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domingo, 14 de janeiro de 2018

DOMINGO EM COPACABANA

 
Neste domingo temos esta belíssima fotografia de Geneviève Naylor do trecho da Avenida Atlântica junto ao hotel Copacabana Palace.
 
A foto é do início dos anos 40 e a colorização é do mestre Reinaldo Elias.
 
Na calçada da praia um grupo de banhistas desfruta da tranquilidade daqueles tempos, enquanto um belo Packard trafega em direção ao Posto 6. Será que discutiam as notícias da Grande Guerra, lidas no "Correio da Manhã"? Ou trocavam ideias se iriam assistir o faroeste "Kit Carson" ou à peça "O inimigo das mulheres", no Theatro Serrador, com Bibi e Procópio Ferreira? 
 
Notar os tamancos usados por parte do grupo e a solitária hóspede na varanda do 3º andar do hotel.
 
Para terminar o domingo combinavam ir ao "Chez Julien", na Rua Bolívar nº 28, cujo anúncio dizia ser "Montmartre em Copacabana"...
 
 

13 comentários:

  1. Mesmo sem as modernidades tecnológicas, sem os avanços da Medicina e por aí vai, viver no Rio dos anos 40 e 50 deve ter sido maravilhoso. Pouca gente, boa música, cidade tranquila.
    A colorização está espetacular e valoriza a foto da Genevieve Naylor.
    Impressionante a longevidade da Bibi Ferreira, ainda na ativa mais de 75 anos depois.

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  2. É verdade comentarista Plínio. Viver naquele tempo era melhor. Era tudo mais honesto, principalmente as pessoas.

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  3. Belíssima colorização sem dúvida,essa foto espelha bem o que o Plinio disse.
    Quem viveu essa época é um privilegiado.
    Vou preparar o risoto de atum.
    Como diz a canção ¨Nada será como antes¨

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  4. Por sinal o Copacabana Palace e a Bibi Ferreira devem ter a mesma idade.
    Consta que a citada solitária do 3°. andar seria a sumida Tya. Aliás ela não perdia uma peça teatral da citada atriz, sua colega de infância.

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  5.   Excelente colorização!

    Bom domingo a todos.

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  6. Mas não esqueçamos: isso aí era um Brasil de poucos; muito poucos...

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  7. Moradores pobres de subúrbio, no final dos anos 40, muitas vezes arriscávamos um passeio até a Zona Sul, pegando um ônibus !White da linha 71 ou um Aclo da linha 126. Passar por Copacabana era entrar em outra realidade... Quase um outro país! Tudo era mais claro, mais limpo e cheiroso...

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    1. Mestre Jaime, concordo que era mesmo um outro país, "claro, limpo, e cheiroso". Hoje em dia parece que as coisas quase se inverteram, pois o local "não é mais tão claro, limpo, e cheiroso". Muito pelo contrário...

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    2. Prof. Jaime, queiram ou não os detratores, guardadas as diferenças de época, aqui em Copa é uma outra realidade. Em que lugar do Rio alguém pode sair de madrugada para passear com seu cão sem ser incomodado? Eu faço isso regularmente. Em que lugar do Rio alguém pode pedir uma refeição a qualquer hora e ser atendido, além de outros serviços? E não falo de pizzas. Em que lugar da cidade você conversa com turistas nacionais e estrangeiros sobre assuntos variados? E outro dia, conversando com um veterano dono de boate da Av. Princesa Isabel, lembramos dos velhos tempos e a única queixa foi a ausência de clientes de outros bairros que não vêm à zona sul com receio de ser apanhado na Lei Seca. Hoje a maioria é de turistas. E o Wagner Bahia está coberto de razão em seu comentário. Naqueles tempos o Rio era uma aldeia e segundo o diretor e produtor, o saudoso Carlos Manga, todos se conheciam. Em termos, claro. O resto é pura nostalgia.

      E falando em Bibi Ferreira aqui vai um "causo". Fui muito amigo de um sujeito que foi contratado nos anos sessenta para ser motorista dessa atriz. Segundo esse amigo a Bibi tinha o comportamento de uma diva e era cheia de chiliques. Para complicar seu carro era, nada mais, nada menos, que um Karman Guia. E o pior, ela cismava de oferecer carona para as pessoas. Dá para imaginar a situação. Certa vez ela quis levar duas pessoas na parte detrás onde, sabe-se, mal cabe uma. Pois o meu amigo se irritou e na hora de sair disse que ia comprar cigarros e se mandou. Deixou a Bibi e convidados esperando no carro que estava na calçada e foi embora para a terra dele, a cidade de Canoinhas, em Santa Catarina. Só voltou anos depois. Até hoje não consegui entrevistar a Bibi para confirmar, ou não, essa história.

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  8. O comentarista tem razão quando afirma que Copacabana é o único bairro que se pode ter "à qualquer hora" todo tipo de serviço e facilidades. Incui-se nessa lista,"saliência" para todos os gostos, drogas à porta de "todos os tipos" e em qualquer quantidade, uma quantidade de camelos maior que em Pequim, e o mais interessante: não poder ir à praia nos fins de semana devido à estratosferica quantidade de "alienígenas", bem como ser assaltado por eles, principalmente na região do Copacabana Palacete e também do Lido...

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  9. Em tempo. Detalhe da foto. Três pessoas usando os vetustos tamancos de madeira, calçado que era usado por atletas das antigas academias e clubes náuticos. Ainda ressoa nos meus ouvidos o som da madeira no asfalto durante o passeio dos halterofilistas (ou marombeiros, como eram conhecidos)depois dos treinos, saindo da r. Santa Luzia e passando pela Av. Calógeras em direção à Praia do Calabouço. Uma boa parte era composta de policiais civis, alguns da extinta Polícia Especial. Mais de vinte homens exibindo os corpos musculosos e desfilando tal qual uma brigada militar. Sempre nos fins de semana. Um vizinho dizia: "Lá vêm as cavalgaduras!".

    Mas tarde a moda dos tamancos voltou no início dos anos '70, adotados em desfiles por certa escola de samba e por algumas jovens praianas.

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  10. Peralta, o implicante14 de janeiro de 2018 às 16:51

    Tia Nalu de quando em vez ainda sobe nos tamancos...

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  11. Boa noite, já havia visto esta foto no FB, realmente a colorização do mestre Reinaldo Elias é uma obra prima, no FB acho que acompanhava também a foto em P&B. Detalhes da foto, é que pela pose ao menos dois eram boiolas.

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