Lá atrás, por volta de 2006/2010, no começo dos FRA - Fotologs do Rio Antigo, a cada quinze dias nos encontrávamos sábado pela manhã na Feira da Praça XV. Decourt, Tumminelli, JBAN, Derani, Rouen, éramos os mais assíduos.
Era um tempo em que ainda não havia a Hemeroteca Digital da BN, nem o SIAN com os diversos acervos de fotos dos jornais cariocas. A alternativa eram raros livros sobre o Rio Antigo e a busca pelos sebos.
Há pouco tempo, lá mesmo na Praça XV, o jornalista Rafael Cosme descobriu uma mina de ouro: milhares de negativos de fotos familiares por um preço irrisório.
Fotos do acervo dele já foram publicadas por aqui. Hoje temos mais algumas.
Rafael Cosme já foi tema de reportagens nos jornais "O Dia", "O Globo", na revista "Veja" e até, como me informou o GMA, no jornal "The New York Times".
FOTO 1: O movimento na Cinelândia nos anos 50. A moça em primeiro plano com um saco de confetes e um lança-perfume. O que olha o senhor de terno?
FOTO 2: A decoração de carnaval junto à igreja da Candelária.
FOTO 3: A dura rotina dos PMs na Presidente Vargas...
FOTO 4: A dura rotina dos PMs no carnaval de antigamente.
FOTO 5: Não tenho ideia de onde seria, mas obiscoitomolhado comentará sobre o carro.
FOTO 6: Um motociclista na Penha.
FOTO 7: Os trilhos dos bondes ainda resistiam. O desfile de carnaval era na Presidente Vargas.
FOTO 8: A piscina do Hotel Glória em seus tempos áureos.
FOTO 9: O Copacabana Palace.
FOTO 10: Uma das mais belas vistas do Rio. Pedra da Gávea, Dois Irmãos e o Leblon sem arranha-céus na orla, vistos a partir do Arpoador.
Realmente é uma mina de ouro que merece um livro com vários capítulos. As fotos são ótimas e têm muita qualidade. A última, a de Ipanema, é sensacional.
ResponderExcluirSeria mesmo a foto 1 na Cinelândia? A foto mostra um bonde e um reboque lado a lado, mas na Cinelândia a linha era singela.### A foto 4 é certamente de 1964/65. Quatro Policiais Militares usam a farda do Batalhão de Choque, enquanto outro ainda usa o fardamento cáqui.### A foto 7 mostra a Presidente Vargas com trilhos mas sem os cabos de energia e "andorinhas", indicando que não há mais circulação de bondes. Considerando que a linha 78 - Cascadura, a última a circular na região, foi extinta em Maio de 1965, a foto seria "no mínimo" de 1966.
ResponderExcluirBom Dia ! Na foto 1 , qual será o filme que está passando ?
ResponderExcluirNa foto 1 é um bonde e seu reboque ou estão lado a lado?
ResponderExcluirOs passageiros dos bondes estão sentados no mesmo sentido de direção. Acho que é um bonde e seu reboque.
ExcluirEstão no mesmo sentido, mas o 1477 parece parcialmente coberto pelo 1740. Realmente estranho.
ExcluirO carro motor é o 1740 , o 1477 é reboque do mesmo. dá para ver a letra j no reboque, nos dizendo que os mesmos estão lotados na estação da zona sul e está rodando numa linha da zona sul.
ExcluirO ângulo da foto dá a impressão de que estão em trilhos diferentes.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirCheguei mais cedo, mas vi que teria postagem nova e voltei agora.
Fui "rato" da Praça XV (e do Lavradio) por vários anos, mas infelizmente nunca encontrei outros frequentadores famosos. Ainda tenho minhas garimpagens, algumas com orgulho, como uma série de fotos da construção do metrô. Postei há alguns anos uma série de fotos da infância de um garoto na Urca.
Hoje, há 50 anos, era inaugurada a ponte Rio-Niterói. No sábado, o JN exibiu imagens inéditas de arquivo. Uma obra retrato da época.
Deixei de frequentar a feira da Praça XV na época da demolição da Perimetral.
ResponderExcluirNa foto 1 a letra J na lateral do reboque indica bonde da Jardim Botânico. O carro motor é o 1740, do qual já foi postada foto aqui no SDR, há tempos.
ResponderExcluirNa foto 1 o senhor de terno admira os pés da moça. É um podólatra, como há milhões deles por aí, a maioria enrustidos. Muitas mulheres desconhecem isso.
ResponderExcluirHélio, atualmente há muitas partes mais interessantes do corpo de uma mulher para observar. As blusas com decotes ousados deixam à mostra melões e pêras de todos os tamanhos e "shorts" exíguos exibem pernas de todos os tipos "a gosto do freguês", tornariam o homem da foto nos dias atuais um ser patético ou então um "manja rola"
ExcluirHá até um site específico para eles, o Wikifeet.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirA respeito da inauguração há 50 anos da ponte Rio-Niterói lembrada pelo Augusto, em 1974 eu estava no meio do meu curso no Fundão e tinha um potente fusca 1300, na infame cor Verde Guarujá.
Logo depois da inauguração da ponte, provavelmente no primeiro dia útil de seu funcionamento, voltava eu das aulas no final da manhã dirigindo pela faixa da esquerda da Av. Brasil e não deu outra, quando percebi tinha acessado a ponte sem possibilidade de retorno.
Foi a primeira travessia, ida e volta, e com caronas no carro. (em função da precariedade do transporte público, era normal quem tinha carro dar carona a colegas, conhecidos ou não; a precariedade de transporte continuava quando minha filha também cursou engenharia em 2007-2011 e não deve ter melhorado ...)
Acho (mas não tenho certeza) que pedágio não paguei, provavelmente na fase inicial de operação ainda não cobravam.
Eu partipei da carreata de inauguração da Ponte Rio-Niterói. Eu fui no carro de minha tia juntamente com minha prima e minha avó. Era muita gente. Mas não me lembro de cobrança de pedágio.
ExcluirA Foto 11 - Barão de Jaguaripe é sensacional. (aliás, durante muito tempo, eu chamei a rua erradamente de Barão de Jaguaribe).
ResponderExcluirBom dia e boa semana a todos!
ResponderExcluirNa Foto 01, a beleza da moça despertaria olhares em qualquer época, portanto, senhor atrás está absolvido! Nas mãos ela levava um leque e a carteira. A menina seria filha ou irmã dela? Só sei que ela estava saboreando um sorvete, provavelmente Eskibon.
Bom dia Saudosistas. Mais uma bela garimpagem de fotos feita pelo Gte do Bar, destaque para a Foto 1, 5, 6 e todas referentes as antigas decorações de carnaval. Como sugestão o Dr. D' poderia fazer uma postagem somente das decorações de Carnaval da Av. Pres. Vargas e Av. Rio Branco e os seus respectivos temas anuais.
ResponderExcluirBiscoito!!! Na presidente Vargas é um Studebaker?
ResponderExcluirÉ.
ExcluirBela sequência de fotos.
ResponderExcluirNa foto 1 mais uma ilusão, o reboque está mesmo sendo rebocado pelo bonde que vai para o Tabuleiro.
A jovem é realmente bonitinha, mesmo a irmãzinha não deixando sobrar nada substancial, em casa ou na rua, para ela criar um pouquinho mais de volume muscular.
O sujeito ali ao lado pode estar de olho no pé da moça, ou outro detalhe anatômico, ou ainda na bolsa dela, afinal um tipo "mão-leve" circulando é bem comum há várias décadas.
Na foto 4 os PM's deixaram a menina do biquíni estilo Bafo da Onça dar um passo à frente, enquanto os marmanjos mantidos atrás onde só podiam esticar o pescoço se quisessem ver algum desfile.
O do Mustang é algum irmão mais novo do Chico Buarque?
Já o da motocicleta era elegante dentro de sua simplicidade, numa época que o veículo não era tão comum.
A foto e a legenda da rua de Ipanema é um exemplo do antigamente para qualquer bairro. Saudosismo.
O filme em cartaz poderia ser "Getúlio – glória e drama de um povo", de 1956, dirigido por Alfredo Palácios, representativo do instante traumático da morte de Vargas. Esse longa-metragem foi produzido no contexto da crise que se estabelecera entrea continuidade do trabalhismo democrático e a iminência de um golpe civil-militar. O filme privilegia a trajetória democrática de Getúlio, fazendo um contraponto àsarticulações políticas que tentavam impor um regime de força para conter os avanços da agenda social-nacionalista do último governo de Vargas. Essa produção é a primeira biografia fílmica de reverência a Getúlio após o suicídio do Presidente.
ResponderExcluirQuanto à foto da Barão de Jaguaripe verifiquei que duas casas à esquerda, embora modificadas, continuam lá. A dos tios da tia Nalu é a de número 97.
ResponderExcluirA foto me lembra como conheci Ipanema, nos anos 50. As ruas paralelas à Visconde de Pirajá, entre esta e a Epitácio Pessoa, tinham este aspecto. Não havia um único sinal de trânsito. Parava-se nos cruzamentos, dava-se um toque na buzina e seguia-se em frente. Havia casas e prédios baixos. Foi uma época dourada, que durou até meados da década de 60.
Em relação aos cruzamentos de ruas, os americanos desenvolveram uma cultura simples. Quando vc chega a um cruzamento e há uma placa com "stop 4 ways", vc para o seu carro imediatamente, mesmo que não haja nenhum outro carro na transversal. Mesmo em casos de nada haver carros na transversal, vc para, pois se houver um guarda ou uma câmera, vc será multado. Isto em cidades pequenas como Lawrence, que eu vou todos os anos, é comum. Em cidades maiores o esquema funciona assim: Vc para o seu carro. Depois vão parando os outros 3 carros do cruzamento. Quando todos estão parados, vc, que foi o primeiro a parar segue em frente. Depois vão seguindo os outros na ordem de quem parou antes. Com isto, raramente há colisões em cruzamentos. Ovo de Colombo!
ExcluirA foto 06, a original do Rafael Cosme, com o homem na motocicleta, na Penha, mostra um "tiquinho" a mais no canto superior direito, e parece que são as torres de entrada da Igreja da Penha, no cimo do morro. Muitas casas ainda conservam o mesmo (ou quase) aspecto dos anos 50 e 60. Essa foto em questão é de 1955.
ResponderExcluirEu arriscaria Rua Nicarágua, ou nas proximidades dela.
FF: Ontem, na Av. Brás de Pina, perto da Praça do Carmo (mesmo local mostrado aqui pelo Helio, nas fotos de coretos de Carnaval) houve grande confusão provocado por brigas entre "torcedores bandidos" ou "bandidos torcedores" de Botafogo e Fluminense horas antes do jogo no Maracanã. A região fica uns 15km do local do jogo. Havia apenas uma viatura da polícia, que foi totalmente ignorada pelos baderneiros.
O pouco de morro que aparece ao fundo na foto 6 parece mesmo o perfil do pátio em frente à Igreja da Penha, então eu imagino que a localização do motociclista, orgulhoso de sua máquina, estava em alguma perpendicular à Leopoldina Rego entre a Rua do Couto e o Conjunto do IAPI.
ExcluirMas ainda não achei nenhuma referência para confirmar esse trecho.
A foto do Twitter do Rafael:
Excluirhttps://x.com/Rafael__Cosme/status/1753159645999354316?s=20
Pelo Street View fui pela Rua Nicarágua, que dá pra ver em ângulo parecido, mas pode ser suas opções, talvez. Não vi ainda.
A postagem do SDR de 1º. de março de 2017 confirma o ano da foto 7, realmente é 1966. O fotógrafo estava entre a Regente Feijó e a Av. Passos.
ResponderExcluirVendo a foto 10 fico imaginando quantos milhões de pessoas já foram vistas pelos Dois Irmãos. Numa filosofia de fim de noite em um bar posso especular quantos milhares delas foram ou são minhas conhecidas. E quantos acontecimentos, tragédias e festas, não aconteceram nas areias de Ipanema e Leblon. Não somos nada e passamos por aqui muito rapidamente.
ResponderExcluirA foto 5 tem toda cara de ser na zona sul. Que saudade dos prédios pequenos, dos muros baixos, da ausência de grades. Qualquer um podia entrar no prédio, subir no apartamento desejado e tocar a campainha, depois de dar um boa-tarde para o porteiro. Era possível fazer uma surpresa para o amigo ali residente. Não havia grades nem interfones.
ResponderExcluirAdmiro o trabalho do Rafael, a quem não conheço.Já tentei criar um blog no jardim Botanico pedindo aos moradores para me enviarem fotos de sua infância. "Dá muito trabalho" "Está num baú"! "Perdi o álbum" etc. Semana passada a área das Ruas Alexandre Ferreira, Custódio Serrão e Frei Leandro completou 100 anos. Mandei o Decreto para o Jornal de bairro etc., mas... aparentemente nada. Por isso, o cara identificar negativos na Feira, é sinistro. Até hoje me intrigam os 3 terrenos em formato triangular no início da Rua Jardim Botânico. Muito a descobrir ainda. Mas as fotos caseiras tem outro sabor. Essa de Ipanema é de chorar, parece que vai sair um morador da casa a qualquer momento e ir passear na praia de terno branco. Que sonho!
ResponderExcluirGMA, vá ao site da prefeitura PAL/PAA. Lá tem registros históricos de lotes e casas.
ExcluirPossivelmente, vai encontrar algo.
Nas últimas semanas tenho feito um serviço de transferência analógica de arquivos de um álbum original do casamento dos meus pais, já bem surrado, para um bem menos antigo. Tenho tentado manter ao máximo uma ordem cronológica, mas vi que tinha fotos anteriores ao casamento em páginas posteriores. Comecei nos anos 40 e 50, já chegando no final dos 80. Ainda faltam várias fotos, mas o álbum está quase no fim. Estou procurando mas álbum de fotos é um ítem raro nas papelarias, assim como porta cd...
ResponderExcluirPor volta de dez anos atrás, peguei negativos de fotos dos anos 80 que estavam com minha tia e mandei revelar. Em seguida, digitalizei. Não tenho conhecimento suficiente para digitalizar diretamente do negativo.
ResponderExcluirAs fotos eram de álbuns da minha tia que minha prima herdou depois da sua morte.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirCom relação a Foto 05, consultei o Instagran do Rafael Cosme, ela faz parte de um conjunto de 09 fotos e aparece a descrição de "O que havia nos rolos de filmes de um jovem de Copacabana de 1968".
Algumas fotos registram o mesmo local do "Chico Buarque" apoiado no Mustang (?) e uma delas aparece a residência ao fundo de forma mais ampla, com o 2° andar bem visível, inclusive o n° 584 da mesma.
Com a idade da foto, o bairro e a visão mais ampla, provavelmente os especialistas de Copacabana podem seguir um caminho para descobrir o local exato.
Segue o link:
https://www.instagram.com/p/B9hibI1p6TU/?igsh=MTNpN3QzaDVwc2NqeA==
Seria a República do Peru em seu trecho final?
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirPesquisa desafiadora, essa da foto 5. Considerando o número da casa, não consigo imaginar onde poderia ser.
Fiquei olhando todos os dias, aí pulei o 4 de março - que nem nome de rua é, não aconteceu nada em 4 de março - para refrear a ansiedade e, pimba!, já serei o quadragésimo comentário...
ResponderExcluirO Mustang da Foto 5 é um cupê, infelizmente não é um fast-back igual ao do Bullitt, ou valeria o triplo. Entretanto, parece ser de 1968 (não me arrisco muito com carros modernos). A seu lado um Aero-Willys 2600, 1963, ou 64.
Na foto 7, dois Fuscas, um Studebaker, uma Vemaguet e um Chevrolet 51, táxi, raridade não ser preto.
Na foto 9, o Copacabana Palace presenteia O Biscoito Molhado, começando da esquerda, Chevrolet 49, cinza, Cadillac 1941 saia-e-blusa, modelo 60-S, dois 1948 Packard Elefoa Grávida, para ir ao Quitandinha e um Jaguar Mk V, azul. O Jaguar e o Chevrolet garantem que o jogo já estava fora de campo, mas o Quitandinha ainda era um show.
Quatro de Março poderia ser o nome da ponte que mudou a vida de muitas pessoas no país há 50 anos.
ResponderExcluirQuem trabalhou nos últimos meses da obra contava que passou um sufoco nunca visto em construções.
ExcluirTerminar antes do fim do plantão do general presidente da vez era a ordem indiscutível.
Quem pedia demissão na reta final dos serviços era encaminhado para os porões da ditadura.
Daqui a pouco começa a rodada de volta das oitavas de final da Champions. Volto mais tarde.
ResponderExcluirDeu a lógica na Champions League, com classificação de PSG e Bayern de Munique.
ResponderExcluirTempo ameaçador com raios e trovões. Chegada da frente fria.
Valeu, obiscoitomolhado!
ResponderExcluirQuanto à Ponte, já contei que na época trabalhava no Hospital da Cruz Vermelha, para onde eram levados TODOS os acidentados da obra. As notícias oficiais esconderam as quase três centenas de mortos e milhares de feridos. Havia muitos operários vindo do Nordeste, sem nenhum preparo e, com a pressa de terminar a obra, houve muitos acidentes.
No sábado, quando o JN exibiu imagens inéditas da obra, pode-se perceber funcionários em espécies de gaiolas,sem a mínima condição de segurança. EPI era peça de ficção.
ExcluirBom Dia !
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirA feira da Praça XV me proporcionou boas compras de.fotografias. "Salvei" muita coisa que certamente iria pro aterro sanitário. Postei muitas imagens e outras continuam inéditas. Não sei se ainda encontramos uma variedade de fotos como.em.anis passados.
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