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domingo, 23 de setembro de 2018

PINTURAS

Nicolao Antonio Facchinetti - Vista da Praia de Botafogo tomada do Morro do Pasmado - 1868
 

Nicolao Antonio Facchinetti - Vista de Copacabana tomada da Ladeira do Leme 1872
 

Que beleza a Baía da Guanabara nesta pintura de 1868, de autoria de Henri Nicolas Vinet. O Morro da Viúva sem nenhum prédio, o Pão de Açúcar sem a Urca a seus pés, a Enseada de Botafogo tranquila, tranquila. À direita vemos uma das três pontes de atracação que existiram na Praia de Botafogo (uma perto do Pasmado, outra na altura da Rua São Clemente e a terceira mais perto da atual Rua Marquês de Abrantes).
 

Sebastien Auguste Sisson - Hotel Pharoux 1850. O hotel pertencia ao parisiense Luiz Pharoux, um francês que veio se fixar na corte e que trouxe em suas instalações, requinte nada usual para os padrões da época. Ao final da década de 1860, Luiz Domingos Pharoux retornou à França e liquidou o prédio, onde mais tarde funcionaria a Casa de Saúde Drs. Catta Preta, Marinho & Werneck. Logo após ser vendido pelo fundador o Hotel Pharou virou o Hotel Waltz. Em 1864, o prédio foi ocupado pela Casa de Saúde N.S. da Glória e só depois pelo Dr. Catta Preta. Alguns anos e várias casas de saúde depois, o prédio voltou a abrigar um hotel, com o nome de Real (ou Royal) e em 1959 foi demolido para a construção da Perimetral.


Robert Streatfield - Lagoa 1850.  Segundo André Delacerda e Diogo Fagundes o Rio de Janeiro é uma cidade cheia de mistérios. Temos a Ibis do Pão de Açúcar e o rosto gigante da Pedra da Gávea. Mas, poucos sabem que a cerca de quase dois séculos atrás havia mais uma pedra que inspirava medo e mistério.
Era chamada de a Pedra Santa ou Pedra da Santa e ficava entre o Clube Piraquê e o bairro de Humaitá. Essa pedra tinha o formato de um rosto que olhava para dentro da Lagoa. Dizem que D. João tinha bastante medo de passar junto a este rosto, tanto que preferia chegar a região de barco. Não se sabe se a Pedra Santa foi esculpida por algum povo mais antigo ou era uma formação natural. Fato é que em 1837, um padre de nome Souto destruiu o grande rosto que deve ter rolado para o que então era a Lagoa Rodrigo de Freitas, já que boa parte do Jardim Botânico junto a Pedra foi aterrado posteriormente. O mesmo padre solicitou ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro a destruição da Pedra da Gávea, mas sem êxito, e para nossa sorte que temos aquele monumento histórico natural preservado.
O caso envolve o Caminho da Cabeça, o "Rio da Cabeça" e a capela de Nossa Senhora da Cabeça, no final da Rua Faro. Pelas ultimas conclusões, esta pedra estava exatamente no sopé da atual Rua Faro, que era exatamente o Caminho da Cabeça. A Rua Jardim Botânico era a antiga Rua do Jardim, que mais próxima ao Humaitá passava a chamar-se Rua do Oliveira. A Lagoa chegava até esses caminhos como se vê na aquarela e em mapas antigos da Fazenda Nacional que ocupou a área antes de 1844.

14 comentários:

  1. Pinturas magníficas de um Rio que eu gostaria de ter conhecido. Estes pintores devem ter ficado deslumbrados com a oportunidade de pintar estas paisagens.

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  2. Boa tarde ! Belas e muito interessantes pinturas de um Rio de Janeiro que, paisagisticamente, deve ter sido maravilhoso. Até mandei o enderêço do blog para o co-sogro de meu filho mais novo (Ralf) que casou com Paula Facchinetti, perguntando se Nicolao Antonio Facchinetti foi antecedente dele.

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  3. O Rio Cabeça passa por baixo da Rua Visconde da Graça e deságua no canal da Rua Lineu de Paula Machado.

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  4. Boa tarde,
    Belíssimas pinturas de um Rio de Janeiro que era uma cidade maravilhosa!
    Há braços

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  5. #Acho que o blog comeu meu comentário, vou repeti-lo...
    Boa tarde, Luiz, pessoal,
    Eu não conhecia essa história da cabeça, muito boa mesmo.O tal padre deveria imaginar que as duas cabeças ( da Lagoa e da Pedra da Gávea) eram parte de um culto pagão, provavelmente de indígenas. O próprio fato de existir a capela indica uma tentativa de "limpar" o local da influência "do mal", em um processo de cristianização semelhante ao que ocorreu nos antigos templos romanos, transformados em igrejas. Como a pedra foi destruída? Com pólvora? Naquela época, ainda não havia dinamite. De qualquer forma, deve ter sido um evento e tanto, no mau sentido do termo, é claro.

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    1.   Acho que existia dinamite. Era fabricada no próprio J.Botânico.

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    2.    Não conhecia esta história da cabeça. O próprio corcovado lembra um rosto deitado de perfil com a estátua de Cristo no nariz. O gigante deitado em berço esplêndido na letra de D.Pedro I.

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    3. Dinamite, não. O Jardim Botânico tinha, em suas terras, a Real Fábrica de Pólvora, com função militar. Como há uma aquarela de Debret mostrando escravos em uma pedreira, com uma explosão ao fundo, é provável que fosse pólvora bruta mesmo, talvez ensacada para concentrar o efeito.

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    4. Achava que pólvora e dinamite eram a mesma coisa...

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  6. "Boa tarde".

    Até a massificação da fotografia, nos anos 1860, e até depois, a pintura era o jeito de registrar o cotidiano e as figuras importantes de um local. Sempre relevando alguns exageros e imprecisões que deixaram de existir com os registros fotográficos.

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  7. Cá na Ilha do Governador, tivemos pelo menos quatro artistas que retrataram a paisagem local em uma época em que a fotografia era para poucos : Jordão de Oliveira, Albano Agner de Carvalho, Anuar Said e José Bastos. Benditos personagens.... Só assim sabemos como era a Ilha há quase cem anos atrás...

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  8. Que Pinturas magníficas! Viajei com a história da Pedra Santa ou Pedra da Santa!

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  9. Fiquei tão encantado com essa história que resolvi procurar no site da BN alguma notícia, e não é que consegui!

    http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_01&pesq=Pedra%20Santa

    http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_01&pesq=Pedra%20Santa

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    1. Também achei bastante interessante esta história. Segundo o documento do seu link o arrasamento foi devido ao perigo de queda, talvez uma desculpa. Também fiz uma busca, em outra página diz que a capela é em homenagem à nossa senhora da cabeça, mas de Andaluzia, na Espanha.

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