COMPUTADORES ANTIGOS (MAINFRAMES), por Helio Ribeiro
Esta
postagem trata de um assunto desconhecido da imensa maioria dos visitantes e é
a primeira de um conjunto relativo a computadores antigos. O alvo são os
mainframes, computadores de grande capacidade de processamento usados em
empresas e instituições de pesquisa. O texto é um resumo do resumo do que se
pode dizer a respeito dos mainframes, e deixa de lado vários modelos que um dia
existiram, focando mais nos que se tornaram sucesso de mercado ou que foram os
precursores da espécie.
1) MAINFRAMES DE PRIMEIRA GERAÇÃO
Esses
computadores usavam válvulas, o que gerava alta temperatura e consumo excessivo
de energia elétrica, além de outros problemas. A programação era feita
diretamente neles ou através da leitura de fitas de papel, parecidas com as
usadas em teletipos. Vejamos alguns dos tipos de mainframe dessa geração.
O
Colossus é considerado o primeiro computador eletrônico programável, embora
isso fosse feito através de plugues e chaves, e não por programas armazenados. O
protótipo do Colossus, denominado de Mark I, foi construído em 1943 pela
Inglaterra e entrou em operação no início de 1944, como parte do esforço de
decriptar as mensagens enviadas pela Wehrmacht durante a II Guerra Mundial.
Esse assunto por si só merece muitas horas de leitura. Recomendo.
O
Mark II entrou em operação em junho de 1944, na época do desembarque aliado na
Normandia. Até o fim da guerra já havia dez Colossi em operação e um décimo
primeiro em construção.
A
foto mostra apenas parte do Colossus. Ele era formado por duas seções de 5,50
metros de comprimento por 2,30 metros de altura. Usava 2.400 válvulas. Por conta delas, o Colossus raramente
era desligado: a quantidade de calor gerada no momento de ativação da máquina
poderia fritar todos os circuitos e estourar as válvulas do aparelho, algo que
seria muito custoso. Por isso o computador passava meses inteiros ligado – e
quando tinha que ser reiniciado o processo era feito o mais lentamente
possível.
Ele
era considerado tão secreto que todos eles foram desmontados em peças pequenas
na década de 1960, para não permitir inferir seu funcionamento. Todas as
informações de projeto foram queimadas, incluindo as plantas e desenhos. Só na
década de 1970 se soube da existência dos Colossi.
O
ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer) entrou em operação em 14
de fevereiro de 1946, na Universidade da Pensilvânia. Tinha 40 gabinetes, com
100 mil componentes e 17 mil válvulas. Pesava 27 toneladas, tinha 24,40 metros
de comprimento e ocupava 170 metros quadrados. A temperatura ambiente, apesar
dos inúmeros ventiladores, chegava às vezes a 67 graus centígrados.
Sua
programação era feita por fios e interruptores. Como tinha sido projetado para resolver
cálculos de artilharia, quando uma nova exigência surgia sua reprogramação era
muito lenta, tarefa executada por um grupo de mulheres, como se vê na foto
abaixo. Por sinal, elas e mais cinco homens participaram do projeto do ENIAC.
1.3)
UNIVAC
O
UNIVAC (Universal Automatic Computer) entrou em operação em 1951. Foi o
primeiro computador produzido em grande escala. Era programado por 6.000 chaves
e conectando-se cabos a um painel. Usava 5.200 válvulas, 18.000 diodos de germânio,
consumia 125kW e pesava 13 toneladas. Juntamente com os periféricos, ocupava 35
metros quadrados. Quando era ligado, as luzes da vizinhança momentaneamente
diminuíam de brilho. Os projetistas do UNIVAC foram os mesmos do ENIAC.
Abaixo,
foto de uma instalação com o primeiro modelo do UNIVAC. O computador é aquele
grande armário ao fundo.
A console do operador é mostrada na foto abaixo.
O
UNIVAC custava na época entre US$ 1,250,000 e US$ 1,500,000. No Brasil, ele foi
um dos primeiros computadores adquiridos, no caso pelo IBGE em 1961, ao preço
de US$ 2,976,351 incluindo alguns periféricos e acessórios, com a finalidade de
ser usado no censo demográfico.
1.4) ElectroData 205 e 220
O
ElectroData 205 foi lançado em meados dos anos 1950. Era um computador de custo
relativamente baixo, porém usava válvulas e era de processamento lento. Mesmo
assim, fez muito sucesso. Foi sucedido pelo ElectroData 220, o último
computador fabricado e lançado no mercado usando ainda válvulas, numa época em
que outros fabricantes já usavam transistores. Em virtude disso, não teve muita
aceitação. A ElectroData foi então comprada pela Burroughs.
A
foto abaixo mostra um 205 comprado pela PUC-RIO e entrado em operação em 13 de
junho de 1960. Ocupava uma sala inteira, pesava 1 tonelada e usava 3500
válvulas. Consumia 70 kVA. A PUC teve de construir um sistema de ar
condicionado exclusivamente para ele. Tinha 16 kB de memória. Um operador está
sentado diante da console do computador, que está fechado e parece ser aquele
armário ao fundo.
Abaixo
uma animação da console do computador.
2)
MAINFRAMES DE SEGUNDA GERAÇÃO
Estes
já usavam transistores em seus circuitos, o que implicava em menor tamanho,
menos consumo de energia elétrica e menos aumento de temperatura ao operarem.
Já aceitavam programas em algumas linguagens ainda rudimentares. Esses
programas eram codificados em folhas de papel apropriadas, perfurados em cartões
em máquinas destinadas a isso e lidos por leitoras de cartão, que alimentavam o
programa para execução pela CPU.
Com
a popularização do uso de computadores por empresas, já não fazia sentido
comprar apenas a CPU. Por isso, eram fabricados vários periféricos que faziam
parte então de um sistema integrado e modular, que cada empresa podia compor à
vontade, sendo a CPU o elemento principal.
2.1) IBM 1401
Foi
apresentado ao mercado em 5 de outubro de 1959. Tinha 4 kB de memória padrão (extensíveis
para mais 16 kB) e era totalmente transistorizado.
Era
parte de um sistema completo, sendo o mais simples formado pelo processador,
uma leitora/perfuradora de cartões de 80 posições IBM 1402 e uma impressora, a
famosa IBM 1403. Também podiam ser acopladas unidades de fita magnética. O
conjunto todo podia ocupar uma sala de consideráveis dimensões e era destinado
a empresas de pequeno porte. Abaixo, foto de um desses conjuntos.
À
esquerda vemos a leitora/perfuradora de cartões; ao centro, onde está a mão da
senhorita, a CPU 1401 e acoplada a ela um gabinete de extensão de memória para
16 kB; em primeiro plano, a impressora e ao fundo uma unidade de fita
magnética. Havia também uma console para o operador, não mostrada na foto.
2.2) BURROUGHS famílias 100/200/300/500
A
Burroughs na época era a segunda maior fabricante de computadores no mundo,
sendo a IBM a primeira. Ela lançou uma série de mainframes cujos códigos eram
das famílias acima citadas. Não encontrei a respeito deles informações que
interessassem a esta postagem.
Na
foto abaixo, um B500, de cerca de 1963.
3)
MAINFRAMES DE TERCEIRA GERAÇÃO
Essa
geração já usava circuito integrado e entrou em operação na década de 1960. Os
circuitos integrados possibilitaram uma grande diminuição do tamanho e peso dos
computadores, e uma substancial melhoria na sua velocidade de processamento.
Mas ainda se destinavam a empresas, em virtude da necessidade de resfriamento,
do consumo de energia elétrica e do ainda razoável peso deles.
3.1)
BURROUGHS
A
Burroughs foi uma das primeiras empresas a fabricar computadores com circuito
integrado. Ela estabeleceu três diferentes linhas de mainframes: a Small
Systems, a Medium Systems e a Large Systems.
3.1.1)
BURROUGHS SMALL SYSTEMS
Essa
linha foi introduzida em meados dos anos 1970 e consistiu nos mainframes da
família B1000, composta pelos B1700, B1800 e B1900. Foi descontinuada em 1987.
3.1.2)
BURROUGHS MEDIUM SYSTEMS
Essa
linha foi iniciada pelo B2500, lançado em 1966, ao qual sucedeu o B3500, que entrou
em operação em 1968. O B2500 tinha 60kB de memória e pesava 270 kg; o B3500
tinha 500kB de memória e pesava 320 kg. Abaixo se vê uma instalação de B3500.
A
foto mostra em primeiro plano à esquerda uma unidade horizontal de fita
magnética e ao lado direito da foto duas impressoras. Ao fundo à esquerda, a
console da CPU (o móvel fino com uma base à frente), ladeado pelas duas CPU's.
O equipamento grande ao fundo é um conjunto de discos. Ao fundo, na extrema
direita, vista parcial de uma perfuradora de fita de papel. Muito escondida, entre
ela e a impressora de trás, uma unidade de perfuração de cartões.
A
família B2500/B3500 foi sucedida pelos B2700/B3700/B4700 em 1972,
B2800/B3800/B4800 em 1976 e pelos B2900/B3900/B4900 em 1980.
3.1.3)
BURROUGHS LARGE SYSTEMS
Essa
linha foi iniciada pelo B5000, lançado em 1961, seguido pelo B5500, em 1964,
ambos ainda usando transistores. Em 1969 foi lançado o B6500, já agora usando
circuitos integrados, ao qual se seguiram o B6700 em 1971 e outros mais até
1985.
Em
1986 a Burroughs comprou a Sperry e formou a Unisys, acrônimo de UNited
Information SYStem.
3.2) IBM /360, /370 e /390
Talvez
o computador de maior sucesso da história. Lançado em 07 de abril de 1964,
tinha na sua primeira versão uma memória de 32kB. Com o /360 a IBM conquistou
70% do mercado mundial de computadores. O termo 360 foi usado para indicar que
o computador podia ser usado por todos os tipos de consumidores, grandes ou
pequenos, corporativos ou acadêmicos. O /360 revolucionou a indústria e a
concepção dos computadores dali em diante. Seria longo detalhar o porquê disso.
A
família /360 teve várias versões, como o IBM /360 modelo 91, o 125, o 145, o
148 e o 158. Abaixo, foto do /360 modelo 91.
Uma
característica do /360 era sua escalabilidade, ou seja, a empresa podia comprar
uma versão menor e depois migrar sucessivamente para versões maiores, sem
necessidade de refazer algo já existente anteriormente. Também se caracterizava
pela modularidade: a empresa podia comprar determinada quantidade ou espécie de
periféricos e depois acrescentar outros.
Em
30 de junho de 1970 a IBM lançou o /370, uma versão aprimorada do /360 e que
também constituiu uma família. E em 1990 lançou a família /390.
Abaixo,
foto do /370.
Sendo este um Fundo do Baú, paramos por aqui o texto, eis que não devemos ultrapassar certa época em direção aos dias de hoje.
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PS: O "Saudades do Rio" mais uma vez agradece a colaboração do Helio Ribeiro.
Não entendo de nada disso, mas é tudo espantoso. Ainda mais agora com a miniaturização.
ResponderExcluirEsses “monstros” das fotos me fazem relembrar do célebre “Hal” do 2001 de Kubrick, um dos filmes mais interessantes que assisti.
Da época do computador da PUC lembro de amigos engenheiros alugando horários noturnos para usar aquele computador.
Apesar dos avanços tecnológicos uma parcela crescente de brasileiros não tem acesso à informática por uma razão básica: falta de instrução! A quantidade de analfabetos e analfabetos funcionais é uma uma prova disso.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO tema de hoje é para poucos. Recentemente um computador "nacional" completou 50 anos de montagem em uma universidade, salvo engano, do sul.
Sou uma pessoa quase totalmente "analógica" , só recentemente passando a usar smartphone, zap e outros apetrechos. Não uso aplicativos nem pix, por exemplo.
O mais assombroso é a capacidade de armazenamento atual de dispositivos portáteis, passando da marca do Terabyte...
FF: começa daqui a pouco, no Theatro Municipal, o velório da atriz Léa Garcia. É o quarto velório no local em poucas semanas.
Só nos anos 90 comecei a lidar com computadores, os micros. Deve ter sido o avanço do Windows que facilitou a minha vida.
ResponderExcluirEsse armários de computação pessoalmente só conheci já desativados quanfo fiz uma visita técnica à antiga fábrica do whisky nacional Royal Label, de nome Seagrans se não me falha a memória.
Eles queriam expandir a linha de produção e entre outros serviços queriam desocupar a sala dos grandes computadores.
Lá pelos idos de 1979 iniciei um curso assim que terminei a Escola Técnica de Eletrônica da Mauá, que incluía técnica digital e algumas linguagens. Estava "pegando gosto" por esta área. Porém, quando comecei a trabalhar na área de produção em indústrias acabei me afastando.
ResponderExcluirHoje, os meus filhos são imersos em atividades de informática, especificamente em softwares.
Recentemente estavam me mostrando sobre os recursos da IA. Fiquei reflexivo, numa mistura de admiração e medo.
Sabe-se lá o que vem por aí no futuro próximo...
No Fundão, na primeira metade dos anos 70, o Núcleo de Computação Eletrônica - NCE disponibilizava para os alunos de ciências exatas dos cursos que tinham as disciplinas Computação I & II e Cálculo Numérico I & II, a utilização de um "IBM 1130", (tenho quase certeza que era esse o nome) programação em Fortran IV, "alimentação" por cartões perfurados. (as filas para as poucas máquinas de perfurar eram enormes).
ResponderExcluirEntregava-se os cartões em um dia no NCE, o programa entrava na fila para "rodar" e voltava-se (em até 48 horas, mínimo) para receber a listagem impressa com o resultado.
Nunca ia "de primeira", geralmente a listagem voltava indicando erro(s) através de códigos. e aí era refazer e refazer e refazer.
Uma agonia, mas ... bons tempos, tenho saudades.
Esses textos não são tão longos assim no desktop, mas ficam longos demais em celular, por mais que eu tente abreviá-los.
ResponderExcluirMário, 10:17h ==> sim, havia o computador IBM 1130. Ele foi lançado em 1965. Era mais voltado para engenharia e assuntos educacionais.
ResponderExcluirObrigado pela confirmação, Helio.
ExcluirA primeira vez que vi um computador na minha vida foi em 1970, quando um ex-colega meu passou a chefiar o CPD da Secretaria de Administração da então GB, ali no Castelo. Era um IBM 1401 (item 2.1 da postagem), com tudo o que tinha direito: a leitora de cartões IBM 1402 e a impressora IBM 1403. Na época não me impressionei muito com o bichão. Mal sabia qual seria meu futuro.
ResponderExcluirEm final de 1971 um colega da faculdade arranjou uma visita da turma à então Burroughs (atual Unisys), ali na Lapa. Aí foi amor à primeira vista por computadores. Inscrevi-me para o curso de Técnico de Manutenção de Computadores da Burroughs. Fui aprovado e em 1972 travei contato com os B300, B3500 e B4700 (itens 2.2, 3.1.2 e 3.1.3 da postagem). Mas não gostei do emprego e pedi demissão.
ResponderExcluirNo fim do mesmo ano de 1972 comecei a fazer o curso de Análise de Sistemas, pago pelo IBGE e ministrado pela IBM. Três meses, horário integral. No curso aprendemos as linguagens Assembler e COBOL. Usávamos um computador do próprio curso, mas nunca tivemos contato com ele, já que apenas codificávamos o programa em folhas apropriadas e entregávamos tudo ao professor. Ele tratava de mandar perfurar o código em cartões e enviar para o computador.
ResponderExcluirEm março de 1973, concluído o curso, fomos admitidos no IBGE como celetistas. Lá usávamos vários modelos do IBM 360 (ou seria 370?), conforme o IBGE ia dando upgrade na máquina. Se não me engano, começou com um modelo 125 e passou por um 145, 148, 155 e 158.
ResponderExcluirEm janeiro de 1978 fui para o CPDERJ (atual PRODERJ) e lá havia um IBM 370 modelo 145 (item 3.2 da postagem)
ResponderExcluirEm 1981 a Cruzeiro do Sul foi absorvida pela VARIG. Esta usava um obsoleto NCR em São Paulo e um IBM 370 no Rio. Em 1982 tudo foi trazido para o IBM do Rio.
ResponderExcluirEm 1985 fui para o Banco Nacional e mudei de cargo: de Analista de Sistemas para Administrador de Dados, e neste cargo não tínhamos necessidade direta de usar o computador. E assim foi até o final, conforme trabalhei a seguir na VARIG novamente, na própria IBM, na VARIG pela terceira vez, na TIVIT (a pior empresa em que trabalhei), no IBGE e depois numa firma terceirizada que prestava serviços para a Bradesco Seguros. Aí, em dezembro de 2016, fui demitido numa barca que passou por lá e resolvi ficar na sombra e água fresca em casa.
ResponderExcluirNa minha época de UFF tive pelo menos um período com programação de computadores, acho que Fortran, com aulas práticas em frente àqueles terminais IBM de fósforo verde, há mais de trinta anos.
ResponderExcluirAlguns colegas já tinham computadores "pessoais" em casa, mas para mim ainda era coisa de outro planeta. Meu primeiro contato mais profundo, digamos assim, foi no estágio que fiz na Embratel, em 1993.
Aqueles terminais IBM de fósforo verde eram os modelos 3270, 3277 e 3278. Só passei a usá-los em 1981, na VARIG. Mas se não me engano ainda não dava para fazer os programas neles. Eram usados apenas para acompanhar o progresso da execução de programas. Posteriormente passou a ser possível codificar os programas usando-os. Bem mais tarde os microcomputadores substituíram esses terminais.
ExcluirEstou perdendo comentários. Faço-os mas eles não aparecem aqui.
ResponderExcluirDependendo da aceitação da postagem de hoje, a próxima será sobre os periféricos usados pelos mainframes e uma dica rápida sobre linguagens de programação usada neles. Ela precederá uma postagem sobre microcomputadores, dos quais não conheço tanto assim. Caso a aceitação seja baixa, a dos periféricos e linguagens não será feita e partirei direto para a dos micros.
ResponderExcluirAugusto, 08:03h ==> eu também, apesar de ter trabalhado durante 44 anos em informática, nunca fui apaixonado por gadgets. Tanto é que meu primeiro celular foi um dinossauro descartado por minha esposa, em 2017. No ano seguinte comprei o meu atual, um Samsung J4. Uso-o ainda hoje.
ResponderExcluirUma vez o operador do computador do IBGE fez uma sacanagem com um faxineiro: o operador perfurou um cartão com os dizeres "Chama aí o João", nome do faxineiro. Aí colocou o cartão na leitora de cartões perfurados e a mensagem saiu na tela do operador. Este falou então para o faxineiro: "João, o computador está te chamando!". O faxineiro olhou a mensagem na tela e, espantado, disse: "Como é que ele sabe meu nome?".
ResponderExcluirEssas sacanagens eram muito comuns na época em que os computadores não eram muito conhecidos. No INSS, quando alguém de baixo nível de instrução era admitido o pessoal do RH escrevia um pedido de abreugrafia e mandava a vítima falar com o chefe do CPD. Este então falava para a vítima tirar a camisa e abraçar uma unidade de fita magnética que estivesse sendo utilizada no momento. O pobre coitado ficava lá, sem camisa, abraçado com a unidade de fita, até o chefe mandar ele sair.
ResponderExcluirDesses daí nem tenho ideia. Usei uns terminais com tela verde no século passado.
ResponderExcluirNos micros comecei no tempo do DOS. A grande virada para mim foi quando surgiu o Windows.
Com certeza.
ExcluirFalem o que quiserem da Microsoft e do Gates, mas é forçoso admitir que o Windows possibilitou/acelerou/facilitou a todos o acesso ao mundo da informática.
De outra feita, ainda durante o curso de Técnico de Manutenção de Computadores a que me referi mais acima, tínhamos um colega de nome de guerra Mosquera. Um dia, recebemos no treinamento a tarefa de ler alguns cartões perfurados com palavras aleatórias, classificá-las em ordem alfabética e imprimir o resultado. Os cartões eram perfurados numa máquina que imprimia no topo deles o que estava perfurado em cada coluna. Mas havia a opção de desligar essa impressão. Então o pessoal perfurou algo totalmente diferente e com um lápis escreveu no topo o que seriam os comandos corretos para executar a tarefa. Entregaram então o deck de cartões ao professor, que estava mancomunado.
ResponderExcluirNa hora de rodar o programa, o professor entregou ao Mosquera o deck falso. Ele alimentou os cartões na leitora e na impressora foi impresso o texto: "Mosquera, você fez besteira!".
Já trabalhado, a partir do final da década de 70, utilizava mesmo as máquinas de calcular HP programáveis em "linguagem de máquina" própria e que permitiam a gravação dos programas em pequenos cartões magnéticos, que tinham que ser carregados toda vez que se fosse utilizar o programa, já que as máquinas não tinham memória contínua. Tínhamos no escritório uma HP 69 e uma HP 97, básicamente a mesma máquina, mas a 69 era "de mesa", maior e a 97 era "portátil", de tamanho convencional.
ResponderExcluirAdaptei para elas um programa para cálculo de rede de dutos de ar condicionado (baseado na recuperação de pressão estática) por método iterativo, que "na mão" levava horas e na máquina minutos.
Velhos tempos ...
Só fui trabalhar com PC´s no final da década de 80, o primeiro foi um IBM.
ResponderExcluirNa verdade, com o Lotus 1-2-3 da IBM e logo em seguida com o Excel para Windows da Microsoft (ferramenta fantástica) resolvi praticamente tudo o que precisei ao longo dos anos.
Guardo, em perfeito estado de funcionamento (mas nunca uso), uma Calculadora financeira HP 12C, que utilizei nos tempos de MBA no final da década de 90.
Luiz D', 12:33h ==> também comecei usando o MS-DOS. Por sinal, DOS foi um dos primeiros sistemas operacionais utilizados nos mainframes. É abreviação de Disk Operational System. Quando trabalhei na IBM usávamos o OS/2, que foi um dos ramos de um sistema operacional unificado, desenvolvido conjuntamente pela IBM e pela Microsoft, sendo o outro ramo o Windows. O OS/2 era tecnicamente melhor que o Windows, mas por falha de marketing da IBM o Windows dominou o mercado dos microcomputadores, a partir do Windows 95.
ResponderExcluirO OS/2 era muito confiável e flexível, mais que o Windows.
Helio, agora vou ficar quieto.
ResponderExcluirVocê falando ( e bem) de MAINFRAMES e eu de máquinas de calcular ... apareci de garfo em dia de sopa.
Don't worry. Be happy. O importante é participar.
ExcluirGostei da animação da luzes piscando. Novidade por aqui.
ResponderExcluirDepois da UFF nunca mais me meti em programação de computador, aliás coisa bem básica só para aprendizado mesmo.
ResponderExcluirBem mais recente, falando de gadgets, tive celulares e tableta, mas só ano passado me aventurei no smartphone, que estou usando neste momento para comentar neste espaço.
"tablets"...
ExcluirNo clima de Copa, lembrei agora que para a Copa do México de 1970 os grandes computadores apontaram a Rússia (URSS) como favorita.
ResponderExcluirNão me perguntem com quais dados eles "alimentaram" a máquina.
E sobre a Copa feminina encerrada agora, acho que ninguém que eu conheço apostou na Espanha.
ResponderExcluirInglaterra, a exemplo da seleção masculina, também eterna favorita e derrotada como sempre, fora de casa.
Pelo menos as meninas inglesas foram mais longe que seus compatriotas marmanjos em campos estrangeiros.
Será que a Inglaterra vai ter que organizar uma Copa feminina para ser campeã?
Dando um desconto, as inglesas perderam às vésperas da copa, por contusão, três das suas principais jogadoras. Outra ficou "de castigo", depois de cumprir dois jogos de suspensão por pisar em uma nigeriana caída e ser expulsa.
ExcluirFF: Não costumo comentar futebol, mas a convocação da Seleção Brasileira pelo Fernando Diniz "passou dos limites" e só reforça a suposição de que "há algo de podre no Reino da Dinamarca. Como diria Jô Soares, "os mesmos de sempre", sendo que alguns são ilustres desconhecidos. Esse "sistema" existe desde 2006 e é certamente a principal razão do eterno fracasso brasileiro. Parece ser uma "grande engrenagem" na qua o técnico independe de talento pessoal, e é uma "peça de reposição".
ResponderExcluirDiniz, a se acreditar na CBF, é um técnico com prazo de validade, já que ano que vem chega o Ancelotti.
ResponderExcluirHá evidente conflito de interesses permanecendo como técnico do Fluminense.
Tudo errado, como quase sempre.
Não é a primeira vez que um técnico acumula clube e seleção. O próprio Luxemburgo fez, anos atrás. Candinho fez, mas por só um jogo. Não é o ideal, mas entendo a posição do Diniz. Provavelmente sai primeiro do Fluminense. Vai depender também do Olímpia...
ExcluirAssim que o nome do Diniz apareceu na mídia, como opção para substituir o Tite, alguns comentaristas logo disseram que ele seria o preferido para a manutenção da "panelinha" de jogadores, que o técnico anterior também mantinha.
ResponderExcluirE o esquema de incluir os desconhecidos de quase todo mundo, tornando-os menos desconhecidos, valorizando seus passes e salários, eu tenho certeza que vem até do final do século passado.
O Vanderlei, por exemplo, foi acusado de ter feito isso, depois que foi técnico da seleção em 1998 e 99.
Só não sei como seria a negociação entre comissão técnica e agentes dos jogadores e onde entra a CBF.
Mas como é uma instituição particular, só resta a indignação dos torcedores que ainda acreditam que a coisa é séria, dos que compram produtos oficiais da CBF e dos que fazem suas apostas a favor da Seleção Canarinho.
Há anos eu "cantei essa bola". A forma como os fatos acontecem, seus objetivos, a função de cada personagem, suas respectivas condutas, tarefas específicas, e vários outros detalhes, se enquadram perfeitamente no bojo da Lei 12.850/13, que define o combate às organizações criminosas. Preliminarmente e 'a grosso modo", é possivel perceber rotinas "pelo menos estranhas"...
ExcluirPor falar em altas transações financeiras do futebol, o próprio Jorge Jesus, agora técnico do Hilal, falou que o craque midiático está sem condições físicas.
ResponderExcluirE se ele não ficar bom, o clube árabe tem direito ao "satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta"?
Quanto ao Neymar, a sensação que fica é (como já dito por um colunista de futebol, não me lembro qual) de desperdício, de dilapidação de um grandíssimo talento, com o gosto (amargo) do que poderia ter sido.
ResponderExcluirEle, o pai (e que pai !) , os "parças", toda a "entourage", que triste espetáculo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirFaltou incluir a mãe. Seu comentário só robustece a crenças (e a quase certeza) de que "não se deve distribuir pérolas .......a quem não as merece. Oinc....
Excluira crença
Excluir1 milhão de reais por dia. 80 mil por cada post falando bem do país. Que inveja!
ResponderExcluirPoderia ter sido um dos maiores e ganhar a mesma grana. (vide Cristiano Ronaldo e Messi).
ExcluirEsses " 1 milhão de reais por dia. 80 mil por cada post falando bem do país " não salvam o espetáculo, que continua triste.
Infelizmente o torcedor médio do Brasil só conhece Real Madrid, Barcelona, Milan, Inter de Milão, Bayern, Manchester United e outros clubes europeus quando jogam agora esporadicamente contra os brasileiros. Saiu dessa lista, vira "de segunda (ou terceira) linha"...
ResponderExcluirEstranha a convocação do "Caio Rolando", agora no "arabão". Segundo JJ ele só voltaria a jogar em setembro. A Band, que transmitiu o jogo dr ontem, já especulava a estreia na quinta ou na próxima segunda...
Na pior das hipóteses, viaja para o Brasil, se apresenta e é cortado...
Sobre a final feminina, a Espanha usa como base o time do Barcelona, atual campeão da Champions League. A Inglaterra é a atual campeã da Eurocopa. A Espanha dominou o jogo mas não traduziu em mais gols, incluindo um pênalti perdido.
ResponderExcluirEsqueci de comentar, a contratação Ancelotti parece mais um factóide para ganhar tempo. Sabem que é grande a possibilidade do Diniz se dar bem nas Eliminatórias da Copa, mesmo que em segundo ou terceiro lugar, e assim os torcedores esquecerem do famoso técnico italiano até que os confrontos contra as grandes seleções da Europa mostrem a realidade, o que geralmente só acontece em Copa do Mundo.
ResponderExcluirPor falar em futebol, e o Paquetá ?
ResponderExcluirFala sério, precisava ?
Típico do "malandro carioca". Um imbecil.
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