Esta foto foi publicada no “Rio de Fotos”, de nosso amigo
Derani, em 2007. É do acervo do Silva e foi enviada por seu ilustre assistente
Fidelino Leitão de Menezes, com o seguinte bilhete:
“Entre os acontecimentos de repercussão religiosa mais
importantes do século XX no Brasil se destacou este Primeiro Concilio Religioso
realizado em Julho de 1939.
Pela ocasião se reuniram na Capital da República um grande número
de prelados transformando este Concilio em um belo movimento de fé religiosa
sob a direção do Cardeal D. Sebastião Leme, então investido da alta função de
legado do Papa. Nada menos do que 105 Bispos e Arcebispos congregaram-se no Rio
de Janeiro.
Na foto acima podemos ver o altar na Esplanada do Castelo, onde foi dada a benção, por ocasião do encerramento do Concilio Episcopal.
Adeus meu Bravo Confrade. Transmita à sua esposa os meus mais "affectuosos" respeitos, além de uma farta e democrática distribuição de beijos pelos pequerruchos.
Seu,
F.L.M.”
Na foto vemos, segundo o Decourt, que o Ed. Mayapam, o
famoso Bolo de Noiva, na esquina da Alm. Barroso, com Graça Aranha ainda está
nos tapumes o que dá como certa a data de 1939. Ele engana muita gente, pois
quase todos pensam que ele é um dos pioneiros por seu estilo arquitetônico, mas
na realidade ele é o último do quarteirão, prédios como o Andorinhas, Novo
Mundo, Ginástico Português são mais velhos. Ele foi concluído por volta de
1940/41
Lembra-me o General Miranda que “O Vigário Geral expediu o
seguinte aviso:
“De ordem de Sua Eminência Reverendíssima chamamos a attenção dos
reverendos, vigários, reitores de egrejas, superiores religiosos e clero, em
geral, para:
1º A começar de quinta-feira, 29 de junho, até domingo, todas as
egrejas deverão repicar festivamente os sinos, ao meio-dia e á hora da
Ave-Maria, não passando, porém, de 2 minutos.
2º No dia 16 de julho, desde o meio-dia até ás 20 horas, a não
ser na zona rural, ficam prohibidas todas as funcções religiosas, reuniões de
irmandades, associações, etc,. afim de que possam os fieis tomar parte na procissão
do SS. Sacramento.
3º Os reverendos, sacerdotes, que acompanham seus prelados
poderão obter de suas excellencias o uso completo das ordens nesta Archidiocese,
durante o tempo do Concilio.”.
As funcções religiosas e as sessões solennes foram na Candelaria. Para esse fim, na Capella-Mór e no Presbiterio, foi armado o côro conciliar, com as respectivas cadeiras e genuflexórios, para os padres conciliares.
ATENÇÃO: não confundir este evento com o Congresso Eucarístico Internacional dos anos 1950.
No altar levantado na Esplanada do Castelo, para a bênção do
Santissimo, o Núncio Apostólico, Dom Aloisio Mazella, eleva o Santissimo
Sacramento, num dos mais empolgantes episódios do Concilio. Esta foto foi a capa de uma edição da "Revista da Semana".
Na Candelária, o Cardeal D. Sebastião Leme e outros cardeais. À época a influência da Igreja Católica era enorme no país. Milhares de pessoas, das mais simples às mais altas autoridades, participaram deste evento.
Notícia do "Correio da Manhã" dando conta do encerramento do Concílio. Nos anos seguintes, já sob o comando do Papa Pio XII, a Igreja iria enfrentar grandes problemas.
Dizem alguns que o Papa Pio XII, que liderou a Igreja Católica de 1939 a 1958, sabia do Holocausto desde o princípio e salvou pessoalmente ao menos 15 mil judeus, segundo afirmou o historiador alemão Michael Feldkamp, após reunir provas dos primeiros arquivos vaticanos, abertos em março de 2020 por ordem do Papa Francisco.
Por outro lado, o silêncio do Papa no que concerne ao nazismo
leva a muitos historiadores e setores da comunidade judaica a considera-lo um
cúmplice do Holocausto.
PS: considerações históricas serão admitidas, sem problema. Argumentos religiosos serão excluídos, nesta última questão.
Podemos dizer enfaticamente que o evento em tela jamais teria a projeção e um público semelhante nos dias atuais e por questão muito simples, apesar de abrangente: os tempos são outros. Poderíamos enumerar as razões aqui, mas o comentário seria por demais extenso e seriam necessárias muitas "laudas". A Igreja Católica perdeu nos últimos oitenta anos milhões de adeptos no mundo inteiro por várias razões (muitas delas não cabem aqui) e em razão disso o número de católicos no Brasil diminuiu entre 30 e 4O%. As posições políticas dos clérigos em geral e em especial do "Sumo Pontífice" deixaram muito a desejar as últimas décadas e isso refletiu diretamente na fé de muitos católicos. Quase não se vê mais aquela figura do "papa óstia" e dos "carolas" que lotavam as igrejas.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse Concilio, só do Congresso Eucarístico no Flamengo.
ResponderExcluirSempre novidades por aqui.
Não deve ser fácil ser um líder mundial. Cada palavra, cada ação, tem consequências enormes.
No caso de Pio XII, numa guerra mundial, qual seria a melhor forma de atuar?
Talvez se posicionar contra o nazismo de forma muito clara fosse o melhor.
Colocar o enorme poder da Igreja contra Hitler e Mussolini.
O Vaticano, em Roma, seria um complicador, mas a omissão, em princípio, depõe contra o Papa.
Não querendo justificar, longe disso, mas o Vaticano está encravado na capital italiana. Não seria "saudável" bater de frente com o regime. Mas poderia ter feito algo mais.
ExcluirO seu último parágrafo resumiu toda a situação.
ExcluirFora de foco: nada é tão ruim que não possa piorar, e quando se pensa que chegamos ao fundo do poço percebemos que "o buraco é mais embaixo". A "assessoria do tráfico de drogas" publicou um comunicado no Facebook e no Instagram lamentando a morte de um indivíduo abatido a tiros "por engano" no Complexo do Caramujo e pedindo desculpas a todos pelo ocorrido".
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirNão lembro de ter lido sobre esse evento. Cheguei a fazer confusão com outro, de alguns anos antes, acho que em 1935, que teve a participação de um cardeal que viria a ser eleito papa, que poderia ser o próprio Pio XII.
O Brasil foi por muito tempo o maior país católico. Hoje tem a concorrência dos neopentecostais. Uma constatação é o esvaziamento das comemorações de Cosme e Damião. Em outros anos as ruas já estariam apinhadas de crianças (e galalaus) atrás de doces e brinquedos. Ainda aparecem, mas nem se compara...
Bom Dia ! Nunca escutei falar neste Concílio. Também, nem Católico eu sou.
ResponderExcluirTão grave quanto "assessoria de imprensa" do tráfico (ou milícia) é o equivalente dos órgãos oficiais manter versões fantasiosas sobre "efeitos colaterais" até ser confrontado com a realidade.
ResponderExcluirDizem que quando avisaram a Stalin que o Papa estava desgostoso com ele, sua resposta foi: "Quantas divisões ele tem?"
ResponderExcluirPara destruir toda e qualquer narrativa que justifique a "leniência" ou algo mais grave com que os líderes da Igreja católica costimam lidar com ditadores e genocidas com Hitler, Mussolini, e outros, tome-se como exemplo a Suiça. Encravado entre a Áustria, Alemanha, e Itália, a neutralidade Suíça é tão sólida que nem mesmo o "Duce" e o Terceiro Reich ousaram desrespeita-la! Portanto por trás de um "suposto receio" existem interesses mútuos inconfessáveis.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Nunca tinha ouvido falar deste Concílio, somente o do Aterro em 1955. A Igreja Católica perdeu milhões de praticantes nas últimas décadas, muitas foram as causas que levaram ao êxodo destes fieis, que não vale enumerar as mesmas.
ResponderExcluirQuanto a possível omissão do Papa Pio XII, é muito fácil julgar não estando no seu lugar, mas vou levantar uma questão sobre este fato. Se o Papa tinha conhecimento sobre o Holocausto, nenhum dos outros chefes de estado dos Países em conflito, também não tinham conhecimento? Ora todos os Países envolvidos tinham sua Inteligência espionando as atividades da Alemanha e da Itália, porque estes chefes de estado não divulgaram ao mundo o que ocorria nos campos de concentração Alemães.
Quantos nazista conseguiram fugir da Europa usando a ajuda da igreja católica!!!! Provas disso são muitas, eram considerados bons católicos. O antisemitismo nessa época era enorme. Basta ver como muitos clérigos e fies ajudaram os alemãs(agora gostam de separar nazista de alemãs) a matar judeus na Polônia e nós demais países. Felizmente não foram todos.
ResponderExcluirA igreja é gerida por seres humanos, falhos e corruptos.
Existe um filme do grande diretor grego Costas Gravas, toca nesse assunto. Aliás recomendo todos os filmes dele.
Nos livramos um pouco do julgo e poder da Igreja Católica, infelizmente caímos nas armadilhas retórico-teatrais dos pastores "super star". Eu, como um otimista incorrigível, acho que num breve futuro entenderemos que o mundo movido pela ciência e pela razão é o melhor para TODOS. Um mundo sem castigos e sem pecados para pescar incautos medrosos, que facilmente se tornam escravos de seitas tolas. Um mundo sem religião.
ResponderExcluirComo disse o bom pensador: "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses..."
Acredito que por motivos psicológicos, (a)morais, históricos e culturais as religiões provavelmente nunca desaparecerão.
ExcluirÉ claro Mário, mas ateus, progressistas, comunistas, e seus "filhotes", não pensam assim. Afinal um de seus maiores teóricos afirmava que "A Igreja é o ópio do povo". As igrejas (de qualquer religião) foram criadas para submeter o homem pelo temor e pela fé", e tal assertiva é um realidade.O Poder Divino é um fato e é inerente a qualquer religião. Hamlet tinha razão quando afirmou que "há mais coisas entre o Céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia". Só não vê quem não quer...
ExcluirMário, você esqueceu os motivos maiores: o dinheiro e o poder.
ExcluirCom isso mantém-se o "status quo" da desigualdade e subserviência. Por isso que aqueles que têm uma veia fascista ficam logo em "polvorosa" quando se fala em racionalidade e ateísmo...
Além de ganhar muito dinheiro, inclusive a católica que tem um patrimônio incomensurável, as religiões controlam as massas.
ExcluirPrometendo o Paraíso após os sofrimentos terrenos, perpetuam a desigualdade na qual o mundo todo vive.
Por que o Papa não vende parte da riqueza da igreja e patrocina programas de assistência? Quanto vale cada obra do museu do Vaticano? As irmandades católicas são donas de quase todo o centro do Rio e por aí vai.
Ateus, comunistas e progressistas olham para os lados e veem a desigualdade aumentar cada vez mais. Não há santos entre eles, mas pelo menos aparentam se preocupar, bem diferente dos "tradição, família e propriedade" que só pensam em manter o "status quo" nojento hoje existente.
Tanto se fala de desigualdade social no Brasil, e os progressistas atribuem a culpa a parte da sociedade mais abastada, mas vamos analisar alguns fatos.
ExcluirComeçando pelo Judiciário, seus altos salários, seus inúmeros benefícios a grande maioria imorais, que vão desde restaurante com cardápio luxuoso, que garanto que grande parte deles não usufruíram pagando dos seus próprios salários, antes de receberem a nomeação para o STF, nunca vi alguém da esquerda fazer manifestação contra esses absurdos.
No Legislativo, também vemos o excesso de mordomias e o esbanjamento de gastos desde de salários, verbas, benefícios indiretos e contratação de numerosos assessores.
No Executivo da mesma forma, vemos um esbanjamento de gastos e privilégios que afronta os Presidentes dos Países mais ricos do mundo. Não incluo aí os ganhos por corrupção, desvios de verbas, que grande parte deles são envolvidos.
Aí vem esses mesmos senhores fazerem discursos em todos os foruns, criticando a desigualdade social do País, dizendo que o culpado é o Industrial, o Comerciante, o Banqueiro, o Fazendeiro, e os cidadãos que conseguem através do seu trabalho alcançar uma realização financeira, estes mesmos cidadãos, que são escorchados com o pagamento de impostos altíssimos, que pagam em dia todas as suas obrigações financeiras, porém não vejo ninguém falar em corte dessas despesas, as quais poderiam sim, melhorar a educação, a saúde, o transporte, o saneamento público do País e desta maneira sim reduzir a desigualdade social.
É muito fácil querer dividir a riqueza dos outros, o difícil é reconhecer a sua incapacidade, para ter alcançado uma situação financeira estável.
Fora de foco: assisti ontem ao documentário "Elis e Tom, Só Tinha de Ser com Você".(*)
ResponderExcluir(*) gira em torno da gravação do álbum "Elis e Tom", em Los Angeles no ano de 1974.
Recomendo, muito bom.
Onde? No cinema?
ExcluirSim, em cartaz em alguns Kinoplex.
ExcluirCom uma dose de boa vontade, ainda se pode engolir a perereca de que o Papa Pio XII não tivesse confrontado mais firmemente o nazismo. Mas aceitar o auxilio dele para tirar da punição (provável ou não) nazistas empedernidos e mandá-los para outros países que os toleraram, isso já é um sapo cururu obeso e não dá para engolir. Mas faz parte da História a Igreja Católica (e outras também) provocar ou apoiar matanças. Muitos Papas não valiam a hóstia que colocavam na boca imunda.
ResponderExcluirTambém não lembro de ouvir falar desse evento.
ResponderExcluirPio XII evitou atritos com o nazi-fascismo. Um confronto, mesmo só verbal, sairia caro para os católicos nos territórios do Eixo. Tanto que qualquer democrata alemão era perseguido e mesmo os que apenas não eram filiados ao Partido Nazista eram os últimos dos últimos.
A fuga e proteção de criminosos de guerra seria coisa só da igreja na Alemanha, porém deve ter chegado ao conhecimento do Vaticano, mas agora nem o Ratzinger está vivo mais, para explicar melhor.
Dizem sim, que houve um plano B da Alemanha para invadir e saquear os muitos cofres da Suiça, mas com a invasão da URSS tinham esperança de não precisar mais do ouro depositado lá. Além do que, seria preciso desguarnecer outras frentes para transpor os obstáculos alpinos.
Já a Suiça nunca fez nenhuma censura a regimes alheios de qualquer tipo e só passou a dar informações sobre de contas de corruptos e ladrões depois de muita pressão internacional.
Andam mesmo querendo considerar tudo como nazismo na história da Alemanha do 3º. Reich, mas o Exército, a Marinha e a Força Aérea eram alemãs, antes, durante e depois da guerra. Só a SS, que formou um contingente à parte, era totalmente nazista.
É verdade. A essência da Whermatch, da Luftwaffe, e da Kriegsmarine, era de soldados profissionais por excelência e sem viés político e oriundos de um legítimo "estofo prussiano". O envolvimento da alta oficialidade alemã com o atentado ocorrido em Julho de 1944 em "Bertchesgaden" é uma prova disso.
ExcluirEm termos militares, uma invasão da Suíça - principalmente nos primeiros anos da guerra - seria razoavelmente simples.
ExcluirA permanência da Suíça (encravada no meio da Europa, com fronteiras com Alemanha, Áustria e Itália) como país neutro, do tipo "santuário" econômico, era do interesse dos altos funcionários, dirigentes, banqueiros e industriais da Alemanha e Itália.
Afinal, guerras. guerras, negócios a parte ... e o futuro a Deus pertence ....
E por falar em Vaticano e Cosme & Damião, desde 1969 que as autoridades da Igreja realmente anteciparam o dia desses santos para o dia 26/9.
ResponderExcluirMas o povo não está nem aí para essa mudança. Igual algumas leis brasileiras, não "colam".
O Papa polonês João Paulo II foi o último que ainda emanava alguma santidade. O atual entre outras coisas até beija criminosos condenados, ainda que tenha seu anel "surrupiado".
ResponderExcluirPapa foi João XXIII. E o atual, apesar de alguns escorregões, está muito mais perto dos ensinamentos de Cristo do que os anteriores.
ResponderExcluirO Papa atual "com todo respeito" não tem moral para ocupar o cargo. Por dinheiro e poder se submete a tudo.
ExcluirO atentado contra Hitler em 1944 não foi em Berchtesgaden e sim na "Toca do Lobo", na Prússia Oriental.
ResponderExcluirE o fato de a alta oficialidade da Wehrmacht ser de origem prussiana não os inocenta de tudo o que fizeram. Seguiram as ordens e as ideias de Hitler ao pé da letra. Verdade que os SS eram piores do que os militares de estirpe, mas estes se omitiram nas matanças ou também participaram delas com entusiasmo.
Assim como nunca torci para nenhum time de futebol, assim também nunca me liguei a nenhuma religião ou fé. Meu distanciamento em relação ao futebol é mais drástico. Já na religião, quando criança e adolescente minha família era umbandista. Minha mãe "recebia" Tia Luíza e Doum; minha tia "recebia" Rompe Mato, Pomba Gira e Vó Rita; meu tio "recebia" o caboclo Ubirajara.
ResponderExcluirEm meados da década de 1960, minha tia enveredou para o candomblé e minha mãe e meu tio foram para a Igreja Messiânica.
Eu sempre me mantive longe de religião. Por volta de 1987 minha esposa na época e eu frequentamos regularmente a Congregação Espírita Francisco de Paula, na Tijuca, até o nascimento da minha filha, quando então nos afastamos.
ResponderExcluirDurante uns 2 anos, no início da década de 2000, por influência da minha atual esposa, semanalmente íamos assistir à missa na Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel. Depois também nos afastamos disso. Porém minha esposa tem uma fé inquebrantável em Nossa Senhora de Fátima.
Por incrível que pareça, minha enteada mais nova, que era católica e ia junto conosco nas tais missas que citei acima, conheceu em 2019 um rapaz, com o qual vive atualmente. Ele é ogã num templo umbandista no Recreio dos Bandeirantes. Toca o atabaque. No início, minha enteada se recusava terminantemente a acompanhá-lo. Mas ele conseguiu convencê-la a isso e hoje, inacreditavelmente, ela se tornou umbandista e está se "desenvolvendo" para poder receber as entidades. Para desgosto da mãe e pai dela, que detestam umbanda.
ResponderExcluirAssim, a situação atual da minha nova família (acho que falo demais, não é?) é a seguinte: eu sou descrente, minha esposa é devotíssima de Nossa Senhora de Fátima, minha enteada mais velha o é de Nossa Senhora Aparecida e a mais nova é umbandista.
ResponderExcluirMinha sogra é descrente, meu cunhado é kardecista e minha concunhada é devota de Nossa Senhora Aparecida. Meu falecido sogro (não cheguei a conviver com ele) era umbandista.
Hélio meio parecido com a minha família. A minha irmã é católica de ir a missa todos os domingos, meu cunhado também, meu sobrinho fez primeira comunhão, foi crismado, recentemente ainda quando estava na faculdade, foi fazer um intercâmbio em Portugal, conheceu uma menina que estava fazendo mestrado lá e começaram a namorar. Ele voltou, ela terminou o mestrado, continuaram a namorar, depois de se formarem eles arrumaram empregos em Portugal e recentemente a minha irmã nos contou que eles passaram a frequentar um Centro de Cadomblé, inclusive já estavam colocando roupa. Minha irmã que é daquelas Católicas de carteirinha está desapontada. rs, rs, rs....
ExcluirEu também fiz primeira comunhão. Não me lembro se fui crismado. Mas fazia parte dos usos e costumes da época. Tenho até a famosa foto posada, vestido todo de branco, com um catecismo na mão, um terço branco em volta do pulso. Para a posteridade. Mas nada que me comova ou me dê saudades.
ExcluirMas acho que a maior influência sobre mim ainda é a umbanda. Lembro de alguns "pontos" cantados por meus parentes quando minha mãe e tia "recebiam santo" em casa. Por exemplo:
ResponderExcluir"Ouvi meu pai assoviar / Eu já mandei chamar / Ouvi meu pai assoviar / Eu já mandei chamar. / É de Aruanda, ê / É de Aruanda, ê / Todo caboclo de umbanda / É de Aruanda, ê"
"Pedra rolou pai Xangô / Lá na pedreira / Segura a pedra, meu pai / Na cachoeira. / Tenho meu corpo fechado / Xangô é meu protetor / Segura a pemba, meu filho / Pai de cabeça chegou."
"Defuma com as ervas da Jurema defuma com arruda e guiné, defuma com as ervas da Jurema defuma com arruda e guiné, benjoim alecrim e alfazema, vamos defumar filhos de fé". O defumador é vrtual. Para purificar o Blog"
ExcluirEu estudo e pratico não só a filosofia espírita em todas as suas variantes como também a física quântica, uma ciência na qual o espiritismo se inclui. Portanto o tema é solene, extenso, requer seriedade, e "não é para amadores, e curiosos".
ResponderExcluirOficialmente sou católico, batizado ainda bebê, e fiz Primeira Comunhão há mais de 40 anos. Mas em seguida, quando cresci mais um pouco, passei a ser crítico. Até hoje não fiz a crisma, raramente vou à igreja, praticamente só em ocasiões especiais, como casamentos ou missas em lembrança de parentes. Minha irmã continua católica fervorosa, indo ou assistindo a missas quase todo domingo. Minha mãe, enquanto pôde, também.
ResponderExcluirTem "conservador" defendendo a "família", mas com muito esqueleto escondido.
Foram certeiros em relação à "neutralidade" da Suíça. Muitos intere$$$es envolvidos.
Sobre o papa atual, tem defeitos, como todos os outros, mas foi um lampejo em meio aos anteriores.
Sobre o dia de Cosme e Damião, desde de manhã, quando saí para fazer compras, vejo hordas e mais hordas de "crianças" e acompanhantes, inclusive quase sendo atropeladas. E olha que a data está menos "prestigiada"...
ResponderExcluirAliás, como sempre, aquela emissora ignorou a data, diferente de outras que fizeram reportagens.
ExcluirPodemos considerar o dia de convívio mais democrático?
ExcluirOs quase atropelamentos parecem fazer parte da data há décadas. Os motoristas ficam mais atentos?
Um certo senador, 01 da prole, comparou operações recentes da PF com ações nazistas. Foi devidamente colocado em seu lugar de direito pela comunidade judaica.
ResponderExcluirAh, esqueci. Antes de entrar para a umbanda, e logo após meu pai morrer, minha mãe e minha tia Lourdes entraram para uma tal de Ordem Mística Espiritualista Agla-Avid. O local das reuniões era numa casa muito pequena situada na rua Uruguai, perto da esquina com a rua Guaxupé, na Tijuca. Vasculhando a Internet, descobri que essa ordem foi formada em 1 de agosto de 1948, por uma mulher que se intitulava Mestra Yarandasã, que dizia invocar energias femininas, segundo citado em reportagem de O Globo, em 25/04/2019. No final da reportagem tem uma foto da tal Yarandasã.
ResponderExcluirEssa ordem foi tornada de utilidade pública pelo decreto 37.385, de 25 de maio de 1955, assinado por Café Filho, e reiterada em 27 de maio de 1992, assinado por Fernando Collor. Ela publicava o periódico "O Aglasofista". Segundo o livro "História da Umbanda", volume 10, a ordem misturava rituais da Igreja Católica, Maçonaria, Alta Magia, Espiritismo e Umbanda.
Nunca entrei nas reuniões ou sessões da Ordem. Nem minha mãe e tia falavam o que se passava lá dentro. Mas foi lá mesmo que minha mãe veio a conhecer meu padrasto. O nome dele era Satyro Francisco da Cruz, mas dentro da ordem tinha o nome de Lisímaco, um general dos tempos de Alexandre, o Grande, e que foi importante na época.
Em virtude disso, lá em casa todos o chamavam de Lisímaco e nunca por Satyro, até o fim da vida dele.
Nas sessões de umbanda que transcorriam lá em casa, estavam presentes minha avó, minha mãe, minhas duas tias, meu tio, meu irmão e eu.
ResponderExcluirQuando minha mãe recebia Doum, se comportava como criança: sentava no chão de pernas cruzadas, brincava com os carrinhos que eu e meu irmão tínhamos a rodo, bebia guaraná como se fosse criancinha, sorvendo os goles ao som de "slurp, slurp" ou algo parecido.
Já minha tia Lourdes era a única que recebia exus, no caso Pomba Gira e também (esqueci de citar antes) Tranca-Rua. Quando ela estava com um "santo" diferente e este ia dar passagem a um exu, o "santo" pedia a minha avó para tirar meu irmão e eu do quarto, porque éramos menores e não podíamos assistir ao exu baixado.
Minha avó, descendente de italianos, tinha cabelos cor de cobre longos até a cintura, muito branca, olhos azuis. Por isso era chamado pelos "santos" de Cabelos de Fogo.
Uma vez, minha tia Lourdes sentiu que um exu queria baixar, fora de hora. Entrou no quarto, o exu baixou e ela pediu "Chama Cabelos de Fogo". Minha avó entrou no quarto e o exu disse que uma colega de serviço da minha avó, que tinha rixa com ela por ciúme profissional, havia feito um "trabalho" contra minha avó. O exu orientou o que ela deveria fazer para desmanchar o feitiço.
Fato é que hoje, conversando com minha enteada mais nova que se converteu em umbandista, mas ainda está em "desenvolvimento", ela confirma o que minha mãe sempre disse: quando o "cavalo" está incorporado com o "santo", ele não tem noção do que se passa. Quando o "santo" sobe, a pessoa volta a si mas não se lembra de nada. Às vezes fica um pouco tonta e desorientada. Só isso. E se for uma entidade que fuma charuto ou cachimbo, ou bebe marafa, o médium ao voltar a si não se sente mal nem embriagado.
ResponderExcluirExplicações? Não sei.
Isso se chama "mediunidade inconsciente". Mas há médiuns conscientes que quando há incorporação tem plena consciência de tudo que se passa. Quanto mais desenvolvido é o médium mais serena é a incorporação.
ExcluirO papo está estranho hoje por aqui. Não entendo de nada disso que está sendo falado. Bem faz o Conde que é ateu.
ResponderExcluirAnônimo, me too
ResponderExcluirA Física quântica permite que através de comandos adequados é permitido que o espírito (corpo astral) possa ser levado à encarnações anteriores para que seja identificada a origem do mal ou doença que o aflige nesta encarnação para que seja curado. Um exemplo disso ocorreu quando um paciente que sofria de uma doença no coração que lhe causava fortes dores. Ao ser levado à uma sessão de "Apometria Cósmica" (é esse o nome correto do tratamento) foi descoberto que em uma encarnação anterior ele faleceu em razão de um tiro que atingiu o coração. Após essa descoberta o tratamento foi realizado "no seu corpo astral" e ele foi curado. Para quem não sabe a Física Quântica "não é uma religião e sim uma Ciência bastante difundida e empregada com sucesso.
ResponderExcluirAlguns dirão que é "a toa"...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUma foto autografada da Mestra Yarandasã foi a leilão em 30/10/2017. Não sei se foi comprada. Interessante é que há um carimbo dando como endereço da Ordem a rua Aguiar, número 23. Mas minha mãe frequentava um endereço na rua Uruguai. O link do leilão, com a foto dela, está aqui: https://albertolopesleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=3265810
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