Escola Praça 11de Junho
Esta escola, típica do início do século XX, é eclética de tendência geral clássica. Houve outras com o mesmo partido, como a Escola Gonçalves Dias, que teve um andar extra acrescentado mais tarde, mas que originalmente era quase igual a esta.
Tenho a impressão de que estava alinhada com o Canal do Mangue, pela posição das palmeiras ao fundo, o que a colocaria como alvo fácil das demolições feitas para a abertura da Pres. Vargas.
O conjunto escultórico
sobre a entrada principal certamente mostrava o brasão da Guanabara (Districto
Federal) e alegorias cercando um relógio.
Só um detalhe adicional,
a Escola Gonçalves Dias ficava - e ainda fica - ao lado do Colégio Pedro II, no
Campo de São Cristóvão. Essa é uma das escolas de Pedro Segundo, construídas com
a verba que seria usada para a construção de uma estátua homenageando o monarca
pela vitória da Guerra do Paraguai.
Nesta foto, do Acervo da
Biblioteca do Estado do Rio de Janeiro, vemos a Escola Gonçalves Dias, em São Cristóvão, cujo
prédio foi oferecido à municipalidade pelo comércio da Corte do Rio de Janeiro
em 1872. Destaque para arquitetura do frontal, janelas e grades trabalhadas em
ferro - reparar a conformação simétrica em alas e a presença do relógio acima
da ala central.
O "site" da
FAU-UFRJ nos lembra o emblemático episódio, ocorrido após a Guerra do Paraguai,
no qual D. Pedro II doou o bronze da estátua equestre que seria erguida em sua
homenagem para a construção de escolas.
As escolas então
construídas, que ficaram conhecidas como "Escolas do Imperador",
caracterizam-se pela imponência que resulta da escala e da implantação e pela
nobreza em seu acabamento e materiais.
Continua o texto: a
arquitetura obedece ao estilo classicizante (simetria, embasamento de cantaria,
frontões, ordens clássicas, vergas em arco). A simetria é não apenas um recurso
formal, mas consequência da necessidade de dividir o espaço da escola em ala
feminina e masculina.
Os relógios engastados
nos tímpanos, em substituição aos sinos, são bastante claros quanto à ruptura
entre Estado e Igreja, inclusive caracterizando o primeiro com a marca da
modernidade. Neste mesmo frontão encontravam-se ainda as armas imperiais. As
duas torres laterais acabam por conferir um aspecto de vigilância, ou proteção,
ao entorno do edifício.
O Campo de São Cristóvão
já foi chamado de Campo de D. Pedro I e, depois de 1890, Praça Marechal
Deodoro.
Bom Dia! Vamos ver o que dizem os entendidos no assunto.
ResponderExcluirQuem diria que houve um tempo em que a imagem do prédio de uma escola pública era motivo para um cartão-postal e que um homem público recusaria uma estátua em sua homenagem para que o dinheiro fosse utilizado na construção de escolas.
ResponderExcluirA Escola Praça 11 de Junho estava localizada "mais ou menos" no espaço onde está o monumento ao "Zumbi". ## Minha mãe lecionou na Escola Gonçalves Dias em 1960. Foi na época em que o Rio deixou de ser Distrito Federal.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO Cesar meio que "roubou" meu comentário sobre destinação de verbas. Dom Pedro II sempre disse que seria professor se não fosse imperador. Vejo pela minha irmã a situação atual. Uma coisa surreal é o sistema do estado não conseguir reconhecer a aposentadoria em uma de suas matrículas para conseguir licença depois da cirurgia que fez mês passado...
PS: os rumores sobre a morte do Zagallo foram, a princípio, exagerados. O estagiário se precipitou soltando o obituário. Mas não é algo inédito. Recentemente fizeram o mesmo com o FHC...
ResponderExcluirA freguesia do Grêmio é impressionante. A última vitória gaúcha no Rio fez 40 anos, na Libertadores de 1983... Só ganhou o título de 1997 por causa do "gol fora" com dois empates.
Muito sa fala no "Bota abaixo" realizado na gestão de Pereira Passos, mas as demolições ocorridas na região da Praça XI foram de igual monta. A diferença é que tais demolições não ocorreram de uma vez. Foram iniciadas em 1941 em um primeiro momento e gradualmente até os anos 70. O toque bizarro nessa sequência de fatos é o "monumento que ficou no local".
ResponderExcluirA excelência das escolas públicas do passado não se limitava apenas à ótima qualidade do ensino, mas também a outros fatores como disciplina, apresentação, instalações, qualificação dos professores, e principalmente pela suma importância dispensada à docência pelo Poder Público. O resultado não poderia ser outro. A Educação é e sempre será a prioridade em uma nação civilizada, uma realidade que há muito tempo passa "ao largo" das prioridades dos governos brasileiros dos últimos 30 anos, e o resultado dessa "ação deliberada" pode ser visto no cotidiano da tragédia brasileira.
ResponderExcluirEstou (muito) longe de ser favorável à presença maciça do estado em tudo, porém a educação, nos graus fundamental e médio, é área de atuação compulsória de qualquer governo, devendo ser, como pontuado por você, prioridade.
ExcluirÉ verdade. Em países civilizados e desenvolvidos, a educação até o nível médio é gerida pelo Estado e de alta qualidade. Tenho amigos que moram em Portugal e ficaram surpresos com a excelência da Educação e de como lá ela é levada a sério. Também sou a favor de "quanto menos Estado melhor". Dinheiro "não brota no chão nem dá em árvores". O empreendorismo e a livre iniciativa são ingredientes para a prosperidade. Mas como indivíduos analfabetos, semi-alfabetizado, e idiotizados, podem chegar à essa conclusão? E o mais bizarro é que analfabetos possuem título de eleitor. Junte-se a isso o universo de "Poderes corrompidos" e chega-se a insólita política de "narrativas", onde "a verdade" e conceitos sólidos são relativizados segundo os "interesses da hora".
Excluirà insólita
ExcluirAs duas fotos podem ser abertas em nova aba e serem ampliadas para se observar os detalhes. Na foto 01, nas janelas centrais do 2º piso, de ambos os lados, aparece um mastro, talvez para se colocar uma bandeira. Uma cena muito tranquila, de pedestres, algumas madames de sombrinha, o bonde, as carroças... vontade morar aí nessa foto!
ResponderExcluirRespondendo ao Lino, ontem sobre o "FF. Alguém sabe porque a Globo não passou o jogo da Inglaterra x Austrália?" A Rede Globo só se programou para alguns jogos que não fossem da Seleção Brasileira, já no SporTV vários jogos têm passado normalmente, mas apenas na CazéTV, no Youtube, todos os jogos são transmitidos.
Obrigado Guilherme pela sua resposta.
ExcluirLamentavelmente a educação nunca foi algo prioritário para nossos governantes.
ResponderExcluirColônia,império, república muito blá blá blá é nada.
Apesar de não gostar do Brizola os CIEPs eram algo muito interessantes. Talvez tivéssemos um Rio um pouco melhor com eles.
Só para ter uma ideia nossa primeira universidade e dos anos 30, 1930.
Bom dia Saudosistas. Muitas escolas públicas de antigamente tinham este tipo de construção, eu estudei no Primário na Escola Tiradentes que tinha uma arquitetura semelhante. A educação no Brasil é um problema sem solução desde os primórdios. A cada governo quer mudar tudo, como se tivesse uma varinha mágica para melhorar o ensino do dia para a noite. Desde a nova constituição, já se passaram mais de 30 anos, na mesma época a Coreia iniciou a sua reforma de ensino, hoje a Coreia está entre os 5 melhores ensinos do mundo e o Brasil continua entre os 100 piores.
ResponderExcluirA escola da Praça 11 depois passou a se chamar Benjamin Constant, foi transferida para a Praça Mal. Hermes no Sto. Cristo e a edificação antiga foi demolida antes mesmo da existência do projeto da Avenida Pres. Vargas.
ResponderExcluirOs jornais da época da demolição contam que o prédio da escola estava em péssimas condições.
Eu também tenho certa restrição a votos de analfabetos, porque são facilmente manipulados. Mas só eles? Por acaso os letrados de todos os níveis votam bem e não são manipuláveis? Os analfabetos não puderam votar entre 1881 e 1985. Neste período o Brasil se tornou uma nação do Primeiro Mundo, com políticos honestos, honrados, incorruptíveis? Nâo. Então, não se pode culpar os analfabetos pela merda que o país sempre foi e continua sendo.
ResponderExcluirEu mesmo votei muitas vezes em notórios canalhas, que me enganaram vilmente. Foi assim com Brizola, Lula, Sérgio Cabral, Bolsonaro, César Maia e outros. No caso do Lula, votei nele em todas as eleições de que participou: 1990, 1994, 1998 e 2002. Quando estourou o escândalo do mensalão, senti-me o próprio marido traído. A partir dali, sempre votei no candidato anti-PT, todos eles umas boas merdas: José Serra, Alckmin, Aécio Neves e culminei com o Bozo, que também me enganou vilmente. Nos quatro anos catastróficos do governo bolsonarista, descobri que tinha feito uma péssima escolha e que o bolsonarismo era pior do que o petismo. Então, em 2022 votei novamente no Lula, não por achar que ele seja um cara decente, mas para evitar mais quatro anos de caos bolsonarista.
Há muitos e muitos anos não voto em vereador nem em deputado estadual. Para deputado federal e prefeito anulei algumas vezes, assim como para senador e governador. Para presidente sempre votei.
Acho que só pode se gabar de nunca ter "perdido" seu voto quem sempre o anulou, em todos os níveis: de vereador a Presidente da República. Se você um dia votou em algum político, com certeza fez uma péssima escolha. Basta ter autocrítica. Se tiver coragem, explicite aqui seus votos ao longo dos anos. Garanto que passará vergonha perante os demais. E se se considera bom eleitor, sua máscara cairá estrondosamente quando soubermos das suas péssimas escolhas. Vamos lá. Estamos aguardando.
Mas duvido que alguém dará sua cara a tapa.
Hélio, concordo com vc em gênero, número e grau. Há muito tempo não voto para o legislativo e para o executivo já quebrei a cara muitas vezes. Se o voto é livre, não votar em ninguém também é exercício democrático pela opção.
ExcluirJá anulei muito voto para executivo e senador. Para legislativo, quando não tenho um nome definido, vou de voto de legenda.
ExcluirEm 2020 e 2022, nos segundos turnos, a escolha reticente foi pelo "menos pior", assim como outros fizeram.
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
ExcluirO estilo arquitetônico da escola me é agradável. Quanto à discussão sobre a educação no Brasil, é assunto já bastante citado aqui no SDR e não há mais nenhum argumento novo que se possa acrescentar.
ResponderExcluirO Brasil é um imenso "carcinoma" no qual não há um palmo sequer que não tenha sido tomado pela metástase.
ResponderExcluirO movimento "Diretas Já" nunca me enganou. O povo acho que havia um nobre objetivo de dar voz a ele, através do voto direto. Mas por trás dos panos a intenção era possibilitar aos políticos assumir novamente o controle do país para explorá-lo em proveito próprio.
ResponderExcluirAí veio a famosa "Constituição Cidadã" (fake), que deu ao Legislativo e ao Judiciário uma penca de direitos e nenhum dever. De posse disso, seus representantes se dedicaram, se dedicam e se dedicarão sempre a extorquir o povo e as empresas, arrebanhando para seus bolsos o fruto do suor da população e garantidos pela impunidade que as leis elaboradas por eles próprios lhes concedeu, sempre de modo crescente.
"Estado Democrático de Direito" passou a ser um mantra escarrado pelos que se apropriaram das riquezas do país e do povo. O Estado não é democrático e só é de direito para os autores do mantra. Acredite nele quem for bobo.
Aí, a cada dois anos, temos a farsa das eleições, a única semelhança com democracia que existe no país. E nós vamos às urnas acreditando que agora sim vamos fazer ótimas escolhas e o país vai entrar nos eixos. Ledo engano. Depois de assumir seus cargos, começa a luta por postos na administração pública, reivindicação de verbas e mais verbas, nomeação de parentes, amigos, afins e agregados, corrupção, criação de mais e mais benefícios para eles próprios, corrupção a nível paquidérmico.
Dois anos depois, tudo se repete.
Meus caros otários, não culpemos os analfabetos pela cloaca maxima em que vivemos. Todos nós contribuímos com isso, elegendo para a vida pública autênticos ratos de esgoto. E fá-lo-emos sempre. Otário é otário, malandro é malandro. E nós não somos malandros. Logo...
ResponderExcluir" Então, em 2022 votei novamente no Lula, não por achar que ele seja um cara decente, mas para evitar mais quatro anos de caos bolsonarista."
ExcluirHelio, muita, mas muita gente mesmo, fez o mesmo.
E, normalmente, nós (os não convertidos, os que pensam racionalmente) somos obrigados a votar no "mal menor".
Os que seriam bons candidatos, como já comentei uma vez aqui, não conseguem sequer se lançar como tal, natimortos pela ação dos partidos políticos.
Muita gente usou esse argumento para justificar seu voto em Lula porque tem vergonha de admitir que Lula sempre foi a melhor escolha. Ninguém é eleito Presidente da República por três vezes por acaso.
ExcluirBoa noite, Antônio.
ExcluirNão, para os não convertidos nem sempre foi a melhor escolha, foi eventualmente a menos pior.
Em 2020 e 2022, especificamente, para prefeito e presidente, a escolha, a contragosto, foi pelo "menos pior" no segundo turno. Para governador, nem isso teve...
ExcluirAugusto, mesma coisas! Tive que votar no Paes por causa da anta do Crivella.
ExcluirHistórias de incompetência dele nos bastidores na prefeitura é que não falta.
Concordo com o Mário: o Lula foi eleito em 1998 e 2002, sob aura de transformação e probidade. O mensalão desmascarou não só ele quanto o PT, que posava de vestal mas não passava de rameira de beira de cais. Em 2022, diante da catástrofe bolsonarista, e não havendo candidato que conseguisse derrotar o Bozo, muitos não tiveram outra escolha que não o Lula, ainda que a contragosto e tapando o nariz. Dos males, o menor. Assim como em 2018 o Bozo venceu graças à repulsa ao petismo, em 2022 o Lula venceu graças à repulsa ao bolsonarismo.
ExcluirFF: ouvi hoje uma participação do presidente da câmara de vereadores no rádio dizendo que o processo de migração para o Edifício Serrador levará até dez anos e que o atual anexo, atrás do palácio (que se transformará em centro cultural ou algo similar), passará para a prefeitura, para se transformar, talvez, em prédio de residência popular.
ResponderExcluirMário, 17:38h ==> sim, os que seriam bons candidatos não conseguem nem sequer filiação aos partidos quadrilheiros. É compreensível: Al Capone não permitiria a entrada do Elliot Ness no seu bando. As quadrilhas de políticos só abrem exceção para pessoas famosas, de modo a conseguir eleger mais cúmplices graças ao sistema proporcional inventado na CF fake.
ResponderExcluirTudo joia?
ResponderExcluirSe o filho vai dizer que cumpriu ordens, o que será que o pai vai dizer?