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terça-feira, 23 de maio de 2023

ELAS, parte 2

                                     ELAS, por Helio Ribeiro

Essa é a segunda parte da postagem envolvendo mulheres que tiveram destaque no mundo televisivo de antanho. Refira-se à primeira parte para maiores informações.

1) NEIDE APARECIDA

Neide Aparecida da Silva exerceu várias atividades, mas ficou conhecida como garota-propaganda desde que estreou na TV Tupi, em 1951, aos 14 anos de idade. Durante anos ficou sendo a garota-propaganda das lojas Tonelux, e terminava sua locução sempre estalando os dedos enquanto falava pausadamente TO-NE-LUX. Anos depois, foi garota-propaganda das Perucas Lady, e terminava sua fala com "Perucas Lady, tá?". Na minha memória, foi apresentadora do Teatrinho Trol, mas a Internet não registra isso. Não sei se falha da rede ou se minha memória está me enganando.

Luiz D´: "Helio, a Neide Aparecida apresentava um programa de mímica, imediatamente anterior ao Teatrinho Trol. Ao final do programa de mímica ela anunciava o início do teatrinho."

2) CÉLIA BIAR

Célia Rafaela Martins Biar iniciou na vida artística em 1947 e dois anos depois participou de várias comédias sofisticadas, pelo Teatro Brasileiro de Comédia. Estreou na TV na década de 1960, apresentando vários programas: Sempre Mulher, Oh! Que Delícia de Show, Quem é Quem? e Sessão das Dez, um programa de filmes da TV Globo, no qual Célia sempre aparecia com uma longa piteira na mão e acariciando no colo um gato angorá, o Zé Roberto. Participou de várias novelas.

Célia adorava fumar e acabou morrendo de câncer no pulmão.


3) MÁRCIA DE WINDSOR

Márcia Couto Barreto iniciou a carreira como vedete no show de reabertura do Hotel Copacabana Palace, em 1958, ao lado de Elizeth Cardoso e Consuelo Leandro. O "Windsor" do seu nome artístico foi sugestão do Stanislaw Ponte Preta, que disse lembrar ela a Duquesa de Windsor.

Ficou nacionalmente conhecida como jurada nos programas de Flávio Cavalcanti e Sílvio Santos, mas trabalhou também em 15 novelas.

Era uma belíssima mulher.


4) TIA GLADYS

Gladys Mesquita Ribeiro era decoradora e programadora visual, mas decidiu ir para a TV, onde acabou fazendo o programa Gladys e Seus Bichinhos, na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1955. No programa ela contava uma história e concomitantemente ia desenhando bichinhos num quadro, dando uma aula de desenho artístico. Criou assim vários personagens: a formiguinha Gida, a gatinha Clarinha, a peixinha Marci, a abelhinha Domi, a cachorrinha Lelete e o sapo Godô, o mais conhecido de todos. Tia Gladys, como era chamada, era um ídolo para a garotada de então. Mesmo após o fim do programa, escreveu 38 livros e gravou 20 discos de histórias.


5) HEBE CAMARGO

Hebe Maria Monteiro de Carvalho Ravagnani é considerada a Rainha da Televisão Brasileira. Iniciou sua carreira de cantora na década de 1940, na Rádio Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira a cargo da TV Tupi. Em 1964 afastou-se para ter filho, retornando em abril de 1966 com o programa Hebe, que ficou no ar por mais de 40 anos, passando por várias emissoras.

Seu currículo é extensíssimo. Impossivel até mesmo resumi-lo aqui.



6) ÍRIS LETTIERI

Íris Lettieri Costa começou a carreira no fim dos anos 1950, como locutora de telejornais, na TV Tupi do Rio e posteriormente na TV Manchete. Na década de 1970 os anúncios em vários aeroportos no Brasil passaram a ser feitos por ela, com sua voz aveludada e sensual. Segundo ela, esse tom e timbre foram criados adrede, para transmitir tranquilidade aos passageiros que tinham medo de voar. 

 


7) CONSUELO LEANDRO

Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira tinha como sonho ser atriz. Seu avô era frontalmente contra e a expulsou de casa. De pirraça, ela adotou artisticamente o sobrenome Leandro, que era o nome do avô. A princípio, tornou-se atriz do teatro de revista, profissão mal vista na época. Depois partiu para o rádio e sua voz ficou conhecida num papel do famosíssimo programa Balança mas não cai, da Rádio Nacional. Fez filmes, mas tornou-se conhecida como humorista, tendo trabalhado em vários programas, como Noites Cariocas, Praça da Alegria, A Praça é Nossa, Escolinha do Golias e Veja o Gordo.

A pintinha escura acima dos lábios era sua marca registrada.


8) ZÉLIA HOFFMAN

Zélia Hoffman iniciou a vida artística na TV, tendo trabalhado na Tupi, Excelsior e Globo. Fazendo par com Chico Anysio, tornou-se conhecida como Maria Tereza, mulher do Coronel Limoeiro. No quadro, este dizia: "Maria Tereza! Essa mulher me ama!".

Era relações públicas no famoso restaurante La Fiorentina, no Leme, onde sua presença sedutora e atraente garantia a freguesia da classe artística. Foi uma das Certinhas do Lalau. Era muito bem relacionada na alta sociedade carioca.

Desfilava fantasias de luxo nos bailes de Carnaval do Teatro Municipal, ao lado de Clóvis Bornay, Wilza Carla, Evando de Castro Lima, Mauro Rosas e Marlene Paiva. Em 1958 venceu o concurso, com a fantasia A Bela Otero.



 
=====  FIM  DA  POSTAGEM  =====

 

9 comentários:

  1. Bom dia.
    De todas as apresentadas hoje só não conheço a Tia Gladys; como só tivemos lá em casa o primeiro aparelho de televisão no início da década de 60, provavelmente nunca assisti ao programa dela.
    Lembrando de comerciais muito antigos, havia um de toalhas de mesa de plástico, de aspecto bem ruim, marca Linholene.
    A grande vantagem apresentada era ser fácilmente limpa/lavável pela dona de casa.
    O bordão, infame, era: "Parece linho, mas é Linholene".

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  2. Meu pai tinha uma gana na Marcia de Windsor!

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Das oito de hoje, só não vi "Tia Gladys". A Célia Biar acho que foi patroa de alguma parente minha, carecendo de confirmação.

    A Iris Lettieri chegou a ser a voz oficial do anúncio das estações do BRT a partir de 2012, quando funcionava. Mas acho que alguns anúncios ainda estão com a sua voz.

    A Consuelo Leandro participou de várias novelas do Silvio de Abreu nos anos 80. Depois acho que também participou da "Praça é nossa" no SBT.

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    1. Se eu tivesse lido direito o texto, teria visto que a Consuelo Leandro tinha participado da Praça é Nossa...

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  4. Lembrei-me da Marisa Urban, que também foi atriz, apresentadora, modelo, garota-propaganda, jurada, por aí vai.
    Uma bela mulher.

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  5. Bom dia Saudosistas. Lembro de todas, menos da Tia Gladys, de todas ELAS de hoje a que mais gostava era da Iris Lettieri, a Hebe Camargo eu achava ela enjoada, as demais lembro dos seus trabalhos na TV mais não faziam a minha cabeça.

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  6. Também faço parte da lista dos que não conheceram a Tia Gladys.
    Neide Aparecida, Marcia de Windsor, Íris Lettieri e Consuelo Leandro vi muitas vezes na TV.
    Neide Aparecida era presença constante na Tupi, mas não lembro mais se era só em comerciais, perucas Lady principalmente, ou se ainda participava de algum programa.
    A Íris vi e ouvi muito nos telejornais. Uma bela presença com voz marcante.
    Surpresa é a Marcia do Windsor como vedete. Quando a conheci já tinha essa aparência de tia madame gente boa, mas que, em quase tudo, depende de serviçais.
    Na lista dos ídolos da minha avó, além do Costinha e o Sílvio Santos, também tinha a Hebe Camargo e a Dercy.
    Não simpatizava com a Célia Biar. Nem sei porquê.
    Será o gato? Nunca convivi com esse bicho. Nem em minha casa, nem na de amigos ou de parentes (desde avós, tios até primos, filhos e sobrinhos). "Gatofobia"?
    O nome eu conheço mas não consigo lembrar da imagem da Zélia Hoffman. Depois procuro outras fotos na internet para me ligar.

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    1. Para mim o caso da Zélia Hoffman é o oposto. Lembrava do rosto, mas não do nome.

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  7. Deixou fora a Zezé Macedo, a Biscoito, sem dúvida a mais linda de todas mulheres!

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