Mais
uma foto remasterizada pelo Nickolas, agora mostrando a Rua São José nas
imediações do Terminal Menezes Cortes nos anos 70.
Podemos
observar a moda da época, com suas calças bocas de sino ou pathe d´élephant.
Embora já não se vissem tantos ternos como anos antes, as pessoas ainda não
usavam as famigeradas sandálias de dedo, camisas tipo regata e bermudas quando
iam à “cidade”.
Naquela
época pré-celular, os orelhões da Telerj ainda quebravam o galho, havendo filas
nos que funcionavam.
A
calça comprida para as mulheres começou a ser socialmente aceita no final dos
anos 40 e, desde então, tem persistido e resistido a todas as tendências da
moda, ainda que suas características e nomes fossem mudando todos os anos.
Segundo
o estilista Tutu La Minelli, também dono do salão “Fleur de la Passion”, no
início da década de 70, com a cintura no lugar, a calça comprida ajustava-se até
o joelho para, depois do recorte, abrir-se em boca de sino à moda marinheira,
que permite também bolsos grandes aplicados na frente. Encurtando até a altura
dos joelhos e conservando a boca larga, surgiu o pantacourt que parece
suplantar o knicker ou a bombacha. O início da moda de calças boca de sino
deu-se, entretanto, na década de 60.
Para
os homens, o consultor de estilo do “Saudades do Rio” recomenda cós largo,
cintura alta, boca de sino com bolsos traseiros chapados, botões à vista. Brim
sanforizado, de caimento impecável e excelente confecção. Alerta, porém, o
Tutu, que as calças boca de sino não devem ter a aparência de palazzo-pijamas.
Quanto
às lojas, nenhuma sobreviveu.
|
Quedo-me inebriado com a consultoria de estilo do SDRL. Um espanto!
ResponderExcluirLendo a consultoria do Tutu La Minelli lembro com saudade dos comentários do Conde e do JBAN, das intervenções das tias e do francês, dos conhecimentos do Decourt, da ironia do AG e do Derani, dos inúmeros personagens interessantes do tempo do Terra.
ResponderExcluirEspetacular colorização do mestre Nickolas.
ResponderExcluirAinda se vestia com certo gosto a população.
Quanto ao orelhão, pelo menos não caía tanto quanto a internete.
Típica foto dos anos 70 e o estilista mandou ver em seus conhecimentos.Aquele cara mais alto tá mandando uma melodia para a moça de calça vermelha.Sera que colou.
ResponderExcluirPelo visto a Brasília da foto dançou,mas a outra continua fazendo estragos.
Anos 70 sem dúvida. No final dos anos 70 eu frequentava a região, já que estudei na Candido Mendes: No prédio antigo da rua Primeiro de Março e depois na rua da Assembléia 10. Era uma boa época, onde ainda era possível circular livremente. Havia também a loja da New Splan na esquina da rua da Quitanda co Assembléia. Percebe-se a ausência de camelôs. Por que será? Dependendo da época, estamos no Estado da Guanabara no Governo "Taxas feitas", ou na Prefeitura de Faria Lima. Marcos Tamoio, Julio Coutinho, etc, mas "eram outros tempos" em todos os sentidos, mas principalmente em educação, civilidade, ética, cidadania, etc. Local frequentado por ilustres profissionais devido à proximidade do fórum e de diversas repartições públicas, era uma região que era muito procurada para uso residencial pela proximidade do centro da cidade, como também por aficcionados da região, "solitários", e também por famílias oriundas de regiões longínquas, dos subúrbios, etc. Ressalte-se que os imóveis da região são de ótima construção e com metragens generosas, tendo como graves problemas a depauperação dos imóveis e a falta de vagas de garagem. FF Foi noticiado pela manhã que um bebê de seis meses foi atingido por uma bala perdida no interior de um colégio de alto padrão no Cosme Velho. O projétil é oriundo da favela do Cerro Corá. Mas não é razão para preocupação, já que falta um mês para a Copa do Mundo, o desemprego atingiu índices beirando o zero nunca vistos, os fantásticos e abundantes hospitais públicos estão às moscas por falta de pacientes, os presídios estão vazios por falta de uso, e esse tiro foi um "caso pontual", já que causa espécie pelo fato de que com o IHD superior que o Brasil possui, tais fatos são como uma nota de R$ 3,00 ou mesmo como um cidadão da citada favela Cerro Corá envergando um vistoso uniforme do Colégio Cruzeiro. O inconveniente nesta postagem fica por conta de que comentaristas "recalcitrantes" que continuam a usar "este sítio" para publicar "notícias fake" como essa...
ResponderExcluirJá perdi toda e qualquer esperança de que a situação no Rio tenha solução.
ExcluirTia Nalu sumiu de vez.Republica de Curitiba....
ResponderExcluirBom Dia ! Tive duas calças boca de sino para seguir a moda,mas sem a frescura da boca muito larga. A moda passou,e elas ficaram no cabide por décadas. Só em 2014 é que no sacrifício do desapego foram doadas para um teatro.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirQuando vi a foto no site original, pensei que não era no Rio, por causa da ótica. O orelhão pode ser ainda da CTB, o que pode ter contribuído mais ainda para a minha confusão.
Nesta época já começava o uso das calças jeans, porém naquela época só eram vendidas em importadoras, somente duas marcas Lee e Levis eram oferecidas no mercado e os preços eram salgados para boa parte da população. Também as camisas de malha de algodão, já faziam a combinação do vestuário, como as das marcas waikiki, la moana, biba. A loja de doces vista na foto, pode ter trocado de nome, mas o ponto ainda é de uma loja de doces, que hoje está bem maior, deve ter incorporado a loja da ótica.
ResponderExcluiro Nicolas ficou um genio na colorização. parabens!!!
ResponderExcluirUma prática comum à época desta moda, era levar uma calça qualquer a uma costureira para que ela "enxertasse" um tecido parecido com a cor da calça, na costura lateral de fora e do joelho para baixo, a transformando numa boca de sino.
ResponderExcluir...bacana (e NÍTIDA!) a imagem.
ResponderExcluirPensava ser de COPACABANA pelas lojas mostradas.
Devem ter sido anos bons mesmo (nasci em meados destes). Onde lembro bem dos 80.
Tais ORELHÕES ajudaram e como/hoje servem como adorno _ e para que DEPREDEM (onde resido, PORTO ALEGRE: servem mais para se PROTEGER DA CHUVA. Ou para os sem noção depositarem LIXO).
Um verdadeiro acervo mesmo.