Hoje temos quatro fotos
sobre alunos do Colégio Militar do Esquadrão de Cavalaria. As duas primeiras
são do Professor Marcos da Fonseca Elia e as duas últimas do acervo do Correio
da Manhã.
O texto é de meu amigo e
colega de turma Odone Bisaglia, excelente médico intensivista:
"Como você sabe, fui
aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e pertenci o Esquadrão de Cavalaria.
Fazíamos várias atividades equestres: instrução, salto, basquete a cavalo e
volteio. Esta última modalidade de equitação está exemplificada numa das fotos.
O volteio é uma espécie de ginástica a cavalo. Existem exercícios com o animal
parado e galopando. A sela possui uma alça na frente e outra atrás.
As ditas
"figuras" do volteio são várias: terra-cavalo, terra-pescoço,
terra-rim, terra-invertido, 360 e terra-terra do outro lado-cavalo. Fazíamos
também as figuras com o cavaleiro em pé na anca do cavalo. Tínhamos uma tira de
lona forte atada na alça dianteira para ajudar no equilíbrio.
Marcos da Fonseca Elia é
professor de Física e Ciência da Computação da UFRJ. As fotos foram tiradas no
dia 6 de Maio de 1965, quando se comemora o aniversário do Colégio. Será que
conseguimos impressionar as normalistas?"
Outra foto é uma parte da
demonstração da Cavalaria denominada Salto Fantasia porque saltávamos
obstáculos como: dois canhões pequenos juntinhos apontados um para o outro,
dois jipes colocados na mesma posição - frente a frente- arcos de fogo, e este
muro humano todo formado por alunos da Cavalaria. Repare que a cabeçada e as
rédeas eram confeccionadas em nylon para dar a impressão que o cavalo não
estava arreado. Nesta foto podemos ver dois cavaleiros em salto simultâneo e
"no pelo". Hoje em dia o Estatuto da Infância e do Adolescente não
permite mais estas travessuras de meninos de 17anos.”
As duas últimas fotos são
do acervo do Correio da Manhã.
A exibição é muito legal,
mas acho que há um risco grande para o muro humano. Às vezes os militares
exageram nestas exibições ou mesmo em suas manobras com maus resultados. Tenho
um amigo que rompeu o tímpano quando fazia o Serviço Militar, pois um sargento
deu um tiro com pólvora seca quando estavam dentro de uma manilha. E vez por
outra há acidentes mais graves como os já acontecidos na Escola Naval ou na
Academia das Agulhas Negras com resultados desastrosos.
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Arrepia qualquer bom aluno do CMRJ ver fotografias resumidas às exibições de gosto duvidoso do Esquadrão. Turminha dura de engolir, permanecem cavalarianos até hoje, mesmo quando conseguiram virar bons profissionais.
ResponderExcluirMas, pelo jeito, agradavam moçoilas e fotógrafos de plantão.
Qualquer aluno do CMRJ sente orgulho e saudades do tempo vivido na casa de Thomas Coelho. Só quem foi do Esquadrão nessas décadas anteriores sabe o orgulho e o trabalho que dava apresentar esse espetáculo de sincronismo, elasticidade e arte. Felizmente, tenho o orgulho de ter participado intensamente dessas apresentações.
ExcluirNum ponto eu concordo, uma vez do Esquadrão sempre Cavalariano...ZUMZARVALHO!
As fotos são excelentes,mas o resto um espanto!!!Muro humano e brincar com a sorte...
ResponderExcluirA faixa "Haverá Sempre uma Cavalaria" já mostrava o pessoal em campanha para manter as atividades com cavalo, praticamente fora da linha de frente dos combates modernos desde a 1ª Guerra Mundial, assunto do filme "Cavalo de Guerra", do Spielberg, quando o belo animal é deslocado para os serviços de apoio.
ResponderExcluirManter a Cavalaria, o hipismo, as corridas e os passeios de cavaleiros e amazonas é bom porque gera renda para veterinários, cuidadores, indústria de ração e farmácia dos bichos, entre outros detalhes.
No caso do Exército, ruim só para os recrutas, geralmente encarregados de remover as sujeiras equinas.
Uma ilha de excelência em meio ao caos do "ensino" brasileiro, retrato acabado da dominação ditatorial a qual foi exposto durante décadas.
ResponderExcluirHá 30 anos era derrubado o muro de Berlim, símbolo máximo da opressão doentia sobre os cidadãos, resultado da imposição fanática das ideias de psicopatas auto-proclamados salvadores da humanidade. Mas infelizmente os psicopatas ainda estão por aí, com a mesma pose arrogante, sempre a postos a nos brindar com a sua verborragia pedante, tratando os outros como bárbaros ignorantes que precisam ser submetidos à suprema iluminação que só eles, os ungidos, podem trazer. É só prestar atenção nos seus discursos. É sempre a mesma afetação prepotente de quem se considera uma virgem no bordel, a flor delicada crescendo no pântano. São os puros a distribuir condenações aos boçais que não coadunam com as suas idéias.
Um esporte bruto e com cheiro ruim.A cavalaria é coisa do passado e traz más lembranças.Acho que desde ontem o Brasil se liberou de um governo autoritário.
ResponderExcluirQuando vi as fotos já ia comentar algo semelhante ao comentário do biscoito: ô, coisa, cafona!
ResponderExcluirBoa noite, Dr. D'.
ResponderExcluirLembrando os 30 anos da queda do muro, hoje, pelo campeonato alemão, no estádio olímpico de Berlim, antes do jogo Hertha X Leipzig, houve uma encenação alegórica da queda. Com direito a Trabant e mosaico.
A terceira foto, salto a fantasia simultâneo, o cavaleiro de tràs é o então aluno Pedro Couto. Na quarta foto é o conjunto do aluno Coelho, com animal Albatroz. Sentado na extrema direita o então aluno Paranhos e na extrema esquerda o então aluno Rogério. Eles participaram e possuem recordações. Melhor do que apenas palavras vazias.
ResponderExcluirCavalariano CMRJ 74-76,Integrante da equipe de volteio, hj com 64 anos. Ser de cavalaria, não era uma opção, era privilégio para poucos, que foram forjados na camaradagem e respeito. Zum Zaravalho
ResponderExcluirMelhores anos da minha juventude. Esq de CAv. 74/76
ResponderExcluirQuem foi do Esquadrão sempre será Cavalariano.
ResponderExcluirEquipe de volteio, o alto do 6 de maio, dia do aniversário do CMRJ. Com muito orgulho fiz parte dessa festa... éramos "jovens destemidos..."(como conta a canção do CM).
Show de perícia, coragem e muito treinamento...