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sexta-feira, 8 de abril de 2022

TELECATCH

 

TELECATCH, por Helio Ribeiro

INTRODUÇÃO

Catch-as-catch-can é uma modalidade de luta-livre em que teoricamente todos os tipos de golpe são permitidos. O texto abaixo foi confeccionado a partir de informações da Internet e recordações minhas. A memória pode ter me pregado peças e posso ter cometido erros no texto. Mesmo na Internet as informações de alguns sites estão em conflito com as de outros. Tive de optar por uma delas.

I) OS PIONEIROS

Em 1956 a TV Rio passou a exibir o programa "TV Rio Ring", dedicado a lutas de boxe. Foi um sucesso estrondoso: Luiz Mendes era o narrador, Leo Batista o apresentador dos lutadores e Téti Alfonso o comentarista.

Outras emissoras entraram na onda: a TV Record, com "As Feras do Ringue", em 1959; a Tupi, com "Gigantes do Ringue"; a TV Bandeirantes, com "Campeões do 13".

Mas quem fez sucesso mesmo foi o "Telecatch Vulcan", levado ao ar pela antiga TV Excelsior, canal 2 no Rio de Janeiro, entre os anos de 1965 e 1966. Em virtude de mudança de patrocinador, o programa passou para a TV Globo, com o nome "Telecatch Montilla", tendo sido exibido entre 1967 e 1969. A história referente a essas duas versões do programa apresenta contradições na Internet.

Na versão da Globo a direção era do Renato Pacote e Téti Alfonso. A narração era do Jayme Ferreira e do Tércio de Lima.

Abaixo uma foto de propaganda do programa.


Em 1969 a censura proibiu a exibição do programa antes das 23 horas, por ser considerado violento. A audiência foi à lona e o programa logo depois saiu do ar. Na década de 1970 a TV Record relançou-o, com o nome "Reis do Ringue". Nos anos seguintes várias emissoras de muitos Estados tiveram seus próprios programas de telecatch.   

Houve até álbum de figurinhas com os lutadores e demais envolvidos com os programas.


O fim chegou na década de 2000. Os motivos para tal não estão claros. Alguns dizem que foi perda de interesse do público; outros falam que foi pressão do mundo pugilístico, que condenava as encenações porque o público não era avisado sobre elas e isso desmoralizava as lutas reais. No México e nos EUA ainda há esses programas, porém lá todos são avisados se tratar de encenação.

Esta postagem se refere apenas às versões do programa na Excelsior e na Globo.

II) OS PAPEIS DOS LUTADORES

Dentre os lutadores, alguns faziam o papel de "vilão" e outros o de "mocinho". Até mesmo os juízes participavam da encenação, alguns deles "roubando" descaradamente para os "vilões" e deixando de ver os golpes baixos aplicados nos "mocinhos". Dois desses juízes "ladrões" eram o Crispim e o Celso. A plateia ficava revoltada com eles.

III) AS LUTAS

As lutas não eram combates verdadeiros, e sim uma combinação de encenação teatral, circo e golpes em boa parte fictícios, com sangue feito de suco de groselha, etc. Apesar disso, vários lutadores  sofreram contusões ao longo dos anos.

As lutas normalmente eram confronto de um vilão com um mocinho. Durante boa parte da luta o vilão espancava sem dó o mocinho, inclusive usando golpes baixos, para desespero da plateia e sob vista grossa do juiz. Mas no último round o mocinho se recuperava totalmente e acabava vencendo a luta. O Bem sempre vencia o Mal. Pura encenação, bem entendido.

Os combates possuíam plateia, composta inclusive por muitas mulheres que torciam com entusiasmo. Aliás, a empolgação da plateia era uma das atrações do programa. Alguns acreditavam que a luta era real; outros percebiam que era apenas encenação.

IV) O PODER DA ENCENAÇÃO

Dois casos hilários que mostram como a encenação era tão bem feita que muitas pessoas acreditavam se tratar de realidade.

Num deles, ocorrido numa apresentação do telecatch em Goiânia, entraram no ring Ted Boy Marino (o mocinho) e Barba Ruiva (o vilão). O juiz era o Crispim. No decorrer da luta, Barba Ruiva aplicava sucessivos golpes baixos no Ted Boy Marino, sob a vista grossa do juiz. Um senhor da plateia, inconformado com a "roubalheira", invadiu o ring e deu umas boas bolachas no juiz, sob aplausos da plateia. Os seguranças tiveram de afastar o agressor.

Num outro caso, a atriz Lourdes Mayer, da Excelsior, indignada com a surra que o mocinho estava levando, invadiu o ring e deu umas guarda-chuvadas no vilão. Se ela, que tinha acesso aos bastidores da Excelsior, achava que tudo era real, imaginem o público.

V) OS GOLPES BAIXOS E OS VÁLIDOS

Dentre os golpes baixos destacavam-se mordidas, dedo nos olhos, puxões de cabelo, limão espremido no olho (golpe chamado de "caipirinha humana"), soco inglês, enforcamento com as cordas do ring ou com toalha, etc, normalmente feitos pelo vilão olhando zombeteiramente para a plateia, que o vaiava e xingava.

Abaixo vemos um enforcamento com as cordas do ring.


Os golpes válidos mais famosos eram a tesoura voadora (o lutador pulava no pescoço do outro e o prendia com as duas pernas, obrigando-o a cair no chão), o tacle (o lutador pulava com os dois pés juntos no peito do outro, derrubando-o) e o "double Nelson" (um lutador se postava atrás do outro, passava os braços por baixo dos braços dele e segurava o seu pescoço por trás, imobilizando o adversário).

Abaixo vemos uma tesoura voadora, um tacle e um "double Nelson".




VI) RELAÇÃO PARCIAL DE LUTADORES

A relação completa de lutadores dos vários programas de telecatch é muitíssimo extensa. Vários se tornaram bastante conhecidos. Como não existiu interregno (ou foi muito pequeno) entre as versões Excelsior e Globo, não me lembro se todos os lutadores da primeira passaram para a segunda.

Abaixo segue uma lista de alguns lutadores. Não consegui fotos de todos e de alguns sequer consegui informações mais detalhadas. Minha memória pode ter me pregado peças e eu posso ter errado o nome ou a descrição de alguns. 

1) "Nocaute" Jack ==> denominado de "o lutador técnico", era um mulato sarado, que conforme seu apelido usava golpes precisos e permitidos, vencendo sempre os adversários. Ao que me lembro, só lutou na Excelsior. Na fase Globo houve um lutador com esse mesmo apelido, porém era tão diferente desse que descrevi acima que não sei se estou enganado ou se eram realmente dois lutadores diferentes usando o mesmo apelido.

Abaixo o "Nocaute" Jack da versão Globo.


2) Renato ==> era um mocinho galã. Fazia uma entrada triunfal, usando short branco e vindo envolto em uma capa também branca, que ele tirava teatralmente ao entrar no ring e atirava para a plateia, levando a mulherada ao delírio. Acho que só lutou na Excelsior. Não encontrei foto dele.

3) Valdemar "Sujeira" ==> era um vilão gorducho. Acho que só lutou na Excelsior. Fazendo jus a seu apelido, adorava aplicar golpes baixos no mocinho. Consegui uma foto com o nome dele, porém tenho minhas dúvidas a respeito, porque no site onde a encontrei, apesar de citá-lo como lutador de catch, diz que ele encerrou a carreira em 1961 e morreu assassinado em 12/01/1965, datas anteriores ao programa da Excelsior. No tal site seu nome é dado como Valdemar Cavalcanti Guimarães.

4) Ted Boy Marino ==> sem dúvida o mais famoso de todos os lutadores de catch. Nasceu na Itália, com nome Mario Marino, em 18/10/1939. Foi para Buenos Aires aos 14 anos, no porão de um navio, com os pais e cinco irmãos. Trabalhou como sapateiro mas nas horas livres praticava halterofilismo e luta livre. Em 1962 já participava de programas de telecatch nas TV's de Buenos Aires e Montevidéu. Veio para o Brasil em 1965 e logo foi contratado pela Excelsior. Ao fim das lutas jogava a sua toalha para a plateia, que se engalfinhava para pegá-la. Em virtude de seu estrondoso sucesso, participou de vários programas na Globo e até de um filme, com o Renato Aragão. Morreu em 27/09/2012, por parada cardíaca durante uma cirurgia de emergência. 


5) Verdugo ==> um dos mais famosos lutadores. Usava uma roupa toda preta, com o rosto coberto com desenho de uma caveira. Nunca mostrou o rosto para a plateia. Dizem que foi representado por mais de um lutador, porém o mais citado é Wilson Rosaline, um mineiro de São Lourenço, nascido em 1920. Tendo abandonado as lutas, anos depois se mudou para Luziânia (GO), onde costumava se vestir de Papai Noel nos fins de ano. Foi assassinado em dezembro de 2000 por um colega de trabalho de sua filha, com o qual Wilson foi tomar satisfações por tê-la agredido. Maiores detalhes podem ser obtidos na Internet. 

7) Fantomas ==> usava uma vestimenta parecida com a do Verdugo. Tinha como característica jamais dobrar as pernas e mantinha sempre os braços esticados. E mesmo sob golpes dos adversários, jamais caía no chão. Por lutar mascarado e nunca mostrar o rosto, Fantomas foi representado por vários lutadores ao longo do tempo. Seu criador e primeiro a encarná-lo foi José Carlos Pereira, nascido em 15/07/1940 e que abandonou as lutas em 1975. Outros intérpretes foram George Petrovitch e Propício Gazzana da Silva. 

8) Mongol ==> famoso vilão, sua aparência justificava o apelido. Era garagista na rua da Carioca. Não consegui maiores informações sobre ele, exceto que já morreu.


9) Tigre Paraguaio ==> só consegui informações de que havia aberto uma academia perto de Foz do Iguaçu. Morreu há alguns anos.


10) Rasputin Barba Vermelha ==> houve mais de um lutador com o apelido Rasputin, porém só um com o acréscimo "Barba Vermelha". E ele era do tempo Excelsior x Globo. Os outros foram posteriores. Não consegui informações sobre ele. Apesar do apelido Rasputin, ele não se parecia nem um pouco com o verdadeiro Rasputin russo. Abaixo foto de ambos, para efeito de comparação.


VII) RECORDAÇÃO

A título de recordação, segue um rápido vídeo de uma luta entre Ted Boy Marino e El Gringo. Caso você não consiga vê-la no seu celular, vá até o fim da página do SDR e mude para a versão Web do blog.




31 comentários:

  1. Mais uma vez agradeço ao Helio Ribeiro a colaboração com o "Saudades do Rio"

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  2. Muito bom! Muitas lembranças. O Nocaute Jack de que me recordo foi massagista de algum time de futebol

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  3. Olá, Dr. D'.

    Assunto fora da minha jurisdição, mas meu irmão via muito. Alguns personagens não me são estranhos, mais por reportagens. Ted Boy Marino só na época dos Trapalhões, com as piadas feitas pelo Renato Aragão.

    Não tenho certeza, mas acho que ainda transmitem alguma versão gringa desse tipo de "luta" em canais por assinatura. A Rede TV também passava algo do gênero, salvo engano.

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  4. Em tempo, sobre a postagem de ontem, houve outras edições do concurso Sherlock e posso ter me confundido sobre a pontuação.

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  5. Acho que a FOX transmite essas lutas falsas apresentadas nos Estados Unidos ou no México.
    Quanto às verdadeiras como as do MMA acho de uma idiotice total. Um espetáculo de violência gratuita. Não vejo qual é a graça de assistir duas pessoas se espancando.

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    1. As lutas de MMA deveriam ser proibidas em razão dos danos físicos infringidos aos lutadores. A proliferação de academias dessa modalidade faz com que muitos lutadores fazem do MMA um meio de agredir pessoas. O pior de tudo isso é a quantidade de mulheres praticantes dessa modalidade. Chega a ser assustadora a aparência dessas mulheres que nada tem de femininas. Muitas delas são tão "masculinizadas" que um amigo que é "debochado ao extremo" comentou: "Ao sair com uma lutadora de MMA corre-se o risco de ser "enrabado".

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    2. Concordo plenamente, incluindo a luta de boxe. E chamam isso de "esporte", inclusive olímpico.

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    3. Acho que o canal Space exibe algo do gênero, ou já exibiu. Mas posso estar errado.

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  6. Era um programa inocente mas a audiência era grande. Muita gente acreditava na "lisura" do programa as as discussões eram acaloradas e os tipos eram "patéticos". Tive oportunidade de ver "Mongol" frequentemente na "Estudantina Musical". Ao contrário do que se pensava ele não era segurança, mas apenas dançarino. O Crispim com sua "estatura modesta" e seu cabelo ralo "tipo pastinha" era risível.

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  7. O assunto particularmente me interessa porque comecei a praticar artes marciais desde o ano de 1959 (judô e jiu-jitsu). Naquele tempo já eram populares as lutas de exibição que eram conhecidas como catch-as-catch-can. Em tradução livre "agarre como puder". Não é correto dizer que era possível usar qualquer tipo de golpe. Mesmo na então conhecida "luta livre americana" os socos não eram permitidos. Eram lutas praticadas em ringues de boxe, inclusive no famoso Palácio de Alumínio, uma chamativa instalação localizada na Av. Pres. Vargas. Alguns lutadores ficaram famosos na época, como Alf Baronti, "A Maravilha Sulamericana", meu primo Carbono, e vários outros.

    O famoso "vilão", Waldemar Sujeira, pertenceu à primeira geração de lutadores que começaram a se apresentar no programa da tv. Nesse tempo, o "mocinho" ainda não era o Ted Boy Marino. Mas não consigo lembra o nome do lutador. O Ted seguiu o mesmo estilo e tornou-se um astro.

    O lutador conhecido como Nocaute Jack também pertenceu à primeira geração do tele-catch, e foi massagista da seleção brasileira. Ele estava presente na famosa briga generalizada na partida entre Brasil e Uruguai, salvo engano no Campeonato Sul-americano de 1959, realizado na Argentina. Era um lutador muito técnico, com especialidade nos golpes com as pernas.

    Vale lembrar que as primeiras exibições na tv dessas modalidades foram apresentadas pelo veterano locutor Léo Batista.

    Com a divulgação de outras modalidades como o Karatê, taekondô; com os filmes de Bruce Lee (jet kune dô), aikidô, e outras, reduziu-se o interesse na prática das antigas modalidades, resultando na fusão de estilos, hoje mais conhecido como Pride ou MMa.

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  8. Bom Dia! Por algumas vezes assisti a essas lutas. Como eram "mesmáticas", melhor era sair com a namorada e fazer uma "luta"mais interessante.

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  9. Curiosidade: Fantomas também foi o nome de uma animação japonesa exibida entre 1967 e 1968. Não sei se cronologicamente um nome possa ter algo a ver com o outro. Meu irmão também assistiu.

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  10. Lembro de quase todos esses lutadores de tele-catch. Mais provavelmente dos tempos da TV Rio. Assistíamos, mas informados pelos nossos pais que era tudo combinado.
    Com certeza Stanislaw Ponte Preta e outros gozadores e/ou jornalistas sérios da imprensa, debochavam do Tele-Catch.
    Naqueles tempos muitos chamavam a televisão de "máquina de fazer doido".
    Enquanto a TV Tupi existiu, o canal 6, não assistíamos quase nada da TV Globo, que nos anos 60, lá em casa, ainda vinha depois da já citada TV Rio, da TV Excelsior, canal 2, e até TV Continental, o canal 9 dos VT's de futebol, porque ao vivo a federação e os clubes proibiram. E aos domingos ainda tinha as "Mesas Redondas" do esporte, pouco antes do a almoço (o pré jogo) e à noite (o pós jogo).
    Em tempo: também sobre o Boxe havia boatos de lutadores que entregavam a luta. Pelo menos nas "divisões" inferiores.
    Onde há altas apostas sempre existe o risco de combinações entre grandes apostadores e atletas/agremiações.

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  11. Acredito que tenha havido um equívoco por parte do comentarista Do castelo, já que o locutor Leo Batista nunca foi locutor desse show, mas sim de um programa de boxe, na TV Rio chamado Tele Rio Ring.
    Depois que o telecatch saiu do ar, o elenco passou a se exibir em shows itinerantes por diversas cidades. Em uma dessas apresentações, um dos participantes (o Tigre Paraguaio) foi levado a um hospital da Baixada em surto psicotico com intensa agitação psicomotora. Dá pra imaginar a dificuldade que foi conter a fera, que deixou a emergência completamente destruída.

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    1. O TV Rio Ring tinha como locutor o Luiz Mendes, sendo o comentarista o Téti Alfonso. O Leo Batista era o apresentador do dos lutadores, dentro do ringue. Sempre com camisa branca e uma gravatinha. Antes da luta principal havia o famoso "Passeio das Câmeras", quando os espectadores presentes eram focalizados. Sempre havia gente conhecida do mundo político, artístico, esportivo ou da sociedade.
      Eu era frequentador do auditório da TV Rio, mas às sextas-feiras, para assistir ao programa "Noites Cariocas", com vedetes lindas. Tempos da TV ao vivo.

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    2. Ao Colaborador Anônimo: Em entrevista/depoimento o veterano locutor Léo Batista perguntado se também participou de programas desse tipo declarou que sim. Se houve algum equívoco debite-se à memória do locutor.

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  12. Na linha de lutas, frequentei a Academia Katayama de Judô, que ficava na sobreloja de um prédio da Av. N. S. de Copacabana, quase na Santa Clara, com entrada pela Travessa Angrense. Japonês seríssimo, um dos pioneiros do Judô no Brasil. Morreu faz uns 4 anos. Figuraça! Quando errávamos os golpes e diziamos que era parecido com o outro, ele falava: "parecido, muito diferente! aquele do guaraná e xixi; parecido muito diferente".
    Telecatch: Patrocínio Rum Montilla!

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  13. Lembro bem dos Telecatchs; mesmo criança já notava logo que tudo era encenação. Gostava de ver o "Verdugo", que parecia sofrer de uma artrite braba rsrs.
    Na Zona Oeste, antiga zona rural, as tvs pegavam muito mal. Só os quem tinham condições de colocar grandes antenas, boosters, etc, é que possuíam o privilégio de assistir as TVs Rio, Excelsior e Continental com uma imagem/som decentes. A Tupi era boa e a única razoavelmente visível até meados dos anos 60; melhor até do que a recém inaugurada Globo. A partir dos anos 70, com o aumento da potência no Sumaré, podendo vencer os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, e a construção da antena repetidora do Mendanha é que as transmissões melhoraram.

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  14. Sem sair do assunto esporte, esse fim de semana tem corrida no Galeão.
    Interessante, as curvas da pista têm nomes de antigos circuitos do Rio, mas chamaram o Circuito da Gavea de "Complexo", que caberia mais se tivesse outras opções de pistas para formar o circuito.
    E no texto que li sobre o assunto ignoraram que o Autódromo de Jacarepaguá ja existia antes da grande reforma inaugurada em 1977.
    Foram esquecidos os circuitos da Quinta da Boa Vista e o da Esplanada do Castelo.
    Muitas fotos sobre o assunto já foram postadas aqui no SDR.

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  15. Colaborador Anônimo8 de abril de 2022 às 15:52

    O TV Rio Ringue era exibido aos Sábados à noite.

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    1. Na minha memória era aos domingos. Antes da Resenha Facit, mas não tenho certeza absoluta. Sábado tinha “O riso é o limite”

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    2. Luiz, vc está corretíssimo, era mesmo aos domingos, como deve ter reparado, a informação acima não é minha (o cadastrado rs).

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    3. Vou ficar atento. Só vale o original.

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  16. Boa tarde a todos!
    Excelente o texto do Helio Ribeiro!

    "Segundos fora!" era a frase (também no boxe) para que os auxiliares de ringue saíssem, antes de o gongo iniciar o round.
    O segundo do Verdugo era magrinho, franzino, com enormes olheiras maquiadas, olhando fixamente para a câmera quando era focalizado.
    Tinha um apelido, mas eu esqueci. Desculpem.

    Beto e Sérgio eram dois lutadores, se não me engano irmãos, e policiais. Acompanharam o inspetor Nelson Duarte, quando este fez uma palestra no meu colégio (Mendes de Moraes) sobre drogas.

    Raul Longras também foi narrador de um dos programas, na Globo, antes de se tornar o "Longras Casamenteiro".

    Cheguei a ver o Mongol algumas vezes na rua da Carioca.

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    1. O Raul Longras apresentava o "quase circense" Namoro na TV na Globo. O ano era 1969 e o programa era hilário. Minha avó se divertia. Foi o precursor do Tinder. Raul Longras tinha o estereótipo do cafajeste dos anos 50 e início dos anos 60: cabelo penteado para trás com brilhantina e um fino "bigodinho de fanchono".

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  17. acho que o "segundo" do Verdugo era o "Pé na Cova"...

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  18. O Marrom era mecânico de uma concessionária do pai de um amigo de infância e tive a oportunidade de ir com a turma do telecatch a uma exibição na Ilha Naval na época da Páscoa, no Google maps o nome é Ilha das Enxadas. Ted Boy Marino era certamente a estrela. Foi muito legal!

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  19. Boa noite a todos. Sobre o tele catch, lembro na TV Ecelcior e TV Globo, as lutas eram aos sábados a noite acho que começava as 20:30. Como sabia que tudo era encenação, deixei de assistir ao programa, para ir para rua e ficar com os amigos, que tocavam violão e cantavam as músicas de sucesso da época e paquerar as menininhas que participavam da roda.

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  20. Obrigado pelo passeio pela saudade.
    Só faltou o vilão peruano El Chasque. Seria mesmo peruano?
    "Crianças, nãotentem estes golpes em casa! " Todos sabíamos que era farofada, mas como nós divertíamos. Inocentes tempos.

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