falta de outras tantas, viajei pouco pelo Brasil.
      "Mandou" muito bem, Helio.

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  17. Joel, 12:52h ==> também estive na feira hoje pela manhã, ou mais precisamente por volta do meio-dia. Quem sabe estivemos lá ao mesmo tempo.

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  18. Daqui a pouco o SdR vai fotografar os predinhos da cidade. Todos indo abaixo. Mozakização a pleno vapor. Quem sãos os investidores ? A meu ver a classe AA compra o terreno e constrói e os compradores são da classe C, que tem salário baixo, mas estabilidade, casal ganhando R$ 20.000,00 , 1 filho em escola barata ou publica, transporte publico, plano de saúde da empresa. Aí sobra salário no fim do mês, ao contrário da classe média, em que sobra mês no fim do salário.

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    1. Classe C com salário de 20 mil reais? Então sou classe Z-.

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    2. O brasileiro médio exagera quando se queixa a vida. A maioria vive razoavelmente bem. Os bares estão sempre cheios, o consumo de cerveja é alto, os estádios de futebol e academias de ginástica vivem lotados, as ruas estão repletas de carros, e os boletos de cartão de crédito tem valores elevados, o que significa que o consumo está em alta. É muita gente chorando miséria.

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    3. Segundo classificação do IBGE
      Classe A - Renda familiar superior a 20 salários mínimos.
      Classe B - Renda familiar entre 10 a 20 salários mínimos.
      Classe C - Renda familiar entre 04 a 10 salários mínimos.
      Classe D - Renda familiar entre 02 a 04 salários mínimos.
      Classe E - Renda familiar inferior 02 salários mínimos.

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    4. ok. então 1.as Classe A e B estão comprando micro apartamentos na zona sul. Reconsidero minha opinião.
      2. a classe AAAAA é a que anda por aí lotando restaurantes, com carros SUV estalando de novos, blindados e viajando para o exterior
      3. O Mario Gomes é classe D
      4. Vamos reconstruir mais Hotéis Suiços

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    5. GMA só se for para morar, como investimento é um péssimo negócio. Hoje os aluguéis de imóveis não chegam a 1% do valor de venda, quando muito chegam a 0,8% dependendo da localização. Se contar que o período que o imóvel fica desalugado e o proprietário, tem que pagar o condomínio, mais os custos de luz e gás, este rendimento cai mais ainda. Isso estou falando para imóveis novos, antigos esta margem é menor ainda.

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  19. Mário, 11:14h ==> 38 anos de casado não é para qualquer um. Acho que atualmente a média deve ser 2 anos. Quando casam. O mais normal é o homem fazer filho e se mandar. Afinal, para quê responsabilidade?

    Minha enteada mais velha teve um tremendo azar: casamento marcado, sítio reservado, convites distribuídos, padrinhos avisados, os mais importantes na cerimônia já com roupas compradas ou alugadas, hotel nas imediações já pesquisado, etc, etc.

    Duas semanas antes do casamento, lockdown por causa da COVID. Tudo cancelado. Tremendo prejuízo. Algumas das firmas contratadas para serviço de alimentação, bebidas, etc, mantiveram o crédito. Outras, não. Minha esposa até hoje está com o vestido e os sapatos comprados guardados dentro do armário. A minha enteada casadoira não conseguiu reembolso do vestido de noiva.

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    1. PQP !
      Está situação foi bastante comum na pandemia, prejuízo emocional e financeiro.

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  20. Meu primeiro casamento durou 19 anos e 8 meses, contagem até eu sair de casa e não quanto à data do divórcio. Meu segundo já tem 18 anos e 10 meses, mas já moramos juntos há 25 anos e 3 meses. Aliás, completa hoje este tempo. Fomos morar juntos em 16 de junho de 1999.

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    1. Já fez bodas de prata no segundo e quase 20 anos no primeiro não é nada desprezível ...

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    2. Verdade. Sou muito tranquilo, fácil de lidar. Não brigo, não discuto. No máximo fico de mal durante algumas horas ou um dia. Isso era mais comum com a ex. A atual é tão fácil de lidar como eu.

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  21. Também tenho 38 a de casado, com a mesma..

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    1. Parabéns, sabemos todos que não é simples, muita coisa precisa ser superada.

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    2. Agora que parei para calcular, também fiz 38 anos de casado, mas em junho. Somos três.
      Foi um efeito Plano Cruzado?

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    3. Estou desconfiado que vocês se casaram no mesmo dia.

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    4. Bem lembrado pelo Paulo Roberto: Plano Cruzado, tudo barateou, inclusive as cerimônias de casamento. Aí foi uma correria só. kkkkk

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    5. O caso engraçado foi que em fevereiro daquele ano o meu então futuro sogro falou que perdia tempo com meus planejamentos financeiros para a vida de casado, porque a inflação deixaria inúteis as minhas contas.
      Em pouco mais de uma semana veio o anúncio do congelamento. Mas confesso que não imaginava tanto.

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  22. Anunciaram, mais uma vez, o tal "retrofit" do prédio popularmente conhecido como Edifício A Noite.
    Vamos ver se não é mais um factóide, coisa comum nessa época.
    Olhei na hemeroteca os arquivos do próprio jornal que deu esse nome à construção. A data oficial da inauguração é 07/09/1929, ou seja, fez 95 anos. Foi um orgulho para a cidade ter o maior arranha-céu da América Latina naquele momento.
    Pena que a foto do edifício em construção não seja muito nítida, daria uma ótima postagem, assim como boa parte do noticiário envolvendo o assunto.

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  23. Paulo e Helio 18:15
    Conheci minha mulher no primeiro dia do ano de 1986, fomos morar juntos no dia 19 de abril (aniversário dela) e casamos no dia 17 de setembro.
    Tinha tudo para dar errado ... mas, 38 anos e contando.

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    1. Caramba! E eu que achava que o meu casamento depois de 1 ano e meio de namoro tinha sido rápido.

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    2. 17 de setembro de 1986 foi um dia de semana - quarta-feira- porque como marcamos "em cima da hora" nenhuma igreja das que queríamos tinha mais data livre em sábados de setembro/outubro.

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  24. Minha filha casou exatos 30 anos depois, 17 de setembro de 2016 e na mesma Igreja (Nossa Senhora do Bonsucesso)

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    1. Nesse caso a escolha da data (que calhou ser sábado, o meu foi dia de semana) e da Igreja tiveram um empurrãzinho dos pais ...)

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