Um
dos hotéis mais importantes do Centro do Rio foi o Hotel OK, inaugurado em 1949
na Rua Senador Dantas nº 24.
Extremamente
bem localizado, numa zona que décadas atrás abrigava pontos dos mais boêmios da
cidade como a Cinelândia e a Lapa, este hotel, vizinho do Palácio Monroe onde
funcionava o Senado Federal, recebia muitos políticos.
Aliás,
é famoso o diálogo entre um senador nordestino e seu interlocutor: quando este
perguntou onde o senador estava hospedado a resposta foi “no hotel zero
quilômetro”!
Um
dos destaques do prédio é o elegante saguão principal em mármore de Carrara e
lustres de cristal. Ao fundo vemos o hall superior ao lado do qual se localizam
as instalações da administração e o gabinete do Sr. Thadeu Macedo.
Por
falar neste administrador, há anúncio no Jornal do Brasil de 12/01/1954, sob o
título de “Documentos Perdidos: Perdeu-se no trajeto de ônibus da Lapa a
Bonsucesso, uma carteira com os documentos de motorista pertencente a Thadeu Macedo.
Pede-se a quem encontrar o obséquio de entregar na portaria do Grande Hotel
O.K., à rua Senador Dantas 24, que será gratificado.”
Este
hotel sobreviveu a estabelecimentos tradicionais como os hotéis Serrador e
Ambassador, o cinema Vitória, o teatro Serrador e outros inúmeros
estabelecimentos comerciais vizinhos.
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Acho que antigamente estes hotéis do Centro eram mais procurados pois havia menos hotéis na zona sul e a badalação era mesmo no Centro.
ResponderExcluirSimilar a este político hospedado no zero quilômentro, segundo publicou à época o Zózimo, foi a Elba Ramalho telefonando para um amigo em plena zoeira da boate People. Ela queria dizer onde estava e do outro lado da linha pouco se ouvia:
- Eu estou no People, dizia Elba aos berros.
- Hein???
- No People, pô. People, não conhece?
- Hein???
- No People, People: P-I–P-O-L!
Esse tipo de postagem mostra o quanto a escola faz falta para o brasileiro. Não adianta ter dinheiro se não tiver "estofo" cultural. A quantidade de hotéis no centro se deve ao que o Plínio mencionou. Na zona sul tem um custo maior devido à localização. Na Cinelandia atualmente a frequência é "suspeita" devido às atividades noturnas daquela região. Quem irá se hospedar ali atualmente?
ResponderExcluirMeu pai falava muito nesse hotel e dos politicos que nele se hospedavam, inclusive um deles que tinha residencia fixa no hotel
ResponderExcluirnão me lembro o nome do dito cujo.
Como bem disse o Plinio a vida da cidade na época era o centro daí talvez a preferencia por este hotel.
Ainda sobre a existência de muitos fatos do tipo "pipol" que ocorrem no Brasil, isso se deve a um "desordenamento social" que vem desestruturado o Brasil. É uma sociedade com os valores invertidos em todos os setores. Infelizmente essa realidade é estimulada pelo governo para fins inconfessáveis. Enquanto o país obedeceu a uma estrutura social, havia futuro, mas agora...Em qualquer lugar do mundo civilizado, obedece-se a uma rígida hierarquia moral, institucional, e social. Quebrando-se essa estrutura, será o caos...
ResponderExcluirMuita gente se hospeda no centro da cidade, principalmente os viajantes de negócios.
ResponderExcluirF.F. Sugiro que leiam a coluna O Globo há 50 anos na edição de hoje. Existe comentarista no blog que afirma que "a vida era calma e não havia violência".
ResponderExcluirNeste nunca me hospedei mas na década de 60 fiquei aí perto,no Itajubá pelo menos umas 2 x.Depois migrei para Copa nos anos 70,optando pelo Canadá.
ResponderExcluirEste hotel fazia propaganda nos jornais de Vix.
Parece que o Hotel Serrador segue desocupado ao custo de três milhões de reais de manutenção por mês bancada por um único proprietário .
ResponderExcluirBoa tarde.
ResponderExcluirAcho que com o VLT e o acesso para quem vem do SDU facilitado, os hotéis da região podem ter uma melhora na procura.
FF: hoje os tiroteios foram em Vila Isabel (e arredores) e Copacabana. Somos bem democráticos a esse respeito na cidade, aliás, acabei de escutar os dados de uma pesquisa Datafolha sobre violência no Rio na Globonews, que confirma isso.
Obs: não sou o anônimo daí de cima...
Com certeza Augusto, anonimato "não é do seu feitio". Mas a postagem pode ser de algum "anônimo da Misericórdia" ou mesmo "anônimo do Lido"...
ExcluirAugusto ,este anónimo a que vc se referiu é figurinha carimbada.
ResponderExcluirPara não deixar o "anônimo" desapontado, resta lembra-lo de que naquele tempo a vida só não era calma para vagabundos, desordeiros, e sequestradores, cujo destino era a prisão, o exilio, e a "calunga grande", ao contrário dos dias de hoje, onde bandidos terminam suas carreiras nas assembleias legislativas, câmara e senado federais, tribunais superiores, e até na presidência da república. São "outros tempos".
ExcluirOs Hoteis OK(Zero km né Dr.Luiz D'?), Ambassador e Itajubá eram pontos favoritos dos Cearenses desembarcados no Rio nas décadas de 50/60. O Pagé dos Menezes é quem o diga pois no Ambassador fazia seu Point de encontros com os políticos nordestinos aqui radicados. Aliás aquele quadrilátero da Cinelândia era o local em que vc.encontrava o maior per-capita Cearense nessa época. Além do Hotel, haviam inúmeros cinemas de rua, bares com bom chopp( não existia esse bebida no nordeste nos idos de 50/60) e o Amarelinho era a Meca do baixo clero, sendo que no restaurante do Ambassador reuniam políticos do vizinho Senado e penetras em busca de um lugar ao sol. Os S120 acetinados brancos era o uniforme da época e os Panamá eram adornos constantes. Na década de 90 já no declínio da região do OK estive certa ocasião em contato com a proprietária de um desses Hoteis que na ocasião mostrou-me uma imensa coleção de fotos dos áureos tempos do Restaurante da Casa retratando vários políticos da antiga Republica Getuliana. Agora, desconfio que o Pastor é Mineiro pois a republica do Pão de Queijo ficava no Itajubá lá na Lauro Alvim.
ResponderExcluirCeará,indivíduo,esta coleção ia fazer a alegria do gerente e naturalmente publicada com louvor.Deixou passar uma grande chance especialmente porque devia ter muito Coronel entre os.manda chuvas.
ResponderExcluirDizem que muitos políticos faziam festinhas nada familiar nestes hotéis, por estarem bem longe das esposas.
ResponderExcluirNa época da foto 1 já existia uma sala de TV. Algumas décadas depois chegou a vez de sala de computadores com internet. Hoje em dia tem tudo no quarto e o hóspede já quer saber primeiro a senha do "wi-fi" para depois perguntar sobre o que mais o hotel tem a oferecer.
Eu me hospedei , nesse hotel, era muito bom e moderno , uma pena ter se acabado no nada
ResponderExcluirEstive hospedada com minha mãe e um grupo de amigos para turismo na cidade em Abril de 2018. Por coincidência quando foi escrito esse texto! Hotel maravilhoso! Cheio de história! Lindo! Minha mãe e eu amamos! ❤👏
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