Se o húngaro Gyorgy Szendrodi esteve no Rio nos anos de 1970 e 1971 e nos deixou um legado enorme de fotos coloridas, amplamente divulgadas no blogs do Rio antigo, o polonês Piotr Ilowieck, poucos anos depois, ainda na década de 70, também fez fotos históricas do dia a dia carioca. Hoje vamos fazer um passeio por Ipanema com algumas fotos dele.
Aqui o vemos sentado no meio da rua, provavelmente a Alberto de Campos (ou seria a Nascimento Silva?), numa Ipanema de carros na calçada e de pouco movimento.
Há décadas a feira-livre no entorno da Praça N.S. da Paz tem muito apreciadores. Ocupando as ruas Maria Quitéria, Barão da Torre (hoje em espaço menor) e parte da Joana Angélica, ainda faz sucesso.
Esta é a antiga banca de jornal na esquina da Rua Montenegro (em 1980 virou Vinicius de Moraes) com a Rua Barão da Torre, cheia de revistas, coisa que já não vemos. Ao fundo, temos a casa onde funcionou o "Pizzaiolo", famoso por suas pizzas e por sua "calçada da fama", onde ipanemenses históricos e outros importantes nomes colocaram suas mãos. Hoje é onde fica o "Papa-Fina".
Atrás do fotógrafo ficava a Mercearia Nelson, um ícone dos anos 60 a 80 em Ipanema. Nesse meio tempo o "velho Nelson" abriu uma loja para seu filho em parte de seu estabelecimento, surgindo a "Sorveteria Alex". Hoje dois restaurantes ficam entre a esquina da Barão da Torre e a loja "Honorio".
Em frente ao "Pizzaiolo" ficava a concorridíssima loja de fotografias "Honorio", onde o próprio atendia a clientela. Poucos sabem que esta loja, que está lá até hoje, começou nesta mesma calçada, mas quase na esquina da Nascimento Silva.
Nesta foto vemos a esquina da Montenegro com a Barão da Torre, com a Visconde de Pirajá lá no fundo. Carros e mais carros sobre a calçada. Sob aquele edifício funcionou durante muitos anos a "Toca do Vinícius", que tentava manter viva a memória da Ipanema do século passado. Vendia discos, livros, memorabilia ipanemense, apresentava shows musicais na calçada, mas não resistiu. Há poucos anos foi substituída por diversas lojas, como uma de bicicletas, restaurantes japoneses, etc.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDeixo os detalhes para os especialistas em Ipanema e automóveis.
Geralmente os estrangeiros nos proporcionam verdadeiros tesouros. Fotos inéditas para mim e acredito que para muitos comentaristas.
Os especialistas rapidamente identificarão a empresa de ônibus da última foto.
FF: ontem faleceu, aos 88 anos, o ex-quase tudo Francisco Dornelles. Parente de Tancredo Neves e Getúlio Vargas, cujo suicídio faz aniversário.
ResponderExcluirÓtimas fotografias de Ipanema e texto de quem conhece Ipanema.
ResponderExcluirA Montenegro foi uma grande referência seja pela praia e sua garota, seja pelo Veloso com seu excelente chope antes de se tornar famoso e atrair os turistas.
E até pelo “Mosca”, o pequeno botequim entre a Saddock de Sá e a Alberto de Campos. Era um lugar mínimo que depois foi adotado pelo pessoal da faculdade que funcionava onde era o Brasileiro de Almeida.
Na Montenegro passava até ônibus elétrico nos anos 60.
E ainda tinha o Braseiro perto da Casa Futurista.
Bem lembrado o Braseiro, Cesar. Volta e meia, num domingo, meu pai nos levava para comer galeto e linguiça na brasa com arroz a grega e fritas naquele balcão conhecido como "bunda de fora". Acho que em Ipanema só existia o Braseiro para comer esse tipo de iguarias. Era uma alegria quando o velho anunciava que iríamos lá, vez que em nosso bairro, o Leblon, não havia estabelecimentos deste tipo.
ExcluirAs fotos não são de 1970 e 71, e considerando a indumentária e os modelos de carros, elas são do último quartel dos anos 70. Em 1970 e 1971 eu estudava no Colégio Brasileiro de Almeida em Ipanema e caminhava diariamente por aquelas ruas. Em 1978 eu ia semanalmente à consulta com um médico, o Dr. Flávio Roque, no Edifício Cidade de Ipanema, na Praça Nossa Senhora da Paz, e o trânsito era intenso, embora muito mais tranquilo do que nos dias atuais. Mas era fácil estacionar na região, tanto na Praça como nas cercanias. Entre 1970 e 1978 a diferença foi flagrante.
ResponderExcluirEstá lá no texto que as fotos não são de 70 e 71, mas “de poucos anos depois”.
ExcluirBom dia. 65 completos. Obrigado pelos votos ontem. Não frequentei muito Ipanema nos anos 70, mas muitas lojas marcaram época. Aniki Bobó, Bibba, Godspell (onde o Peti, Menino do Rio, recebia encomendas para fazer pranchas de surf do Rico), sorveteria Alex, barbeiro Souza. De repente muita placa do Sérgio Dourado e Gomes de Almeida Fernandes e os prédios subiram. E ainda os bares da boemia ..
ResponderExcluirNa minha visão de suburbano, anos 80 e 90, quando passei a me deslocar com mais frequência para Copa e Ipanema era que Ipanema era uma bagunça organizada, já Copa era a tal bagunça desorganizada mesmo, talvez pela grande quantidade de turistas, que acabava atraindo todo tipo de comércio ambulante e criando um "caos" no trânsito e nas ruas principais de ambos os bairros.
ResponderExcluirAs fotos de 1970 e 1971 eram do húngaro. As do polonês são mais recentes. Está no texto...
ResponderExcluirBom dia,
ResponderExcluirEntre 1973 e 1977 tive uma namorada,(cheguei a ficar noivo, mas isso já é outra história) que morava em um prédio da Barão da Torre, entre Montenegro e Joana Angélica, quase em frente ao Notre Dame, construído no terreno da casa que pertenceu originalmente ao avô (imigrante alemão) e foi vendida para a construtora pelo pai.
A família ficou três apartamentos como parte do pagamento pelo terreno
Em função do namoro, eu - então morador de Copacabana - que já frequentava Ipanema, passei a ser assíduo e pude "viver" Ipanema em uma fase realmente fantástica, que foi acabando a partir dos anos 80.
Se bem me lembro, o "seu" Nelson da mercearia citada pelo gerente, fechou (passou o ponto) a loja original após um assalto violento mas logo reabriu em uma loja quase ao lado, na Montenegro um pouquinho mais afastada da barão da Torre, que foi onde surgiu a sorveteria que levava o nome do filho mais velho e que chegou a ser uma rede; hoje em dia acho que sobrevive uma loja no posto 2 na Av, Copacabana, quase ao lado do prédio onde morei com meus pais até me casar.
Saudades dos bem tirados chopes do Braseiro, das roupas da Mau Mau, dos sanduíches do Chaplin, dos sorvetes do Morais, do Veloso, enfim, de uma zona sul - que com a ajuda do fato de ter somente 20 anos e nenhuma preocupação - parecia um paraíso.
Vendo essas baianas, constato que está cada vez mais difícil achar uma dessas para degustar um delicioso acarajé.
ResponderExcluirMauro aos domingos no Aterro, no canteiro divisório das pistas que ficam fechadas em frente ao Belmonte pioneiro, tem uma Baiana que faz o melhor Acarajé do Rio.
ExcluirBom Dia ! Identificar o Ciferal da Transportes Uruguai é mole. quero ver e quem diz qual é o que está logo atrás dele.
ResponderExcluirMauro -entre em contato comigo - meu telefone continua o mesmo - abraço
ExcluirEm tempo: o Braseiro que conheci era um bar, nos moldes do Veloso, entre Prudente de Morais e Visconde de Pirajá; um dos garçons, folclórico, atendia pelo "original" apelido de Zé.
ResponderExcluirFoi lá que comemoramos, eu e alguns amigos, a aprovação no vestibular.
Bom dia Saudosistas. Região fora da minha jurisdição, muito embora tenha começado a frequentar Ipanema por volta desta época, mas tenho lembranças de alguns pontos que gostava de frequentar, como o Castelinho, Amigo Fritz (B. da Torre), Gordon.
ResponderExcluirJá nos dias de hoje, um fotografo andando pela cidade, só irá registrar, moradores de ruas, lojas fechadas e barraquinhas de camelôs, a destruição da cidade começa no primeiro governo Brizola.
Tempo de mulher com "bobs" no cabelo, carrinhos de rolimã para levar as compras das "madames" e de carros coloridos.
ResponderExcluirAcarajé fora de restaurante típico agora só encontro na Ilha de Guaratiba, no Rio da Prata de Bangu e em Conceição de Jacareí quando vou pra Costa Verde.
Ano que vem neste mesmo dia completaremos 70 anos que "suicidaram" o Gegê.
A canícula já arde aqui pela Zona Oeste, pela previsão teremos o dia de agosto mais quente desde que se começou a medir e divulgar temperatura na cidade. É o "inexorável" aquecimento global. Será?
"Aquecimento Global não existe". Pessoal do hemisfério norte é testemunha disso. Inverno brasileiro a 40 graus deve ser delírio coletivo.
ExcluirNão há dúvida sobre o aquecimento, agora se é uma coisa natural, como foi a chamada Era do Gelo, ou consequência da ação humana é que deveria gerar um bom debate científico.
ExcluirViver no Rio de Janeiro ficou muito chato! Agora para tudo se torce o nariz! Não dá mais para ficar de bobeira na esquina de madrugada, mexer com com as meninas, mijar na rua, zoar o porteiro paraíba, parar o carro em cima da calçada, "pegar a empregadinha" atrás do muro, e manter bem vivo o espírito carioca que parece enterrado.
ResponderExcluirHá exato um ano eu, minha esposa e minha filha estávamos a passear pelo trecho entre a Vinicius "Montenegro" de Moraes e a Joana Angélica, almoço ao lado da então fechada da Casa Futurista, ainda aguardando uma loja substituta, caminhada pela Visconde de Pirajá, sorvete em frente a Praça N.S. da Paz e visita à igreja.
ResponderExcluirEm outros tempos, junto com meus pais visitamos, em 1969 ou 70, a Feira Hippie. Acho que ainda era uma novidade.
Cerca de 10 anos depois estava na inauguração da placa da mudança do nome da Rua Montenegro para Vinicius de Moraes, em frente ao Bar Veloso, que não sei se também já tinha mudado de nome. Além da Banda de Ipanema, a presença do Tom Jobim e do Jaguar entre outros famosos.
O Bar Veloso virou "Garota de Ipanema" bem antes da mudança do nome da rua.
ExcluirCaros participantes - Pedindo desculpa por estar fugindo ao foco da postagens que neste momento não tenho como comentar, com desculpas ao gestor, venho a todos apresenta o lançamento da edição e-book do recente livro de minha autoria "Estação de Irajá - Arraial da Encruzilhada 1600 - 2000" que em breve estará ediado em forma gráfica , Este livro é editado para o Instituto Hisórico e Geográfico Baixada de Irajá - IHGBI, tendo por finalidade a distribuição gratuita a estudates, academicos e demais pesoas com o objetivo da valorização do pertencionismo desta grande região de 38 bairros. Todos os queiram receber gracisoamente esta edição e-book, peço que envie e-mail para rlmartins2010@gmail,com ou para ihgbiraja@gmail.com solicitando, que com grande prazer estaremos enviando. Não sei como lhes apresentar a capa, e peço ao coordenador me informar o meio como isso poderá ser feito. Grato .
ResponderExcluirMande a foto da capa para luizd.rio@uol.com.br
ResponderExcluirMuito sucesso e parabéns pelo livro.
Para o mesmo email pode enviar o ebook, que será muito apreciado.
O "Irajá" é um arquivo vivo. Conversamos por telefone por mais de duas horas e muitos pontos ainda ficaram em aberto.
ExcluirUm dia desses peguei um táxi em Botafogo e pedi para me levarem até a Montenegro, em Ipanema. O taxista estranhou e eu disse que era a Vinícius. Quando ele soube da mudança de nome, ocorrida em 1980, ele riu e disse que nem era nascido ainda...
ResponderExcluirAlém dos carrinhos de rolimã e baianas com seus tabuleiros, também não está difícil atualmente uma banca de jornal e conseguir enquadrar 2 Fuscas numa mesma foto (reunião de Veterans Cars não vale).
ResponderExcluirAliás na foto 1, embora de modelos variados, tem 6 VW no flagrante, também quase impossível de se conseguir nos dias de hoje.