Em 1971 houve um curioso concurso de carros "fantasiados" no Castelinho.
Não encontrei maiores informações nos jornais da época. Mas se podia constatar que os tempos eram outros, pois o Juiz de Menores adotou providências no sentido de serem presos em flagrante os foliões que adulterassem as letras das composições carnavalescas.
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Naquele tempo os Tobogãs estavam na moda e o mais famoso era o que foi montado em frente à favela da Catacumba. Quanto ao "tanque de papelão", eu particularmente me surpreendo como os militares permitiram essa alegoria. Em 1971 estávamos no período mais critico da ditadura e até fantasias simulando trajes militares ram proibidas. A fiscalização era intensa, realizada principalmente pela delegacia de Diversões Públicas e pela delegacia de Ordem Política e Social, sem contar com o "Juizado de Menores". O famoso "Baile dos enxutos" do Teatro São José, era frequentemente proibido. Não havia essa quantidade de anormais desfilando pelas ruas. Pederastas, "viados", travestis, "sapatões", "paraíbas", enrustidos, e afins, eram duramente rejeitados e muitas vezes hostilizados. Mas atualmente muita gente cultua essa inversão de valores e dá voz à essa farra de imoralidades. Era inconcebível naquele tempo a realização de "paradas gays". É como um gaiato postou na internet: "Poucas pessoas vão às ruas protestar para não serem enrabadas pelo governo, mas entretanto dois milhões se reúnem em uma para gay para lutar pelo direito de dar a bunda". É esse o Brasil que queremos?
ResponderExcluirNesse ano, 1971, o mais famoso tobogã, além de ser o primeiro montado no Rio, era o de São Conrado e fazia parte do complexo de diversões montado pelo empresário Ricardo Amaral, o mesmo proprietário de igual estabelecimento na Lagoa. Com relação à imitação do carro de combate exagera o comentarista quanto a esse tipo repressão pelas forças militares. No caso, lembro bem, a tentativa de imitação mereceu elogios de algumas autoridades militares que entenderam não como uma crítica e sim como uma propaganda elogiosa ao Exército. O que sobra são interpretações e sentimentos de cada um, como bem demonstra o restante do comentário.
ResponderExcluirBom dia a todos. 1971 e lá se vão 47 anos de Carnavais. Bons tempos em que eu vivia 24 horas de carnaval, não sei como podia, e ainda arrumava tempo para ir a praia. Se bem que naquela época não havia uma profusão de blocos como nos dias de hoje. Os blocos de embalo era o que mais se aproximava aos blocos de rua de hoje, muito embora estes exigissem uma fantasia do ano de desfile, tinham cordas e a maiores multidões se concentravam no Bafo da Onça e Cacique de Ramos cerca de 10 mil pessoas (pinto para os grandes blocos de hoje), depois vinham o Boêmios de Irajá, Embaixadores do Morro do Pinto e outros menores ainda. Mas para quem não viveu esta época e não frequentou estes blocos, dentro do bloco vc não era roubado, não havia celular, dentro da sua ala havia todo um respeito ao folião mesmo ele não sendo um habitué, nas outras alas você também era respeitado, por ser do mesmo bloco, no máximo rolava um baseado entre os adeptos porém muito escondido, porque se a PM visse vc era preso, os roubos fora das áreas de desfiles eram bem menores, porém também havia muita briga, entre blocos rivais, se mijava mais na rua do que hoje em dia, sendo que naquela época não havia limpeza das ruas pela Comlurb, a maior concentração era na Av. Rio Branco, Cinelândia e Pres. Vargas e ruas paralelas se transformavam em verdadeiros banheiros a céu aberto, entre elas as ruas do Saara, México, Graça Aranha e todas próximas a Cinelândia. Curto Carnaval desde essa época, desfilei no Bafo, Cacique, Portela, Salgueiro, Império Serrano e depois nos blocos mais recentes, quando ainda era possível brincar carnaval sem ser roubado e sem ser importunado. Este ano começando hoje o carnaval, só fui a um bloco, mesmo assim é o bloco da turma do bar onde bebo com os amigos Banda da Haddock, que neste ano teve a Viviane Araújo de Rainha, então vocês imaginam como foi e, eu não me atrevi a desfilar, fiquei no bar bebendo e logo que ele retornou eu fui me embora. No dia seguinte, soube que as quadrilhas de ladrões atacaram o bloco durante o desfile, algumas brigas aconteceram e todos reclamavam que o bloco perdeu a identidade, com certeza para o próximo ano não devo voltar. E assim vai morrendo em mim, o gosto de uma das festas mais tradicionais do Rio de Janeiro que é o Carnaval.
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirCheguei a pensar que era realmente um tobogã ambulante.
Sobre esta questão de símbolos do Exército, certa vez meu tio general deu umas roupas velhas para um mendigo no Grajaú. Pouco depois veio um PM acompanhado do mendigo que havia preso por estar usando uma calça do Exército. Meu tio teve que explicar a situação, mas o mendigo não foi autorizado a usar aquela calça velha.
ResponderExcluirGostaria muito de ver um general explicando-se para um PM.
ExcluirAs fardas podem até ser reutilizadas,mas antes devem ser descaracterizadas como de uso militar.
Dr., também conheci um general que morava no Grajaú, na Rua Caruaru... será que era o seu tio? ele era bem baixinho... esqueci o nome dele, mas tenho certeza que vou lembrar.
ExcluirO comentário do "anônimo" das 10:32 dá conta da "Diverlândia" do São Conrado. O tobogã de lá era menor que o da Catacumba. A Diverlândia foi inaugurada em 1970, antes do início das obras da Auto estrada Lagoa Barra. Com o início das obras em 1971, o parque começou a ser desativado. O filme "Bonga, o vagabundo" de 1971, mostra bem este cenário com as obras iniciadas. Outra tomada imperdível desse filme foi na estação de São Cristóvão, onde aparece o "macaquinho" da Leopoldina. %%% De forma inversamente proporcional ao "desaparecimento" de conhecidos comentaristas está o aparecimento de inúmeros "anônimos". Se continuar assim o SR só terá comentaristas anônimos.
ResponderExcluirParece ser na Vieira Souto mas não identifiquei o local. E o nome no toldo?
ResponderExcluirEstá no texto: Castelinho.
ExcluirNo toldo está escrito o nome do bar “Barril” , o Barril 1800.
ExcluirGrande vacilo. Frequentei muito e esqueci do nome!
ExcluirSe a intenção da galera foi sacanear os militares passou batido e concordo que eles entenderam como homenagem.O certo é que o tanque acabou desfilando tranquilo.O relato do Lino vale a postagem.
ResponderExcluirEm tempo:Lino,O seu amigo O.O.deu xilique e acabou perdendo o emprego mas convenhamos que foi pela bola que o time está jogando.Nenhuma.
Boa tarde a todos.
ResponderExcluirOs dias eram assim: não se tinha liberdade de expressão, só era permitido o "amém". O Hino da República estava proibido por, ora vejam, falar de Liberdade (2 vezes) no refrão...
Hoje o Juizado de Menores e talvez outros órgãos proibiriam as crianças no " tobogã motorizado ".
Falando em carnaval...https://extra.globo.com/noticias/extra-extra/carnaval-na-gestao-de-marcelo-crivella-vai-seguir-lei-do-silencio-22383414.html
ResponderExcluirAcho interessante a postura de alguns comentaristas em face dos "anos de chumbo", mas respeito, afinal estamos em uma democracia e "o que seria do verde se todos gostassem do amarelo?". Mas cabem algumas considerações. Frequentemente converso com jovens que falam tantos disparates sobre aquele próspero período que acabam me causando "frouxos de riso". Um deles fala de "toque de recolher", outros falam de que as ruas eram perigosíssimas devido aos assaltos, outro dá conta que os militares agarravam jovens à força para raspar-lhes a cabeça, e muitos outros outros mais. Mas esse que o Augusto mencionou do hino da república, para mim é novidade, bem como outras ilações que certamente foram plantadas por pessoas "ouviram dizer" e não viveram aquele tempo. É verdade que muita gente por motivos diversos, seja por convicções ideológicas, pessoais, ou mesmo "físicas" cujo trauma pode ter atravessado décadas, são avessos aos militares. Mas que a realidade seja cultuada, já que as gerações de professores "pós 85", em geral "esquerdopatas", são os principais responsáveis por esse tipo de distorção, já que não mencionam o direito de ir e vir que perdemos, a política de direitos humanos, da descriminalização das drogas, do politicamente correto, e muitas outras. Nelson Rodrigues certa vez ao ser indagado para que conselho daria aos jovens, respondeu: "que eles envelheçam!".
ResponderExcluirDe fato,não dá para negar que os professores universitários pós 85 passaram a ser formadores de opinião com tendências mais para esquerda.No início dos anos 90,participei de um curso de gestão em que um dos palestrantes era um doutor economista da Universidade da Bahia.O que o cara desfiou sobre política foi um espanto.E com a maior convicção como se os presentes fossem uns idiotas alienados.
ResponderExcluirNelson Rodrigues era um observador de costumes sob o peso de suas convicções ideológicas de direita. Levou tão a sério que apesar do reconhecimento do seu talento passou a ser motivo de troças por seus pares e até pelos inúmeros fãs que conquistou ao longo dos tempos. Era uma caricatura de si mesmo e hábil frasista a ponto de influenciar as novas gerações que na ausência de criatividade optam pelas frases feitas. No final da vida se arrependeu de suas convicções quando viu seu filho ser arrastado para as masmorras da ditadura e sofrer as torturas de praxe. Segundo ele próprio pagou caro por apoiar o regime militar.
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