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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

O CENTRO ANTIGO

Há muitos anos tenho na minha biblioteca o “Álbum da Cidade do Rio de Janeiro”, comemorativo do 1º centenário da Independência do Brasil, em edição da Prefeitura do Distrito Federal (1822 – 1922). Na época o Presidente da República era Epitácio Pessoa e o Prefeito do Distrito Federal Carlos Sampaio. Por iniciativa do Dr. Luiz Raphael Vieira Souto foi publicado este álbum. Todas as fotos são em P&B, mas semana passada tive o prazer de receber as fotos colorizadas, enviadas por ilustre comentarista do “Saudades do Rio”, que poderá se identificar nos comentários e, talvez, esclarecer a origem destas colorizações que achei estupendas.

Na primeira foto vemos o bonde “Barcas”, nº de ordem 327 e um curioso sinal de trânsito sendo manipulado por um guarda. 

Aqui vemos o Hotel Palace, construído em 1908, situado na esquina das avenidas Rio Branco com Almirante Barroso. O projeto foi do grande arquiteto Joseph Gire. Demolido na década de 1950, no seu lugar hoje existe o Edifício Marquês de Herval.



Esta foto de Malta mostra a Biblioteca Nacional, na Avenida Rio Branco em frente à Praça Floriano. Este prédio foi projetado em 1904 e construído a partir de 1906, seguindo os planos do arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, em estilo Luiz XVI. A Biblioteca é inspirada no prédio da Escola Militar de Paris. A Biblioteca Nacional foi construída no local onde existia o velho casarão do Seminário Diocesano de São José, demolido em 1904 para dar passagem à Avenida Central.

O prédio foi construído com armações de ferro de 44 metros de altura que, após receber revestimento de alvenaria, sustentam os 13 mil metros quadros de área útil da Biblioteca Nacional. A técnica usada há cem anos ainda pode ser considerada uma ousadia. Este método de construir não foi exclusivo da Biblioteca Nacional: também o castelo mourisco que abriga a Fundação Oswaldo Cruz e o Teatro Municipal utilizaram este método. O projeto arquitetônico acompanhou a importância histórica da Engenharia. O edifício é um dos exemplos ecléticos do início do século XX, assim como o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal.



A foto, da Praça da República, mostra o Quartel General do Corpo de Bombeiros, que data de 1864. 
O "CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO" foi criado em de 2 de julho de 1856, pelo Decreto n° 1.775, com a identidade de Corpo Provisório de Bombeiros da Corte.

25 comentários:

  1. Prezado Luiz, essa versão colorizada me chegou via zap enviado por um amigo, que por sua vez também a recebeu por zap. Não sabemos qual é a fonte original.

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  2. Por mais que eu tente, não consigo entender o funcionamento daquele sinal de trânsito.

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  3. Olá, Dr. D'.

    Não lembro se tenho esse livro. As colorizações parecem menos artificiais do que outras postadas.

    Onde seria a esquina da primeira foto? Rio Branco com Assembleia?

    Infelizmente o Hotel Palace não sobreviveu até a minha época.

    O QG dos bombeiros ainda se destaca na vizinhança.

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    1. Concordo com sua observação sobre a menor artificialidade das colorizações.

      Quanto ao local da primeira foto, alguém afirmou há tempos, neste mesmo SDR, que era Assembleia com Rio Branco. Se verdade ou não, ignoro.

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  4. Bom Dia! Helio: Acredito que este sistema seja giratório,acionado pelo "bondoso guarda". A mão do dito cujo e os cabos indo do poste ao "farol" sugerem isso.

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  5. Helio eu acho que seria apenas para acionar o sinal que estaria em outro local. A propaganda que parece ser o sinal está em outro poste, branco, mais atrás.

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    1. Interessante sua observação. Pensei que aquele penduricalho tinha a ver com o sinal.

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  6. O modelo de sinal de trânsito da foto certamente será adotado no Rio de Janeiro. Diante da enorme quantidade de sinais de trânsito inoperantes em razão do furto de seus componentes e da inoperância do Poder Público em combate-los, essa "solução salomonica" certamente atenderá a "quase todas as partes envolvidas no problema". A Prefeitura economizará na reposição de equipamentos e a presença de um Guarda Municipal proporcionará um "sensação de segurança". A parte triste é que o "furtador", o crackudo, e o desocupado ficarão sem seu "ganha-pão", enquanto os donos de ferros-velhos clandestinos irão amargurar um sério prejuízo...

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    1. Aqui na área todos os sinais cuja altura é baixa já tiveram as pestanas das lâmpadas roubadas. Mas o pior não é isso, e sim a enorme quantidade de fios e cabos de operadoras de telefonia e TV a cabo cortados e dependurados. A gente tem da andar se esquivando deles para não dar com a cabeça ou pisar neles.

      O Rio, que alguns lunáticos insistem em chamar de Cidade Maravilhosa, está mais para Bombaim do que para Viena. Ou, como dizia o Bacha, é muito mais Índia do que Bélgica.

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    2. Hélio, o mais triste é que o Poder Público tem "total ciência dos fatos", e a SEOP, GM, e PM, fazem "vista grossa" ou "algo pior". No seu comentário de 12:10 você foi "cirúrgico" em um ponto: ao não tolerar condutas desprezíveis e/ou criminosas corre-se o risco de atrair "inimigos" virtuais e ser alvo de comentários ofensivos onde os termos "fascista e racista" são comuns aqui "neste sítio". E "meio fora da foco" não custa informar a origem e o sentido desse termo. Na "República de Roma" os magistrados encarregados de ministrar justiça eram acompanhados de "Litores", uma espécie de Policiais que portavam varas amarradas junto a um machado, o que constituia um "feixe" ou em italiano "Fascio". Essas varas serviam para açoitar e o machado para decapitar os condenados. No Século XX o termo é utilizado para denominar "regimes autoritários de direita".

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  7. Bom dia a todos. Gostei das fotos, a colorização deixou as fotos com aspecto de uma foto antiga. Detalhe na primeira foto é o poste de luz muito bonito. A pessoa que está segurando peças de uns 3 metros, vai pegar o bonde?

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  8. Bom dia! Recebi esse arquivo e imediatamente repassei ao Luiz. Certamente acontece com voces o que se passa comigo. Cmo sou "riomaníaco" (assim me identifiquei numa entrevista ao jornal do Jardim Botanico), muitas pessoas me enviam o que recebem da Muey Leal e Heorica. Depois recebi o arquivo umas 3 vezes. Acho que vai dar notícia na imprensa. Muitas fotos e muitos detalhes para explorar. a da praia de Ipanema uma pintura. Quanto ao guarda operando o sinal, me lembro de muito jovem ver essa cena em São Paulo. O sujeito acionava um tipo de manivela do código Morse. No mais, curtir o que não mais existe..

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  9. O centro do Rio agora da pena. Tudo fechado, já estava ruim com antes da pandemia agora então. Talvez o projeto de moradia de algum ânimo ao local....vamos ver.
    Imaginem nessa época alguém gastar com cultura e livros....

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  10. Embora o Joel tenha angariado "inimigos" neste SDR, e não obstante eu mesmo ter algumas leves divergências com as opiniões dele, não resta dúvida que viver no Rio há muito tempo atingiu o nível de insuportável. Razões não faltam e seria supérfluo enumerá-las, eis que são do conhecimento de todos. Ou pelo menos dos que têm espírito crítico e senso de observação.

    E aí eu me lembro da história da rã sendo cozida lentamente em água quente. Somos a rã, a temperatura já ultrapassou os 100 graus (pois nos colocaram dentro de uma panela de pressão), e ainda estamos vivos. E mesmo assim tem quem ame a cidade, embora já com a pele esfolada e com queimaduras de quinto grau. Devem ter aquela doença que inibe as dores. Ou são tan-tans.

    Mas sejamos justos: muitas das mazelas não podem ser classificadas como patrimônio cultural carioca. Estão espalhadas pelo país inteiro.

    Rápida, fagueira e alegremente nos encaminhamos para sermos o entreposto mundial das drogas. Aliás, por que não nos juntamos à Bolívia, Peru, Colômbia e Paraguai e formamos a Drogasul? Muito mais lucrativo e condizente com a realidade do que essa bosta de Mercosul.

    Já que formamos no primeiro time de corrupção, tráfico de drogas e de armas, desigualdade social e violência, não podemos deixar os outros nos ultrapassarem. Chega de complexo de vira-lata! Avante, Brasil varonil de céu de anil!

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    1. Sim; por coincidência, o sinal de internet aonde moro (bairro de Laranjeiras) vem oscilando um bocado hoje à tarde.

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  12. Que paz. Reina a tranquilidade no país.
    Ou não. É o golpe.

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  13. CUIDADO o Telegram é russo e está nas mãos dos comunistas.

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    1. Você pode ter escrito isso com ironia, mas é verdade. Todas as mensagens trocadas via Telegram são copiadas e ficam armazenadas nos servidores da FSB, o bureau federal de segurança russo, uma das sucessoras da KGB.

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  14. Tcheka, NKVD, OGPU, e finalmente KGB, são coisa do passado, mas é "expertise" é a mesma. Nunca fui cumunista mas sempre apreciei os povos de etnia russa.

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    1. Já eu aprecio os de origem germânica, embora não tenha nenhum ascendente com aquela origem. Coisa de encarnações passadas? Para quem acredita nisso, talvez. Minha admiração vem de infância..

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    2. Hélio, embora você não creia os traços que trazemos de encarnações passadas mostram grandes semelhanças com os da encarnação atual. O grande empecilho que temos enquanto encarnados é o corpo ao qual estamos presos. Quando adormecemos nosso espírito fica livre e pode visitar lugares incríveis. Há casos de pessoas que "sonham" com parentes já falecidos, mas não imaginam que realmente estiveram no plano astral com essas pessoas. Na verdade a maioria perde a lembrança logo ao acordar mas há como desenvolver esse dom que nada mais é do que um tipo de mediunidade. Em sessões de "Apometria cósmica" é possível regredir a memória de um indivíduo para encarnações passadas e curar males que o acompanham por muitas encarnações. Sei do caso de um indivíduo que sofria com um problema cardíaco desde o seu nascimento e nenhum médico conseguiu cura-lo. Foi levado à uma sessão de Apometria e lá foi revelado que em uma encarnação anterior foi morto com um tiro no coração. Essa lesão o acompanhou por várias encarnações até que foi curado na sessão Apometria. Existem muitos livros que abordam o assunto e quem sabe você não encontra em algum deles uma explicação para a sua "inclinação germânica"?

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  15. Hoje despencaram os golpes pela internet, assim como disseminação de fake news.

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