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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

LAGOA - PONTO FINAL DO LINS-LAGOA

 

Esta fotografia do ponto final do lotação Lins-Lagoa, enviada no original pelo Helio Ribeiro, foi muito bem colorizada pelo prezado Conde di Lido.

Localizado em plena pista da Avenida Epitácio Pessoa, em frente à garagem de barcos do Botafogo, era a condução ideal para ir ao Maracanã nos anos 60. 

Melhor que os ônibus Grajaú-Leblon, que paravam muito mais vezes durante o trajeto. Além disso, pegávamos os lotações vazios em seu ponto final e, muito frequentemente, em alguns modelos de lotação, íamos sentados naquela cadeira única logo na primeira linha de bancos. 

No parabrisas do lotação está escrito:  28 de Setembro, Estádio, Estrada de Ferro, Carioca, Avenida Rio Branco, São Clemente.



Como conta o Mauroxará, no início dos anos 60 a linha LINS-LAGOA possuía lotações MERCEDES-BENZ torpedo com carroceria METROPOLITANA, mas anteriormente tinha aquele modelo Chevrolet "Sapo".

O tráfego, até a abertura do Túnel Rebouças na década de 60, era tão reduzido no entorno da Lagoa que os lotações ficavam parados em plena pista, deixando apenas uma faixa de rolamento para os outros veículos provenientes do Humaitá e Jardim Botânico. 

Isto, de certa forma, obrigava os automóveis a diminuírem a velocidade antes de enfrentar a Curva do Calombo, logo adiante. 

Na época a Curva do Calombo era muito mais perigosa que hoje, quando as duas únicas chances de os motoristas inábeis ou imprudentes não caírem dentro d'água eram ser seguros pelo "Coração de Pai" ou pelo "Coração de Mãe", duas enormes casuarinas que ficavam no local.


Vemos o ônibus 446 Lins-Lagoa, em 1964. Confesso que eu não lembro dele ter existido. Fazia um trajeto pelo Centro que passava pela Marquês de Pombal, Lapa, Passeio, Beira-Mar, Teixeira de Freitas, Mem de Sá, Presidente Vargas, São Clemente (?). 

Os lotações foram banidos do transporte publico na época do Lacerda e ainda sobreviveram mais um pouco como transporte escolar e em linhas em locais variados.

Tinham apenas uma porta para entrada e saída, e a cobrança era feita pelo próprio motorista. Como muitos cobravam por "seção" havia fichas de cores diferentes conforme o trecho e preço diferenciado. Eram entregues na entrada e deveriam ser depositadas num receptáculo na saída (muitas eram roubadas para coleções ou para fazer "botões".

Até o início dos anos 60, não era necessário ser empresário para atuar no ramo, bastava ter apenas um lotação e obter licença para atuar numa das linhas.

PS: neste "blog" usamos "o" lotação, como era usual na época na região em que eu morava. "A" lotação me soa mal.

53 comentários:

  1. Lembro desses lotações no meio da pista e da curva do calombo. Foram precisas muitas obras para corrigir o traçado da curva e evitar os acidentes.
    O filho de um amigo caiu com o carro na lagoa mas felizmente só teve ferimentos leves.
    Desde há alguns anos colocaram um pardal limitador de velocidade a 50km/h que ajudou muito na prevenção.
    O Conde foi muito feliz no tom das cores.

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  2. Fui poucas vezes ao Maraca nesses lotações pois para mim era mais fácil pegar o 434 o Grajaú. Demorava pra caramba pois entrava na Figueiredo Magalhães e ia por Botafogo.
    O Barão de Drummond também era opção. Lembro que o 438 ia pela Praça 15 e o 433 acho que pela Lapa. Todos engarrafavam na Presidente Vargas.
    Não havia assaltos nos ônibus e ia com meu radinho Spica sem ser incomodado.
    Na volta o macete era sair correndo do estádio e pegar o ônibus na 28 de Setembro.
    Era a chance de voltar sentado embora tivesse que ter paciência pois o ônibus ficava engarrafado em volta do estádio.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Espero que não tenha exagerado na comemoração. Vou acompanhar os comentários. Passei raras vezes pela Lagoa, somente de passagem entre o Rio Comprido e a minha casa, na época do serviço.

    "O" lotação é uma figura de linguagem porque está subentendido "o ônibus lotação".

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  4. Bom dia! Primavera! Não me lembro da Lagoa tranquila, desse lado. Além de um ponto final nessa via, impensável hoje, vejo que só existia essa pista de rolamento. A de cima, na foto 1 parece um acostamento suspenso. O prédio com janelas inclinadas ainda está lá, só que fechado com vidro e modernizado. A foto da murada, hoje, mostra que foi elevada em cerca de meio metro, mas continua com as pedras. Quando as pistas foram duplicadas?

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    1. Gustavo, as pistas já eram duplicadas desde o Corte do Cantagalo até o Piraquê (Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros).
      Quando da construção do viaduto Augusto Frederico Schmidt foi duplicado o trecho entre o Corte do Cantagalo e o Jardim de Alá.
      A aparente inexistência da pista em direção ao Humaitá é efeito da fotografia.

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  5. Na primeira foto, o edifício à direita está lá até hoje. Lembro que nos anos 60 ia para a casa de meu avô, na Usina e pegava o 415, no Leblon. A tarifa era por destino e a ficha tinha cores diferentes. Até Copacabana, um valor, até o Centro, outro e até a Tijuca, outro. O receptáculo ( confesso que não sabia que o nome era este) ficava perto da escada da porta da frente e era como um cilindro de vidro. Lembro que também tiveram uns papeizinhos de cores diferentes indicando os destinos e suas respectivas tarifas. Eu sou réu confesso e furtei algumas fichas para jogar botão, vez que, em minha opinião, eram as melhores palhetas para o jogo.

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    1. Ainda peguei a fase das fichas coloridas (comprei algumas na feira da Praça XV) e cada empresa tinha a sua. Lembro de ter visto na linha 689, Méier X Campo Grande. Depois, na fase do papel, era mais nas linhas intermunicipais, particularmente na Caxias X Freguesia, que tinha tarifas diferenciadas até Madureira e até a Freguesia.

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  6. Os lotações seriam antepassados das vans ou dos micro-ônibus?

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  7. O decreto de Lacerda determinando que os lotações "avulsos" fossem organizados em empresas e a subsequente proibição da circulação dos mesmos foi uma das medidas que culmiram com a entrega "de mão beijada" do sistema de transporte público do Estado da Guanabara às empresas de ônibus. A outra foi a erradicação do sistema de bondes. A partir do final de 1965, Negrão de Lima completou a "obra" erradicando gradativamente até 1971 o sistema de Trolley-buses. ## O trânsito na Lagoa começou a piorar a partir de 1967 com a abertura ao trânsito da galeria sentido Rio Comprido-Lagoa do Túnel Rebouças, e "piorou de vez" em 1969 com a abertura da galeria Lagoa-Rio Comprido.
    ## Para os desatentos: a palavra "obra" entre aspas na primeira parte do comentário tem sentido ambíguo e pode também ser entendida como o resultado do verbo "obrar" em seu maís fétido sentido.

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  8. Na segunda foto dá perceber que já havia circulação de Trolley-buses na Lagoa. Os postes que sustentavam os cabos de energia e os próprios cabos comprovam. ## A foto 3 de 1964 mostra um ônibus da C.T.C apenas com a pintura azul e sem qualquer faixa pintada. Naquele ano começaram a ser pintadas as faixas vermelhas e posteriormente as. amarelas. Nos bondes de Santa Teresa e de Campo Grande nunca foram pintadas faixas vermelhas, apenas as amarelas.

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    1. Joel, a segunda foto é de 1962. Não sei o mês em que os ônibus elétricos começaram a circular na Lagoa, mas a primeira linha deles no Rio foi inaugurada, salvo engano, em setembro de 1962.

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    2. A foto se situa entre Setembro e Dezembro. Em 03 de Setembro, salvo engano, foram inauguradas apenas quatro linhas: uma para o Flamengo, uma para a Urca, uma para o Leme, e outra para a Serzedelo Correia (Rua Inhangá).

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  9. Tenho a lembrança das fichas nos ônibus que iam de Itaipava para Petrópolis. Quando o "receptáculo" de plástico transparente ficava cheio o motorista puxava uma cordinha que abria alçapão interno e as fichas caíam barulhentas na .."urna" de metal.

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  10. Tenho a memória do Rebouças com a pista da direita das galerias impedida com cavaletes de madeira bem espaçados (o dia inteiro ?somente à noite ?), podendo ser usada como "acostamento".
    Alguém mais se lembra disso ?

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    1. No início no Rebouças havia duas pistas, não havia iluminação e uma das duas pistas ficava sempre interditada por cavaletes. Anos depois, em sucessivas obras, colocaram iluminação, liberaram as duas pistas e, mais adiante ainda, ampliaram o espaço para três pistas, como é hoje.

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    2. Sim, Mário, lembro muito bem eu e meu pai no Rebouças recém inaugurado indo para o Maracanã trafegando em fila indiana, tendo somente uma pista de rolamento, vez que a da direita continha os referidos cavaletes. Mas foi um tremendo ganho de tempo em relação ao Santa Bárbara, que utilizávamos anteriormente.

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  11. Bom dia Saudosistas. Só acompanharei os comentários hoje.

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  12. Repetindo:
    Gustavo, as pistas já eram duplicadas desde o Corte do Cantagalo até o Piraquê (Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros).
    Quando da construção do viaduto Augusto Frederico Schmidt foi duplicado o trecho entre o Corte do Cantagalo e o Jardim de Alá.
    A aparente inexistência da pista em direção ao Humaitá é efeito da fotografia.

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  13. Sobre lotações lembro bem da dificuldade de se conseguir entrar em um deles.
    O letreiro "lotado" naquela caixinha à esquerda, para quem estava na calçada, quase sempre aceso. Isso deve ter dado o nome ao tipo de coletivo.

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  14. Na foto 2 é a metade de um Dauphine que aparece à direita? Ver a diferença para o Gordini é complicado para mim.

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  15. Em foto p & b também é difícil ver a diferença entre o vermelho e o azul da CTC. Fiquei na dúvida se está mesmo sem a faixa vermelha.

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  16. Os lotações, muitos só com 20 lugares, não permitiam viajar em pé. Mas fazendo um movimento com a mão, para cima e para baixo, alguns motoristas deixavam que a gente fosse agachado no corredor lá no fundo do lotação. Ganhavam mais por viagem desta forma, mas ficavam expostos a multas.

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  17. Aquele modelo da CTC, carroceria Metropolitana, foi um dos que mais achei bonito até hoje. Outros modelos usados foram da CAIO, Cermava, Bons Amigos (horrivel) e Vieira (idem).

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  18. A garagem desses lotações Lins x Lagoa era aqui pertinho de casa. A empresa era a ETAL. O prédio depois virou uma concessionária VW e atualmente é uma filial da rede de supermercados Super Prix, recentemente comprada pela Rede Economia.

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  19. Tenho um conhecido que coleciona fichas de ônibus e lotação. Tem centenas delas.

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  20. Bom dia a todos!

    Não me recordo de andar em lotação, mas minha mãe me diz que ainda bebê ela me levou ao médico numa dessas lotações que ficava em frente ao botequim próximo de casa, na Vila da Penha, em 1968.

    E a "cadeira única logo na primeira linha de bancos", a famosa "Jesus me chama".

    Também lembro das fichas coloridas e dos tíquetes que nos davam nos ônibus, provavelmente nos ônibus "Caxias-Méier", via Madureira. Até Madureira o valor era um, após acho que era preciso pagar outro valor. Não me recordo bem, pois sempre descia em Madureira, no Viaduto Negrão de Lima.

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  21. Quanto morei na Tijuca, havia muito poucas linhas de lotação. Só lembro da Usina x Copacabana e da Usina x Leblon. A primeira depois virou 413 - Muda x Copacabana e atualmente foi extinta; a segunda é a atual 415 - Usina x Leblon.

    Em compensação, havia muitas linhas de ônibus. Pensei em relacioná-las, porém são tantas e várias delas mudaram de nome ao longo do tempo. Seria um texto muito longo.

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    1. A 413 da Carioca começou com ônibus desde os anos 30. Nunca teve lotações. Era a 11 - Tijuca x Ipanema.
      A 415, começou com lotações, mas na mesma empresa até hoje.

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  22. Quando trabalhei em Belém havia lotação na linha que eu pegava para ir ao canteiro de obras. Era a 209 - Perpétuo Socorro. Todas as linhas eram circulares no centro da cidade, na área do mercado Ver-o-Peso. Os ônibus eram em sua esmagadora maioria carrocerias de madeira presas em chassis de caminhão. Iam chacoalhando pelo caminho, com a carroceria mal presa no chassis. O motor ficava do lado de fora, como se fossem um lotação grande.

    Depois chegaram alguns lotações das linhas cariocas 240 - Carioca x Taquara e 241 - Carioca x Freguesia, de cores verde e amarela. Lá faziam outra linha. Chegaram também ônibus da Viação Braso-Lisboa, que faz a linha Jacaré - Jardim de Alah. Dava pra saber que eram eles porque embora tivessem raspado o número de ordem, dava para distingui-lo dependendo da incidência de luz do sol.

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  23. Ainda lembro como hoje, minha fissura era grande em andar de Lotação nos anos 60. Meu Tio FOA, nas suas folgas na Marinha do Brasil, tomava o rumo de minha casa lá na Usina da Tijuca e de lá pegávamos o Lotação Usina/Copacabana que era o passeio mais barato que o soldo do Tio Marujo permitia e também o mais extenso pois passávamos por diversos bairros finalizando no Posto 6 já com a bunda quadrada de tanta batida no Banco. Mas...sempre com meu tio, tinha um mas, nesse dia ele escolheu o primeiro banco, pois segundo aquela brilhante mente sacudia muito menos. E vamos lá: Toda Conde de Bonfim , Hadock Lobo, Estácio de Sá, Salvador de Sá, Cinelândia, Praia do Flamengo e por ai vai. No retão da B.Ribeiro
    um cavalheiro de chapelão resolveu ficar de pé, provavelmente para soltar uma bufa, pois não havia restrições nessa época( só não valia viajar de pé) e nesse momento vinha um Bonde contra mão e o freio foi necessário, quando passou voando ele,o bufador já devidamente aliviado, mas encontrou o vidro do motorista. Estatelou-se de deixar marcado a cara. De resto foi o barraco entre ele e o dono do Lotação uma vez que dizia aos berros que a dentadura dele era nova e portanto queria uma recompensa. E a viagem acabou ali.

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    1. kkkkkk.... Andei várias vezes nesse Usina x Copacabana, para ir à praia na divisa Leme - Copacabana, quase esquina com Princesa Isabel. Nos domingos de sol o lotação já saía lotado da Usina. Precisávamos pegar o bonde até lá e entrar numa fila quilométrica. Os lotações eram do tipo pequeno, com pouca capacidade, parecidos com os da primeira foto de hoje. Mas acontecia de os donos deles também quererem ir à praia com a família e aí a frota reduzia drasticamente. Ficávamos longo tempo esperando até chegar mais um lotação.

      Interessante que havia a placa de "Preço único". Eu, criança, achava que tanto fazia quantas pessoas da mesma família embarcassem que o preço era só aquele. Só mais tarde entendi que era preço por pessoa.

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  24. Em 2010, na cidade de Patos (PB) vi circulando micro-ônibus da Viação Transurb, que faziam linhas se não me engano para Santa Teresa e Rio Comprido. A faixa de numeração das placas era daqui do Rio de Janeiro e as cores não tinham sido alteradas.

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  25. Em Araguaína (TO), em 2019, vi circulando ônibus da Viação Passaredo, de cor amarela, com placas do interior de SP.

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  26. Uma vez, em Belém, eu estava indo para o trabalho no citado 209 - Perpétuo Socorro, quando um outro lotação da mesma linha emparelhou e começaram a apostar corrida. Um guarda de trânsito parou os dois e resolveu enquadrá-los no que eles chamavam de "porfia". Lá fui eu voluntariamente à delegacia de trânsito servir de testemunha. Nem me ouviram. Não sei no que deu.

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  27. Um colega meu do IBGE, que trabalhava no DETRAN, teve seu fuscão abalroado por um ônibus da linha Lins x Urca, na rua General Canabarro. Ele era gago e quando foi discutir com o motorista este ficou zombando dele. Aí o colega mostrou a carteira do DETRAN e convocou o motorista a ir até lá no dia seguinte.

    O cara chegou mansinho, desfiou um rosário de lágrimas, falou que tinha filhos para criar, pediu para não ser enviado à chamada "escolinha". Acabou a valentia.

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    1. Tenho um amigo de infância cujo avô materno chegou a general de exército nos anos 70, tendo sido inclusive integrante do Allto Comando do Exército.
      Estava ele indo (acho que para Petrópolis) dirigindo seu Opala com a mulher ao lado quando foi parado em um posto da Polícia Rodoviária Federal.
      A plaquinha que na época era afixada na vertical à placa todo ano estava "vencida", era do ano anterior.
      Sem que lhe fosse pedido qualquer identificação própria ou do carro, foi convidado a entrar no posto onde, sem maiores delongas, a situação foi explicada: mediante uma determinada quantia ele seguiria viagem sem problemas e resolveria com calma a situação do emplacamento.
      Ou, o carro ficaria "retido" no posto, não poderia seguir viagem, " ..imagine o transtorno, sua senhora está aí com o senhor, vai ter que arrumar transporte, estragar o fim de semana ...:"
      O general aí se identificou como tal, disse que o carro então ficaria "retido" e pediu calmamente licença para utilizar o telefone do posto para chamar seu ajudante de ordens que iria providenciar seu transporte e de sua mulher e também começar a "resolver " o problema do carro ...
      Bom, depois de mil pedidos de desculpas, do "pelo amor de meus filhinhos", do "senhor entendeu mal" e de um esporro monumental em toda a guarnição do posto, o avô do meu amigo seguiu viagem.

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  28. Uma vez eu estava esperando um ônibus na Praça da República, em Belém. Já era noite. Quando o ônibus chegou e estendi a mão para pegar no balaústre, saltou uma fagulha de eletricidade estática entre meu dedo e o balaústre. Dali em diante eu só entrava nos ônibus sem pegar no balaústre.

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  29. Como o Menezes é velho. Bonde na Barata Ribeiro só nos primeiros anos do século XX. O Helio pode confirmar a data em que acabaram de circular por ali.

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    1. Luiz, dependendo do ano em que você tomava o Lins-Lagoa e não existindo a Radial Oeste, ele seguia pela Rua Pará, Senador Furtado, Rua Amapá, e Avenida Maracanã. Você pegou essa época? Após a inauguração de parte da Radial Oeste (1962) os ônibus e lotações seguiam pela nova via até o cruzamento com a General Canabarro, quando então eram obrigados a entrar na Avenida Maracanã. Você lembra disso

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    2. Ao que me consta, os bondes deixaram de circular na Barata Ribeiro quando foi demolida parte da pedra do Inhangá e feita a ligação direta entre as duas partes da avenida Nossa Senhora de Copacabana. Isso por volta de 1939.

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    3. Acho que já existia a Radial Oeste quando ia.

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    4. Ocorreram problemas em desapropriações de imóveis na altura da Rua Amapá e de parte da General Canabarro. Daí não era possível percorrer integralmente a Radial Oeste, e esse "imbróglio" se manteve até 1964/65.

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  30. Em 1965 houve uma carreata com objetivos eleitorais no então em construção e inacabado Túnel Rebouças da qual eu fiz parte na condição de filho e sobrinho de professoras do Instituto de Educação. Estávamos no carro de minha tia quando partimos da Praça da Bandeira. O número de carros era grande e a carreta seguiu pela Paulo de Frontin pela atual pista de subida em direção à Lagoa. Não havia qualquer acabamento interno, asfaltamento na pista, nem luz elétrica. Eu me lembro perfeitamente desses detalhes. Era uma propaganda que visava eleger Flexa Ribeiro para o Governo do Estado da Guanabara.

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    1. Tive um professor de português no ginásio que não gostava do então candidato Flexa Ribeiro e repetia sempre que flecha com "x" já estava errado e então só poderia dar errado ....

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    2. Segundo alguns, se estendendo à prole.

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  31. Anônimo meu veio de guerra. Estou com 7.8 e falta 2 para a revisão dos 80 mil. O sábio senhor meu pai faleceu ano passado com 102 e o diagnostico da causa da morte foi que o próprio organismo não mais aguentou ele. Ele acabou simplesmente. E aproveitando cito como ele falava: "O homem aos 20 é sabido e aos 80 é sábio". Coisas da vida né meu veio. Vou copiar meu secretário de assuntos aleatórios e dialética, Sr.DI LIDO, para dar continuidade.

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    1. A respeito de sabedoria, quando criança (portanto bem antes dos 20, nem sabido era) eu tinha, entre as muitas certezas que caracterizam a pouca idade e cuja quantidade diminui progressivamente com o amadurecimento, as seguintes duas:
      1 - O bacalhau era um peixe grande e muito fino, com espessura um pouco maior do que um papelão grosso;
      2 - Existiam duas espécies de côco, uma verde e grande (que eu via pendurado na árvore desta primeira espécie) e outra menor, marrom e com fiapos, que não devia haver no Rio porque eu nunca tinha visto uma árvore desta segunda espécie.
      Hoje em dia - aos 71 anos e ainda longe portanto de ser sábio - às vezes me pergunto quantas "certezas" deste tipo eu já tive ao longo da vida ...

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  32. Logo no dia que eu não entro, são postados ônibus e lotações.
    Bem, não sei se serei lido, mas na foto do Metropolitana da CTC, dando um zoom na foto, é possível ver a a faixa de tonalidade mais escura, representado a faixa vermelha.

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