Total de visualizações de página

sexta-feira, 22 de abril de 2022

MATADOURO


Segundo I. Mota o Matadouro de São Cristóvão foi inaugurado em agosto de 1853, depois que o antigo, aos pés do Morro do Castelo, foi desativado. Ficava em frente a um largo na Rua de São Cristóvão (Radial Oeste), onde a Rua do Matoso e a Rua Nova do Imperador (Mariz e Barros) se encontravam. O lugar ficou conhecido mais tarde por Largo do Matadouro, depois Praça da Bandeira.

A entrada era um pórtico neoclássico com uma inscrição no alto: “A Ilma. Câmara Municipal, que serviu do ano de 1844 a 1848, fez construir este edifício”

O matadouro fornecia as “carnes verdes”, do gado recém-abatido, que deveriam ser consumidas até 24 horas após a compra. Nos primeiros tempos os restos da matança não aproveitados eram lançados ao mar. No mangue de São Cristóvão, de águas paradas, os rejeitos apodreciam a céu aberto.

Em 1881 o matadouro foi transferido para Santa Cruz. Hoje, o único vestígio é a parte central do pórtico, tombada pelo governo do Estado e que faz parte da Escola Nacional de Circo.

 

14 comentários:

  1. O portal do Matadouro continua no mesmo lugar apesar das inúmeras transformações ocorridas na região. As grande maioria das pessoas não tem a menor noção da densidade polulacional da Praça da Bandeira em um passado mais ou menos recente. Fora da foto e à direita está a rua Elpídio Boa Morte, existente apenas "no papel" assim como a rua Amapá, já que nela não há qualquer vestígio da existência de prédios onde existiu um importante polo do comércio de calçados. Também nesse trecho fica a entrada da rua Figueira de Melo cujo traçado foi cortado em vários pontos. Também ali ficava a entrada da Estação de cargas de Alfredo Maia.

    ResponderExcluir
  2. Olá, Dr. D'.

    Sempre que passo pela Praça da Bandeira, coisa que não faço há mais de dois anos, reparo na estrutura existente.

    O matadouro de Santa Cruz também foi desativado há um bom tempo, tendo um ramal da Central, também desativado, que ia até lá.

    ResponderExcluir
  3. Bom Dia! No tempo em que meu pai trabalhou na EFCB vi muitas vezes chegar de Minas, composição de carga geral onde "GD", vagões destinados ao transporte de animais para abate eram deixados em Silva Freire e o restante da composição seguia viagem. Os porcos eram destinados ao matadouro da Penha e como a bitola da Leopoldina era Métrica,os animais eram passados para caminhão. O destino dos bois era Santa Cruz, Então uma outra locomotiva vinha pegar os GD para leva-los até onde se formava uma outra composição de carga com destino a Mangaratiba. Os mesmos eram deixados em Santa Cruz, onde uma nova manobra os encaminhava ao abatedouro.

    ResponderExcluir
  4. Desconhecia esta erigem da Praça da Bandeira. Será que Lauro Muller, que dá nome à estação de trem, teria alguma coisa a ver com o local?

    Os trens da linha 42 que iam pra Santa Cruz às vezes pegavam um "rabicho" para o matadouro. Não tem mais.
    Quando moleque íamos até ao matadouro para comprar bexigas para compor a fantasia de Clóvis (atualmente bate-bola) na época do carnaval. O cheiro era horrível.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nas fotos de satélite é possível ter noção do traçado do antigo ramal ferroviário do matadouro de Sta. Cruz, em volta da atual Vila Olímpica Oscar Schmidt.
      No Maps também tem link para ver fotos das ruínas do antigo Matadouro Imperial de Santa Cruz.

      Excluir
  5. A primeira foto é posterior a 1906, de acordo com a inscrição no prédio ao lado que ficava no local onde existe o prédio do SAPS, atual INSS. Isso sugere que após 1881 o prédio teve uma destinação que não o abate. Não tenho ideia do que funcionou ali. Fora da foto à esquerda havia até poucos anos um quartel do Corpo de Bombeiros que foi demolido "não se sabe o porquê". Eu tenho uma foto aérea de baixa altitude "batida" em 1930 que abrange a Praça da Bandeira, a Rua Ceará, a Francisco Bicalho, a Francisco Eugênio, a Figueira de Melo, a Elpídio Boa Morte, a rua do Matoso, a Paulo de Frontin, e parte do Canal do Mangue, que mostra a impressionante quantidade de construções na região. Em menos de 90 anos tudo foi destruído para dar lugar à expansão viária. Havia na região seguramente quase mil construções que foram demolidas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A título de colaboração, a primeira foto (de Augusto Malta) é do ano de 1911.

      Excluir
  6. Ninguém nunca quis um matadouro como vizinho.
    Podemos considerar o local como o limite entre São Cristóvão e a Grande Tijuca?
    Dizia a minha mãe que o avô paterno dela contava sobre ter trabalhado para a Princesa Leopoldina (a mais nova do Pedro II) e depois para seu filho no palácio que, segundo meu bisavô, ficava na Tijuca. Já historiadores indicam o local como sendo S. Cristóvão, mas informam que é onde hoje está o CEFET, bem ao lado do Palacete Laguna, no bairro que agora chamamos de Maracanã.
    Resumindo, bairros têm seus limites alterados ao longo de décadas ou são subdivididos, o que pode confundir quando queremos saber onde ficam, ou ficavam, construções de antigamente, patrimônio histórico ou não, existentes ou demolidas em nossa cidade de São Sebastião.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia a todos. Hoje é dia de aprender, vamos acompanhar os comentários.

    ResponderExcluir
  8. Eu me lembro bem da linha de trem 42 - Matadouro, depois alterada para Santa Cruz. Por falar nisso, muitas linhas existentes na decada de 1960 foram extintas, como:
    10 - Engenho de Dentro
    12 - Madureira
    13 - Deodoro
    23 - Deodoro (também)
    30 - Nova Iguaçu
    31 - Queimados
    32 - Japeri
    33 - Tairetá
    40 - Bang
    41 - Campo Grande
    42 - Matadouro
    60 - São Mateus
    61 - Belford Roxo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A linha conhecida como "ramal de Deodoro" e o ramal de Belford Roxo continuam ativos. O ramal de São Mateus e o "Circular da Pavuna" foram extintos em 1993. Tairetá é o nome de Paracambi e há uma linha entre Japeri e Paracambi. O ramal de Bangu existiu até os anos 40 quando eletrificaram a linha até Santa Cruz. Entre 1937 e a década de 40 os elétricos só iam até Bangu.## Meu avô quando morava na "Rua da Luz", atual Avenida Paulo de Frontin, contava que ia a pé até São Cristóvão descendo a "Rua de São Cristóvão" que começava no Estácio e terminava na Altura do Campo de São Cristóvão. Na época (1916) era uma única via.

      Excluir
  9. A rua São Cristóvão, que dava acesso à Quinta da Boa Vista usada pelos monarcas, foi retalhada pela construção do Largo do Matadouro e hoje se divide em 3 vias: ruas Joaquim Palhares, Ceará e São Cristóvão.

    ResponderExcluir
  10. Dizem que o antigo caminho para os monarcas irem do Largo do Paço até a Quinta da Boa Vista era pelas ruas Santa Luzia, Passeio, Mata-Cavalos (Riachuelo), do Conde D'Eu (Frei Caneca), largo e rua de Mata-Porcos (Estácio), rua São Cristóvão.

    Posteriormebte aterraram o mangue de São Diogo e o caminho passou a ser Largo do Paço, ruas de São Pedro e Visconde de Itaúna, caminho do Aterrado (ou das Lanternas), Largo do Matadouro e rua São Cristóvão parte dela).

    Estou digitando de memória. Posso ter cometido algum erro.

    ResponderExcluir
  11. FF: Acabou de falecer no HMSA a menina Raquel, que teve as pernas e o tórax esmagados por um carro alegórico na Frei Caneca nas entrada da Sapucaí. Mais uma "na conta de Eduardo Paes". Que Deus a tenha.

    ResponderExcluir