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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

COLÉGIO BENNETT






 O Pavilhão Barão de São Clemente, sede do Instituto Metodista Bennett, foi construído na segunda metade do século XIX para servir de residência a Antonio Clemente Pinto, Barão, Visconde e Conde de São Clemente na rua Marquês de Abrantes nº 13, hoje o atual nº 55. 

Por volta de 1905, após grave crise financeira, a propriedade foi vendida para o médico Dr. Miguel Couto em 1905 por 120 contos de réis. A propriedade foi redecorada pelo arquiteto Frederick Anton Staeckel.

Em dezembro de 1919 um grupo de americanos quis comprar a casa para criar um colégio e o Dr. Miguel Couto se recusou, dizendo que só a venderia por 400 contos de réis. Para surpresa geral, o preço foi aceito e a casa foi vendida.

A Igreja Metodista adquiriu a edificação, tendo sido inaugurado em março de 1920 o Colégio Bennett, local onde permanece até os dias de hoje.  O nome Bennett é uma homenagem à missionária Belle Harris Bennett, uma das maiores incentivadoras da criação do Colégio.

Com o crescimento das atividades o Instituto Metodista Bennett foi expandindo seus espaços pelos jardins da antiga mansão. Em 1926 foi erguido o edifício Eliza Perkinson, em estilo neocolonial Missões Californianas. Na década de 40 foram construídos os edifícios Erasmo Braga e Clara Perry e, em 1952, o Eva Louise Hyde.  De 1971 a 1980 passam a fazer parte do campus os prédios Layona Glenn, John Wesley e Heloisa Marinho.

O Bennett oferecia um ensino que abrangia Creche, Colégio, Faculdade, Pós-graduação, Mestrado e cursos para a terceira idade.

O prédio Barão de São Clemente, bem como os gradis, são tombados desde 2003.

 

Esta semana foi anunciado o fim do Colégio Bennett como vemos na notícia da última foto.

12 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Passei em frente algumas vezes quando fui no SESC do Flamengo. Alguns filhos de governadores estudaram lá. Não foi lá que, anos atrás, aconteceu um incidente envolvendo um helicóptero?

    Hoje é dia de economizar água.

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  2. Uma pena a notícia de encerramento das atividades do colégio. Minhas duas filhas estudaram lá nos anos 80 e 90. Além das atividades curriculares aprenderam muito de como pensar e questionar. O colégio ensinava a ser gente.
    Eu não conhecia a história do colégio. Ótimo texto o de hoje.

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  3. Tomara mesmo que o espaço continue sendo utilizado para a educação.

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  4. Boa tarde a todos. Uma triste notícia para o ensino da cidade, vamos perdendo a cada dia entidades particulares de ensino que por décadas foram marco na educação básica da infância, adolescência e juventude dos Cariocas. E agravada pela precariedade e a baixíssima qualidade do ensino público, não só no Estado como em todo o País.
    A Educação e a Saúde são as principais prioridades de todos os políticos no Brasil, porém não é pela importância que estas atividades representam no desenvolvimento da população, mas por serem as pastas em que se pode roubar e desviar verbas públicas.

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    1. Corretíssimo! As verbas para a educação são vultosas mas nunca empregadas na sua íntegra. Ainda existem bons colégios particulares mas quase nenhum público aceitável. Quem pode pode pagar terá bons colégios, quem não pode fica sem. É a lei de quem pode mais.

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  5. O colégio era bom mas muito caro. A maioria dos alunos era de burgueses e estrangeiros.

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    1. Anônimo, não era um colégio de excelência, pois não estava classificado entre os 10 melhores do RJ. Mas era um colégio fora do circuito supermercado educacional que vem a cada dia lançando no mercado mais e mais profissionais sem qualificação e rejeitados pelo mercado de trabalho. Pessoas que acabam indo parar em supermercados e atendentes de telemarking. Já estou a 7 anos fora do mercado de trabalho por ter me aposentado, e quando trabalhava, lembro que sempre tínhamos problemas na contratação de profissionais juniors. Meu filho antes da pandemia tentou contratar uma pessoa para a empresa dele, entrevistou mais de 20 candidatos e não achou ninguém com formação adequada para trabalhar na área de projeto e desenvolvimento de sistemas de controle de automação. Enquanto isso as reformas visando melhorar o ensino, estão focadas em que o aluno tenha aula de sociologia, filosofia e outras matérias que não acrescentam em nada a formação de alunos que não sejam destas áreas específicas.

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  6. Aí vou discordar do mestre Lino. Uma formação integral, com noções de Filosofia, Sociologia e outras matérias das áreas humanas forma um indivíduo muito mais bem preparado para a vida. O foco apenas nas Ciências Exatas voltadas para o mercado de trabalho gera problemas adiante. A vida não é só ser bem sucedido profissionalmente.

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    1. Paulo me diga qual a necessidade de um aluno que atua na área tecnológica tem em aprender sociologia, filosofia e outras matérias que fogem do currículo para a formação técnica. O que estas matérias agregam na fabricação de um produto, quantos dólares valoriza o produto ou reduz o custo da sua produção? Quanto o País terá de crescimento com estas matérias ministradas em carreiras técnicas? Enquanto isso estes alunos que seguem a carreira técnica, chegam as Universidades sem saber Matemática, Informática, Lógica, não conseguem ler e entender um fluxograma, não sabem uma língua estrangeira, tudo hoje na área técnica você precisa saber ler e falar inglês para poder ler um manual, de uma máquina, instrumento, etc. Hoje até mesmo na área Agrícola se faz necessário o conhecimento de informática, conhecer programação, ler e interpretar gráficos, manuais. Aí ficamos mais de uma década discutindo a reforma de ensino, neste mesmo tempo Países da Ásia, que tinham menor nível educacional que o Brasil, nos ultrapassaram e hoje estão entre os 10 ou 15 melhores níveis de educação do mundo, podemos citar a Coreia, Singapura e a própria China. No Brasil o que fizemos? Nossas faculdades estão infestadas de professores esquerdistas, sendo muitos deles maconheiros e viados, quase todos ligados ao PSOL e um monte de aluno sem competência para estar numa faculdade, mas lá estão, porque lhe foi dada uma vaga por cota, mesmo que este cara fique até uma década dentro da faculdade para se formar e chegue ao mercado de trabalho sem qualquer capacidade. Para finalizar, me diga somente um País do mundo que se desenvolveu, tendo como base o ensino de filosofia e sociologia. E qual deles fez a reforma de ensino, sem considerar e priorizar o ensino básico fundamental.

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  7. O maior problema das escolas particulares é a inadimplência, devidamente autorizada desde o governo de FHC. O aluno passa meses sem pagar a Escola e no final o estabelecimento é obrigado a emitir toda a documentação do aluno. Não tem como sobreviver.
    Quanto a Escola Pública, sua estrutura começou a ser demolida a partir de 1970, com a criação de cursos pseudo- técnicos, vamos chamar assim, cujo objetivo era oferecer mão de obra a baixo custo para uma economia crescente. Como a economia não cresceu, a Escola Pública se.....A partir daí nunca mais foi levada á sério.

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  8. Curiosidade: 1 conto de réis = R$ 123.000,00 hoje.

    Mas na época era como se fosse 1 milhão.

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  9. Passo frequentemente pela porta do Bennett e desconhecia sua história e a origem do nome. Obrigado pelo resumo. Uma pena o fechamento de mais uma instituição centenária no Rio.

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