POT-POURRI DE MARIAS, por Helio Ribeiro
Esta
postagem lista uma série de pessoas e personagens conhecidas por terem a
palavra "Maria" no seu nome, real ou não. Nenhum critério de escolha
foi adotado. A lista foi surgindo conforme eu ia me lembrando de quem a poderia
compor. As informações obtidas foram muito condensadas, para não alongar demais
a postagem, eis que todas as Marias possuem extensíssimo currículo.
1) ÂNGELA MARIA
Nascida
Abelim Maria da Cunha (13/05/1929 - 29/09/2018), celebrizou-se na chamada Era
do Rádio. Seu pai era pastor evangélico, e Ângela desde criança cantava no
coral de uma igreja Batista próxima de casa. Por volta de 1948 apresentou-se
várias vezes no programa de calouros Pescando
Estrelas, onde sempre tirava nota máxima. Depois foi cantar no Dancing Avenida e na Rádio Mayrink
Veiga. Em 1951 gravou seu primeiro disco e sua carreira deslanchou. Em 1954
gravou seu primeiro álbum de estúdio, A
Rainha Canta. Foto abaixo.
Um
dos seus primeiros sucessos foi a canção Babalu,
de autoria da compositora e cantora cubana Margarita Lecuona, composta no
início dos anos 1940. A letra é em espanhol. "Babalu-ayê", palavra
repetida várias vezes na letra, corresponde ao orixá Obaluaê.
Ângela
teve uma vida sofrida, mas aos cinquenta anos encontrou o amor na pessoa de Daniel
d'Ângelo, de dezoito anos, e com ele viveu até o fim de seus dias, em 2018.
2) MARIA BONITA
Maria
Gomes de Oliveira (17/01/1910 - 28/07/1938) foi uma cangaceira, companheira de Virgulino
Ferreira da Silva, o famoso Lampião.
Aos
15 anos casou-se com seu primo Zé de Neném, por arranjo familiar. O marido era
alcoólatra e adúltero contumaz e agredia constantemente Maria, quando ela
reclamava de suas infidelidades. Por vingança, passou a também trair o marido,
até que em 1929 conheceu e se apaixonou por Virgulino, quando então seu
casamento ruiu de vez, embora legalmente ainda fosse esposa de Neném.
No
mesmo ano, resolveu fugir de vez com Virgulino, entrando para o bando de
cangaceiros por ele chefiado, onde era conhecida como Maria da Déa (apelido de
sua mãe) ou Maria do Capitão.
Há
muito romantismo e ficção na história dos cangaceiros, pintados como Robin Hoods tropicais. Na verdade, eram
extremamente cruéis, matando, estuprando e roubando a população dos vilarejos
que invadiam. Abaixo, foto do bando de Lampião.
Maria
usava joias roubadas por Lampião e o
mesmo perfume francês que ele. Portava um revólver Colt .38" e um binóculo
alemão, com o qual espionava previamente as cidades a serem atacadas pelo
bando. Também portava um punhal de 32cm, feito de prata, marfim e ônix.
Em
1931 teve uma filha de Lampião, de
nome Expedita Gomes de Oliveira Ferreira, entregue a um casal de vaqueiros amigos
para ser criada. Foto atual de Expedita.
Na
manhã do dia 28/07/1938, enquanto se preparava para o desjejum, o bando foi
emboscado pela polícia armada oficial, conhecida como volante. Maria foi morta
a tiros e degolada por José Panta de Godoy, o mesmo que nela havia atirado. Lampião também teve o mesmo fim,
degolado.
O
apelido de Maria Bonita somente
surgiu após sua morte. A origem do mesmo é controversa.
3) MARIA ESTHER BUENO
Maria
Esther Andion Bueno (11/10/1939 - 08/06/2018) começou sua carreira esportiva
aos seis anos de idade, no Clube de Regatas Tietê, do qual era vizinha. Seu pai
queria que ela estudasse balé. Inicialmente disputou com sucessos algumas
provas de natação, na modalidade 50 metros livre, mas sua paixão era o tênis.
Aos
11 anos disputou seu primeiro campeonato de tênis; aos quatorze, venceu o
Campeonato Brasileiro Infantil e dois meses depois o Brasileiro de Adultos. Em
1955, aos dezesseis anos, conquistou em dupla a medalha de bronze nos Jogos
Pan-Americanos do México.
Entre
1956 e 1959 venceu cerca de 35 torneios, simples ou em dupla, em vários países.
Em
4 de julho de 1959 ganhou o primeiro título de simples num torneio do Grand
Slam, em Wimbledon, pondo fim a 21 anos de supremacia norte-americana naquele
gramado. Como preêmio, ganhou um voucher de 15 libras, para trocar por
munhequeira e meia, pois o torneio era amador. No mesmo ano venceu o atualmente
denominado US Open, sendo considerada a melhor tenista do mundo pela Federação
Internacional.
Em
1964, ao vencer a partida final do US Open em apenas 19 minutos, entrou para o
Guinness Book of Records.
Acostumada
a treinar com homens, Maria Esther adquiriu uma técnica diferente de jogar o
tênis feminino. A forma como "deslizava" na quadra lhe rendeu o
apelido de Bailarina do Tênis. Abaixo,
foto dela em ação.
Suas
vitórias foram tantas que não é possível enumerar aqui. Também teve vários
problemas de saúde: hepatite em 1961, contusão no joelho em 1965 e finalmente
epicondilite, também conhecida como cotovelo de tenista, por jogar durante mais
de 10 horas seguidas em partidas de duplas e duplas mistas em Wimbledon, em 1967.
Sua carreira brilhante teve uma interrupção em 1968.
Na
década de 1970 voltou a jogar, após uma longa série de cirurgias, porém já sem
o brilho de antes.
Em
1977 encerrou de vez a carreira.
No
ano seguinte teve seu nome incluído no exclusivíssimo International Tennis Hall of Fame, sendo a primeira sul-americana a
merecer essa honra. No mesmo ano teve sua estátua em cera inaugurada no famoso
museu de Madame Tussauds. Foi eleita a melhor tenista latino-americana do
Século XX por jornalistas do mundo todo.
4) MARIA THEREZA FONTELLA GOULART
Nasceu
em 23/08/1936, em São Borja, filha de imigrantes italianos. Era vizinha da casa
de João Goulart (Jango), tendo-o conhecido aos 14 anos de idade, mas não se
interessou por ele à primeira vista, eis que não imaginava poder ter algum
relacionamento com alguém tão importante. Somente após haver terminado seus
estudos começou a se relacionar afetivamente com Jango, então Ministro do
Trabalho.
Casaram-se
em 26/04/1955, quando Jango concorria a vice-presidente do país. Em 1956
tornou-se a mais jovem segunda-dama do Brasil, aos 19 anos de idade, ao ser
Jango eleito como vice de Juscelino Kubitschek e posteriormente de Jânio
Quadros.
Quando
Jango se tornou presidente, ela ficou sendo a mais jovem primeira-dama do país,
aos 25 anos de idade. Foi considerada pela revista People como uma das dez mais belas primeiras-damas do mundo, e pela
revista Time uma das nove Belezas Reinantes mundiais, ao lado de
Jacqueline Kennedy, Grace Kelly e Farah Diba.
Participou
ao lado do marido do famoso comício de 13/03/1964, um dos motivos deflagradores
do golpe militar que se seguiu semanas depois.
Após
a deposição de Jango, a família exilou-se no Uruguai e posteriormente na
Argentina, onde Jango morreu em 06/12/1976. Em 15/11/2008 ela e Jango receberam
anistia e ela passou a ter direito a um salário mensal correspondente ao de um
advogado sênior, pois Jango era bacharel em direito. Também recebeu valor
retroativo referente a esse salário e uma indenização por ter sido impedida de
voltar ao Brasil por quinze anos.
5) MARIA BETHÂNIA
Maria
Bethânia Viana Teles Veloso (18/06/1946), embora tenha várias habilidades
artísticas, é mais conhecida como cantora. Irmã do cantor e compositor Caetano
Veloso, teve seu nome escolhido por ele, baseado na valsa Maria Betânia, do compositor Capiba, grande sucesso na época na voz
de Francisco Alves.
Na
juventude participou de várias peças teatrais junto com Caetano Veloso. Seu
sonho era ser atriz. Em 1963 mudou-se para o Rio de Janeiro e foi convidada
pelo irmão para cantar algumas faixas da trilha musical da peça Boca de Ouro, de Nélson Rodrigues, sendo
este seu primeiro trabalho profissional com a música.
Em
13 de fevereiro de 1965 iniciou sua carreira musical ao substituir Nara Leão no
espetáculo Opinião. No mesmo ano
gravou seu primeiro álbum, de nome Maria
Bethânia. Algumas das músicas eram: Carcará,
Mora na Filosofia, Feitio de Oração. Foto abaixo.
Sua
discografia é muito extensa, com 34 álbuns gravados em estúdio, 22 ao vivo e dezenas
de participações em trilhas sonoras de filmes e novelas, além de colaborações
com outros artistas. Durante sua carreira vendeu mais de 26 milhões de álbuns,
sendo uma recordista no Brasil.
Na
maior parte das vezes apresenta-se com cabelos soltos, vestidos longos e
descalça. Já foi fruto de imitação por diversos comediantes, entre os quais Tom
Cavalcante.
Não
costuma dar entrevistas, exceto quando do lançamento de um álbum. Diz que sua
vida particular não interessa, pois o que ela tem a mostrar o faz no palco.
6) CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina
Maria de Jesus (14/03/1914 - 13/02/1977) nasceu numa comunidade rural de
Sacramento, interior de Minas Gerais, filha de pais analfabetos. Este texto é
extremamente resumido, eis que a vida de Carolina foi um nunca acabar de
sofrimentos, mudanças de moradia e altos e baixos financeiros.
Estudou
apenas até o segundo ano primário, o suficiente para aprender a ler e escrever,
tendo desenvolvido o gosto pela leitura.
Em
1937 sua mãe morreu e ela se mudou para São Paulo, onde construiu sua própria
casa com papelão, lata, madeira e o que mais pudesse encontrar. À noite saía
para catar papel e vender o resultado da coleta, para conseguir dinheiro.
Em
1947 mudou-se para a favela do Canindé e se empregou na casa do famoso médico
cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini, aproveitando para ler os livros de
sua biblioteca nos dias de folga. Ao ter seu primeiro filho, em 1949, perdeu o
emprego e voltou a ser catadora.
Passou
a registrar, nos cadernos que encontrava jogados fora, o cotidiano da
comunidade onde morava. Eram mais de vinte cadernos. O conteúdo de um deles
originou o livro Quarto de Despejo:
Diário de uma Favelada. Foto abaixo.
Publicado
em 1960, a tiragem inicial de 10 mil exemplares se esgotou em uma semana. Desde
sua publicação, o livro foi editado em quatorze idiomas e vendeu mais de um
milhão de exemplares.
A
publicação do livro gerou a raiva e inveja dos vizinhos, que a acusaram de
expor suas vidas sem autorização. Chegaram a jogar nela e nos seus três filhos
o conteúdo de penicos.
Em
1961 foi lançado o disco Quarto de
Despejo: Carolina Maria de Jesus cantando suas composições, com músicas de
sua autoria. Foto abaixo.
Em
1962 e 1963 o livro foi publicado nos EUA por três editoras diferentes, sendo
que só de uma delas vendeu 300 mil exemplares, o que daria direito a que ela
recebesse mais de 150 mil dólares. Não existe registro de que ela tenha
recebido uma parte substancial disso, embora periodicamente lhe fossem pagos
alguns caraminguás a título de direitos autorais.
Após
a publicação do livro, Carolina e os filhos mudaram-se primeiro para Santana,
bairro de classe média em São Paulo, e depois para Parelheiros, onde
residências ricas eram vizinhas de casebres. Parou então de receber os direitos
autorais e ela e os filhos voltaram a catar garrafas e papéis. No terreno de
sua casa ela cultivava algumas verduras e vendia esses produtos a uma
comerciante local. Em Parelheiros sua vida era melhor do que no Canindé, porém
muito abaixo do mínimo decente.
Ao
longo da vida, além de coletar material pelas ruas e escrever livros, fez
faxina, lavou roupas para fora e deu aulas de alfabetização.
Morreu
de complicações de asma, doença que portava desde o nascimento.
7) MARIA LENK
Maria
Emma Hulga Lenk Zigler (15/01/1915 -
16/04/2007) começou a nadar aos 10 anos de idade, após uma pneumonia dupla,
pois seus pais acharam que a natação seria boa para ela. Por incrível que pareça,
praticava nas águas do Rio Tietê, na época ainda sem poluição.
Entre
1932 e 1935 venceu quatro vezes a tradicional Travessia de São Paulo a Nado.
Aos dezessete anos já era nadadora de nível internacional, tendo sido a
primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos de 1932, em Los
Angeles. Ela e outros 68 atletas custearam a viagem vendendo o café que haviam
levado a bordo. Competiu com um uniforme emprestado, devolvido ao final das
provas.
Jamais
ganhou medalhas em Olimpíadas, porém é considerada pioneira da natação moderna,
ao introduzir o nado borboleta numa competição de nado de peito, realizada em 1936, em Berlim. nos Jogos
Olímpicos de Verão.
Quebrou
dois recordes mundiais em 1939, nos 200 e 400m nado de peito, nos jogos
preparativos para as Olimpíadas de Tóquio de 1940, que não foram realizadas em
virtude da eclosão da II Guerra Mundial.
Em
1942 ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física da então Universidade
do Brasil, atual UFRJ.
Até
hoje ainda detém vários recordes mundiais de masters, tendo entrado para o International
Swimming Hall of Fame da Federação Internacional de Natação em 1988, quando
foi incluída nos Top Ten por ser um dos 10 melhores nadadores master do mundo.
Em
2000, no campeonato mundial da categoria 85-90 anos de idade, voltou de Munique
com cinco medalhas de ouro, sendo a vencedora nas categorias 100 metros peito,
200 metros livre, 200 metros costa, 200 metros medley e 400 metros livre.
Em
2007 a Prefeitura do Rio de Janeiro batizou de Maria Lenk o Parque Aquático
preparado para os Jogos Pan-Americanos daquele ano.
Em
20 de julho de 2002 foi considerada a Patrona da Natação Brasileira.
Até
o fim da vida nadava 1500 metros diariamente.
O "Saudades do Rio" mais uma vez agradece ao Helio pela brilhante colaboração.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirLista interessante. Tenho uma tia Maria ainda viva, com 90 anos, cunhada da minha mãe, que também tinha uma irmã chamada Maria, morta em 2008, madrinha da minha irmã, também chamada Maria.
Resumindo, duas tias e uma irmã chamadas Maria. Cada uma com seu complemento no nome. Maria Augusta e Maria da Conceição (tias) e Maria de Fátima (irmã)...
Maria Lenk literalmente morreu dentro da piscina poucos meses antes do PAN2007.
Bom Dia! Tenho avó Maria,irmã Maria, esposa do casamento um Maria, sogra do casamento numero dois Maria, cunhadas dos casamentos um e dois também Maria.Uma afilhada Maria. No casamento três não tem Maria.
ResponderExcluirPS: lembrei de uma prima Ana Maria...
ResponderExcluirPoderia estar na lista a Maria da Penha, que deu origem à lei que agravou as penas para agressão contra as mulheres no Brasil, país notoriamente machista, onde muitos se acham no direito de machucar ou até matar suas companheiras "para lavar a honra".
Fundo do baú diferente e interessante. Acho que por influência católica a maioria das mulheres tinha Maria no nome, misturado com outro nome.
ResponderExcluirDa “Sapoti” cantando nunca fui fã. Era figurinha fácil nos programas de música na TV dos anos 60 depois de muito sucesso no rádio.
Conheço pouco da história de Maria Bonita para opinar.
Maria Esther teve o azar de conquistar seus torneios numa época em que não eram valorizados. Atualmente seria milionária.
A mulher de Jango é a mais bonita das primeiras-damas do Brasil.
Bethania é mais que cantora. É uma intérprete brilhante. Sou muito fã.
Carolina foi uma lutadora exemplar. Tem muito mérito.
Maria Lenk foi uma referência na natação. Uma desbravadora.
Achei excelente a ideia do Helio e muito bem desenvolvida. Parabéns.
Angela Maria se vivesse nos tempos atuais seria uma mulher milionária, tendo em vista que cantoras da atualidade e que são "ídolos" da mídia e tem um talento bastante inferior possuem um patrimônio invejável. Ele não primava pela beleza nem pela esbeltez, mas possuía uma voz incomparável. Quando a "viver maritalmente" com um homem mais de trinta anos mais jovem fica a pergunta: era só amor?
ResponderExcluir"Maria Bonita" é uma personagem bastante conhecida e bastante glamourização, mas a realidade foi bem diferente. Se o nordeste brasileiro vive em um "atraso endêmico" atualmente, imaginem nos anos 20/30. Há muitas estórias sobre "Maria Dea", mas existem obras sérias sobre o Cangaço, das quais eu tenho algumas, retratam a dimensão desse atraso. A obra "Lampião, sua vida, e seu tempo", do Padre Frederico Bezerra Maciel, uma publicação em seis volumes, é uma das mais completas sobre o assunto e retrata a vida e a sociedade nordestina entre 1880 e os anos 40. Uma outra obra conhecida internacionalmente é "Bandidos", de Eric Hobsbawn. São livros que desconstroem inúmeras mentiras tão em voga sobre o nordeste incrustada na cultura popular. ### Mais tarde completo os comentários.
ResponderExcluirGlamourizada
ExcluirBom dia Saudosistas. Uma bela pesquisa do mestre Hélio, na minha pequena família, minha mãe era Maria, minha irmã tem Maria e minha esposa também tem Maria. Como na musica do RC todas as Marias são mães de Deus.
ResponderExcluirJaneiro de 1972, vestibular da CESGRANRIO, Estádio do Maracanã.
ResponderExcluirsetor (acho que 18) das cadeiras numeradas.
A distribuição dos candidatos era por ordem alfabética, nesse setor só Marias (muitas !!), Marcias/Marcios e uns poucos Mários.
Antes do início da prova, um gaiato que estava na parte superior do setor gritou: MARIA!
Bom, quase todo o setor reagiu ao chamado, olhando para trás e algumas
até levantando.
Risada geral, serviu para diminuir um pouco o nervosismo, era o primeiro dia de provas de um total de 5 dias.
Maria Lenk, nos anos 60, tinha uma "escolinha" de natação na piscina do Copacabana Palace.
ResponderExcluirMinha irmã aprendeu a nadar com ela nessa escolinha.
Meu irmão também, mas nos anos 50.
ExcluirQuase todas essas Marias merecem todas as homenagens. A exceção é a Maria Bonita, pois sou da turma que consudera o cangaço coisa de bandido. Os erros dos poderosos de então não justificam o tamanho das vinganças generalizadas dos cangaceiros.
ResponderExcluirSobre a Maria Thereza Goulart eu diria que existe uma certa indiferença, mas deve ter sido um sucesso em seu período de primeira dama gata.
E foi um exagero o tempo de exílio dela, sendo que o prazo de cassação dos direitos eleitorais do Jango já estava para vencer quando ele morreu.
Aliás, não acredito que ele foi envenenado. Tinha tanto problemas cardíacos que bastava trocarem a medicação por comprimidos de farinha.
Quem vinha depois das Marias nas listas de chamada tinha que ter paciência, como eu. Uma meia-dúzia delas era o mínimo.
ResponderExcluirMas minha geração quase não tem Maria José, que, dizem, já foi o nome composto recordista entre as nascidas antes de 1950.
Acho que a partir dos anos 70 poucas meninas foram registradas com esse nome, se não considerarmos as Marianas.
Mas apareceram algumas Marias ultimamente, sem outro nome para compor, como Conceição, Aparecida, das Gracas, entre outras.
Das Graças.
ExcluirSobre o comentário do Mário sobre o vestibular no Maraca, no meu estávamos aguardando o início da prova enquanto um funcionário aparava a grama do campo. Ia para lá e para cá. Quando atravessou a baliza, como se estivesse ensaiado, todos gritamos GOL!!!
ResponderExcluirServiu para tirar o stress.
Maria Thereza Goulart era uma beldade reconhecida internacionalmente. Era uma figura relativamente "apagada" se comparada com as atuais "Primeiras damas". O fato é que Jango além de ter muito bom gosto era também "papa anjo". Jango possuía inúmeras "amantes", entre as quais a vedete Maria Angélica Gugani, mais conhecida como Angelita Martinez. Em razão disso quase matou Garrincha e a amante, pois foi avisado que ambos se encontravam em um apartamento em Copacabana. Foram seis tiros na porta, mas Garrincha já tinha se evadido.
ResponderExcluirAo contado que se pensa, Jango era um estancieiro rico, com muitas posses, e não precisa da política para enriquecer. Em 1950 ele financiou "do próprio bolso" a campanha presidencial de Getúlio Vargas. O "Trabalhismo" de Vargas assumido por ele após a morte de Getúlio acabou sendo a sua perdição.
ExcluirO trabalhismo em si não deveria ser perdição de ninguém, mas naqueles tempos de Guerra Fria e, nos anos 60, um Che Guevara tentando "exportar" a Revolução Cubana", qualquer um que não seguisse 100% a cartilha capitalista era considerado comunista.
ExcluirClaro que existiam lobos em pele de cordeiro infiltrados, mas isso acontecia tanto à esquerda como à direita (ex-integralistas tinham um partido favorito e depois foram para a Arena).
Ultimamente a tática da extrema direita foi tentar reviver os tempos da Guerra Fria, mas sem URSS e sem Che's no lado oposto, muitos não engolem. Nem nos EUA.
Mas por uma preocupante pequena diferença, tanto lá como cá, que pode sumir na próxima.
grande resgate do mestre Helio, mas para mim, a Maria mais importante é a minha mulher Angela MARIA Bertoni. Só teve um deslize na vida: casou comigo....
ResponderExcluirMenos mal que vc reconhece.
ResponderExcluircomo não reconhecer? tenho a absoluta certeza que ela somente casou comigo por interesse nas minhas propriedades tanto fisicas quanto imobiliárias. Ela só não contava com a minha logevidade mantida a implantes de coisas que prolongam a vida. Teoricamente, com marca-passo eu nunca vou morrer de problemas cardíacos. Resta à ela torcer por um AVC...
ExcluirE esqueci de dizer, Maria Esther, Maria Lenk e Carolina Maria são os grandes destaques da lista.
ResponderExcluirA Maria Thereza ficou viúva aos 40 anos de idade. Eu tinha 18 sem chance de tentar o "golpe do baú". Nem para a Argentina eu poderia ir, apesar dos muitos brasileiros rumo à Bariloche naquele tempo.
Marias escasseiam nas minhas relações. Pelo lado materno, só minha avó tinha esse nome. Pelo lado paterno, muito mais numeroso, não havia nenhuma.
ResponderExcluirPelo lado da minha primeira esposa, só a avó paterna (Maria Luiza) e uma tia.
Pelo lado da minha atual esposa, nenhuma.
Pelo meu escasso passado amoroso, nenhuma.
Em 2009 eu entrei para o IBGE, juntamente com mais 10 pessoas para a mesma seção. Um funcionário do RH veio pegar nossos nomes, para confeccionar crachás. Aí ocorreu o seguinte diálogo:
ResponderExcluir- Qual é seu nome?
- Therence.
- Therence? Com se escreve isso.
O colega soletrou. Aí o RH passou para outro colega.
- Qual é seu nome?
- Lawrence.
- Como se soletra isso?
O colega soletrou. Aí ele passou para uma colega.
- Qual é seu nome?
- Mitzi.
Aí o RH não se conteve:
- Pô, não tem ninguém aqui que se chama José, João?
Conheci uma Mitzi, colega de colégio de minha irmã.
ExcluirNome prá lá de raro.
Quando questionei minha filha sobre o Arthur de meu neto, com o argumento que o menino ia passar a vida dizendo "Arthur com h", ela retrucou:
- ora, pai, vão perguntar "é com h ?" de qualquer maneira!
Bom, o segundo neto, a caminho, vai ser Matheus....
Na minha família, só uma tia Maria.
ResponderExcluirCasei-me com uma Maria no segundo nome: Helia Maria, que tem o mesmo nome da avó paterna.
Maria, apesar de diminuir muito, vai permanecer.
Já Mário, me sinto o último dos moicanos ....
Helia Maria é, acho, um nome raro. Só conheci uma.
ResponderExcluirA única que conheço é minha mulher e ela também não conhece outra.
ExcluirHelia conhecemos algumas, mas Helia + Maria, nenhuma.
Á que conheço há alguns anos mudou-se para São Paulo.
ExcluirQuando eu estava no curso primário, havia uma colega de nome Hélia. Foi a única que conheci com esse nome. Era negra retinta, acho que morava no morro da Formiga, próximo à escola.
ExcluirA mudança para São Paulo elimina a possibilidade de ser minha mulher; pelo visto, a Helia Maria "paulista" deve ser a única outra ....
ExcluirPensando em músicas, há muitas que possuem Maria no título. Sem contar as diversas Ave Marias, assim de pronto lembro de algumas:
ResponderExcluir1) Maria, Maria (Milton Nascimento)
2) Ana Maria (Juca Chaves)
3) Maria Bonita (bela canção mexicana, vários intérpretes, inclusive Julio Iglesias)
4) Maria Laô (também vários intérpretes, como Mario Lanza)
5) Proud Mary (nome de uma barcaça do Mississipi, cantada pelo conjunto Creedence Clearwater Revival)
6) Marie, Marie (antiga canção francesa, cantada pelo Charles Trenet)
7) Maria, Mari (bela canção napolitana, vários intérpretes, inclusive Luciano Pavarotti)
8) Maria Elena (bolero, vários intérpretes, inclusive Trio Los Panchos)
9) Parlami d'amore, Mariù (antiga canção italiana)
10) Annamaria (italiana, cantada por Sergio Endrigo)
11) Maria Ninguém (brasileira, cantada certa feita pela Brigitte Bardot)
Maria, Carnaval e Cinzas, do Roberto Carlos.
Excluir( Nasceu Maria, quando a folia ...)
Aproveitando a deixa, o Creedence foi para mim uma das melhores bandas de rock americanas, músicas sensacionais, Bad Moon Rising e I Heard it Through The Grapevine são, juntamente com Proud Mary, clássicos.
ExcluirHelio, esqueceu a "Maria" do Ary Barroso, aquela do "Maria o teu nome principia na palma da minha mão. E cabe bem direitinho dentro do meu coração".
ExcluirFoi gongado pelo Tião Macalé...
Concordo. Aliás, esqueci uma canção do Creedence, a "Hello Mary Lou", que se enquadra no tópico de hoje.
ExcluirEu tentava traduzir o título "I heard it through the grapevine", que literalmente significa "Escutei na videira". Não fazia sentido. Um dia descobri que o titulo é uma expressão significando que a pessoa escutou uma fofoca.
É, esqueci a do Ary Barroso. Já não me lembrava dela. Deve haver várias outras que me fugiram da memória.
ExcluirMario, "Maria, Carnaval, e cinzas" tem uma particularidade: pelo que se sabe e até que se prove o contrário, foi o único samba gravado por Roberto Carlos.
ExcluirIsso eu não sabia Joel, mas faz sentido sim.
ExcluirFoge completamente ao padrão das músicas dele.
Conde di Lido falou em dotes físicos e implantes. Isso está me cheirando mal. Parece que alguém está querendo concorrer com o Kid Bengala.
ResponderExcluiros implantes se restringem a uma protese de quadril e um marca-passo. isso que vc está pensando eu já deixei pra lá há muito tempo...
ExcluirAVISO AOS NAVEGANTES: Amanhã, excepcionalmente, haverá postagem e não haverá no dia 1º de Maio.
ResponderExcluirÓtima postagem. "Maria o teu nome principia" é uma delícia! desses versos simpáticos Tonia Carreiro cantava um para Vinicius de Moraes delicioso. E por falar em Proud Mary assisti uma apresentação de umas meninas tem tudo para bombar; "Moipei Sisters", num show pe
ResponderExcluirqueno em Washington. Concluindo!
ResponderExcluirUma Maria da Graça recentemente fez 60 anos.
ResponderExcluirCarolina Maria de Jesus foi um caso "atípico" na literatura nacional por inúmeras razões, muitas delas sabidas pela maioria, e cuja trajetória teve um desfecho previsível. O fato dela terminar seus dias na miséria, apesar de ter direito a milhões em direitos autorais, corrobora o pensamento vigente de grande parte da sociedade da época. Não conheço mais detalhes, mas infelizmente casos semelhantes nos quais quantias devidas a pessoas humildes são expropriadas não são incomuns, "ninguém é responsabilizado, e não se fala mais nisso".
ResponderExcluirTinha esquecido da música (valsa) Maria Betânia, sucesso na voz de Nelson Gonçalves e que inspirou o nome ds cantora.
ResponderExcluirTriste e ler Quarto de despejo e ver que muita coisa continua igual. Roubaram essa mulher e sua família com os direitos autorais. Enfim mais Brasil impossível.
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