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terça-feira, 6 de março de 2018

KIBON






 
As fotografias de hoje, de 1972, mostram uma “sorveteira” da Kibon em seu trabalho pela Tijuca. Nesta época a Kibon tinha na linha de tabletes de chocolate o Ginkana, Lingote, Ki-Leite, Ki-Passas, Peteka, Croki-Bom, Ki-Caju e, na linha de bombons, o Ki-Coco, Kismet, Ki-Bamba, Kan-Kan, Kinkas e o Confeti. Não me lembro da maioria. Pena que a Dra. Evelyn não apareça mais por aqui. Poderia comentar cada um deles.

Nos meus tempos de criança os sorvetes da Kibon tinham nome: “Jajá”, de côco; “Kalu”, de abacaxi; “Tonbon”, de limão; além dos tradicionais “Chicabon” e “Eskibon”. Este numa caixinha de papelão azul e amarelo, retangular, embrulhado num papel. Eram vendidos nas carrocinhas amarelas com os sorveteiros de uniforme branco. Conservados gelados por meio do gelo seco que ficava dentro de uns estojos de metais acondicionados na carrocinha.

Havia um depósito, em Copacabana, na Rua Santa Clara, entre as ruas Barata Ribeiro e N.S. de Copacabana, onde eram guardadas as carrocinhas. Sobre as carrocinhas ficavam as balas da Kibon: as coloridas, chamadas de “Delicados”. Saquinhos com  amendoim doce (que eu detestava). As jujubas moles. Barras de chocolate com leite e umas outras barras com recheio de baunilha envolvidas com chocolate. Espetados nas caixas de papelão, os pirulitos de variados sabores - os de morango deixavam a língua vermelha. E os chocolates Ki-Bamba e Ki-Koisa, este com marshmellow.

Lá pelos anos 60 foram lançados os copinhos de creme e chocolate, com pazinhas de madeira que ficavam numa caixa sobre a carrocinha da Kibon. Sem nenhuma higiene, pois não eram envolvidas por papel, como hoje se vê.

Os concursos de palitos premiados da Kibon eram uma atração e aconteciam com frequência.

Na porta dos colégios havia sempre um sorveteiro, ao lado do carrinho de pipoca. Na São Clemente, em frente ao Santo Inácio, o sorveteiro era conhecido como “Madureira”. Figura simpaticíssima.

17 comentários:

  1. Com todo este merchandise a Kibon vai ter que mandar no mínimo uma carrocinha como a da postagem para a sede do fotoblog.Os garotos Peralta,Pequetito e Garotinho na certa vão fazer fila.Em minha opinião os produtos perderam um pouco da qualidade,embora se dependesse das minhas investidas já teria quebrado.Se associar a Ambev,aí sim vai lucrar muito.No melhores momento,o Chica e o Eskibon.
    FF:as vedetes esquentaram a chapa.

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    1. Como era o nome de um picolé da Kibon que era de côco e por dentro com pedaços de abacaxi??

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  2. Bom dia!

    Meu favorito, de uva, era o Ki-uva. Os picolés vinham enrolados em um papel com o palito exposto. Pelo que vemos, na primeira foto, em 1972 os mesmos já eram comercializados em saquinhos lacrados.

    Creio já ter contado esta história, mas a idade nos permite repetir de tempos em tempos.

    No ano do quarto centenário do Rio de Janeiro, estava eu com meu pai, na calçada da praia de Copacabana, imediações da Miguel Lemos e próximos a uma carrocinha da Kibon, quando para um ônibus repleto de turistas japoneses. Um deles se aproxima e pede um sorvete, por mímica. O sorveteiro imediatamente alcança e na hora de receber, ele entrega uma moeda. Imediatamente, a molecada que já havia formado uma pequena aglomeração em torno de todos sinaliza com o indicador para cima: -mais uma! O japonês entrega e seguem gesticulando e falando: -mais uma! O pobre oriental teve que voltar ao interior do ônibus para pegar mais moedas. O sorveteiro e a garotada se divertiram muito. Com relação ao turista, foi provavelmente o sorvete mais caro da vida dele.

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  3. Fui habituê das carrocinhas Kibon e demonstrei meu inconformismo com a modernidade quando os paralamas deixaram de ser bojudos, depois desapareceram, como nas fotos e as linhas da carroça ficaram mais retilíneas. Em protesto, praticamente deixei de comprar sorvete. Na foto do esforço para elevar o produto vemos um Karmann-Ghia fora de foco.

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  4. Bom Dia ! As Carrocinhas mostradas nas fotos são da segunda geração já em fibra.As primeiras eram de ferro. Na foto 4 vemos uma numeração, o numero de cima identifica a carroça e o de baixo o depósito onde a mesma está lotada. Varias foram as causas que levaram a Kibon a tirar a fabrica da Mangueira. Uma delas foi o pede-pede que estava demais.

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    1. Perfeito. Essas carrocinhas de fibra vieram bem depois. São praticamente "recentes"... rsrsrs
      Quem frequentava a Praia de Arpoador conheceu o Souza que esteve lá com sua carrocinha por muitos anos.

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  5. O depósito da Kibom na zona norte ficava na Rua do Matoso, quase na esquina de Barão de Itapagipe. Sorvete da Kibom não tinha concorrência. Agora fica mais difícil manter a primazia com tanta concorrencia, inclusive de pequenas marcas de lojas como a Taty e Beijo Beijo. FF. Jorge o ucraniano está comentando regularmente no Foi um Rio que passou em minha vida.

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  6. Bom dia a todos.

    Desses todos lembro do Chicabon e do Eskibon. Esse último, como era mais caro, dificilmente "dava as caras" lá em casa. Também lembro das promoções dos palitos. Uma delas incentivava os usuários a quebrá-los para evitar o reaproveitamento.

    Só bem depois começamos a usar os "tijolos" em casa.

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  7. Tia Nalu me deixa chupando dedo e leva picolé lá para Bangu.

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  8. Entre 1945 e 1969 (depois de 1979 a 1994) morei na Vila Jardim Santa Cecília, em Santa Teresa. Quase que diariamente ouvíamos ele gritar no encontro das ruas Prefeito João Felipe com a rua Prof.Julio Koeler, na parte da tarde: "Olha o sorvete Kibon!!!" Tinha o sorveteiro um pulmão tão avantajado e uma voz tão grave que fazia com que o ouvíssemos nitidamente, lá na vila. E, como crianças, sonhávamos com ele subindo a vila e nos oferecendo sorvetes.
    Num belo dia, ou melhor, numa bela tarde, ouvímos a sua voz muito mais forte do que normalmente, o que fez com que imaginássemos, logo, que ele estaria subindo a vila e tornando realidade o nosso sonho. E qual não foi a nossa alegria, quando confirmamos que ele vinha mesmo subindo. Foi uma festa sem precedentes, tando para as crianças, quanto para ele, que vendeu uma boa quantidade de picolés principalmente, além de tijolos também. Como ele não podia subir a vila com a sua carrocinha, pois seria trabalhoso demais, pegou ele um isopor, e o encheu de sorvetes. A venda deve ter sido boa demais para ele, pois, a partir daquela tarde, sempre que aparecia na região, também subia a vila.
    Também me lembro do tempo em que ia ao Arpoador e, na praia, entre chicabons, esquibons e assemelhados, também vendiam um chamado kicrocante, cujo nome os sorveteiros nunca conseguiam pronunciar direito. O chamavam de kicocrante, kicrocrante ou kricocrante.

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  9. Ceará,individuo,na minha igreja tentei implementar uma linha de picolés chamados "Ki Santos" mas a tarja verde logo começou a pegar fiado e logo foi a falência.Soube que a Calango anda bombando com o Ki Fresco,confere?

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    1. Arriégua macho veio. Eu na verdade comecei AMUNHECAR com a crise da frescura no RJ e já migrando para Vix. Estamos muito aperriados aqui e o negocio hoje é energia Solar. Criamos um segmento na Calango dedicado a energia alternativa. Acontece que o Governo anda arengando com o tema pois arrudia o assunto e não resolve nada. Ando avexado para dar seguimento ou então vou mandar para baixa da égua os assuntos e vou viver de rendas para não botar buneco com a vida e viver lascado.

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  10. Veja vc. que o assunto "mulher" leva de goleada qualquer outro. Ontem com as Vedetes a coisa foi outra e agora temos o tema sorvetes: Bem para mim os mais gostosos foram o Dragão Chinês com seu notável picolé de coco e os sorvestes Hebom de saudosa memória. Talvez picolé seja a praia do Pastor.

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  11. A fábrica do Dragão Chinês, lembrado pelo Menezes, ficava em Senador Camará, mais precisamente dentro da favela da Coréia.
    Sem querer suscitar preconceitos, imagino o nível de higiene do local; mas, como diz o provérbio: "Nunca queira saber como são feitas as salsichas"...

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  12. Salvo engano, faltou o Lingote!. Em Itaipava o sorveteiro passava na rua com uma corneta anunciando a chegada do gelado.

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  13. Faltou o Ki-Koisa que parecia o Kibamba mas era mais mole, como marshmalow.

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  14. Acho que a data das fotos está errada pois na foto 2 é anunciado o picolé Yolé que foi lançado em 1982
    Obrigado

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