Total de visualizações de página

segunda-feira, 22 de julho de 2019

ÔNIBUS ELÉTRICO




 
Tal como acontecia com os bondes, a falta de energia elétrica causava um grande transtorno ao funcionamento dos ônibus elétricos.
 
A segunda foto mostra o E2 - Urca-Erasmo Braga saindo do Centro. O "Correio da Manhã" noticiava sobre a inauguração desta linha: "Com um misto de contentamento e saudosismo a população dos bairros da Urca e Praia Vermelha viu transcorrer a substituição da tradicional linha de bondes "Praia Vermelha", que tantos serviços lhe prestava há mais de meio século, pelo moderno sistema de ônibus elétrico, linha "Urca-Erasmo Braga", imposição irrecusável do progresso urbanístico da cidade. O evento teve a presença do governador do Estado que, no ponto final, junto ao edifício em que funciona uma estação de TV, proferiu discurso convocando a atenção dos moradores locais para a segurança e o conforto que o novo sistema assegura aos usuários, concitando-os, por outro lado, através do sufrágio nos candidatos pertencentes à sua corrente político-partidária, propiciar ao governo do Estado, como resultado do pleito do próximo dia 7, o prosseguimento do seu programa administrativo."
 
Na terceira foto vemos os ônibus ainda na garagem à espera do início do novo serviço, em foto de 1962.
 
Por fim, um ônibus elétrico em meio ao tráfego congestionado.

22 comentários:

  1. Eu gostava de ônibus elétrico. Primeiro andei nos de Niteroi, tinham escrito SERVE na carroceria, e depois nos nossos cariocas. Aquele acelerador de pé inteiro me fascinava. E que suavidade e silêncio, muito melhor do que os bondes. Claro, se era bom para mim, acabaram.
    Na última foto, dois Simca quase iguais, mas um é 1961 e o outro é mais moderno, Alvorada, o da Caixa Econômica (é o que tem apenas um friso na dianteira).
    Na frente da carrocinha, um Gordini, facilmente identificável por sua luz de placa cromada e não pintada como no Dauphine. A "dentadura de baiano" que reveste as saídas de ar era um acessório de época.
    Uma Vemaguet segue o ônibus e outro Gordini vai à frente de um Fusca com capô semi aberto. À frente dos ônibus, uma fileira interessante: uma camionete Chevrolet C-14 (pode ser Veraneio, mas sendo do serviço público é menos provável) um Aero-Willys 2600 e um Mercedes-Benz 200, de 66 a 68, que é o carro que melhor identifica a data da foto.
    Muitos outros Aeros e Simca, além de Mopar sobreviventes entre táxis Chevrolet 51. E Fusca que não acaba mais.

    ResponderExcluir
  2. Eu também gostava, no início. Motorista e cobrador uniformizados, paradas só nos pontos, bancos confortáveis. Depois, por falta de manutenção os freios faziam barulho e os chifres saíam do lugar com frequência.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia, Dr. D'.

    Ônibus desse tipo só vi ao vivo na estranha cidade. Aquela época não era a mais indicada para veículos elétricos, apesar da vasta experiência anterior com os bondes.

    Hoje existem outras opções de ônibus elétricos sem precisar do pantógrafo, que era outra parte chata. Mas a máfia da Fetranspor continua com o diesel e não abre...

    Tivemos a experiência dos ônibus a gás na CTC na década de 90, prontamente boicotada pela máfia.

    Acho que atualmente um sistema híbrido seria a melhor solução. Seja gás / diesel ou diesel / elétrico. Gás / elétrico seria pedir demais...

    ResponderExcluir
  4. A linha de bondes Praia Vermelha e a linha do Leme foram as duas primeiras linhas a serem erradicadas e uma das consequências dessas alterações foi a de não mais circularem bondes no Túnel Novo. Os 199 ônibus elétricos estavam "encalhados" em depósito desde 1956, época em que foram comprados pela prefeitura do D.Federal. Diga-se de passagem que ônibus italianos já eram ultrapassados quando foram comprados. Foram "um achado" para Lacerda em seu propósito de erradicar os bondes e esses 199 ônibus não seriam suficientes para implantar o sistema na cidade caso fosse adiante. Completando a afirmação do Dieckmann, os ônibus elétricos em Niterói funcionaram de 1954 a 1967 e coexistiram com os bondes durante dez anos, sendo um exemplo de que os dois sistemas poderiam funcionar simultaneamente.

    ResponderExcluir
  5. Não me recordo de ter visto estas fotos nem mesmo na grande rede. É muito interessante ver a postura dos usuários na foto 2,observando também que hoje naturalmente iria ter a presença de um camelô na calçada.Outros tempos,como se diz aqui.
    Acho que é o Alvorada que está com um porta bagagens de teto e que na minha opinião "matava" o carango.Será que o Biscoito é contra ou favor?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nada disso. Que tem o porta-bagagens no teto é um Aero-Willys 2600. o alvorada está do lado dele. Sem dúvida alguma, qualquer acessório pós-venda enfeia um automóvel.

      Excluir
    2. Fui relar o texto e rever a foto e o Biscoito,é claro,tá mais que tostado de razão.Não tinha percebido bem a referencia aos dois Sinca.Sendo um Aero o com bagageiro,ficou ainda pior.Grato pelo retorno.

      Excluir
  6. Bom dia,Luiz,pessoal,
    Hoje é dia de observar comentários. Mas uma dúvida me assalta : onde fica a garagem da terceira foto? Pelas palmeiras, parece a região do Humaitá/Jardim Botânico.

    ResponderExcluir
  7. Acho que é a garagem do Humaitá, antiga garagem de bondes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É o que parece...o paredão do morro lá atrás parece bastante.

      Excluir
    2. É a garagem da "Cobal". Essa foi a segunda das garagens utilizadas, já que durante quase oito meses a garagem do Largo do Machado ainda foi utilizada para abrigar os bondes da Cia. Jardim Botânico. Os Trolley - bus só puderam utilizar a garagem da Cobal após a circulação do último bonde na zona sul, pois as cinco últimas linhas que circularam entre 2 de Março e 21 de Maio de 1963, tinham seus trajetos restritos entre o centro, Gávea, e Botafogo, incluindo-se aí as linhas provisórias Largo do Machado e Real Grandeza. A partir dessa data, pode então a CTC abrigar os ônibus elétricos na garagem do Humaitá.







      Excluir
  8. A linha de ônibus elétrico para a Urca provavelmente foi inaugurada em 03/09/1962

    ResponderExcluir
  9. As fotos mostram os ônibus da "primeira série", que tinha as faixas laterais pintadas na cor vermelha. Mais tarde as faixas passaram a ter s cor amarela. Isso aconteceu após 31 de Dezembro de 1963, quando foi criada a CTC. A partir de então os Trolley - bus passaram a ter a pintura em azul e amarelo. Em 1965 os bondes do Alto da Boa Vista, Santa Teresa, e de Campo Grande passaram a ostentar essa pintura.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso mesmo, ainda bem moleque eu lembro da pintura azul-amarelo dos bondes de Campo Grande. Desativaram o da Ilha em 67, e o da Pedra e Rio da Prata em 68. Não demorou muito a empresa Campo Grande (depois foi Santa Sofia) colocou a linha de ônibus 836, sainda da estação para o Rio da Prata. E a Jabour, um pouco mais tarde, colocou as linhas para a Ilha e Pedra.

      Excluir
    2. A Linha do Rio da Prata foi a primeira a ser desativada em 1964, a da Pedra em 1965, e a do Monteiro foi a última erradicada, em fins de 1967.

      Excluir
    3. O interessante é que as empresas de ônibus já estavam "à espreita"; bastou acabar os bondes que elas surgiram com as alternativas. Estranho...

      Excluir
  10. Palmeiras já não está sozinho+++
    Bolsonaro diz que não disse+++
    Irmão de deputado acusado de agressão em Niterói+++

    ResponderExcluir
  11. Essa foi a unica coisa que poderia dar certo no Rio, mas não quiseram.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Discordo. A Calango& Ares Resfriados é uma referencia nacional em frescura.

      Excluir
  12. Mas há algo errado na data da terceira foto, já que não pode ser de 1962 e sim em data posterior a 21 de Maio de 1963 por vários motivos. O primeiro é que não há trilhos e "andorinhas" na foto, o que leva a concluir que não havia mais vestígios de bondes no local e isso não poderia ter acontecido antes de Maio de 63. Retirar os cabos de sustentação, "andorinhas", e trilhos, demandaria um certo tempo. Daí situo essa foto pelo menos no segundo semestre de 1963. A segunda foto mostra o ônibus elétrico no Castelo sem qualquer faixa pintada e isso aconteceu nos primeiros meses de funcionamento, ou seja em 1962. A foto dos ônibus na garagem do Humaitá mostra que Todos estão pintados com faixa vermelha.

    ResponderExcluir
  13. Ainda peguei o finalzinho da existência dos bonde mas era muito pequeno e não posso avaliar com precisão. Mas os ônibus elétricos, sim. Em minha avaliação, foram os ônibus mais confortáveis que andei até hoje.

    ResponderExcluir
  14. Como viajei nos E-2, para ir da Faculdade Nacional de Filosofia até o prédio anexo do CBPF para as aulas de Fisica do prof. Horácio Macedo... Os detalhes doa ônibus vieram à tona.

    ResponderExcluir