No
início dos anos 60 os moradores da Favela do Esqueleto foram removidos da área
do Maracanã com destino a Ramos. Neste local passaria a Av. Radial Oeste.
Oitocentos
barracos foram desalojados. Os moradores, revoltados, argumentavam que iriam
para um local onde não existia bonde e a condução era cara e demorada. Diziam
que as crianças, já matriculadas em escolas próximas teriam dificuldades.
Salientavam que a nova favela apresenta as mesmas condições, sem uma rede de
esgotos, sem água e com deficiência de luz.
Deu
no que deu.
Hoje
os problemas nesta área da Radial Oeste são outros, mas não menos complicados.
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Expansão de favela tem um nome apropriado: "Metástase". É um problema que sempre existirá no Brasil por diversos motivos e os principais são a educação, o clientelismo, a fragilidade das leis, e a falta de uma política de controle de natalidade. Ontem eu passei pela Radial Oeste e no trecho da esquina tríplice com a Oito de Dezembro e a São Francisco Xavier existem acampados enormes contingentes de "crackudos", "caucasianos" como de costume, dormindo, comendo, "trepando",além de tudo mais que esse "notável segmento social" costuma praticar. Já em direção ao viaduto da Mangueira existe um "pool" de lava-jatos clandestinos, além de construções semi-destruídas remanescentes da antiga favela do Metrô. Na época de Lacerda e Negrão de Lima, essas remoções eram necessárias e foram de grande valia para a antiga Guanabara, mas o quadro que se vê atualmente é desesperador pela falta de iniciativa do poder público para criar leis que inibam a expansão desse mal. A construção da UERJ aproveitou a estrutura do esqueleto que aparece nas duas primeiras fotos e que atualmente faz parte do complexo universitário. ### FF - Minha mãe ontem estava na feirinha do Grajaú e uma "camelô" que trabalha na região confessou à ela que estava "muito triste" com a prisão de Lula. Ao indagar o porque, minha mãe ficou estarrecida com a resposta. Disse a mulher que "Lula era um pai porque tinha colocado carne na mesa de todos e ela tinha uma "renda alta" {R$ 328,00} DEVIDO AO BOLSA FAMÍLIA". A mulher era "caucasiana", tinha dez filhos {vivos, já que tinha perdido 3}, e morava na favela da Divinéia. Agora eu pergunto: "Este país tem jeito?"
ResponderExcluirAssistimos agora ao crescimento em progressão geométrica das favelas ao longo da Linha Amarela. Os painéis da pista sao usados como paredes dos barracos. Há tijolos e materiais de construção visíveis da pista. Na direção Fundão, há ate num painel da Linha Amarela com um aparelho de ar condicionado instalado.
ExcluirFavelas não surgem com centenas de barracos. Elas surgem com 2 ou 3. Mas depois disso, alastram-al com muita rapidez.
O poder público não faz nada porque não quer.
E vão se criando mais pontos de perigo para os cidadãos e de esconderiho para os bandidos.
É incrível a tranquilidade com que terrenos, tanto os particulares quanto os ditos devolutos, são invadidos, transformados em enormes centros do crime sem que haja qualquer manifestação por parte do governo ou até da população que assiste a desvalorização de suas residências, impassível.
ResponderExcluirVejo denúncia de tudo, inclusive aqui, mas concretamente, o que os gritadores fazem?
Algum protocolo registrado, alguma providência tomada?
Não. Aceitam, convivem e assim que podem, fogem. Trocam uma ampla casa por um pequeno apartamento e dão graças a Deus.
Pobre e triste classe média...
De um lado sufocada por um governo que, pela corrupção, a despoja de direitos, lutando cada vez mais para sobreviver, e pagando alto planos de saúde, faculdades, condomínios, novos imóveis, consegue, como Phoenix, se reerguer das cinzas.
Conseguimos, encarcerar um grande quadrilheiro. Gatos pingados, pagos, mercenários, bandidos portanto, estavam lá. Suas ações criminosas fizeram-se notar, de imediato.
Mas, conseguimos. Juntos.
Junta, a classe média aviltada.
O que virá, a Deus pertence.
Poderemos conseguir sempre. É hora da nossa união, não união partidária, mas união dessa sofrida classe média que sustenta as benesses de uma outra classe, a dos aproveitadores.
A sua geração é de acéfalos e o dia em que ela acabar será um grande dia
ExcluirImagens interessantes de ângulos pouco divulgados desse entorno do Estádio do Maracanã em seus primeiros anos. Acho que nessa época ainda não tinha o nome do Mário Filho.
ResponderExcluirNa primeira foto foi tirada a partir do Morro da Mangueira.
Como estão bastante simétricos, os barracões da segunda foto devem ter sido alojamentos e/ou depósitos da obra do Maracanã, antes de virarem moradias populares.
Não sabia do destino desses moradores do Esqueleto e não tenho ideia do local exato em Ramos. Junto ao atual entorno do Piscinão? Se foi remoção de favela para favela realmente é mais uma vergonha para a história das autoridades do Rio.
Teve uma época que a Fundação Leão XIII andou construindo casas de madeira para remoção de favelados, mas não sei dizer se construíram em Ramos.
As grandes diferenças entre favela e conjunto habitacional são a água encanada, o esgoto, luz, ruas planejadas e pavimentadas, com escola e posto de saúde próximos.
Não me recordo bem desta remoção ,mas pode ter sido feita sem planejamento o que é comum no Brasil.Garanto que em Ramos não havia ainda o famoso piscinão ..
ResponderExcluirFF:Para variar o moço fez o jogo de cena .Um espanto!!!
A favela do Esqueleto foi removida a partir de 1965, mas em Janeiro de 66 ainda havia barracos. Me lembro da São Francisco Xavier no tempo do "Esqueleto", onde a atual pista de descida funcionava em mão dupla, já que a atual pista de subida em direção à Mangueira era ainda "parte integrante da Favela. A rua Eurico Rabelo terminava em um estreito funil repleto de barracos no meio da favela e desembocava no largo do Maracanã, mas era possível o trânsito de pessoas e veículos sem o perigo de assaltos. O famoso detetive Perpétuo de Freitas foi assassinado em 1964 dentro da favela do Esqueleto e curiosamente por um policial, o detetive Jorge Galante. O local era reduto de marginais, cafetões, desocupados, etc, mas a polícia era respeitada. O bandido Cara de Cavalo, suposto matador do detetive Milton Le Coq , morto em 24 de Agosto de 1964 em circunstâncias curiosas na Rua Teodoro da Silva, também era morador da célebre favela. Só para termos uma idéia de como "os tempos eram outros", o cortejo fúnebre do detetive Perpétuo de Freitas ocorrido em 03 de Setembro de 1964, foi acompanhado por mais de 5000 pessoas. Partindo do IML na Rua dos Inválidos, o cortejo percorreu ruas do Centro, Estácio, Praça da Bandeira, e Vila Isabel, até o sepultamento ocorrido no cemitério d Caju. Será que um policial receberia tantas homenagens atualmente?
ResponderExcluirTia Nalu me avisou que faz greve de fome.Solidariedade.
ResponderExcluirMorei em frente a onde hoje é a FERJ no Maracanã ali era uma vila de casas
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