A
primeira foto é de 1961 e o título da reportagem do Correio da manhã foi: “Escola
particular compra imóvel da Escola Equador”. O assunto dominou os últimos meses
de 1961.
Esta
escola ficava na Avenida 28 de Setembro nº 351, em Vila Isabel. O imóvel, que
não pertencia ao Estado, seria vendido a um estabelecimento de ensino
particular do bairro. Mil e cem crianças (38 turmas) ficariam sem a tradicional
escola que, segundo informações, iria para os terrenos do antigo Jardim
Zoológico. Os pais de alunos protestaram e o “Correio da Manhã” lhe deu
bastante espaço.
Estranhavam
a atitude do Governo do Estado que deixou de desapropriar o imóvel, enquanto
estava a desapropriar prédios para serem negociados pelo Departamento de
Patrimônio. Os pais de alunos argumentaram que a localização (em relação às
suas moradias) da Escola Equador era privilegiada e por isso ali matricularam
seus filhos.
Se
a transferência se efetivasse para o terreno do Jardim Zoológico as dificuldades
seriam enormes, pois dista cerca de um quilômetro da Av. 28 de Setembro, com o
agravante de travessias perigosas para crianças de pouca idade.
A
deputada Ligia Lessa Bastos declarou ser radicalmente contrária à transformação
da Escola Equador em estabelecimento de ensino particular, reclamando que já havia
cinco anos que ela própria apresentara ao Poder Executivo o pedido de
desapropriação.
Em
dezembro de 1961 a deputada informou que, em reunião com o Governador, acertara
a desapropriação do imóvel, para a escola ali continuar. A SAVI, Sociedade de
Amigos de Vila Isabel, enviou um memorial ao Governador pedindo auxílio. Em
20/12/1961 o Diário Oficial publicou decreto do Governador declarando o imóvel
de utilidade pública, mas a desapropriação dependeria de engenheiros do Estado
levantarem o valor do prédio, na forma da lei.
Como
tudo no Brasil, o processo seguiu morosamente e, em 1963, havia a notícia de
tinha sido feito o empenho da importância de Cr$ 11.322.500,00 para a desapropriação.
Em
1966 há notícias de que a Escola Equador, ainda na Av. 28 de Setembro, abrigou
centenas de favelados vítima da grande enchente do Rio.
Não
consegui descobrir o que aconteceu com este prédio, pois a Escola Equador ainda
funciona no mesmo endereço, porém com outro aspecto, como se vê na segunda foto.
Provavelmente em algum momento o velho prédio foi abaixo e, no mesmo local, foi
construída a escola atual.
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O Boulevard 28 de Setembro tinha casas muito bonitas e era um local acolhedor. Atualmente está muito diferente.
ResponderExcluirQuando vejo um imóvel como este,só penso em um templo para minha igreja,sem tarja verde é claro.So dizimista do bom.Dava até para fazer uma sala de terapia alternativa,com sinuca,totó,musculação,damas e até mesmo um barzinho com coquetéis exóticos sendo "sangue do pastor" um dos mais interessantes a base de Campari.
ResponderExcluirSe a segunda foto for do mesmo local,um grande espanto!!!
A escola Equador fica entre as ruas Rocha Fragoso e Silva Pinto e em frente a rua Major Barros. A atual escola já sofreu diversas reformas entre os anos 60 e a atualidade. Nos terrenos do antigo zoológico existem duas escolas municipais: A Noel Rosa e uma outra cujo nome não recordo. O nível do ensino público entre 1961 e os dias atuais decaiu assustadoramente. As escolas públicas de Vila Isabel tiveram o perfil de seus alunos bastante alterado desde os anos 60, já que a grande maioria advém das inúmeras favelas da região. FF. Ontem eu resolvi experimentar um caldo de "feijão amigo" em um "24 horas" na rua Maxwell, excelente por sinal. Ao pedira nota, a gentil mocinha me entregou a mesma e o que estava escrito me assustou: "1 caudo de feijão e uma coca". Tenho razão quando critico o catastrófico ensino público?
ResponderExcluir"ao pedir a nota"
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirPassei muitas vezes em frente, na 28 de Setembro, via a escola, mas não conhecia sua história. Mais uma lição. O que mais tem é escola demolida para modernização e/ou ampliação...
É uma pena, derrubar um prédio daqueles para em seu lugar construir um "Caixotão". Mas... É o tal de progresso!
ResponderExcluirQuanto ao Ensino, Impressiona a quantidade de escolas fechadas e um índice elevadíssimo da evasão escolar. Não vejo nenhum esforço do Poder Público em tentar resolver tal situação. Estamos assistindo pacificamente a derrubada da Educação e da Cultura.
Se não me engano esta escola foi a última colocada das escolas, há alguns anos, no ranking do Enem.
ResponderExcluirSegundo o Luiz o número é 351; já em busca na Internet aparece como 353. Talvez tenham desapropriado o terreno do lado para a nova construção. O velho prédio parece que já foi ao chão.
Se olharmos para o prédio atual, à esquerda existe um pequeno prédio comercial e à direita um terreno baldio cercado. Do velho prédio da foto, eu não me lembro. Esqueci ainda de mencionar a escola Argentina, que fica ao lado do Hospital Pedro Ernesto.
ExcluirA escola Argentina que foi a última colocada.
Excluir↓Como a 28 termina na pça7 o número 351 ficaria à esquerda da escola atual, onde está o prédio.
Estamos realmente no fundo do poço o exemplo do Joel revela isso.
ResponderExcluirHoje o alcaide Crivella mandou colocar o nome de um sacerdote estrangeiro com problemas com a policia na estação do BRT de Campinho. Educar pra que socializar pra que ,essas ações não daõ voto nem retorno monetário o povo quer mesmo é praças carnaval blocos de rua futebol shows e rede Globo.
Estudei todo o curso primário na E.Equador, o prédio era bonito, havia várias arvores frutíferas aonte tinhamos o recreio. Os professores eram bons, havia respeito mútuo.
ResponderExcluirÉ, Marize,tbm estudei todo o primário na Equador. Esse prédio era uma casala grande,de senhores.Minha sala era no térreo, a senzala onda ficavam os escravos. Essa sala se localiza onde se vê essas duas janelas, térreo,frente para o pátio. Lembro de uma Marize em minha sala, talvez seja você
ResponderExcluirTbm estudei nessa senzala e sei quem é a Marize, lembro dela.
ExcluirEstudei na Escola Equador tdo o primário. No primeiro ano (1965),a sala d aula ficava no térreo a esquerda (o pé direito era baixo) e em frente havia um tanque. Mha primeira professora d nome Aparecida e as outras foram Nanci, Leda, Ivone, Déia (tinha um carro Gordini) e no admissão Maria Helena e Heloísa (peço de antemão escusas por algum equívoco, rsrs). Era uma casa antiga e o acesso as salas, na maioria delas tínhamos, q passar por dentro das outras. Se caísse algo no chão, dificilmente se recuperava, devido as falhas no assoalho d tábua corrida. No último ano estudamos no prédio novo, construído nos fundos, onde eram realizadas as festas juninas. O imóvel antigo foi demolido e posteriormente construíram uma quadra d esporte, aí já ñ foi do meu tempo. Moravamos do outro lado da avenida no n°.: 358, depois passaram a chamar boulevard...Havia vários comércios por perto: Curso Martins, Casas da Banha, Padaria (na esquina da rua Silva Pinto), Drogária "Kosmos", uma granja, bananeiro, casa d móveis, casa d material d construção, barbearia, lavanderia (proprietário era português), botequim q tinha mesas d jogo d bilhar, banco d Estado d Guanabara (depois BANERJ), garagem d bondes (depois d ônibus da CTC), etc...
ResponderExcluirque coisa linda deveria ser Vila Isabel.....Eu ainda peguei o final ndos anos 60 antes da grande especulação imobiliária dos anos 70/80
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