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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

CINE GLÓRIA

A fotografia de hoje mostra o Cine Glória, inaugurado em 1925 na Praça Floriano 35/37 (mais tarde 31/39), na Cinelândia. Tinha mais de mil lugares e, em 1941, tomou a denominação de Cineac Glória até 1944. Voltou a se chamar Cine Glória neste ano e foi demolido em 1968.

O filme inaugural foi "A única mulher".

O local funcionava também como teatro e tinha orquestra própria que executava números musicais antes dos filmes.


O filme em cartaz da foto acima era "Dramas da Mocidade.

Já aqui o sucesso em exibição no Cine Glória era "Luzes da Cidade", com Charlie Chaplin, em 1931. O cinema oferecia perfeitas condições de ventilação e segurança. 

Douglas Fairbanks estava no cartaz com "Ladrão de Bagdad". Chama a atenção o estilo do da fachada do cinema. O letreiro, segundo o Jornal do Commercio", era uma maravilha de perfeição, um jogo de luzes policroma que encanta".


O Cine Glória ficava no térreo do belo prédio do Hotel Monroe. A revista Fon-Fon assim o descrevia: “Com nove magníficos, amplos commodos e luxuosos pavimentos com divisões adaptáveis aos fins destinados, com conforto e elegância, o palácio dos srs. Rocha Miranda Filhos Ltd. e Eugenio Honold, é o mais sumptuoso e bello edifícios nos terrenos do antigo Convento da Ajuda. Foi seu constructor o notável engenheiro patrício Eduardo V. Pederneiras a quem o Rio moderno deve as mais bellas e magnificentes construcções.

 O Hotel Monroe com cerca de cem magníficos appartamentos, destinados a receber famílias, casaes, ou simples hospedes, offerece uma nota original na industria hoteleira, e que ainda não era explorada entre nós.

 O Hotel Monroe, não tem cozinha. Offerece os seus apartamentos apenas com o café matinal, o que, porém, não o impede de satisfazer aos seus hospedes que desejam qualquer refeição nos respectivos quartos, pois tem um corpo de pessoal para tal fim.

 Todos os appartamentos só tem quarto de banho, e as unidades maiores, salas e ante-salas. Têm rêde telephônica, com um apparelho em cada quarto e é servido por dois ascensores.

 As installações do moderno hotel foram feitas pela firma Alexandre Martins & Cia., antiga casa João Vidal.”

32 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Só uma correção. O filme do Chaplin que aparece na foto é "Luzes da Cidade". "Luzes da Ribalta" é bem posterior, inclusive sonoro.

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  2. Em tempo, a primeira foto pode ser contemplada em todos os seus detalhes na Brasiliana Fotográfica, dando o desconto para as escorregadias do estagiário. Aliás, recentemente foram adicionadas várias fotos inéditas ao acervo.

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  3. O tal do Monroe foi um perseguido no Rio. Hotel, palácio... Nada sobreviveu.

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  4. FF: Tive a audácia de registrar a quantidade de visitantes do SDR durante oito dias, sempre à meia-noite. Comecei na terça-feira da semana passada e ebcerrei ontem. As quantidades diárias foram:
    Terça-feira ==> 1.065
    Quarta ==> 865
    Quinta ==> 1.106
    Sexta ==> 1.166
    Sábado ==> 1.053
    Domingo (não houve postagem) ==> 887
    Segunda ==> 1.37
    Terça (ontem) ==> 1.087

    Média diária: 1.033.

    Pergunta: por que, com tantas visitas diárias, a quantidade de comentários e de comentaristas é tão baixa? Mesmo considerando que cada visitante entre mais de uma vez no site, por dia, ainda há uma discrepância enorme.

    É timidez, medo de crítica, não ter nada a acrescentar? O que será?

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    1. São vários fatores que fazem com que as pessoas não comentem, e o principal é o raso conhecimento dos temas postados. A grande maioria dos usuários da internet possuem pouca ou nenhuma cultura e isso pode ser aferido nas redes sociais. No Facebook e no Instagram são postados comentários totalmente inadequados, tanto nos temas como na grafia. Para se ter uma idéia "do tamanho do buraco", um indivíduo culturalmente mal formado respondeu a um comentário feito por mim sobre "a geração Paulo Freire". O cidadão defendeu esse professor "com uma tenacidade digna dos 300 de Esparta" quando eu afirmei que eram uma maioria de analfabetos funcionais. Em seguida pediu-me explicações sobre o que vem a ser um "analfabeto funcional". Pessoas como esse são uma maioria nas redes sociais. Imagine comentaristas com tal "estatura cultural" comentando no SDR...

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    2. Louvável a preocupação de tão ilustre e profícuo participante deste blog. As respostas não são simples. Timidez: Talvez em outros tempos. Nos atuais pouco prováveis; Medo de crítica: Semelhante à anterior mas improvável nos estranhos tempos atuais; Sem acréscimos: Qualquer um interessado no resgate de memória, desde que motivado, tem uma história a contar.

      Prováveis motivos: Desinteresse de veteranos frequentadores por variáveis motivos. Nas priscas eras deste fotolog havia mais descontração e uma alegre camaradagem, com uma efetiva participação de representantes femininas. Virou Clube do Bolinha. Excessiva preocupação de um ou outro comentarista em dar ênfase em enfadonhos temas políticos, em um local cuja proposta primordial é o resgate da memória da cidade do Rio de Janeiro.

      Certamente existirão outras razões, inclusive no inexorável destino final de qualquer boa ideia ou projeto. É provável que ainda surgirão aqueles que têm algo para contribuir mas como incentivá-los? Uma sugestão: Os sábados eram reservados para uma espécie de mostra de objetos e afins que recebeu o apelido de Fundo do Baú. Porque não tentar repetir? Fica a sugestão.

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    3. Quanto à resposta do Joel, até concordo com o baixo nível dos internautas em geral. Mas creio que isso não se aplique aos visitantes do SDR por causa do tema do blog, que normalmente só interessa aos mais velhos, da geração pré-analfabetismo funcional.

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    4. O gerente pode responder melhor, mas como cada acesso ao site é contado?

      Uma visita à página principal e às postagens diárias são contadas separadamente?

      Uma pessoa pode visitar a página para ver se houve alguma atualização no número de comentários ou da própria postagem de um dia para o outro.

      Não é difícil uma pessoa visitar mais de cinco vezes o site em um único dia mas fazer um ou dois comentários. Cada comentário equivale a uma visita porque não consigo comentar mais de uma vez por visita.

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    5. Concordo com os "prováveis motivos" apresentados pelo colaborador anônimo, eis que a resposta à questão não passa somente pela simples explicação que "A grande maioria dos usuários da internet possuem pouca ou nenhuma cultura e isso pode ser aferido nas redes sociais". Ora, bem se sabe que os visitantes deste sítio não se enquadram em tal fotografia, como bem definiu o Hélio. O que me leva novamente à conclusão do colaborador anônimo,de comentaristas que insistem em dar ênfase
      a enfadonhos e radicais temas políticos. Enfim, os visitantes deste sítio, pelo tema proposto, simplesmente não se circunscrevem como possuidores de "raso conhecimento dos temas postados".

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    6. Você então não entendeu o comentário. Digo que muitos dos visitantes "anônimos e silenciosos" que visitam o blog grande parte realmente "possui raso conhecimento dos temas" ora publicados, pois em um universo de mais de mil visitantes diários, uma média de 20 comentários é muito pouco. Acho mesmo que visitam o blog para aprender algo sobre a memória do Rio, e isso não é nenhuma ofensa. Alguns adquiriram o hábito de criticar ofensivamente opiniões políticas diferentes das suas próprias. Nada contra críticas, pois afinal vivemos em uma democracia. Mas ao ofender o autor da crítica, fica o ofensor sujeito sujeito a uma pronta resposta, e isso se agrava quando o autor do comentário se esconde por trás de uma alcunha. Se "lá atrás" a prática de comentar anonimamente fosse prontamente vedada, talvez esse desconforto não estivesse ocorrendo e talvez fosse possível manter ocasionalmente um salutar debate político de forma civilizada. Sei que neste Blog existem Conservadores, Comunistas, moderados, ou mesmo neutros, e o dabate seria até interessante. É muito fácil querer "culpar os outros por seus fracassos ou de suas ideologias" sem ter coragem de se identificar.

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  5. Correção: segunda 1.037.

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  6. O prédio inteiro foi demolido em 1968?

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  7. Não pude comentar o brilhante post de ontem sobre o Iate (nota 10!), mas aqui estou. Frequento este espaço faz tempo, com a finalidade de aprender, me divertir, e eventualmente acrescentar alguma informação. Não sei como medir a frequência do público, e meus comentários são postados por mim, mas vão ao ar algum tempo depois. Vejo em capítulos as mensagens. Cinelândia fazia jus ao nome. Nossa Times Square com a réplica do Opera ao fundo. Lembro ainda do Teatro Lírico, que sucumbiu cedo. No caso, a título de colaboração informativa, salvo engano esse Eugenio Honold era dono de meia Búzios! Realmente os grupos de Rio Antigo tem postagens absurdas de ignorância completa. Mas é melhor postar história do que contemporaneidades ocas (acabo de ver o comercial da Amazon, estrelado pela Xuxa). Com as plataformas cada vez mais raro ir ao cinema. Para os que gostam o You Tibe tem uma seção filmes clássicos e a Oldflix é ótima! Bom dia a todos.

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  8. Concordo com o anônimo, das 10:55.

    Muitas vezes as pessoas procuram entrar neste ambiente, cujo tema precípuo é o resgate da memória da nossa cidade e constantemente, do nada, se depara com comentários de claro teor político ideológico...

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  9. Boa tarde a todos. Tenho uma dúvida, o local do Cinema Gloria, depois não passou a funcionar o Cinema Capitólio?

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  10. Eu não consigo lembrar desse cinema, fechou bem antes da maioria.
    Eu nunca gostei de café na cama, no caso desse hotel seria necessário pelo menos uma mesa no quarto, mas em tempos piores de pandemia até cama serviria para evitar restaurantes, padarias ou cafeterias para as refeições.

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  11. Tenho 68 anos, sou visitante quase diário e eventualmente posto um comentário.
    Quando o faço, normalmente o comentário diz respeito um assunto que me interessa e sobre o qual tenho algum conhecimento ou, ao contrário, não conheço e quero aprender com quem conhece.
    De qualquer modo, qualquer que seja o número de comentaristas, vida longa ao SDR !

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  12. Cinelândia não era a minha praia. Mas cheguei a ver filmes no Metro Boavista (posteriormente Passeio), Palácio, Odeon, Vitória. Não me lembro se entrei no Pathé nem nesse Glória. Nos arredores, fui ao Cineac Trianon e ao Cine Hora.

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  13. Cinelândia me lembra um episódio com um colega da VARIG, que era gay meio enrustido. Ele trabalhava no turno da noite. Uma ocasião, um outro colega o viu desfilando pela Cinelândia, vestindo um casaco cor de rosa com um desenho do Lobo Mau nas costas. Já podem imaginar como isso rendeu.

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  14. Quanto às considerações do Anônimo das 10:55h, ele tem razão em alguns pontos. Realmente o SDR se transformou num Clube do Bolinha. Frequento o blog desde 2007 e durante esse longo tempo vi muitos comentários maldosos e até ofensivos às poucas mulheres que se aventuravam a escrever algo. Era de se esperar que elas aos poucos fossem se retirando de vez ou se mantendo nas sombras, lendo as postagens mas não comentando nada.

    Quanto ao teor político-ideológico, desde a época do Terra de vez em quando o pau comia aqui, e eu era um dos que tinham um porrete nas mãos. O que mudou de lá para cá é que as esquerdas iniciaram uma radicalização, com a história do "nós contra eles", e a extrema-direita ora no poder piorou isso ainda mais. Hoje em dia, se você contraria um desses extremistas pode contar com xingamentos e uma enxurrada de baixarias. Quem não está a fim de se aborrecer acaba se afastando do blog, vendo a frequência com que esses posicionamentos têm ocorrido aqui.

    De minha parte, faço um "mea culpa", com uma diferença: não tenho preferência por nenhuma das quadrilhas do Congresso (ou do Judiciário). Assim, quando desço o cacete é a torto e a direito. Mas vou procurar me policiar, já que isto pode ser um dos motivos de afastamento de comentaristas.

    De maneira geral, quando é postado algo sobre o qual não tenho o mínimo conhecimento ou não tenho nada a acrescentar, abstenho-me de comentar. Apenas leio, o que faço diariamente.

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  15. Quanto à sugestão do Anônimo, de reviver o Fundo do Baú, acho legal, mas para isso é preciso que o Luiz receba material. Ele não é museu para ter em casa tanta coisa assim que sirva para mostrar na postagem.

    Uma sugestão minha é que o sábado seja tema livre (exceto política), podendo se falar sobre cinema, música, viagens, futebol, etc.

    E o domingo merece ser consagrado ao descanso do Luiz. Se Deus descansou no sétimo dia (e dizem que Ele é o Todo Poderoso), por que o Luiz não poderia fazer o mesmo?

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  16. Respostas
    1. Falha minha. Parece que os judeus obedecem ao descanso no sábado, mas os cristãos em alguma época mudaram isso para o domingo.

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  17. Concordo com o Hélio no comentário das 14:21: a Cinelândia nunca foi "minha praia" por vários motivos. Mas nos últimos tempos vou esporadicamente ao Edifício São Borja. E se compararmos a Cinelândia do passado e a atual a diferença é assombrosa. A impressão que se tem é que lá todos os dias se parecem com uma Sexta-feira Santa: um total vazio.

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  18. estou só em home office. adorando. e meu escritório fica na rua mexico, 41!

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  19. Na minha opinião a politização tem afastado muitos comentaristas, porém acredito que todos eles diariamente entram no SDR, olham a foto postada, leem os comentários postados e alguns deles de vez em quando resolvem fazer um comentário. Já as nossas comentaristas se afastaram devido a comentários direcionados diretamente a elas de forma grosseira, muito embora acredito que algumas ainda acompanhem o blog, porém sem fazer comentários com o seu nome verdadeiro ou usando o anonimato para comentar. O problema da radicalização política nas redes sociais, faz com que muitas pessoas deixem de participar de grupos, que são criados com uma determinada finalidade e com o tempo é desvirtuado por discussões políticas, futebol, xingamentos, etc.

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  20. Os blogs tiveram sua época.
    Hoje o Facebook, Whatsapp e Instagram dominam.
    Os antigos comentaristas se encontram nos apps citados.
    O SDR continua de teimoso. Por enquanto.

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  21. Fica difícil comentar sobre qualquer coisa do passado do RJ sem fazer qualquer comparação, ainda que leve, com os tempos atuais. Seria desejável que tudo transcorresse "britânicamente" e de forma polida. Mesmo em um passado "quase recente" e que praticamente não havia polarização política, alguns comentaristas que "se achavam donos do pedaço" tinham o costume de menosprezar outros (as) comentaristas com comentários grosseiros. Muitos simplesmente desapareceram. O Eduardo e uma comentarista de nome Elvira eram alguns dos que constantemente eram "menosprezados. O fato é que isso ajudou a esvaziar o Blog, mas não foi a razão principal. "Condenar o pecado e amar o pecador" é um ditame que é observado na religião católica e que poderia se aplicar "neste sítio" mas infelizmente a vaidade de alguns acaba prevalecendo. Vivemos em tempos difíceis em que as paixões políticas que polarizam o Brasil podem levar o país para "caminhos indesejáveis". Cabe a cada um respeitar o limite desejável e tolerável necessário para o bom andamento do Blog.

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    1. Este é um blog sobre memória e seria oportuno lembrar que o senhor comentarista que a este comentário antecede foi um dos que usaram de comentários desairosos para debochar de uma das mais frequentes comentaristas, fato comprovado pelos imediatos protestos da referida senhora na ocasião. Basta ter paciência e realizar a pesquisa nos registros da ocasião. Portanto, somente esse fato esvazia, de certo modo, suas observações.

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