Na primeira metade do século XIX começou, de forma mais organizada, o transporte de barcas entre Rio e Niterói. Mais tarde, a travessia feita pela Companhia Ferry começou em 29 de junho de 1862, com três barcas norte-americanas, providas de grandes rodas, com duas proas e capacidade para 300 pessoas, podendo ainda levar carruagens e seus animais.
As barcas eram denominadas "Primeira", "Segunda" e "Terceira, sendo que a família Imperial, na viagem inaugural, tomou assento na "Segunda".
Esta é uma das fotografias que mais circulam pela Internet, geralmente sem o devido crédito. Foi publicada pela primeira vez em 07/07/2007 no "Saudades do Rio", do Terra, e é de autoria de meu amigo Don Manolo. Foi transferido pela empresa em que trabalhava para o Rio e por aqui está desde 1972. Mesmo aposentado continua a viver metade do ano por aqui, pois é apaixonado pela cidade. Era o proprietário do Corcel marron.
Antes da inauguração da Ponte Rio-Niterói, na década de 70, os carros cruzavam a Baía da Guanabara nessas barcas. Em feriados e fins-de-semana, nos horários de pico, formavam-se filas quilométricas, com algumas horas de espera. A alternativa era fazer a volta por terra, via Magé, percurso longo e desconfortável.
Foto do acervo do "Saudades do Rio - O Clone". A travessia da barca não durava muito, mas as longas filas de espera proporcionavam a chance de uma "paquera".
O carro é um Chevrolet Impala 1959.
Fuscas funcionando como táxi, como o que se vê na foto, deram muito trabalho para mim e para os cirurgiões buco-maxilo-faciais do Souza Aguiar. Era um absurdo terem sido autorizados a trafegar assim.
Lembro dessas barcas, mas só vi de longe. Ainda funcionaram um tempinho após a inauguração da ponte.
ResponderExcluirRumo à Paquetá só se foi para levar carros do serviço público, os únicos permitidos naquela ilha.
Fusca táxi eu andei, porém em horários de trânsito devagar, quase parando. Ou seja, sem chance do taxista bater "de com força".
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirDe balsa não posso falar muito. Só conheço de fotos mesmo. Acho que poderia ter sido mantido o serviço, mesmo que de forma esporádica. Ajudaria em dia de acidentes na ponte.
Já das barcas comuns de passageiros fui cliente assíduo entre o fim de 1989 (para testar o serviço) e o começo de 1995 (quando me formei).
..."Em 1969, devido ao aumento da frota, principalmente nas grandes cidades, as numerações das placas estavam acabando. Começaram a colocar mais uma unidade junto com as três dezenas, como era início o número 1, formando uma unidade e três dezenas. ... Mas a placa estava ficando muito grande, de difícil leitura e marcações pelo agente de trânsito. Aí veio a ideia de colocar uma letra junto com as três dezenas. Inicialmente seria a primeira letra de cada cidade e a experiência começou em São Paulo, com a inclusão da letra "S" antes das dezenas. A cor também mudou passando para amarela. Então sabíamos que carro com a letra "S" era de São Paulo, isso foi no início de 1970. Veja a foto do Puma GT DKW, o "S" era maior que o os números, coisa muito esquisita. Os veículos com as placas antigas de unidade, centena ou mesmo milhar continuavam com as mesmas."
ResponderExcluirDisponível em: https://www.pumaclassic.com.br/2010/12/placas-de-licenca-no-brasil.html. Consultado em 8/11/2022.
Sim, Luiz, a placa do carro tem uma letra S. Eram placas paulistas, completamente fora do padrão normatizado, adotadas em SP e chamadas de "paulistinha". Se a única letra fosse S, era da capital; se fosse do interior, haveria uma segunda letra, indicando a região do Estado. Exemplos: SA era Araçatuba, SB Bauru, SC Campinas, SG Grande São Paulo, etc.
ResponderExcluirOs paulistas também inventaram outra moda: ao lado da sigla do Estado, na placa traseira, havia um número de 1 a 12 que indicava o mês para se fazer a vistoria do veículo. Exemplos: SP-4; SP-10. etc.
ResponderExcluirA primeira foto é mesmo figurinha fácil na internet.
ResponderExcluirNão me lembro de carros circulando por Paquetá, mas a primeira vez que fui lá foi nos anos 60.
Na barca de carros fui a Cabo Frio com meu fusquinha no final dos anos 60.
Para as travessias Rio - Niterói, via Baia de Guanabara, existiam duas empresas operadoras: Valda e Cantareira. Nas balsas cabiam em torno de 60 carros. Nos anos 60, para irmos a casa de veraneio de um tio em Cabo Frio, chegávamos na fila por volta das 06:00 hs da manhã e a fila na Rua General Justo já se estendia entre o Clube da Aeronáutica e o Aeroporto Santos Dumont. Eu e meu pai saíamos do carro e íamos contando o número de carros a nossa frente até o ancoradouro, para termos uma noção do tempo de espera até nosso embarque, vez que o intervalo de uma barca para outra era de aproximadamente 15 minutos. Eu sempre preferia que embarcássemos na Valda, pois adorava cruzar a baía na ponte de comando, como mostra a primeira foto da Valda III, com direito a assistir o Comandante controlando o timão. Pagava-se a tarifa na hora do embarque. Era uma saga chegar a Região dos Lagos.
ResponderExcluirPara fugir dessas barcas o "plano B" era seguir pela Rio-Petrópolis, pegar a Estrada do Contorno (que até hoje encontra-se em estado horrível), passando por Magé, e depois pegar a Niterói-Manilha. São 90 km e 1:40 h de viagem. Se considerarmos os autos "possantes" da época este tempo certamente devia ser bem maior. Acho que aguardar as barcas era melhor opção mesmo...
ResponderExcluirHá um projeto, já em fase de busca para licitação, da ponte Salvador-Itaparica, que terá o mesmo tamanho da Rio-Niterói (14 km), com início de contrução para 2024.
Se não me engano e o Helio pode confirmar as placas paulistinha só foram por breve periodo usadas em 1970 e 1971
ResponderExcluirSim. Logo depois o sistema passou para alfanumérico.
ExcluirMuito interessante essa travessia, mas nunca tive oportunidade. Sobre os fuscas sem o banco da frente eu posso dizer que achava ótimo. tinha espaço para as pernas e para bagagem. E se alguém se machucou por causa de freadas foi por falta de atenção.
ResponderExcluirFalta de cinto de segurança, de onde se segurar, de airbags, ... Falta de atenção?
ExcluirOra, faça-me o favor ....
Cadê o Joel?
ResponderExcluirCadê o Joel?
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