Na década de 1960, a Companhia Califórnia de
Investimentos lançou o GÁVEA TOURIST HOTEL, com o "slogan" "...e
o sonho se realizou entre o mar e a montanha".
Entretanto, o sonho virou um pesadelo. As obras do hotel
foram paralisadas há quase 60 anos, devido à falência da incorporadora, restando um "esqueleto" abandonado que está lá até hoje.
O
prédio de 11 andares, projetado para ter 40 apartamentos de 23 metros quadrados
cada um, ocupa uma área de quase 22 mil metros quadrados, na Estrada da Canoa
nº 2041. Esta estrada liga o bairro de São Conrado ao Alto da Boavista.
O hotel fica
num local privilegiado, com belíssima vista para o mar, encravado no meio de
luxuriante floresta. Durante alguns anos, na década de 1960, chegou a funcionar
o Sky Terrace Bar, um bar-boate, no térreo.
Muitos investidores perderam dinheiro ao comprarem cotas
deste empreendimento. Foram vendidas 11520 cotas, que davam direito a ali se
hospedar durante parte do ano. O Gávea Tourist Hotel começou a ser construído
no ano de 1953, pelo arquiteto Décio da Silva Pacheco.
Conta o prezado FlavioM, cuja aparição por aqui ficou cada vez
mais rara, que os pais dele se mudaram para São Conrado em 1959. Nesta época, o
GTH ainda estava em construção. Alguns meses depois, passaram a acender vários
quartos, formando as letras GTH. A instalação elétrica estava pronta. Diziam
que todos os banheiros já estavam com as peças hidráulicas instaladas. Pelo
menos um dos elevadores foi posto em operação, para levar o público à boate Sky
Terrace.
Aparentemente o empreendimento foi vitimado por excesso
de esperteza. Venderam muito mais cotas do que o volume autorizado, ou coisa
parecida, de forma que a soma dos valores das cotas era muito maior do que o
possível valor futuro do imóvel ou da empresa operadora.
O Panorama Palace Hotel (Ipanema/Lagoa), o Shopping
Center Popularis (atual Shopping da Gávea), pelo menos um ou dois clubes da
Barra e mais uma série de outros empreendimentos seguiram o mesmo caminho. E
não incluo aí o Centro da Barra/Athaydeville, onde existiu outro tipo de golpe.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirA primeira foto compõe uma propaganda veiculada na edição comemorativa da Manchete do Quarto Centenário, em 1965. Havia a história de que estaria "espelhada".
Sobre o domingo de sol, ontem fui ao supermercado e muita gente só usava a máscara dentro do estabelecimento por ser obrigado. Fora, sem fiscalização, era máscara na mão, no pescoço, orelha, menos no rosto. Mas, verdade seja dita, muita gente com as máscaras na rua. Mas poderia ter mais... E usadas do jeito correto.
Lá nos EUA houve aumento de contaminação por ingestão de desinfetante após o Trumpvid soltar uma de suas gracinhas.
Boa tarde Augusto, você tem toda a razão: a foto como está acima no blog está sim "espelhada"... baixei a foto daqui do blog e a inverti horizontalmente, e eis que a Estrada da Canoa ficou no traçado correto conforme se pode ver no Google Maps numa vista cartográfica ou de satélite!!! Puxa mas que vacilo da revista Manchete da época hein??
ExcluirAugusto, consegui acessar pelo acervo digital da Biblioteca Nacional a foto original da revista Manchete da época... a foto original está do lado correto... não sei por qual motivo a foto do blog está espelhada...
ExcluirCadê o meu,Amadeu? Quer dizer que muita gente ficou de pires na mão e o empreendimento foi para o espaço?Ninguém recuperou nada?Não sabia desta história...
ResponderExcluirEstou dando uma passada na igreja e nada de fiel e nem mesmo recados referentes a ultima semana.A coisa tá preta....Acho que vou ter que antecipar o retorno das ladainhas antes da hora programada.Nem tarja verde na área.....
Esse tipo de estelionato é frequente no Brasil, já que "está no sangue" do brasileiro esse tipo de esperteza. Infelizmente na maioria das vezes "não dá em nada", já que seus autores, invariavelmente políticos e empresários, "são bem relacionados", sem contar que as penas previstas são brandas. Uma das razões "desse circo" está no fato de que além das penas brandas existe uma "Lei de Execuções Penais" criminosa que prevê "saidinhas e progressões de penas", e é claro o "foro privelegiado", uma excrescência jurídica única que só acontece no Brasil e onde cerca de 58.000 cargos permitem que seus ocupantes fiquem abrigados dos "rigores da Lei".
ResponderExcluirO palhaço aqui nos EUA continua pisando na bola, assim como o seu minime ai no Brasil. Ontem vi um programa muito informativo sobre isso: https://www.pbs.org/wgbh/frontline/film/coronavirus-pandemic/
ResponderExcluirEsse Hotel já faz parte do folclore do passado do povo carioca.já ouvi as mais diversas histórias e as mais recentes é que turmas de jovens alpinistas fazem o treinamento no esqueleto que até hoje padece lá. Não sei se seria um bom local para um Hotel de categoria visto que hoje o local é perigoso e a cidade mudou nesses anos. Seria melhor derruba-lo para a natureza se refazer novamente no local.
ResponderExcluirBom dia a todos. Este tipo de investimento com certeza não me pega, não leva meu dinheiro de jeito nenhum, nem apartamento na planta eu compro, como diz o ditado, quem conta com o ovo no ** da galinha é aviário.
ResponderExcluirEsses são os famosos crimes de "colarinho branco"?
ResponderExcluirAté hoje a famosa Demolidora Serqueira não conseguiu direcionar suas marretas e picaretas para esse "esqueleto".
Eu caí na história do Interpass; perdi dinheiro. Cantos da sereia como pirâmides de Inode, Telexfree, e outros sempre fiquei fora.
ResponderExcluirSempre afirmei aqui o crime no Brasil advém da impunidade. O crime se torna recorrente em razão da certeza do agente em continuar impune. Teríamos grandes empreendimentos aqui à moda de Miami se houvesse para isso "segurança jurídica". Não existem países civilizados que possuam em seu ordenamento jurídico a figura do foro privilegiado. Nos EUA juízes, deputados, senadores, politicos em geral e até governadores e presidentes, podem ser presos, algemados, e julgados como qualquer cidadão. É essa a grande diferença entre uma NAÇÃO CIVILIZADA e a nação brasileira. Enquanto grande parte dos brasileiros continua a "defender o indefensável" e a sua visão periférica for cerceada pelos seus indefectíveis antolhos, o Brasil será sempre "o país das oportunidades".
ResponderExcluirForo privilegiado. Isso é coisa de país pobre como o nosso, onde o político pensa que está acima do bem e do mal.
ExcluirHoje em dia um empreendimento deste porte e nesta localidade jamais seria pensado e tampouco construído. Local perigoso e cheio de comunidades ao longo da Estrada das Canoas.
ExcluirPor volta de 1964 meu pai se interessou por um empreendimento na Estrada de Jacarepaguá entre o Anil e o Itanhangá. Era uma região paradisíaca, com matas exuberantes. Eu era bem pequeno mas lembro bem do lugar. Meu pai acabou desistindo de comprar o tal título e mais tarde soube que a empresa faliu. Hoje em dia a região é fétida e insalubre, já que no local existe Rio das Pedras, "a Pisa Carioca", e seus "satélites" Muzema, Tijuquinha, etc. Ninguém foi responsabilizado pelo empreendimento e "ficou por isso mesmo". Como curiosidade, a região é onde se concentra a maior quantidade de nordestinos fora do nordeste,"visse"?
ResponderExcluirNão podemos esquecer o Panorama Palace Hotel e o Lume, que originou o famoso Buraco do Lume, mais tarde transformado em praça, entre a Av Nilo Peçanha e a Rua São José.
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