Relembrando o "Voando para o Rio" do JBAN: Foto de Ferreira Júnior, enviada
por seu afilhado Sidney Paredes, vemos o momento de desembarque dos passageiros
do dirigível Graf Zeppelin. O destaque da imagem é a grande multidão que se
aproxima do enorme dirigível (cerca de 200 metros de comprimento) para receber
passageiros, mas a grande parte estava mesmo movida pela curiosidade de
observar a grande nave, que horas antes havia sobrevoado toda a cidade. Acervo
Decourt.
Vemos o Graf Zeppelin - LZ127 sobrevoando o centro da cidade. A foto é da edição da revista "Careta" de 31 de maio de 1930 e mostra o Zeppelin sobre a cidade em 25 de maio de 1930. Foi a primeira viagem entre a Alemanha, de onde decolou de Friedrichafen no dia 18 de maio, e a América do Sul. Após pousar em Recife no dia 21, chegou ao Rio no dia 25, onde pousou no Campo dos Afonsos.
O primeiro pouso foi no Campos dos Afonsos, que funcionou como como Zeppelinódromo até a inauguração do Aeródromo Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz.
Os alemães construíram o campo de pouso de 80 mil metros quadrados em Santa Cruz, onde edificaram um hangar de 270 metros de comprimento, cinquenta de altura e outros cinquenta de largura. Recebeu o nome de aeroporto Bartolomeu de Gusmão, atual Base Aérea de Santa Cruz. No local instalaram-se, ainda, uma fábrica de hidrogênio para abastecer os dirigíveis e uma linha ferroviária, ligando-o à estação D. Pedro II. Colorização de Reinaldo Elias.
O Graf
Zeppelim operou durante 10 anos sem registro de acidentes. A foto mostra o interior de um deles.
A viagem devia ser um espetáculo. O sobrevoo a baixa altura das diversas cidades do trajeto, o luxo e conforto do aparelho tornavam o voo uma experiência única.
Devia ser uma viagem indescritível. No ano 2000 eu participei de algo semelhante quando dentro do dirigível da Goodyear pude observar o Rio em baixa altitude. A sensação é impressionante e pude percorrer desde o São Conrado, Barrinha, Itanhangá, e adjacências, até as Vargens, Boiúna, Curicica, e regiões menos favorecidas. ## Ontem a Alerj concedeu a Medalha Tiradentes para a Base aérea de Santa Cruz. Houve protestos de segmentos menos conservadores da política sob a alegação de que lá teriam ocorrido "atos pouco democráticos" em um passado remoto. Mas são ilações.
ResponderExcluircertamente houve atos pouco democráticos, não somente na força aérea, bem como pelo exército e a marinha. O CIE do exército, o CENIMAR, da marinha e o CISA da aeronáutica não deixaram boas lembranças.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirO sumido JBAN perguntaria, se esvaindo, após várias punhaladas: "Aqui é o Voando para o Rio?"
Parte do ramal ainda pode ser visto, fagocitado pela invasão imobiliária dos arredores, da mesma forma que o extinto ramal do matadouro.
De vez em quando passa no History 2 uma série de programas bem elucidativos com relação a outros comentários postados por aqui.
Em tempo, agradeço a resposta do gerente para a minha pergunta de ontem...
ResponderExcluirÉ um dado importante ter operado por 10 anos sem ter tido qualquer acidente. Na segunda foto, destaque para a cúpula da Alerj.
ResponderExcluirNaquela época, câmara dos deputados federais.
ExcluirEm tempo, o que era aquela outra torre ali perto?
A torre da igreja do Carmo
ExcluirTambém estranhei essa torre.
ExcluirMuitas celebridades viajaram nessa primeira vez, inclusive o Conde Pereira Carneiro, proprietário do Jornal do Brasil, que, claro, deve ter seus relatos de viagem nas páginas do matutino carioca. A confirmar se a hemeroteca da Biblioteca Nacional estiver "no ar".
ResponderExcluirEntre o público presente no desembarque muitos que faziam o "biscate" de auxílio nas manobras de fixação do dirigível.
Acho que ainda é possível encontrar alguns resquícios do ramal ferroviário que atendia essa base.
para imaginar o tamanho do Zeppelin, 200 metros, podemos comparar com os maiores aviões em uso hoje:
ResponderExcluirAirbus 380, 72,73 metros
Boeing 747, 76,30 metros.
Era, sem dúvida, um motivo de tanta gente se aglomerar para ver de perto a nave.
JBAN certamente se encantou devido ao formato fálico do Zeppelin....
Curiosidade: o prefixo LZ do dirigível era abreviação de Luftschiffbau Zeppelin, fabricante do mesmo. Após a tragédia do LZ 129 Hindenburg, em maio de 1937, o Zeppelin foi retirado de circulação. Em 1940 foi desmanchado e o alumínio de sua estrutura foi usado para construir material bélico.
ResponderExcluirGöring e a Luftwaffe não acreditavam no Zeppelin.
ExcluirUsaram como instrumento de propaganda apenas. O acidente deu a desculpa para encerrar o projeto.
Boa Tarde! Certa Vez, ( já comentei este fato e o JBAN disse que não era o Zeppelim) eu tinha de 3 para 4 anos, e estava brincando no quintal quando vi passar o Zeppelim. fui correndo chamar minha mãe para ver. Claro quando ela chegou no quintal o mesmo já tinha passado. Naquela época,(primeira metade dos anos 40) eram poucas as construções e dava para ver o morro que fica a quilômetros de onde eu estava. Neste morro existe uma pedra pontuda que eu na inocência dos 4 anos de idade, olhando para ela achava que era o Zeppelim que tinha pousado naquele morro.
ResponderExcluirDevia ser um Blimp americano, usado na 2a Guerra para vigiar a costa
ExcluirMauro, não deveria ser mesmo o Zeppelin, já que ele saiu de serviço em 1937. Após o acidente com o Hindenburg, nessa época, os voos de dirigíveis foram suspensos. Não terá você visto um disco voador? Ou melhor, um charuto voador? kkkkk
ExcluirApesar da imponência o Graf Zeppelin não era um meio de transporte seguro, já que o risco de explosões era uma realidade. O III Reich agiu com prudência e "aposentou" o dirigível em 1937, muito provavelmente impressionado pelo ocorrido com seu "irmão" o dirigível Hindenburg, que se incendiou em 1937 em acidente que 36 pessoas "foram a óbito".
ResponderExcluirem que
ExcluirTão confortável quanto arriscado. Gostaria de voar num bicho desses. Hoje deve ter mais segurança com novas energias NÃO combustiveis .
ResponderExcluirHoje seria com gás Hélio, menos eficiente, porém inerte.
ExcluirOs Americanos detinham o conhecimento para a fabricação/extração do Hélio, mas não venderam o gás para os alemães.
Aqui é o voando para o Rio??
ResponderExcluirE o JBAN apareceu!
ResponderExcluirNa ocasião em que voei no dirigível da Goodyear, conversei com o piloto sobre o risco da aeronave ser atingida por um projétil de arma de fogo e ele explicou que o risco de queda era nenhum, pois caso fosse perfurado por um projétil de calibre 7,62 mm o dirigível levaria cerca de três horas para chegar ao solo em razão do gás Hélio ser mais leve do que o ar. Em 2002 a "cidadã" que ocupou por seis meses o Palácio Guanabara chegou a empregar um desses dirigíveis para ser usado na segurança pública do Rio. É claro que esse projeto não vingou. Não havia qualquer segurança para os tripulantes, que não tinham qualquer proteção além plástico, lona, madeira, e é claro, Deus.
ResponderExcluirHá pouco mais de vinte anos era comum passar pelos ares da cidade o dirigível da Goodyear, especialmente na época das corridas de F-Indy em Jacarepaguá.
ResponderExcluirEm 2002 passeou pelos ares o dirigível da Benedita.