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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

NAVIOS

Há muitos anos o "Saudades do Rio" teve um comentarista que se identificava como "Observador Militar". Seria muito útil para comentar esta postagem de cartões postais do nosso colecionador Klerman W. Lopes.

As legendas das fotos são do "site Navios de Guerra Brasileiros".

O Encouraçado Minas Geraes, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado de Minas Gerais. O Minas Geraes foi construído pelo estaleiro W.C. Armstrong Whitworth & Company em Newcastle-on-Tyne, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 17 de abril de 1907, foi lançado em 10 de setembro de 1908, foi incorporado em 5 de janeiro de 1910. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra João Baptista das Neves. O Minas Geraes fazia parte de um ambicioso plano de reaparelhamento naval iniciado pelo Ministro da Marinha Almirante Júlio César de Noronha, em 1904, e concretizado na gestão do Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Era um dos navios mais poderosos do mundo na época de sua entrega, porém tornou-se rapidamente obsoleto devido à grande evolução da tecnologia naval no inicio do século XX.


O Cruzador-Misto Primeiro de Março, inicialmente classificado como Corveta, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem a data em que terminou a Guerra do Paraguai em 1870. Foi construída pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, antigo Arsenal de Marinha da Corte, segundo os planos do Engenheiro Naval João Cândido Brasil. Teve sua quilha batida em 2 de julho de 1879, foi lançada ao mar em 7 de outubro de 1881 e incorporada em 13 de julho de 1882.

 A Caça-Torpedeira Gustavo Sampaio, ex-Aurora, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Oficial do Exercito Gustavo Sampaio, morto com a guarnição da peça que comandava, na Fortaleza do Lage, em 1893. Foi construído no estaleiro Armstrong de Elswick, em Newcastle-on-Tyne, Reino Unido. Foi adquirido em 1894 pelo Governo do Marechal Floriano Peixoto, com o propósito de compor a Esquadra Legalista e enfrentar as Forças Navais rebeldes, durante a Revolta da Armada. 

O Transporte de Guerra Carlos Gomes, ex-Itaipú, ostentava esse nome em homenagem a Antonio Carlos Gomes, maestro brasileiro. O Paquete Itaipú foi construído na Inglaterra e pertencia à Cia. Nacional do Rio de Janeiro. Em dezembro de 1893, depois de receber armamento o Vapor Itaipú foi incorporado à Esquadra por ocasião da Revolta da Armada.


O Cruzador Torpedeiro Tupy foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao guerreiro e a nação Tupi. Recebeu o esse nome pela O.D. n.º 219 de 29 de outubro de 1896. Foi construído pelo estaleiro Germânia, Sttetin, em Kiel, na Alemanha, junto com o Tymbira e Tamoyo, unidades semelhantes. Foi lançado ao mar em 14 de novembro de 1896 e submetido a Mostra de Armamento e incorporado em outubro de 1897.


O Vapor Recife, em homenagem a essa cidade, capital de Pernambuco, foi construído no estaleiro da Ponta da Areia, no Rio de Janeiro, para o governo. Foi lançado ao mar em 29 de setembro de 1849 e submetido a Mostra de Armamento e incorporação em 7 de novembro de 1850. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Tomas da Cunha Vasconcelos. O Recife, também figurou nas listas oficiais como Corveta.


O Cruzador Andrada, ex-Britânia, ex-América, teve o nome em homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência. O Navio Mercante América foi construído em Bergen, Noruega e lançado em 1890. Era empregado no transporte de passageiros, Foi adquirido pelo Brasil em 1893.

 O Encouraçado Aquidaban foi construído pelo estaleiro Samuda & Brothers, na Inglaterra. A fiscalização das obras, esteve a cargo do Chefe-de-Esquadra José da Costa Azevedo (Barão de Ladário). Foi lançado em 17 de janeiro de 1885, sendo submetido à Mostra de Armamento em 14 de agosto de 1885. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Custódio José de Mello.

Este postal foi enviado por alguém de nome Avany, em 11/05/1906, a partir de Petrópolis, para a Mademoiselle Charlotte Tellier, 47, rue Ménilmontant, Paris, contando o acidente ocorrido com o cruzador Aquidaban: "L'Aquidaban est le cuirassé qui a fait explosion le 21 janvier dernier, à la baie de Jacuacanga, située à peine à quelques lieues au sud de Rio de Janeiro. Ce désastre eut lieu à dix heures et demie du même jour du départ de ce bateau de Rio et quand il était nouillé depuis quelques heures déjà. Il était parti avec deux autres bâtiments de guerre, qui menaient le ministre de la marine et son frère, le chef de l'état major naval, tous deux amiraux lesquels se faisaient accompagner d'une fort grande suite d'officiers de marine de tous les grades, qui allaient vérifier les conditions de Jacuacanga pour la construction prochaine d'un port militaire et arsenal de marine. L'Aquidaban, le plus gran des trois bateaux et ayant un plus grand nombre de logements qu'il n'en fallait pour son équipage, devait servir de dortoir à la plus grande part de la suite du ministre. Et comme tous ceux qui devaient y coucher j'étaient déjà à l'heure du sinistre, il arriva que parmi ceux (...) au nombre de 200 qui y trouvèrent une mort inesperée, était l'élite de la suite (...) ainsi parmi beaucoup d'autres officier le commandant, trois amiraux, um commodore, un fils et une soeur du propre ministre."


O Encouraçado Guarda-Costas Deodoro foi encomendado em 1895 e construído pelo estaleiro Forges et Chantiers de la Mediterranée, em Toulon, na França. Foi lançado ao mar em 1898 e submetido a Mostra de Armamento e incorporado em 20/06/1898. Naquela ocasião assumiu o comando o Capitão-de-Fragata João Batista das Neves.


O Cruzador Tiradentes foi construído no estaleiro Armstrong de Elswick, no Reino Unido, sendo lançado ao mar em 1892.


O Cruzador Tamoyoem homenagem ao guerreiro Tamoio, da tribo ameríndia que, no século XVI, dominava a costa brasileira entre Cabo Frio e Ubatuba, e que deixava em continuo alarme os povoados portugueses no litoral. Foi construído pelo estaleiro Germânia, Sttetin, em Kiel, na Alemanha, junto com o Tupy e Tymbira, unidades semelhantes. Foi lançado ao mar em novembro de 1895 e foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado em novembro de 1896, sendo a última unidade da classe a ser entregue. 

O Cruzador  Torpedeiro Tymbira, ex-Caramuru, tinha este nome em homenagem ao guerreiro Timbira, da nação indígena do Maranhão. Foi construído na Alemanha, em Kiel. Foi submetido à Mostra de Armamento e incorporado em 1896.


O Cruzador-Escola Benjamim Constant foi construído na França e teve sua quilha batida em 1891 e foi lançado ao mar em 1892. Seu primeiro comandante foi o Capitão-de-Fragata Henrique Pinheiro Guedes.



O Encouraçado Riachuelo teve sua quilha batida em 31 de agosto de 1881, foi lançado em 7 de junho de 1883, sendo submetido a Mostra de Armamento em 15 de julho de 1884. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Eduardo Wandenkolk.

 

70 comentários:

  1. Parece que na época a Marinha era bem equipada. Ainda esta semana o Ministro da Marinha reclamou de mais investimentos na área.
    Não conheço muito do assunto mas acho que anos atrás compramos porta-aviões já obsoletos à época da compra.
    Outro negócio envolvido em dúvidas foi o projeto de um submarino nuclear.
    Sei de um trabalho meritório da Marinha nos rios amazônicos.
    E admirei muito a banda dos Fuzileiros Navais em suas evoluções no Maracanã antes de jogos festivos.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Já tinha vindo antes da postagem.

    Tema completamente fora da minha alçada. Meu único contato com embarcações foi durante o período que estudei na UFF e usei as barcas, principalmente entre 1990 e 1995.

    Uma vez estava no sebo que havia no Avenida Central e vi um livro só com fotos antigas de navios. Provavelmente tenha sido fonte para o site citado no texto. Estava à venda mas na hora não me interessei. Me arrependo até hoje.

    Ficarei acompanhando os comentários.

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  3. Nossa Marinha ocupa a penas o 25o. posto no ranking. Atrás, acreditem, de Indonésia, Índia, Egito, Argélia e Bangaladesh, só para citar alguns.

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  4. Com exceção do Minas Gerais, todos os navios elencados na postagem de hoje são navios de guerra do período "pré-Dreadnought". O HMS Dreadnought foi um encouraçado britânico lançado em 1906 e que se tornou referência para os "navios de linha" do início do Século XX. A Marinha brasileira em seu programa de modernização encomendou 1906 os encouraçados tipo Dreadnought Minas Gerais, o São Paulo em 1907, e o maior deles, o Rio de Janeiro em 1911. Apenas os dois primeiros foram entregues, pois em 1913 o Rio de Janeiro foi "confiscado" (não foi entregue) pela Grã Bretanha e incorporado à Marinha Britânica como o nome de HMS Agincourt.

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    1. Exatamente, os encouraçados nasceram na primeira década e foram usados até os anos 40. Ficaram obsoletos com o uso dos porta-aviões na Guerra do Pacífico, principalmente. No Atlântico, o Bismarck, embora novíssimo em 1940, foi severamente avariado pelos aviões do Ark Royal. Pode-se dizer que a obsolescência veio com o aparecimento de uma nova arma e não pelo desempenho em si,

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    2. o bismark é fonte de discussão até hoje. os ingleses avariaram o(s) eixo(s) da(s) hélice(s) e depois, provavelente, os alemães afundaram o mesmo.

      o yamato também era estupendo, mas ultrapassado conceptualmente frente os portas aviões.

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  5. Hoje eu tenho muito a apoquentar a paciência de vocês com relação a navios. Mas só terei tempo no fim da manhã ou em meados da tarde.

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  6. O responsável pela condução do Minas Gerais desde os estaleiros britânicos até o Rio de Janeiro foi o marinheiro João Cândido Felisberto, mais conhecido como "O Almirante Negro". João Cândido liderou em Novembro de 1910 o motim que eclodiu na Marinha Brasileira conhecido como "A Revolta da Chibata", na qual o Capitão de Mar e Guerra Batista das Neves pereceu a golpes de espada. A Revolta da Chibata foi um episódio triste que desnudou a vergonhosa realidade da Marinha de Guerra brasileira, na qual oficialidade vivia nababescamente, enquanto praças e graduados, a maioria negros e pardos, vivia sob regime tirânico e submetidos a castigos corporais e uma infame alimentação. João Candido foi preso, submetido a julgamento, e expulso da Marinha em 1913. Esse homem foi um verdadeiro herói nacional e deveria ter seu nome incluído no panteão dos grandes homens da História do Brasil. O dia da consciência negra deveria ter como símbolo João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, e não um personagem obscuro e traficante de escravos, de nome "Zumbi", plantado pela esquerda e cujo fim foi mais do que merecido.

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  7. A Prefeitura do Rio recentemente restaurou a estátua em homenagem a João Cândido e a colocou em local de destaque na praça Marechal Âncora.

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  8. Essa explosão do Aquidaban foi vingança divina pois foi dele que saiu o tiro de canhão que atingiu a igreja Nossa Senhora dos Mercadores no centro da cidade durante a Revolta da Armada.

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  9. Com nome de "Minas Gerais" só ficou famoso o porta-aviões do pós 2ª. Guerra Mundial.
    Na 1ª. Grande Guerra os navios de guerra devem ter evoluído bastante, assim como vários outros equipamentos de matar.
    O Aquidaban infelizmente entrou para história duas vezes, em ambas de maneira triste, como bem lembrou o Almeida. Consta que até o filho do então Ministro da Marinha morreu na tragédia de 1906.
    Tem um monumento aos mortos perto do terminal da Petrobrás na chamada Ponta Leste de Angra dos Reis. Há alguns anos quis visitar esse monumento, mas o pessoal que estava no carro e conhece bem a região preferiu não ir por ser meio isolado, num município que está dominado por facções criminosas. Fui voto vencido.

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    1. Isso que dá não estudar francês e nem ir no tradutor primeiro, não sabia que "fils" é filho. Realmente o (a) Avany não poderia escrever "enfant", mais conhecido, pois se tratava de um marmanjo.

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  10. Vi em foto de satélite que Kiel é um poderoso porto no lado leste (depois da Dinamarca). Não lembro de ter ouvido falar.
    Será que é nessa cidade a base dos submarinos? Tem filme que conta a saga de um deles na guerra escapando de tudo e de todos por longos trechos nos mares, mas justamente quando chega á base é destruído por bombardeio aéreo.

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    1. Kiel era uma importante base de submarinos da "Kriegsmarine".

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    2. Algumas bases de submarinos alemães na segunda guerra:
      Alemanha: Kiel
      Noruega: Bergen e Trondheim
      França: Lorient (a maior de todas), Saint-Nazaire, Brest, Bordeaux e La Rochelle
      As bases da França foram intensamente bombardeadas pelos aviões aliados.

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  11. A impressão que tenho é que nossas Forças Armadas a partir do início do século XX nunca primaram pela modernidade e quantidade de equipamentos e, já há muito tempo, ficaram paupérrimas.
    Blindados, artilharia, aviões, navios ... em pequena quantidade e na maioria obsoletos.

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  12. Uma coisa que sempre me chamou a atenção foi o uso dos cartões-postais. Na maioria das vezes as pessoas os enviavam sem envelope, com a mensagem podendo ser lida por qualquer um que o manipulasse.
    Dona Avany tinha uma letra pequena, pois toda a mensagem coube no cartão.
    Me pergunto qual seria o interesse de Mademoiselle Charlotte Tellier no assunto. Teria algum parente ou namorado a bordo do Aquidaban? Deve ter ficado muito assustada com a notícia.
    Esta Rue Ménilmontant fica no 20º Arrondissement e dista uns 10 minutos a pé do famoso Cemitério de Père-Lacheise. O nº 47 é um prédio construído em 1880, de seis andares e muitos apartamentos. O metrô mais próximo fica a 275 metros. A estação Ménilmontant é da Linha 2.

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  13. Da Marinha do Brasil, só posso falar do Centro Cultural da Marinha, que ficavam expostos para visitação um submarino e uma fragata, além do acervo cultural e do passeio pela Ilha da Guanabara e Ilha Fiscal incluso, pelo rebocador Laurindo Pitta.

    Minas Gerais não tem mar, mas tem encouraçado e porta-aviões... 😳

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  14. Vale lembrar dos locais destinados à Marinha na Avenida Brasil, na Penha: Casa do Marinheiro, CIAGA, CEFAN, CIAA, entre outros. Já fui em alguns, inclusive para alistamento militar nos anos 1980.

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  15. A pobreza da Marinha é comovente. Um amigo oficial me contou que a fragata em que trabalhava só treinava um tiro por ano por falta de verba para a munição.
    Alguém sabe se ainda funciona no km 45 da Av. Brasil, junto ao quartel dos Fuzileiros, a F1, uma fábrica de armamentos da Marinha?
    Lembro que esta fábrica na década de 1980 estava ativa e era dirigida por vários militares da Marinha aposentados.

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  16. Boa tarde Saudosistas.
    A única proximidade com navios foi uma entrevista para estágio que fiz na FRONAPE, fui até aprovado, mas optei por outra empresa, na qual havia a oportunidade de ser contratado quando me formasse (como aconteceu), já que na entrevista a primeira coisa que o Eng. que me entrevistou falou, era que a contratação era somente para estágio e não havia a menor possibilidade de contratação, quando me formasse, somente através de concurso, caso na época houvesse algum concurso aberto.
    Já quanto a frota naval da Marinha de Guerra Brasileira, assim como o aparelhamento nas outras forças armadas chega a ser uma piada, para um País com as dimensões continentais do Brasil.
    Um País só é verdadeiramente respeitado pelo poderio bélico que ele dispõe, é só ver os exemplos da Coreia do Norte, Índia, Paquistão, talvez o Irã.
    O Brasil deveria investir na fabricação de bomba atômica, usar as Universidades Militares como centro de pesquisa e desenvolvimento de armamentos modernos, desenvolver aviões, mísseis, navios de guerra e principalmente ter as forças armadas bem equipadas e treinadas.
    É um dinheiro muito mais bem empregado, do que as verbas estratosféricas dispensadas ao Legislativo, Judiciário e Executivo.
    Verbas de compra de votos como os bolsas famílias e outros semelhantes.

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    1. o brasil nunca terá a bomba atômica. primeiro, pq assinou o tratado de não proliferação; segundo, ninguém é louco de botar tal armamento na mãos de militares doidos por um golpezinho de estado, como ocorreu recentemente com o pateta-mor que brevemente irá pra papuda.

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  17. Observador de observadores20 de dezembro de 2023 às 14:14

    Hoje tá difícil! Não tem futebol nem morreu ninguém.

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    1. Barcelona às 15h e Liverpool às 17h. Dois jogos razoáveis.
      Quanto às FFAA dependendo de quem queira nos invadir talvez não seja mau negócio.

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    2. O Ob. de Ob's fica chateado toda vez que demora um "fora de foco". Não fique triste, não se zangue, daqui a pouco aparece um.

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  18. Não entendo qual é o parâmetro para a quantidade e a qualidade de máquinas / equipamentos de matar que um país como o nosso deve ter, mas desconfio que as nossas referências deveriam ser Argentina, Chile, México. Citar países cheios de problemas internos, com vizinhos, com os EUA ou a Rússia, entre outros não serve como comparação.
    Então, qual é a situação dos maiores da América Latina?
    Mas uma coisa é certa, comprar o que tem de melhor e depois não ter munição nem para treinar o suficiente, então é melhor seguir o exemplo da Costa Rica e parar de fingir que existe uma grande Força Armada.

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    1. Cada gfa de vinho que o STF bebe as nossas custas dá para comprar bastante munição. Cada viagem do Lula em campanha para obter o prêmio Nobel da Paz e os gastos da 1ª Gata Borralheira, ajudaria bastante para compra de insumos de treinamento.

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    2. prefiro encher o ( )*( ) do STF de vinho do que comprar uma única munição para as FFAA. estas viraram antro de traficantes, ladrões de jóias, golpistas e outros mequetrefes das piores qualidades.

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  19. Surpresa das surpresas: governador do Rio investigado por corrupção.
    Por que será que não fiquei admirado?

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    1. E a gente já sabe como isso normalmente acaba .... mais um a caminho de Bangu?
      Mas será que é só no Rio que se investiga e pune ? Considerando o cenário e os quadros políticos do Brasil, a dúvida é cabível.
      No Rio já foram presos governadores, presidentes da Assembleia Legislativa, deputados estaduais, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e um Procurador-Geral do Ministério Público Estadual.
      E nos outros estados?

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    2. Alguns órgão de imprensa que recebem polpudas verbas de publicidade noticiaram o fato?

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Como prometido, inciarei uma série de relatos ligados diretamente ao tema de navios, sem necessariamente me referir aos de guerra.

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  22. RELATO 1 ==> entre 1959 e 1970 minha família passava o Carnaval em Angra dos Reis, na época um lugar meio desconhecido. Nos feriados prolongados também costumávamos ir para lá. Numa dessas vezes, conhecemos um funcionário do estaleiro Verolme, situado em Jacuecanga. Não havia ligação terrestre entre Angra e Jacuecanga. Esse funcionário nos convidou a visitar o estaleiro. Marcados dia e horário, fomos até o porto de Angra e entramos numa embarcação destinada ao transporte de funcionários. Chegando ao estaleiro, fizemos um passeio pelas instalações e subimos em um navio que estava sendo construído. O barulho era grande, com marteladas e com soldadores trabalhando na estrutura do navio. Na hora do almoço, dirigimo-nos ao refeitório, onde devoramos uma gostosa macarronada. À tarde, voltamos para Angra. Foi um passeio interessante.

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  23. Por que será que sempre se encontram grandes quantias em dinheiro guardadas debaixo do colchão dos governadores fluminenses?

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  24. RELATO 2 ==> em 1967 eu trabalhava em Belém do Pará e morava na casa de uma família bem numerosa: eram dez pessoas, exclusive eu. Nas férias escolares de julho, a família e eu fomos passar um fim de semana em Soure, na época um lugarejo na ilha de Marajó.

    Do porto de Belém partiam duas embarcações para lá, uma por dia: ou era uma lancha ou um navio pequeno, de nome Lobo d'Almada. A lancha fazia o percurso em duas horas e meia, e o navio, em cinco ou seis horas, dependendo do sentido da maré.

    No dia em que fomos, o escalado era o navio. Embarcamos e lá fomos nós pela baía de Guajará. As pequenas ondas batiam nos pneus da lateral do navio e borrifavam água no convés, onde muita gente havia estendido redes. Num determinado momento, uma das pessoas lá de casa me perguntou se eu queria provar uma maniçoba, prato típico do Pará. Nunca havia ouvido falar nele. Como topo tudo, resolvi provar. Adorei.

    Já no final do dia, o navio se aproximou do cais de Soure. O problema é que a maré estava com correnteza máxima (não me lembro se vazante ou enchente) e o cais era no rio Paracauari, tendo Soure numa margem e Salvaterra na outra, com largura aproximadamente de 300 metros. Como o atracadouro era perpendicular à margem, a correnteza da maré estava pegando o navio de lado e o estava arrastando em direção a Salvaterra. Ele não conseguia atracar. O comandante foi obrigado a lançar âncora e aguardar a diminuição da força da correnteza para poder atracar, com um atraso de mais de meia hora.

    A família possuía em Soure uma casinha estilo barracão, totalmente de madeira, numa rua larguíssima, toda gramada, com centenárias mangueiras alinhadas no meio da rua. Um lugar fantástico. Não havia carros em Soure e por causa das férias em Belém os famosos búfalos estavam proibidos de andar soltos pelas ruas.

    Durante a estada lá aconteceram fatos muito interessantes e instrutivos para mim, mas que fogem ao escopo do SDR.

    Na volta, saímos já no final da tarde e no caminho escureceu. Acima do navio, um céu super-estrelado. De repente, no horizonte começou a surgir uma abóbada de luz, que foi aumentando conforme o navio se deslocava. Eram as luzes de Belém, a quilômetros de distância.

    Foi inesquecível. Aliás, tudo em Belém foi marcante para mim, na época na flor dos meus vinte anos. Inclusive minha paixonite aguda pela esposa de um dos integrantes da família, logo o que mais tinha ligação afetiva comigo. Chose de loc!

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    1. Helio, fique a vontade para desenvolver o tema do último parágrafo ...

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  25. A Marinha sempre foi um reduto de monarquistas. Segundo Edmar Morel, o autor de A revolta da chibata, as famílias de fidalgos "do melhor estofo" enviavam seus filhos para Escola Naval com o objetivo de se tornarem oficiais da Marinha Imperial. Entretanto os marinheiros, praças de pré, e graduados, viviam sob um regime tirânico, mal alimentados, e sujeitos à chibata e ao azorrague, em uma infame promiscuidade. Já em 1884 o livro "O nom crioulo" de Adolfo Caminha, criticava esse ambiente degradande, sendo em razão disso proibido. A revolta da Armada de 1893/1894 foi uma revolta de oficiais superiores insatisfeitos com o regime republicano. Um de seus líderes, o Almirante Luís Filipe Saldanha da Gama, morto em 1895, era um emérito chibateiro. A modernização da Esquadra Brasileira no início do Século XX fez da Marinha de Guerra uma das mais modernas da época, sem entretanto humanizar o tratamento dispensado aos praças nem tampouco abolir os castigos corporais. Nesse clima tenso e inquietante chegarmos ao ano de 1910.

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  26. RELATO 3 ==> a última foto de hoje cita o Capitão de Mar e Guerra Eduardo Wandenkolk. Provavelmente em homenagem a ele, em Belém existe uma travessa de nome Almirante Wandenkolk. Para quem não conhece Belém, lá existe uma imensa quantidade de vias que se chamam travessa. Ao contrário do Rio de Janeiro, as travessas lá podem ter vários quilômetros de extensão, sendo largas e com trânsito normal de veículos. A travessa Almirante Wandenkolk situa-se em sua maior parte no bairro do Umarizal, mas está na fríngia do Reduto e termina praticamente no bairro de Nazaré.

    Durante meu trabalho na importantíssima obra que estava sendo realizada em Belém, a fiscalização era feita pela empresa Byington, na pessoa do funcionário de nome Reinaldo (fictício). Por sua vez, a companhia onde eu trabalhava contratou uma desenhista, de nome Neli (fictício). Eu cursava à noite o vestibular e na volta para casa atravessava a citada travessa. Uma noite, ao fim das aulas, eu estava parado na calçada esperando para atravessar, quando minha atenção foi despertada por um fusquinha verde que se aproximava. Como na época eu já tinha uma coleção estranha, ligada a placas de carro, olhei automaticamente para a placa do fusca: era GB 10-74-68. Ora, essa era a placa do fusquinha da empresa. Quando o carro parou ao meu lado, na esquina, vi que ao volante estava o fiscal e ao lado a desenhista. Eles levaram um susto.

    No dia seguinte, ele veio me perguntar se eu os havia visto. Confirmei. Ele pediu para eu manter segredo. Assim o fiz.

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  27. Exceto minha viagem no navio Lobo d'Almada, citada no relato 2 acima, minhas experiências marítimas sempre foram com ferry-boats, além de barcas/lanchas/balsas de curto percurso na baía de Guanabara ou em rios Brasil afora.

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  28. A Marinha de Guerra sempre foi tida como racista, tanto é que não se tem notícia de Oficiais Superiores e Oficiais Generais "afrodescendentes". Em 1975 Aldir Blanc, autor da letra de "O Mestre Sala dos Mares", foi "chamado às falas" por autoridades do Governo Militar e instigado para que mudasse a letra: ao invés de "Salve o Almirante Negro a expressão deveria ser "O navegante negro". E assim foi feito...

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  29. RELATO 4 ==> em setembro/outubro de 1981 viajamos em dois casais para a Grécia. Depois de rodar de carro pelo país durante três semanas, resolvemos fazer um passeio a uma das famosas ilhas gregas. A Polícia Turística nos indicou Paros, mais barata que Mykonos mas também pertencente ao arquipélago das Cíclades. Fomos de metrô até o porto do Pireu e compramos passagens em um fery-boat. No dia marcado, embarcamos no dito cujo. O mar era de almirante, o céu e o mar azulzíssimos, o ferry-boat nem sequer jogava. Fomos para a área descoberta e ficamos pegando sol. O percurso era de seis horas, com escala em um ou duas ilhas.

    De vez em quando uma foz feminina se fazia soar nos altofalantes, iniciando com (vou usar a grafia nossa) "Prozorrí parakaló", que significa "Atenção, por favor". Não entendíamos nada do que era falado.

    Em meados para fim da tarde chegamos a Paros. A volta também foi tranquila, embora o ferry-boat estivesse bem mais cheio, porque era domingo.

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  30. Minha experiência no mar se limita, além das idas a Niterói e Paquetá, a uma travessia de Helsinki para Tallinn.
    O ferry da Tallink Silja Line era gigantesco, tinha restaurantes, lanchonetes, áreas de lazer, o diabo a quatro, inclusive um grande supermercado “tax-free”, com de tudo um pouco, bebidas alcoólicas, cigarros, chocolates, produtos eletrônicos, etç.
    Uma (boa) parte dos viajantes na rota era composta de finlandeses que compravam os produtos, ou em Tallinn (tudo bem mais barato na Estônia do que na Finlândia, inclusive remédios) ou a bordo, para uso próprio e/ou para revenda
    Na chegada de volta a Helsinki o controle aduaneiro era bem frouxo, não vi pararem ninguém nas rampas de desembarque.

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  31. Estive duas vezes no Instituto de Pesquisas da Marinha. Uma, em 1987, para uma vaga de estágio e outra (acho que em 1994) quando estava na UFF, acompanhando um professor e colegas de turma. Fica na Ilha. Os insulanos podem dar mais detalhes.

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  32. FF: O vídeo divulgado pelo Governo do Estado anunciando uma grande Operação da Lei Seca mostrou um avanço na fiscalização que certamente vai trazer sérias preocupações para quem tem o hábito de beber e dirigir. Além de uma câmera de longo alcance, a principal inovação é o uso de drones que dispõem de equipamentos que "lêem" todas as informações do veículo, bem como de "reconhecimento facial" dos ocupantes. Isso faz com que se algum dos ocupantes tiver um mandado de prisão em aberto e for procurado, certamente será preso.

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    1. A Lei Seca é com certeza um dos grandes acertos (talvez o maior) na questão de segurança no trânsito.

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    2. Eu não bebo uma gota álcool. A grande maioria das blitzens é eletrônica, e como eu só ando dentro da legalidade nunca sou abordado. Porém ontem passei por uma "blitz analógica" e fui parado. Mostrei a "funcional" e segui viagem.

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    3. Dá uma carteirada e ainda conta vantagem.

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    4. Conta vantagem da carteirada porque se "acha" o máximo. rsrsrs. Brasileiro............

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    5. Não existe carteirada nem razão para tal. Durante uma abordagem mostro a carteira funcional. Mas se pedirem eu mostro o documento veicular sem qualquer problema, pois não tenho nada a esconder. Quando vou a uma instituição bancária e como costumo andar armado, sou obrigado a mostrar a funcional na entrada do banco para ter acesso.

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    6. Não se trata de "contar vantagem". São situações que você é obrigado a se identificar como policial.

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    7. fato mais normal do mundo, menos aqui, o policial apresentar-se como manda a lei, notificando sua presença e o porte de arma... pq isso causa espanto?

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  33. "Quem não deve, não teme". Seria ótimo se valesse por aqui... Se o "responsável" pela blitz "não for com a sua 'cara'", não tem jeito. Por outro lado, alguns apelam para "QI" ou carteirada mesmo...

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  34. Lei Seca não vive só de blitz. Costumo citar um exemplo para os que querem beber e logo drpois dirigir. O caso do cara que saiu da rodovia e foi parar no mato. Mesmo não ferindo ninguém, nem mesmo prejudicando materialmente ninguém a não ser ele mesmo, nada de retenção de trânsito, ele teve que ir para a delegacia, quase 30 km de distância, com direito à toda a "dor de cabeça" de quem é pego dirigindo depois de beber com envolvimento numa ocorrência de trânsito, por mais leve que seja.

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  35. Faz tempo prometi ao Luiz escrever um post sobre um navio do início do do séc. XX em que meu avô viajou algumas vezes. Fiquei devendo. Se não se opuser vou trazer síntese que me parece interessante. Até o interior da embarcação foi fotografada e tem registros.

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  36. Mário, 18:08h ==> eu fiz a travessia de Turku (Finlândia) para Estocolmo, num ferry-boat tão grande quanto o que você descreveu. Mas não lembro o nome da companhia. Ele fez escala em Aland, uma ilha no meio do caminho. Estava muito cheio porque era um fim de semana.

    Esse esquema de compras de bebidas a bordo eu presenciei na travessia de Helsingör (ou Elsinore, como preferir), na Dinamarca, para Helsingborg, na Suécia. Como a venda de bebidas em terra era sujeita a muitas restrições e a bordo não o era, eu vi pelos corredores do ferry-boat muitos jovens sentados no chão, bêbados que nem gambá. Uma tristeza.

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  37. RELATO 5 ==> em março de 1983 fiz uma viagem à Nova Zelândia e Havaí. A primeira cidade da Nova Zelândia onde cheguei de avião foi Auckland, que apesar de ser a mais populosa não é a capital do país, situada na cidade de Wellington. A Nova Zelândia é composta por duas ilhas, chamadas de Ilha do Norte e Ilha do Sul. Wellington fica quase no extremo sul da Ilha do Norte. A geografia, a Natureza e as paisagens das duas ilhas são completamente diferentes, sendo a Ilha do Sul bem mais bonita.

    Para acessar tal ilha, é necessário pegar um ferry-boat em Wellington e atravessar para a cidadezinha de Picton, já na Ilha do Sul. Cruza-se o estreito de Cook, que separa ambas as ilhas. O tempo de travessia não lembro com exatidão, mas acho que era de umas três horas. O ferry-boat é imenso. Para terem noção, entra trem de carga dentro dele, além de caminhões, ònibus, carros, etc.

    Quando chegamos no terminal de Wellington, dirigimo-nos ao guichê de compra de passagem. Perguntei à funcionária como eu faria para levar as malas para o ferry-boat. Ela me respondeu de uma forma que não entendi. Falava a palavra "lorry", que eu lembrava já ter ouvido mas não recordava o significado. Fiz a pergunta várias vezes e sempre vinha na resposta a palavra "lorry". A fila atrás de mim já estava crescendo, e então resolvi sair e observar o que as outras pessoas fariam.

    Notei que levavam as malas para um lugar na área de embarque, deixavam-nas no chão e iam embarcar. Achei muito estranho. De repente chegou um caminhãozinho azul, com prateleiras na carroceria. Um funcionário pegava as malas e colocava nas prateleiras. Mas, pasmem! Os donos delas já tinham ido embarcar. Não havia tickets de recibo, nada disso. Era confiança total. Meio cabreiro, fiz o mesmo e fiquei observando a colocação das nossas malas no caminhãozinho. Quando ele partiu, entramos no ferry-boat.

    No desembarque, o processo era invertido: o caminhãozinho trazia as malas e cada um pegava as suas. Igualzinho aqui no Brasil.

    Já de volta ao Rio, lembrei o que significava "lorry": é caminhão. Também lembrei onde tinha ouvido essa palavra: era na música "Where do the children play", do Cat Stevens.

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  38. RELATO 6 ==> em setembro/outubro de 1981 fizemos uma viagem à Grécia, como citei no relato 4. Em determinado ponto da viagem, nosso roteiro nos levava à cidade de Corinto, na entrada do Peloponeso, cujo nome deriva de Pelopos Nissos, significando Ilha de Pélope, um herói lendário. Como curiosidade, Nissos é uma palavra feminina, apesar de terminar em -OS, característico de palavras masculinas em grego. Há alguns outros casos idênticos.

    Apesar do nome, o Peloponeso não é uma ilha e sim uma extensíssima península ao sul da parte "continental" da Grécia. O único ponto de ligação é o istmo de Corinto, onde foi aberto um canal, entre 1881 e 1893, com 6.300 metros de comprimento, para permitir a ligação marítima entre o mar Egeu e o golfo de Corinto. Para o tráfego rodoviário, foi construída uma ponte sobre o canal.

    Para voltar do Peloponeso para o "continente", ou se usa de novo a ponte em Corinto ou se atravessa de ferry-boat entre as cidades de Rio e Antirio, aquela no Peloponeso e esta no "continente". Foi o que fizemos no retorno. A propósito: Antirio se pronuncia Andirio, porque o encontro consonantal N e T no meio de palavra se pronuncia como ND; se fosse no início de palavra, seria pronunciado como D.

    O ferry-boat era pequeno e por coincidência vinha transportando um caixão de defunto. Havia várias mulheres vestidas de preto, com véus da mesma cor. Não sei se eram parentes do falecido ou carpideiras. Mas não lembro de ver ninguém chorando.

    A travessia é muito rápida, porque a distância é de cerca de apenas três quilômetros. Posteriormente construíram uma ponte para essa ligação. Chegando a Antirio, era hora do almoço e escolhemos adivinhem o quê: macarronada, é claro. Pobre viajando é uma merda!

    Mas se há uma coisa que não tenho é luxo. Para mim, qualquer prazer me diverte. Em relação a comida, mais ainda.

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    1. A única ocasião em que aprecio um café da manhã, com calma e comendo muito é quando estou viajando.
      No dia a dia, quando trabalhava (e mesmo agora, aposentado) era uma xícara pequena de café preto coado na hora e rua, partia para o trabalho.(agora, parto para o SDR ... rsr).
      Viajando sempre foi outra história.
      Normalmente faço a reserva dos hotéis com o café da manhã incluído e em torno das 9 horas parto para o “pequeno almoço” que, segundo minha mulher, de pequeno não tem nada, me esbaldo, de tudo um pouco.
      Ah, bacon (muito bacon), ovos mexidos na manteiga, salsichas, queijos, pães ...
      É a única ocasião em que como bacon e outras “bombas” do tipo.
      Aí, está criado o problema com minha mulher: ela só consegue comer muito pouco pela manhã, fica com fome dali a algumas horas, quer parar para comer e minha “autonomia” é grande ... bem, chegamos a um acordo, ela faz uma refeição leve, eu normalmente nem isso e jantamos bem ao final do dia.
      Temos alguns casais amigos que incluem um roteiro gastronômico/etílico nas viagens, pesquisam restaurantes, vinhos, por aí, a experiência gastronômica é parte integrante.
      Eu e minha mulher não estamos nesse grupo, refeições rápidas durante o dia e à noite, muitas vezes, o restaurante do hotel em que estamos hospedados é bom e suficiente. (e mais barato ...)

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  39. PERGUNTA AOS UNIVERSITÁRIOS ==> gosto muito de filmes de guerra. Uma dúvida que tenho há décadas é como a artilharia de um navio consegue atingir o alvo, se o navio joga tanto no eixo longitudinal quanto no transversal? Os canhões possuem algum mecanismo de compensação que os mantêm nivelados? Que mecanismo é esse?

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    1. Helio, o site a seguir dá uma idéia do que você perguntou.
      https://meiobit.com/434928/quando-a-ibm-ganhou-pra-nao-produzir-um-computador-de-tiro-melhor/

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    2. só "marinha de pobre" é que dá tiro. "marinha de rico" usa mísseis que não dependem de mira, no sentido tradicional da palavra, e atacam a quilômetros de distância. os canhões servem apenas para ação localizada ao redor da embarcação, em casos muito específicos. ngm mais arrisca um vaso de milhões de dólares pra disparar canhão a curta distância.

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  40. Eu tinha programado uma nova postagem para entrar às 7 horas, porém com os comentários do Helio feitos tarde da noite resolvi adiar a entrada para mais tarde, às 11 horas, a fim de que todos pudessem lê-los.
    Portanto, nova postagem às 11 horas.

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  41. Bom dia.

    Eu tinha preparado um comentário mas deixo para a próxima postagem. Volto na parte da tarde.

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  42. Agora querem comprar um porta aviões da Gra Bretanha, lá vão desativar pq é caro manter e deu muito problema mecânico. Brasil é rico então lá vamos nos comprar os brinquedinhos caros pra FFAA. Sem esquecer que tb temos que comprar aviões junto. O são Paulo já foi um tiro no pé, quase não foi usado e custava uma fortuna manter parado.
    Creio que a sociedade brasileira sabe que o inimigo atual é interno, violência não para de crescer, deveríamos investir mais nas polícias, não temos inimigo externos .

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