Bela coleção eclesiástica. Na primeira foto, um ônibus que era meio raro e exclusivo de algumas linhas. Lembro de Lins-Urca e EF-Laranjeiras, mas posso estar enganado. Eram Volvo e tinham carroceria Carbrasa, que era o representante Volvo aqui no DF e que também fazia umas peruinhas em cima do Volvo 444, o automóvel.
A primeira foto está difícil mas, de acordo com o modelo de dois eixos e pela numeração, estamos no centro da cidade no início dos anos 60. A segunda é na Edgar Romero antes de 1955, já que depois dessa data a via passou a ter "pista separada" para carros e pavimentada em cimento. A terceira foto é na rua Barão de Itapagipe antes do bonde entrar à esquerda na rua do Bispo. A última foto é na Visconde do Rio Branco na Praça Tiradentes.
Foto 1: entorno do Passeio Público. Foto 2: em algum lugar na Z. Oeste, porque a linha do bonde está à parte em relação a via para os veículos automotivos. Foto 3: Rua Itapiru. Foto 4: anos 20 ou início dos 30, Rua São Pedro, só porque parece que está escrito "Pedro" na placa logo abaixo da bela marquise, embora precisando de uma reforma.
O 48 (Bispo) passando pela Baraõ de Itapagipe e no ponto final na Praça da Independência no centro, se não estou enganado. A primeira foto parece-me no Grajaú.
Quanto à segunda foto o Joel acertou. Achei agora nos arquivos que já foi publicada e contou com um comentário acho que do Hélio: "O bonde está na Av. M Av. Ministro Edgard Romero (antiga Marechal Rangel), indo de Madureira para Vaz Lobo, entrando na curva nas proximidades da Rua Professor Burlamáqui. Foto tirada em 27/02/1955, com o carro-motor 368 puxando dois reboques, sendo o último deles um reboque de segunda classe. O local é em frente de onde existiu, ao lado do prédio branco a nossa direita, a segunda sede da Escola de Samba Império Serrano, sendo ali agora um motel. Dos prédios na foto, somente o prédio citado é ainda existente. Após o carro preto aparece parte de fachada de uma loja comercial. Esta loja foi desapropriada e demolida em razão da construção do Corredor Transcarioca ligando o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca, o que também ocorreu com vários prédios à esquerda."
Pelo que vejo ainda estão nos trilhos.Nada mais.Saratoga era uma mata rato de primeira.Instatina ou algo assim?Na tela da igreja não dá para decifrar.E olha que aí tem Bispo para dar e vender bem a gosto da prefeitura no momento.
O que surpreende até os dias de hoje, é que podia-se pegar um bonde no Leblon e após duas baldeações, e andando muito pouco, se chegar até Jacarepagua !!!! Quer queiram, quer não... O sistema era extremamente funcional. Porém como de sempre o Poder Público nunca deixou a Light realizar seus investimentos às custas do aumento das tarifas. Deu no que deu,... Uma boa desculpa para o Governador do Estado acabar de vez com os bondes, inclusive aqueles da Ilha do Governador e Campo Grande...
Os bondes do Rio são sempre motivos de comentários e foram o melhor sistema do Brasil. Apenas quatro cidades no RJ tiveram sistemas de bondes: Rio, Niterói, Campos, e Petrópolis, mas o daqui foi o melhor do Brasil.
Aquela alavanca servia para mudar a direção dos trilhos. Já foi objeto de "post" por aqui. Quando havia uma bifurcação o motorneiro usava a alavanca para escolher para qual direção queria ir.
EXPLICAÇÃO COMPLETA DO HELIO: MUDANÇA DE LINHA Fato corriqueiro era um bonde chegar a um cruzamento de ruas e se deparar com uma bifurcação nos trilhos. Para a continuação da viagem, era necessário que a agulha da bifurcação estivesse na posição adequada. Se isso não ocorresse, fazia-se mister virar a agulha para a posição correta. Dependendo do local onde a bifurcação se encontrava, virar a agulha podia ser feito das seguintes maneiras: 1) PELO CONDUTOR ==> era o caso mais comum. O condutor já sabia os pontos do percurso onde sua ação poderia ser necessária e ficava atento. Ao chegar à bifurcação, caso fosse necessário virar a agulha ele se valia de uma alavanca de ferro, com um olhal elíptico, que todo carro motor trazia dependurada na parte externa dianteira da sua lataria, do lado direito, junto à placa de trajeto. Vide foto abaixo. 2) PELO MOTORNEIRO ==> até o ano de 1940/41, alguns modelos de bonde não tinham pára-brisas para o motorneiro e a alavanca era mais comprida, possibilitando ao próprio motorneiro virar a agulha. 3) POR OPERADOR DE CHAVE ==> nos pontos da cidade onde havia intenso tráfego de bondes cujas linhas se entrecruzavam e portanto havia a necessidade de a todo momento mudar a agulha das bifurcações, a Light mantinha um funcionário dedicado exclusivamente a este mister. Isto liberava o condutor da tarefa de saltar do bonde para virar a chave, tarefa que implicava em atraso na viagem e podia ser causa de engarrafamentos. 4) POR CHAVE AUTOMÁTICA ==> em algumas bifurcações havia uma placa dependurada dos fios (parecida com as de parada de bonde e iluminada à noite) anunciando "CHAVE AUTOMÁTICA". Olhando-se para o fio que fornecia energia aos bondes, nas proximidades dessa placa, notava-se a existência de duas estruturas em forma de sapatas, uma em cada lado do fio. Se o motorneiro visse que a agulha não lhe era favorável, ele acelerava e simultaneamente freiava o bonde. Ouvia-se forte barulho do motor e sentia-se que o bonde estava freado. Um efeito eletromagnético fazia com que a agulha virasse para o outro lado, permitindo que o bonde prosseguisse viagem. Caso a agulha lhe fosse favorável, o motorneiro passava pelo local com a manivela de marcha na posição neutra, o que fazia com que a chave não mudasse de posição. 5) POR OPERADOR EM CABINE ==> em alguns cruzamentos muito movimentados, em lugar do operador de chave, podia existir uma cabina no alto de um poste, acessível por uma escada, e dentro da qual ficava um manobrista encarregado de acionar eletricamente os controles para que a agulha ficasse favorável a cada bonde que alcançava o cruzamento.
Bom Dia! Na foto 1, acho que o ônibus é da E.L.A ou da Catumbi,o que vem a ser a mesma coisa. Ainda na foto 1, uma pergunta ao Helio. Na estação " B" tinha carro motor pequeno?
Bom dia ! A primeira foto me pareceu ser em frente à estação terminal da Leopoldina. Onde ficava o ponto final da linha "Rua do Bispo", já que a dita é de passagem apenas ? Teria sido na antiga rua Dipsis (acho que hoje é ou a rua Paula Frassinetti ou rua Citiso) ? Por que é que o condutor tinha esse nome, uma vez que ele não era motorneiro. A denominação se devia à pessoa que "conduzia" o dinheiro ?
Linha 48: Pça. Tiradentes - Constituição - Pça. da República (Bombeiros) - Frei Caneca - Salvador de Sá - Estácio de Sá - Haddock Lobo - Aristides Lobo - Barão de Itapagipe - Bispo - Pça. Condessa Paulo de Frontin
Walter, o bonde 48 Bispo após dobrar à esquerda na rua do Bispo, cruzava a avenida Paulo de Frontin e fazia a volta no Largo do Rio Comprrido, mais conhecido como praça Condessa Paulo de Frontin.
No inicio dos anos 50, quando os bondes ainda eram a melhor opção de condução no trecho bananal- Ribeira, na Ilha do Governador, havia um desvio na Praia das Pitangueiras usado somente em caso de emergências, para que, no caso, dois bondes que trafegavam em uma linha unica pudessem efetuar a passagem. Raramente era utilizado. No entanto, um dos moradores volta e meia, ludibriando os funcionários dos bondes, apanhava a tal chave, f virava o desvio para o lado contrário e lançava a tal chave ao mar. Por duas vezes presenciei o condutor uniformizado, com água nos joelhos catando a tal chave dentro d´água, única maneira do bonde seguir viagem...
Bela coleção eclesiástica. Na primeira foto, um ônibus que era meio raro e exclusivo de algumas linhas. Lembro de Lins-Urca e EF-Laranjeiras, mas posso estar enganado. Eram Volvo e tinham carroceria Carbrasa, que era o representante Volvo aqui no DF e que também fazia umas peruinhas em cima do Volvo 444, o automóvel.
ResponderExcluirA primeira foto está difícil mas, de acordo com o modelo de dois eixos e pela numeração, estamos no centro da cidade no início dos anos 60. A segunda é na Edgar Romero antes de 1955, já que depois dessa data a via passou a ter "pista separada" para carros e pavimentada em cimento. A terceira foto é na rua Barão de Itapagipe antes do bonde entrar à esquerda na rua do Bispo. A última foto é na Visconde do Rio Branco na Praça Tiradentes.
ResponderExcluirColeção episcopal é mais adequado.
ResponderExcluirFoto 1: entorno do Passeio Público. Foto 2: em algum lugar na Z. Oeste, porque a linha do bonde está à parte em relação a via para os veículos automotivos. Foto 3: Rua Itapiru. Foto 4: anos 20 ou início dos 30, Rua São Pedro, só porque parece que está escrito "Pedro" na placa logo abaixo da bela marquise, embora precisando de uma reforma.
ResponderExcluirRua Pedro I, nos arredores da Praça Tiradentes.
ExcluirO 48 (Bispo) passando pela Baraõ de Itapagipe e no ponto final na Praça da Independência no centro, se não estou enganado. A primeira foto parece-me no Grajaú.
ResponderExcluirA primeira foto é de 1962 e a legenda diz que continua o problema dos bondes na contramão na Ponte dos Marinheiros.
ResponderExcluirQuanto à segunda foto o Joel acertou. Achei agora nos arquivos que já foi publicada e contou com um comentário acho que do Hélio: "O bonde está na Av. M Av. Ministro Edgard Romero (antiga Marechal Rangel), indo de Madureira para Vaz Lobo, entrando na curva nas proximidades da Rua Professor Burlamáqui. Foto tirada em 27/02/1955, com o carro-motor 368 puxando dois reboques, sendo o último deles um reboque de segunda classe.
ResponderExcluirO local é em frente de onde existiu, ao lado do prédio branco a nossa direita, a segunda sede da Escola de Samba Império Serrano, sendo ali agora um motel. Dos prédios na foto, somente o prédio citado é ainda existente. Após o carro preto aparece parte de fachada de uma loja comercial. Esta loja foi desapropriada e demolida em razão da construção do Corredor Transcarioca ligando o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca, o que também ocorreu com vários prédios à esquerda."
Pelo que vejo ainda estão nos trilhos.Nada mais.Saratoga era uma mata rato de primeira.Instatina ou algo assim?Na tela da igreja não dá para decifrar.E olha que aí tem Bispo para dar e vender bem a gosto da prefeitura no momento.
ResponderExcluirLembrei que pode ser Instantina,para a gripe.Produto Bayer e Se dizia que se é Bayer é bom.
ResponderExcluirO que surpreende até os dias de hoje, é que podia-se pegar um bonde no Leblon e após duas baldeações, e andando muito pouco, se chegar até Jacarepagua !!!!
ResponderExcluirQuer queiram, quer não... O sistema era extremamente funcional. Porém como de sempre o Poder Público nunca deixou a Light realizar seus investimentos às custas do aumento das tarifas. Deu no que deu,... Uma boa desculpa para o Governador do Estado acabar de vez com os bondes, inclusive aqueles da Ilha do Governador e Campo Grande...
Os bondes do Rio são sempre motivos de comentários e foram o melhor sistema do Brasil. Apenas quatro cidades no RJ tiveram sistemas de bondes: Rio, Niterói, Campos, e Petrópolis, mas o daqui foi o melhor do Brasil.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirA segunda foto era barbada, tanto que até eu acertaria...
As demais deixo para os especialistas.
Aqui já teve pancada forte de chuva e no momento cai uma fina garoa, quando cai...
O trajeto do bonde 97 é o mesmo cumprido atualmente pelo BRT. O comentarista tem razão. Qualquer um acertaria...
ExcluirEm tempo: o que o motorneiro estava fazendo com aquele ferro mexendo no trilho?
ResponderExcluirAquela alavanca servia para mudar a direção dos trilhos. Já foi objeto de "post" por aqui. Quando havia uma bifurcação o motorneiro usava a alavanca para escolher para qual direção queria ir.
ExcluirEXPLICAÇÃO COMPLETA DO HELIO:
ResponderExcluirMUDANÇA DE LINHA
Fato corriqueiro era um bonde chegar a um cruzamento de ruas e se deparar com uma bifurcação nos trilhos. Para a continuação da viagem, era necessário que a agulha da bifurcação estivesse na posição adequada. Se isso não ocorresse, fazia-se mister virar a agulha para a posição correta. Dependendo do local onde a bifurcação se encontrava, virar a agulha podia ser feito das seguintes maneiras:
1) PELO CONDUTOR ==> era o caso mais comum. O condutor já sabia os pontos do percurso onde sua ação poderia ser necessária e ficava atento. Ao chegar à bifurcação, caso fosse necessário virar a agulha ele se valia de uma alavanca de ferro, com um olhal elíptico, que todo carro motor trazia dependurada na parte externa dianteira da sua lataria, do lado direito, junto à placa de trajeto. Vide foto abaixo.
2) PELO MOTORNEIRO ==> até o ano de 1940/41, alguns modelos de bonde não tinham pára-brisas para o motorneiro e a alavanca era mais comprida, possibilitando ao próprio motorneiro virar a agulha.
3) POR OPERADOR DE CHAVE ==> nos pontos da cidade onde havia intenso tráfego de bondes cujas linhas se entrecruzavam e portanto havia a necessidade de a todo momento mudar a agulha das bifurcações, a Light mantinha um funcionário dedicado exclusivamente a este mister. Isto liberava o condutor da tarefa de saltar do bonde para virar a chave, tarefa que implicava em atraso na viagem e podia ser causa de engarrafamentos.
4) POR CHAVE AUTOMÁTICA ==> em algumas bifurcações havia uma placa dependurada dos fios (parecida com as de parada de bonde e iluminada à noite) anunciando "CHAVE AUTOMÁTICA". Olhando-se para o fio que fornecia energia aos bondes, nas proximidades dessa placa, notava-se a existência de duas estruturas em forma de sapatas, uma em cada lado do fio. Se o motorneiro visse que a agulha não lhe era favorável, ele acelerava e simultaneamente freiava o bonde. Ouvia-se forte barulho do motor e sentia-se que o bonde estava freado. Um efeito eletromagnético fazia com que a agulha virasse para o outro lado, permitindo que o bonde prosseguisse viagem. Caso a agulha lhe fosse favorável, o motorneiro passava pelo local com a manivela de marcha na posição neutra, o que fazia com que a chave não mudasse de posição.
5) POR OPERADOR EM CABINE ==> em alguns cruzamentos muito movimentados, em lugar do operador de chave, podia existir uma cabina no alto de um poste, acessível por uma escada, e dentro da qual ficava um manobrista encarregado de acionar eletricamente os controles para que a agulha ficasse favorável a cada bonde que alcançava o cruzamento.
Tia Nalu adora pegar o bonde errado.
ResponderExcluirBom Dia! Na foto 1, acho que o ônibus é da E.L.A ou da Catumbi,o que vem a ser a mesma coisa. Ainda na foto 1, uma pergunta ao Helio. Na estação " B" tinha carro motor pequeno?
ResponderExcluirBom dia ! A primeira foto me pareceu ser em frente à estação terminal da Leopoldina.
ResponderExcluirOnde ficava o ponto final da linha "Rua do Bispo", já que a dita é de passagem apenas ? Teria sido na antiga rua Dipsis (acho que hoje é ou a rua Paula Frassinetti ou rua Citiso) ?
Por que é que o condutor tinha esse nome, uma vez que ele não era motorneiro. A denominação se devia à pessoa que "conduzia" o dinheiro ?
Linha 48: Pça. Tiradentes - Constituição - Pça. da República (Bombeiros) - Frei Caneca - Salvador de Sá - Estácio de Sá - Haddock Lobo - Aristides Lobo - Barão de Itapagipe - Bispo - Pça. Condessa Paulo de Frontin
ExcluirWalter, o bonde 48 Bispo após dobrar à esquerda na rua do Bispo, cruzava a avenida Paulo de Frontin e fazia a volta no Largo do Rio Comprrido, mais conhecido como praça Condessa Paulo de Frontin.
ResponderExcluirValeu, Dr.D. e Joel !
ExcluirNo inicio dos anos 50, quando os bondes ainda eram a melhor opção de condução no trecho bananal- Ribeira, na Ilha do Governador, havia um desvio na Praia das Pitangueiras usado somente em caso de emergências, para que, no caso, dois bondes que trafegavam em uma linha unica pudessem efetuar a passagem. Raramente era utilizado.
ResponderExcluirNo entanto, um dos moradores volta e meia, ludibriando os funcionários dos bondes, apanhava a tal chave, f virava o desvio para o lado contrário e lançava a tal chave ao mar.
Por duas vezes presenciei o condutor uniformizado, com água nos joelhos catando a tal chave dentro d´água, única maneira do bonde seguir viagem...