O "Saudades do Rio" volta de férias ainda em ritmo lento. Para comemorar o início de um novo ciclo relembramos algumas "musas" que fizeram sucesso por aqui.
Alguém colorizou esta foto de final de ano na Av. Rio Branco. Nada mais justo que seja a da primeira musa a ser relembrada.
Esta foi enviada pelo Francisco Patricio. Na Avenida Rio Branco, no final da década de 40, a "elegância" se conjuga com a beleza (sem esforço) em pleno Centro do Rio de Janeiro. Lá ao fundo, atrás da Senhorita, o lendário Edíficio do Jornal do Brasil (já demolido). A bela moça comprou uma fração da loteria - nunca saberemos se lhe saiu "a sorte grande"!
Maria Lucia trabalhava como assistente administrativa na Sul América Seguros na Rua da Alfândega e estava noiva de seu colega de seção chamado Rodolfo. Já conhecia Dona Nilcéia, pois ela de vez em quando passava na repartição vendendo bilhetes de loteria que Maria Lucia comprava quando já não tinha gasto dinheiro comprando as meias que "seu" Kalil também vendia pelos andares da Sul América.
Maria Lucia sempre aproveitava a hora do almoço para tomar um frappé de côco no Café Simpatia e bater um pouco de perna pela Rua do Ouvidor. Depois do casamento com Rodolfo iria pedir as contas na Sul América e se dedicar aos filhos na casinha comprada numa agradável rua do Méier.
Foto de autoria de José Medeiros, colorizada pelo Reinaldo Elias. Vemos a cantora Dulce Nunes, na década de 1950, tomando um Crush, na Praia Vermelha, na Urca. Ao fundo o Círculo Militar. Aparentemente a moça está onde hoje funciona a Escola Municipal Gabriela Mistral. Esta moça, Dulce Bressane de solteira, venceu um concurso de beleza da época. Ela estrelou o filme "Estrela da Manhã" e se casou com Bené Nunes.
Flagrante de Kurt Klagsburn colorizado pelo Reinaldo Elias. A moça está incomodada com o atraso do namorado. O que será que aconteceu?
Vemos a dupla de moças americanas que balançou os corações dos fotologueiros do Rio Antigo quando viram pela primeira vez o périplo delas pelo Rio da década de 40, fotografadas pelo Hart Preston, da LIFE.
Elas estão na Rua do Ouvidor, pois veem-se ao fundo o prédio e o relógio da Sul América Seguros, que continuam no local , junto com algumas dessas arcadas da iluminação pública.
Destacam-se, também, os letreiros de grandes lojas como as descritas abaixo:
A loja da Mappin Webb nesta época tinha como endereço Rua do Ouvidor nº 100. As “CASAS CLARK” ficavam na Rua do Ouvidor nº 105/107 e em sua propaganda dizia: “Para qualquer solenidade o calçado Clark preenche todas as exigências. Atenda ao conforto dos seus pés usando o calçado Clark, cujas formas garantem bem estar e satisfação. As variedades de tamanhos em várias alturas atendem ao mais exigente consumidor.”
E não deixe de dar uma passada na Westinghouse, na Rua do Ouvidor nº 98, para comprar um rádio modelo WEK-256, cuja propaganda dizia: “Sem deixar o conforto de sua casa, a primeira fila nos theatros e nos concertos poderá ser sempre sua. Basta-lhe ter em seu lar um Westinghouse de Vóz Symphonica, o receptor incomparável. Graças a um característico exclusivo, baseado sobre um princípio novo – a Camara Acustica “Cathedral” – o Westinghouse é de fidelidade e nitidez a toda prova, é o receptor capaz de satisfazer plenamente os amantes da boa musica. Acompanhe os espectaculos mais requintados como se estivesse na primeira fila, com o novo Westinghouse”. À esquerda vemos “O Pavilhão”, magazine de modas em geral para homens, senhoras e crianças, na Rua do Ouvidor nº 108.
Quase todos os sobrados ecléticos que vemos na foto foram demolidos no pós-guerra.
Quem poderia ajudar a moça a se orientar em Copacabana?
Ótimo retorno. As férias foram curtas, nem duas semanas.
ResponderExcluirAs musas fazem por merecer o título.
As fotos são bonitas, de uma época mais tranquila, longe da vulgaridade atual.
Acho que foi o gerente que sofreu de abstinência.
ExcluirBom dia e bom retorno, Dr. D'.
ResponderExcluirVoltando em grande estilo, com algumas musas da página.
Poderíamos comemorar mais tarde com a estrela do dia, a pizza (para quem gosta ou pode).
Em tempo, podendo estar errado, a foto 4 mostraria a fila em uma seção eleitoral.
ResponderExcluirCom exceção das "individuais", chama a atenção o detalhe de que as fotos tiradas em vias públicas estão inseridas no "circuito Elizabeth Arden". Se atualmente forem "batidas" fotos nas mesmas locações, o contexto seria totalmente diferente: seria o "circuito Somália" ou o "circuito Maranguape"?
ResponderExcluirA Angelita é muita areia para meu caminhão mas as outras eu namoraria.
ResponderExcluirMesmo com todos os problemas dos anos 50 acho que era uma boa época de se viver no Rio.
De dia faltava água, de noite faltava luz, mas tudo era mais tranquilo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMaria Angélica Gugani, mais conhecida como Angelita Martinez, não poderia imaginar que quando foi convidada em Janeiro de 1959 para promover uma "marchinha" para o carnaval que se aproximava, que "Pau grande" (no seu amplo sentido) marcaria a sua vida de forma irreversível. Mas como meu avô dizia, "quem nasse cachorro morre latindo", pois preferiu trocar a atenção e os "favores" de um Vice-Presidente da República pelos "24 cm" de Garrincha. "Deu no que deu" e Angelita acabou no ostracismo.
ResponderExcluirComentário das 10:35 é desagradável e ainda tem um “quem nasse”. O Corretor Ortográfico vai reclamar.
ResponderExcluirO preenchimento automático me pegou. O comentário é desagradável para você? Ahhhh, é mesmo? E daí, e eu com isso? Vou ficar sem dormir um mês...
ExcluirTendo em vista a afasia cognitiva de alguns comentaristas que desconhecem o que é semântica e história recente, conforme demonstrado no comentário das 11:09, cumpre explicar que a marchinha de carnaval citada em meu comentário das 10:35 tinha como refrão "Mané que brilhou lá na Suécia, Mané que nasceu em Pau Grande". Naquele tempo era comum que os autores e/ou interessados em composições carnavalescas as divulgassem em bailes e programas de rádio. Como o brasileiro é naturalmente debochado, logo o refrão passou a ser cantado "Mané que nasceu de pau grande", local onde Garrincha nasceu e morava. Quanto aos "24 cm", eles podem "comprovados" pela narrativa de Ruy Castro em seu livro "A Estrela Solitária". E para finalizar, é de conhecimento geral que João Goulart, então Vice-Presidente da República, mantinha secretamente um romance com Angelita. Portanto o "anonimato" do comentarista das 11:09 além de deplorável mostra uma grande dose de "fimose moral e cultural".
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Grata surpresa, acessei descompromissadamente o SDR e vejo que o Gerente já retornou de férias. Embora já tenha desfilado no SDR, a minha eterna musa Rose di Primo, não aparece entre as musas postadas hoje.
ResponderExcluirFF. Antigamente a população era magra e não havia propaganda que de o povo passava fome, nos grandes centros urbanos. Hoje você vê uma foto nas principais vias da cidade, se observa uma população gorda, e o que mais se vê são propagandas de que o povo passa fome.
No Brasil 150 milhões de pessoas passam fome por causa da ganância de empresários e de banqueiros que só querem lucrar. Eles poderiam repartir seus lucros com a população mais carente, mas isso não acontece. Os juros brasileiros são os mais altos do mundo e impedem que o pobre tena acesso a bens de consumo. A miséria é uma realidade.
ExcluirPara aqueles que acham que o problema do mundo está com as pessoas bem sucedidas nos seus negócios. A soma da riqueza dos 10 maiores bilionários do mundo é em torno de 1,25 trilhão de dólares, como a população mundial é em torno de 8 bilhões de pessoas, logo se eles dividissem suas fortunas com o resto do mundo, daria em torno de US$ 156,25/pessoas, logo teríamos mais 10 pobres no mundo. Porém se você pesquisar quantos empregos estes 10 maiores bilionários geram direta ou indiretamente, garanto que você não escreveria esta asneira novamente.
ExcluirBom retorno, Luiz.
ResponderExcluirO Joel consegue "se superar" a cada dia... Kkkk
Sobre o rádio Westinghouse, não tenho a menor idéia de como era o som dele. Seria algo como alta fidelidade?
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